Nina, ou a doce punição de Loki escrita por Puella


Capítulo 36
Desejo estranho


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem....



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Nina resolveu sair do quarto, embora estivesse bem fisicamente, a garota sentia que havia algo errado em sua mente, mas não sabia o que era ao certo e aquilo, de certa forma lhe era muito angustiante. E então a figura do jovem rapaz de cabelos negros lhe veio a tona de novo, lembrou-se da expressão triste que carregava quando a mesma disse que não se recordava dele, e pensou também no quanto ele era bonito, mas aí se repreendeu. Sigyn caminhava pelo corredor do castelo estava distraída com os próprios pensamentos e não percebeu a pessoa que vinha na direção oposta, a vanir por pouco não se desequilibrou mas foi segurada por duas mãos pálidas.

– Desculpe eu... – a jovem levantou o rosto e acabou surpresa por encontrar duas íris verdes lhe encarando.

Loki podia sentir o cheiro doce que vinha dela, naquele momento desejou por um momento que poderia abraça-la e esquecer que o resto do mundo existisse.

– Voce está bem? – ele perguntou.

– Eh... sim... eu estou – ela respondeu corando levemente.

Há alguns instantes antes Loki estava com Odin, os dois conversam amigavelmente como nos velhos tempos.

– Pai...eh – Loki coçou a cabeça – eu sei que é uma questão de tempo para ela lembrar de mim, mas será que não teria alguma forma de fazê-la lembrar?

Odin coçou a barba.

– Boa pergunta. Eu não faço a mínima ideia.

Loki suspirou.

– Hum – Odin falou de repente – por que não a beija?

– Como? Beijá-la?

– É, talvez você leve um tapa, no mínimo, mas eu tenho certeza de que isso provocaria um efeito nela, enfim ela precisa de algum estimulo, algo que lembre voce...

Sigyn estranhou que rapaz parecia desligado.

– Oi?

– Hum – Loki pareceu ter voltado a si.

– Teria como eu falar com você um pouco? – a jovem perguntou.

– Claro – ele respondeu – podemos dar uma volta pelo jardim, o que acha?

– Para mim está bom.

Os dois agora se encontravam no jardim do palácio, andaram por algum tempo até que sentaram em um banco perto do lago, Nina mexia o tecido do vestido cor de rosa que usava, ele era delicado e adornado por um espartilho de couro marrom, o vestido deixava os ombros da jovem a mostra, os cabelos longos caiam delicadamente por suas costas.

– Bem... – a jovem começou – você é mesmo o meu marido?

– Sim – ele respondeu.

Ela olhou para frente envergonhada e depois fitou o chão.

– É tão estranho, eu não consigo me lembra de ter casado.

– Você estava linda naquele dia – Nina então tornou a encara-lo enquanto ele falava – você usava um vestido rosado quase embranquecido com adorno de flores na cabeça, estava linda naquele dia.

Os dois ficaram por alguns segundos sem dizer nada.

– Então... eu e você...nós dois – disse a jovem ficando vermelha – já tínhamos feito coisas de marido e mulher.

Loki deu um riso malicioso.

– Já – ele disse rindo, mas logo seu semblante entristeceu – você estava gravida porem foi gravemente ferida e perdeu o bebê, nosso filho.

– Nosso filho? – a jovem repetia cada palavra de forma lenta.

– Sim.

– Queria poder me lembrar, é...

– Me chame Loki.

– É... Loki.

Nina mexia as mãos freneticamente.

– L-loki – a jovem o chamou.

– Sim? – ele a encarava nos olhos o que a deixou um pouco intimidada.

– Eu amava você?

– Sim – ele disse.

– E você...me amava também?

– Não.

A jovem piscou os olhos um pouco surpresa.

– Eu a amo – depois que disse isso ele a segurou pelo rosto e lhe beijou nos lábios, pegando a jovem de surpresa que ficou paralisada.

Porem Nina sentiu que o seu corpo agia sozinho, a garota abriu os lábios dando passagem para que Loki aprofundasse o beijo, ela ainda tinha os olhos abertos e encarava os dele que estavam fechados, mas sua vista acabou se fechando e então ela se entregou completamente ao beijo. Aquilo lhe parecia estranhamente familiar e confuso. Os dois se beijavam agora com ardor, então por que ela ainda não conseguiu se lembrar dele? A jovem o empurrou devagar e o encarou corada e depois se afastou dele correndo sem dizer nada.

Loki esboçou um pequeno sorriso, a mente de Nina parecia não se lembrar dele, mas memória do corpo dela parecia reconhece-lo perfeitamente.

Sigyn entrou no quarto fechando a porta e encostando seu corpo nesta, a jovem respirava ofegante então com seus dedos percorreu os lábios ainda inchados e fechou os olhos, ainda jurava que podia sentir a textura daquele beijo, seu corpo inteiro tremia e ardia em brasa, estava assustada consigo mesma.

Houve o banquete durante a noite e Odin disse alegre que havia se reconciliado com seu filho caçula, Loki ficou envergonhado, Frigga e Thor ficaram muito orgulhosos. Durante a refeição o deus trapaça não conversou com a deusa da fidelidade, ela parecia um pouco reclusa conversando apenas com Sif e o pequeno Alvim.

Thor conversava com Loki.

– Como ela está irmão?

– O de sempre – ele disse – Nina ainda não se lembra de mim, me perguntou varias coisas hoje... e, bem eu beijei ela...

Thor quase cuspiu o hidromel que bebia.

– Você... o quê?

– a beijei, mas ela saiu correndo depois.... – e ele riu – mas eu descobri uma coisa.

– Qual? – Thor tinha a boca cheia de carne.

– A mente dela pode não se lembrar de mim, mas o seu corpo lembra...

– Como assim? Com pode ter tanta certeza? – Indagou o loiro.

Loki encarou Thor.

– Ela me correspondeu.

Nina havia ido mais cedo para a cama, estava sentada nesta, usava uma camisola branca com um roupão branco por cima, parecia pensativa. A vanir acordou de seus devaneios ao ouvir o barulho da porta se abrindo e deparou-se com Loki.

– Dormimos no mesmo quarto – ele disse enquanto tirava o casaco de couro preto – mas não se preocupe, eu irei...

– Espera – ela o interrompeu, ele a fitou curioso – é... você pode ficar – ela falou tímida.

Loki deu um fraco sorriso e caminhou até a jovem sentando ao lado dela na cama.

– Tem certeza? – ele indagou.

– Claro – ela respondeu, ficando cabisbaixa, Loki notou que ela queria chorar – eu sinto muito... você deve estar sofrendo por minha causa. Desculpe!

Loki gentilmente a abraçou afagando os cabelos alaranjados da jovem.

– Shhhh – ele sussurrou em seu ouvido – não chore, não é culpa sua, está tudo bem...você está viva e aqui, isso é que importa.

Ele enxugou as lagrimas da garota que agora o fitava, Nina colocou uma de suas mãos no rosto dele tocando de forma carinhosa, o jovem fechou os olhos sentindo a mão pequena lhe tocar.

– Queria tanto lembrar de você... – ela disse.

O casal se abraçou novamente, Sigyn sentia os batimentos acelerados do peito daquele estanho que não lhe parecia tão estranho assim.

– Seu coração... está tão rápido.

– É porque estou perto de você – ele disse – queria toca-la, beijá-la, abraça-la, mas não posso – ele se afastou, porem ela o segurou.

– Não vá – ela suplicou, ainda que um pouco corada.

Loki piscou os olhos rapidamente.

– Fique.

– Como pode querer que eu fique se não se lembra de mim?

– É mais complicado do que parece... mas talvez se você ficar aqui comigo, talvez me ajude a lembrar...

Loki sentou de novo, Sigyn o soltou e agora passava sua mão novamente no rosto dele, a garota corou levemente.

– Você é tão bonito...

Loki deu um meio sorriso.

– Eu nunca fui bonito.

– Mas você é – ela disse olhando cada detalhe do seu rosto – embora eu não lembre de você, você é exatamente do tipo rapaz que eu sempre admirei...

Os dois se olharam longamente, para Loki já estava um pouco difícil segurar o desejo de tê-la ali, ele arfou.

– Não sei por quanto tempo irei me conter – ele disse com a voz rouca.

Ela suspirou tímida. E aquilo fora demais para ele, logo tomou os lábios da jovem de forma delicada, e ela pareceu gostar acabando por corresponder, ambos se separaram para tomar ar.

– Me faça lembrar – disse a jovem.

Loki tornou a beija-la porem de forma mais intensa colando seus corpos um no outro, rápido ele tirou-lhe o roupão deixando-a só de camisola, beijou-lhe o pescoço e ombro descendo a alça da camisola arrancando suspiros da garota que acariciava seus cabelos. E ambos foram tirando peça a peça até ficarem completamente nus. O casal se beijava e trocava carinhos até que finalmente ele a penetrou, Loki fitou os olhos da jovem que brilhavam como nunca, amaram-se até chegarem ao nível de prazer que lhe era permitido, e Nina desfaleceu com um pequeno sorriso de prazer em seu suado rosto, sentindo um liquido se derramar dentro de seu corpo, e por fim acabaram adormecendo.

Embora Sigyn não se lembrasse dele, de fato nunca havia sentido algo tão sublime, seu rosto estava bem próximo ao rosto dele, ela podia sentir a respiração quente, embora sonolenta ela encarava o rosto dele, embora não lembrasse dele tinha a intuição de que com certeza o amava.

Svartalfheim

Malekith andava pelo palácio pensativo, precisava de outro plano para invadir Asgard, pois embora tenha conseguido fazer algum estrago no reino de Odin, o líder dos elfos negros perdeu muitas de suas naves. Então notou que alguém lhe espiava.

– Quem está aí?

Ninguém respondeu, até que Amora surgiu por uma das pilastras da sala.

– Era apenas eu, mestre.

– O que quer de mim bruxa.

– Do senhor? – ela retorquiu sínica - Nada. Quero apenas o que deve ser meu: o trono de Odin.

Malekith riu.

– Não seja tola mulher, acho que vou lhe dar o trono de Odin, ainda mais depois da traição de sua irmã?

– Achei que era isso que nós havíamos combinado – ela disse séria.

– És mesmo uma tola.

– Hum, eu tola? Tolo és tu que não se importa com teu povo, os deixa morrer aos montes, só pensas em ti.

– De meu povo eu faço o que bem entendo – o elfo revidou.

– Então não te importa com eles – disse a loira.

Malekith ia responder algo, porem uma lança foi cravada em suas costas transpassando-lhe o peito, o elfo virou para trás e encarou Kurse.

– A-algrim?

– Sinto muito mestre – disse o monstro – mas o senhor não se importa com nenhum de nós.

Amora caminhou até os dois e encarou Malekith.

– Sabe que isso é inútil contra mim...

– Sabes também que não eras mais para estar aqui no mundo dos vivos, e sabes que só estás vivo por causa desse poder que lhe corre as veias.

– Não podes tirá-lo de mim, bruxa!

Amora sorriu sombria.

– Tu não és o único a mexer com magia negra – tal frase fez o elfo arregalar os olhos.

A feiticeira então conjurou um feitiço que o elfo conhecia muito bem o que o fez se remexer todo o corpo e aos poucos o aeter foi lhe abandonando, era uma energia negra e vermelha, e agora era Amora que absorvia aquele poder, quando o poder saiu por completo do corpo de Malekith este apodreceu e virou pó. Já Amora se viu transformada e mais poderosa do que nunca, tinha os olhos avermelhados, os cabelos loiros agora eram brancos, e as vestes verdes derem lugar a um tom enegrecido.


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Notas finais do capítulo

Galera não falta muito para o fim da fic não... estimo algo entre cinco ou seis capítulos no máximo ^^
Bjs!