Edward e eu passamos o resto da tarde na clareira, e eu não conseguia tirar os olhos daquele homem que brilhava a luz do sol por hora e horas. Ficamos por um bom tempo deitados no gramado da clareira conversando sobre nosso passado.

—Então quer dizer que você nunca teve um namorado...- mais pareceu uma pergunta do que uma afirmação, ele estava intrigado.

—Não...- fiquei com vergonha de revelar isso a ele.

—E você acha que se pai me aceitaria como primeiro?

—Eu não sei, espero que sim, você é a prova de balas né?

—Sou- ele gargalhou enquanto eu imaginava meu pai correndo a tiros Edward de minha casa. Gargalhei também.

—Esse é um lado bom de ter um namorado vampiro, ele não morre, não dorme e não come...

—Não dorme?

—Não.- ele sorriu

—E o que você faz a noite toda?

—Bom, antes de você aparecer em Forks eu ia caçar e ficava em casa lendo ou tocando piano. Mas agora eu... é vou até sua casa e fico te vendo dormir.

—Você faz mesmo isso?- ele assentiu- E a sua família o que eles fazem?

—Jasper e Alice e Emmett e Rosalie, é bom nem me pergunte... Esme cuida da casa e de seu jardim e Carlisle geralmente está no plantão do hospital.

Eu estava com vergonha, mas eu tinha que fazer aquela pergunta.

—E é... bom...- corei.

—Fala Laiza...

—Aquela coisa sabe... pra vocês é a mesma coisa que para humanos normais?

—Você está falando de sexo?

Ai que vergonha, eu queria me enfiar no chão agora. Assenti.

—É um pouco mais intenso, como vou te explicar? Bom é bem... feroz, Carlisle diz que quando está acontecendo é intenso e bem difícil de controlar nossas ações.

Será que isso implicaria em nosso relacionamento?

—Mas e se...

Edward enrijeceu.

—Não Laiza, um vampiro nunca poderia ter esse tipo de relação com uma humana!

Isso era lastimável, minhas esperanças de um dia perder minha virgindade tinham decido pela ladeira.

Mexi os lábios em um biquinho. Edward mudou de assunto.

—Anne está namorando com Jacob?

—Sim...

—E ela sabe o que ele é?

—Como assim o que ele é?

—Um lobo!- entrei em choque- Você não sabia que Jacob é um lobo?

—Não...- minha voz mal saiu.

Eu não conseguia imaginar o namorado da minha prima um lobo! Onde eu me meti?

—Mas como? Assim como as lendas contam?

—As lendas às vezes mudam um pouco os fatos, pois eles se transformam na hora que quiserem não só em lua cheia! Ou se transformam quando perdem o controle om algo...

—É difícil de não pensar que tudo isso é um sonho...

—Eu sei como deve ser difícil para você, para mim foi tão estranho quando Carlisle me explicou no eu tinha me transformado, não é todo dia que você descobre que é um monstro.

—Você não é um monstro.

—Minha família pode não matar pessoas, mas nossa espécie nos condena.

—Não pense assim Edward!

Edward me levou até a escola e eu peguei meu carro e fui para casa.

Quando cheguei fui logo tomar um banho, quando desci Anne estava chegando e Jacob a acompanhava.

—Oi Lah...

—Jacob!

Anne percebeu meu olhar de desaprovação para Jacob.

Como ele ousou não me contar o que ele era?

E se Anne descobrisse o que ele é...

—Tudo bem com você Laiza? – ela perguntou abraçando Jacob.

—Tudo sim, é... como foi o cinema de vocês?

—Foi bem legal né Jake?

—Sim, foi muito bom.

—Onde você estava garotinha?

Meu pai saiu da cozinha com uma voz de desaprovação.

—Eu é... eu sai com um amigo...

Droga, por que não dei outra desculpa?

—Cuidado filha, esses garotos não são de confiança, você tem que fazer que nem Anne e achar um rapaz que nem Jacob!

Ia começar o puxa-saquismo... E ele nem imaginava o que Jacob escondia...

Ele enxugou o suor da testa.

—Quem é esse seu amigo?

—É... pai você não precisa saber né...

Jacob e Anne disfarçavam a risada.

—Laiza!

—Tá, é um ... é um dos filhos do Dr. Cullen.

Jacob engoliu em seco. Mas se conteve, ele era até mais perigoso eu Edward, o que ele tava pensando... Revirei os olhos desaprovando sua expressão.

—Qual deles? Não é aquele moreno grandão que mais parece um armário né?

—Não pai.- Esse era Bella que queria...

Bem que eu não iria falar isso né.

—Então qual é?

—É um lá pai...- subi correndo as escadas para não ver seus protestos.

Lá de cima eu ouvi quando Jacob se despediu de Charlie e Anne disse que iria o acompanhar até lá fora.

Olhei pela janela e os dois estavam sentados nos degraus da varanda.

P.D.V. Jacob.

Eu e Anne tínhamos acabado de sentar nas escadas da varanda de Charlie, eu ainda não conseguia acreditar que Laiza estava se envolvendo com o Cullen.

—Jake, por que você está assim?

—Nada não minha bonequinha...

Eu adorava a chamar assim, seu sorriso constrangido era tão meigo como ela.

—Você está assim desde que a Laiza falou que estava saindo com Edward!

—Ela não deve ficar com ele!

—Mas isso é uma escolha deles Jacob, por que você não aceita isso?

—Eu não vou aceitar!

—Eu não te entendo sabe, se você gosta dela a ponto de sentir um ciúmes desses por que não fica com ela?

Anne levantou-se rapidamente e bateu com a porta atrás de mim.

Droga, parabéns Jacob Black agora sua namorada pensa que você está afim da prima dela, parabéns seu idiota!

Peguei minha moto e voltei para La Push.

P.D.V. Laiza

Alguém bateu na porta do meu quarto, eu esperava que não fosse meu pai, era Anne, ela não parecia muito bem.

—Tudo bem com você?

—Sim... eu só estou com... com... dor de cabeça.

Vish ela mentia muito mal, que nem eu.

—Me conta como foi sua tarde, me conta tudo!

Falou ela sentando em minha cama enquanto eu fechava a porta.

—Tudo o que?

—Não se faça de tonta, eu ouvi você dizer que saiu com um dos Cullen, onde Edward te levou?

Tá desisto de negar.

—Ele me levou em um lugar lindo, lá na floresta.

—Iiih Edward safado, te levou para o matinho!

Ela ironizou tudo.

—Cala boca Anne!

—Tá bom, parei, não está mais aqui quem disse. Mas me conta, vocês estão juntos?

Ela parecia ter um interesse a mais nisso.

—Sim- sorri.

—Ai que lindo - ela se levantou e foi até a janela- Vocês estão namorando?

—Não sei, acho que não. Ele não me pediu em namoro - não dei muita importância a esse fato. Edward não precisava me dizer muita coisa para eu amá-lo, poucos gestos dele me deixavam totalmente apaixonada por ele.

—Hum... hahahahhhahahahha- ela começou a gargalhar paranoicamente.-Que foi? Pirou de vez?

—Não, hahah é que eu tive um sonho sinistro com seu namoradinho., hahha.

—O que você sonhou com ele?

—Que ele era um tipo de... predador desconhecido, e queria devorá-la, hahahhaah, e sabe qual a melhor parte?

—Não, qual?

—Que ele iria te devorar no matinho, hahahhaha.

Ela se contorcia de rir e eu não achava graça nem uma, não sei porque, na verdade eu sabia sim. O sonho dela não estava errado, Edward era um predador! E ela era a única que não sabia disso.

—Laiza você está bem?- perguntou ela voltando a si.

—Anne...

—Que?- será que seria prudente contar a ela?

—Fala Laiza!

—Ela sentou-se em meu poof.

—O que eu vou contar pode parecer sobrenatural e impossível, mas é verdade.

—Você está me preocupando.

—Vou ser curta e grossa!

—Ui, grossa?

Eu vou matar Anne Swan! Revirei os olhos.

—Edward e toda sua família são um clã de vampiros!

—Hahahhahaha, quem pirou agora foi você!

—Anne é sério!- me joguei em minha cama.

—Você me vem com uma história dessas e quer que eu acredite?

—Mas é verdade, e o pior você não ouviu ainda! Jacob é um lobo!

—Que! ?- ela fico pálida- Olha Laiza você não deve ter tomado seu remédio hoje, fica ai com suas historias loucas, eu vou para meu quarto.- disse ela saindo.

—Ta bom- não ia insistir, ela que comprovasse por si só.

Quando senti fome fui até a cozinha procurar algo para comer. Peguei um copo de leite com serial e fui me sentar na sala assistindo tv. Eu era a única acordada, mas não passava nada de agradável na televisão. Terminei de comer e subi para meu quarto.

Quando cheguei levei um susto. Edward estava parado na janela. Ele me viu e sorriu torto vindo em minha direção, me beijou intensamente, mas quando meu corpo começou a sentir um calor ele parou imediatamente. Deixando-me ofegante.

—Desde quando você entra em meu quarto sem autorização?

—Desde quando você entra em meus pensamentos sem a minha permissão.

Ele sorriu comigo.

Naquela noite dormi em seus braços, como seu corpo era mais gelado que o normal, ele colocou um monte de coberta em cima de mim. Dormi tranquilamente. Quando acordei ele não estava mais ali. Encontrei apenas um bilhete escrito em letras elegantes.

Bom dia!

Anne não falou uma palavra até a escola. Estacionei em uma vaga a três carros de onde Edward estacionara o seu, ele sorriu ao me fitar.

Eu fui ao seu encontro e Anne me seguiu.

Ele me abraçou.

—Você está linda!- sussurrou em meu ouvido. Eu corei.

—Obrigada.

—Vamos?- perguntou ele com um braço em minha cintura. Assenti.

Enquanto atravessávamos o estacionamento ouvimos um barulho de uma moto cantar pneus. Quando olhei a moto já estava quase em cima de nós. Foi tão rápido que nem tive ação. Edward se jogou contra mim, nos derrubando no chão. Senti minha cabeça latejar ao bater no meio fio da calçada, uma dor intensa me atingiu e tudo se apagou.