Treinamento e segredos do mago

Fazia mais ou menos uma semana que Nina tinha voltado a treinar, inicialmente a jovem se sentia cansada, pois Loki a fizera treinar luta e magia ao mesmo tempo. O trapaceiro lhe ensinava que deveria usar os dois em batalha, mas ao mesmo tempo dizia que a jovem deveria ter sempre uma carta na manga no caso de sua magia se enfraquecer, ele ensinou várias coisas, como captar mana mágica pelo ar e assim aos poucos recuperar a energia, no começo, Sigyn não percebia nada, porém nos outros dias ela aprendeu como se “respirava” magicamente.

Loki também lhe ensinou a como explorar seu arco e flechas de todas as formas, bastava que cada vez que Nina usasse-as conforme o que seu coração e mente desejassem, como fazer uma única flecha ao ser disparada se multiplicar em outras tantas, ou se dividir em pequeninas flechas para prender alguém, e além do que Nina dificilmente errava o alvo, era perfeita.

Depois de treinos com flechas o casal se sentou para descansar, Nina é claro começou a encher Loki de perguntas:

- Loki, onde aprendeu tantos segredos?

- Estudando, me aprofundei muito – ele deu uma pausa – e Eldred me ensinou boa parte disso.

- Eldred? – disse Nina – aquele que você me contou daquela vez, o seu preceptor?

- Sim – disse Loki – ele era um mago fora do comum - de repente fez uma expressão soturna.

- Gostaria muito de conhece-lo.

- Não há como, ele morreu há alguns anos na masmorra do castelo.

- Morreu? Na masmorra? Como assim? – Sigyn o fitou perplexa.

- Eu não lhe contei toda a história naquele dia – disse Loki com um riso triste – Eldred praticava a magia proibida. Você uma vez me perguntou se eu conhecia, lembra?

- Sim, você disse que conhecia.

- E eu a já fiz, uma vez.

Sigyn piscou os olhos rapidamente.

- Como?

- Eldred me forçou – disse Loki – na época eu tinha doze anos e meus poderes estavam muito elevados para minha idade, Eldred se utilizou disto para que eu a realizasse. Eu também não havia lhe dito claramente o que é a magia proibida, pois então, a magia proibida é uma arte das trevas, há muito tempo desenvolvida pelos elfos negros, e Eldred aprendeu essa técnica perigosa que consiste em dominar o corpo de outro mago, literalmente: sangue, veias, músculos, tudo ao de ponto até de mata-lo. E Eldred queria que eu aprendesse, ele precisava passar aquele ensinamento adiante. Porém eu não quis aceitar, ali eu ainda era ingênuo e bom, se é que me entende.

- Que Horror! – disse Nina.

Após mais uma pausa ele prosseguiu:

- Ele usou ela em mim, ele me controlava em cada parte do meu corpo, eu me lembro de sentir uma dor terrível, implorei para que ele parasse com aquilo, mas ele apenas ria, parecia estar gostando daquilo, Eldred não se parecia mais com a imagem que eu admirava de mago. Até que, por um momento eu me enchi de fúria e quando dei por mim – ele pausou – eu é quem estava dominando corpo de Eldred. Logo depois Odin descobriu o que ele havia feito e mandou prendê-lo. A última coisa que ele me disse foi: “Meus parabéns Loki, agora você sabe usar a magia proibida”. Foi horrível. Talvez seja por isso que eu fiquei tão habilidoso em manipular os outros, afinal aprendi o que manipular da pior forma que se possa imaginar.

- Nossa – Sigyn abaixou os olhos entristecida – e você já usou essa magia alguma outra vez?

- Não, eu jurei nunca usá-la para nada – disse Loki com uma expressão séria.

Depois disto os dois voltaram para o castelo, durante a janta Nina parecia muito pensativa, seu esposo deveria ter passado por muitas coisas amargas que de fato em parte justificavam o seu jeito sinistro de ser, afinal ele só era amável com ela, mas com os demais ainda era distante e frio, como queria no fundo de seu ser que ele mudasse ou superasse suas magoas, mas talvez fosse pedir muito, por hora seria mais prudente que não fizesse mais nenhuma confusão.

Os dois não ficaram com os demais e foram para o quarto, enquanto Loki lia um livro, Nina ficava absorta olhando as estrelas na varanda do quarto, depois fitou o marido que ainda lia, muito bem acomodado na cama, a jovem então teve uma ideia pulsando em sua mente, foi até o lavabo e trocou seu vestido por uma camisola de tecido fino e soltou os cabelos, deu uma olhadela no espelho e corou levemente, pois a camisola era fina. Sigyn caminhou a passos lentos para fora do lavabo, e ao se aproximar da cama subiu nesta e engatinhado aproximou-se sorrateiramente de seu marido que ainda lia o livro absorto.

Loki viu sua concentração ser cortada por um toque delicado, ao tirar os olhos do livro viu dois olhos azuis turquesa o encarando, e depois viu a esposa ao seu lado naquela camisola linda e semitransparente. O livro agora lhe pareceu deveras desinteressante, acabou por larga-lo do lado da cama. Agora Loki encara sua esposinha com um misto de curiosidade e desejo.

- Não está cansada, depois de treinar tanto? – foi a pergunta dele.

- Não – ela respondeu marota.

- Que você está querendo, minha pequena?

A jovem deu um selinho nos lábios do esposo.

- Queria fazer algo diferente hoje... – dizendo isso a jovem se colocou rápida sobre Loki, ficando em cima deste e segurando suas mãos de cada lado. De repente Sigyn não se sentiu mais tão tímida, encarou o marido de forma sensual. Ela estava sentada sobre o quadril dele, com sutileza a jovem se movimentou fazendo com que ele soltasse um espasmo de arrepio.

Agora que estavam casados, a jovem havia descoberto algumas coisas sobre seu corpo, e também sobre corpo de seu marido, pequenos detalhes que desencadeavam em doces sensações. Os dois se beijaram de forma lenta enquanto que a jovem levantava a barra da saia da camisola expondo suas pernas, em seguida, ainda atrapalhada tentava abrir a calça do esposo. Loki riu entre um beijo e outro.

- Quer uma ajudinha? – ele falou.

- Não preciso – ela disse estalando os dedos fazendo a calça dele desaparecer, o que o deixou surpreso – também tenho meus truques...

Aquilo era realmente algo inexplicavelmente maravilhoso, as coisas eram realmente diferentes daquele “ângulo”, Sigyn mexia seu quadril, de início tímida mas logo depois deixava que seu corpo agisse sozinho, o casal se movimentava naquela dança envolvente e inebriante, até que cada um chegasse em seu ápice, os dois ainda estava ofegantes quando Loki levantou o tronco ficando com o rosto próximo ao dela, ambos estavam corados e suados. Ele sorriu de lado, ele ainda estava dentro da jovem.

- Minha vez agora – ele disse com a voz rouca, fazendo Sigyn se arrepiar inteira.

Num movimento rápido ele inverteu as posições, agora ficando por cima de sua mulher, que deu leve arquejo, de inicio se movimentou devagar, beijando os lábios da jovem. Os movimentos ficaram firmes e mais rápidos, Nina se agarrava em suas costas assim como também entrelaçava as pernas no quadril, até que finalmente sentiram aquela sensação maravilhosa de novo. A jovem amoleceu o corpo desfalecida de prazer enquanto sentia algo quente lhe invadir internamente.

Em pouco tempo os dois adormeceram.

-

No dia seguinte estavam todos na mesa, com exceção da rainha que parecia não ter se sentido bem logo pela manhã. Tudo parecia bem, até que de repente um guarda entra ofegante e Odin logo pergunta.

- O que houve?

- Trago uma mensagem de Heimdall, pai de todos! Parece que ele viu um ataque senhor, em Alfheim!

- Alfheim? – Thor indagou levantando da mesa.

- Sim – o guarda prosseguiu – parece que foi algo muito poderoso, eles pedem por ajuda, muitos deles foram atacados.

Loki e Nina se encararam, a jovem se afligiu.

- Alvin – a jovem sussurrou.

Loki maquinava a mil naquele momento. Quem atacaria Alfheim? O moreno pensou consigo mesmo que talvez aquele ataque fosse o anuncio de que seu inimigo estava próximo... certamente era pista que precisava.

- Quem faria isto? – disse Thor empunhando o martelo.

- Elfos Negros – foi a resposta de Loki. O que fez com que todos os olhares se voltassem para ele.