O Rapaz Das Covinhas escrita por Julieta Antunes


Capítulo 39
T2 - Encontro


Notas iniciais do capítulo

Hoje eu madruguei! Espero que gostem pois este será o antepenultimo capitulo.



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Peguei num vestido roxo mas, ao o por à frente do corpo decidi que não era o ideal e o juntei aos outros vestidos que já repousavam sobre a cama.

Droga pensei porque é que eu estou tão nervosa? Não é de longe a minha primeira saida com Harry...

Mas ao olhar para o rosto refletido no espelho percebi. Eu continuava aquela adolescente meia tresloucada que tinha vindo para o casamento do pai. Eu continuava a mesma Lisa de sempre. E Harry era apenas mais uma prova disso.

Levei as mãos à cabeça numa atitude de nervos mas depois respirei fundo e voltei a analisar o meu guarda-fatos. Será que não havia roupa decente neste armário?! Que droga, hein!

Foi então que o vi. Estava tão escondido que já nem me lembrava dele.

Peguei no gabide que segurava um lindo vestido azul claro de alças. Era feito de um material sedoso que deslizava pelos meus dedos. Fora Harry que me dera e que ficara esquecido no armário até agora. Vesti o vestido, sentindo o tecido a deslizar pela minha pele e me observei ao espelho. Sim, sem dúvida este vestido ficava perfeito. Deixei meu cabelo liso e fiz uma make suave.

Respirei fundo e olhei para o relógio: Harry devia estar quase a chegar.

Peguei em minha mala e voltei a respirar fundo. A campainha tocou e, dando uma vista de olhos pelo espelho, me apressei a ir abrir a porta.

Ali estava ele. De jeans e uma camisola social. Ele estava igualzinho ao Harry de dezoito anos que eu amara. Quando sorria ele ainda fazia covinhas, tal como eu me lembrava. Talvez o meu amor por ele não tivesse desaparecido tanto como eu pensava.

- Eu tenho quatro sorrisos: um quando estou contente, um quando estou triste, um quando estou sendo sarcástico e um quando eu te vejo. Este é quando eu te vejo - explicou e eu senti as minhas bochechas corarem.

Tudo se estava a recompor e eu não me podia sentir mais contente.

É claro que eu amara Daniel. E ele terá sempre um lugar no meu coração. Mas ele morrera e eu teria de aprender a viver com isso. A dor não me passara, ela ainda estava lá. Provavelmente nunca iria passar. Mas a cada dia que passa eu me acostuma cada vez mais ela. Relembrando sempre os momentos bons e suspirando os momentos maus. Pois as pessoas que partem, nunca chegam mesmo a partir. Ficam sempre dentro do coração de quem as ama. Pelo menos, é isso que eu penso. Se não fosse isso, como poderia eu me levantar da cama todos os dias, sabendo que nunca irá haver a oportunidade de me reencontrar com aqueles que eu amo?

- A senhorita está pronta para o seu encontro? - me perguntou Harry, tal e qual como um cavalheiro e me estendendo o braço que eu aceitei de bom agrado.

- Claro que sim, meu rapaz das covinhas - repondi e olhando para a casa, murmurei algo parecido a - Adeus meu lindo ator.


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