Catherine pov:

        Corri o máximo que pude na direção de casa, estava preocupada e ao mesmo tempo desconfiada, intrigada, mas ao mesmo tempo com medo...

        Entrei no condomínio com muita pressa e fui na direção da minha casa, parei o carro e disquei o número da polícia, caso eu precisasse...

        Peguei as chaves de casa e entrei...

Nick pov:

        Assim que ela saiu do lab eu peguei meu carro e fui atrás dela, mesmo fazendo poucas semanas que à conhecia, sabia que alguma coisa estava errada com ela.

        Dirigi até a casa dela e o porteiro me deixou entrar.

        Estacionei o carro na frente de sua casa e vi seu carro lá...

Catherine pov:

        Entrei em casa. Parecia tudo normal, fora a bagunça que deixei, por falar nela cadê?

        Eu havia deixado uma “pequena” bagunça sem querer, tinha acordado atrasada, mas não encontrava...

        Torradeira limpa, sala com almofadas no lugar, muito estranho.

        Ouvi um barulho vindo do meu quarto, toquei minha arma na cintura, estava lá, fui então na direção de meu quarto.

        Entrei nele, nada demais, aparentemente, parei de costas pra porta abaixando perto da cama.

        Foi quando ouvi outro barulho me virei e um homem me agarrou me dando uma “gravata”.

        Tentei me soltar, mas ele era incrivelmente forte, não obtendo sucesso em minha empreitada, me pus a gritar, com todo ar que tinha nos pulmões.

Nick pov:

        Ouvi gritos vindos da casa, eram dela, pude deduzir, corri e entrei na casa, ouvi mais um grito, menos forte dessa vez, fui na direção do som e a vi lutando com um homem no que parecia ser seu quarto.

- Solta ela seu imbecil! – exclamei e fui pra cima dele, dando-lhe um belo murro na cara. Ela se soltou e fou para o outro extremo do quarto.

        Continuei batendo no sujeito em cima dele, ele tentava revidar, mas não dava tempo a ele.

        Catherine, vendo que o indivíduo já estava desacordado, se aproximou e colocou uma das mãos em meu ombro.

        Ela não disse uma palavra se quer, mas pude ler seus olhos, eles diziam para que eu parasse, e me agradeciam ao mesmo tempo.

        Fomos para a sala, enquanto a polícia chegava, vizinhos são úteis às vezes.

Catherine pov:

        Ele me acompanhou até o outro lado da rua, enquanto a policia entrava na casa.

        Ficou do meu lado sem dizer nenhuma palavra, só acariciando meus cabelos, enquanto olhava para o movimento dentro de minha casa.

        Quebrei o silêncio entre nós:

- Obrigada – eu disse.

- Disponha... – ele disse seco, ainda olhando pra casa.

- Você salvou minha vida! – eu disse tentado fazer um tom grato.

- Faria por qualquer pessoa...

- Mas, fez por mim, quero agradecê-lo, de verdade!

- Não precisa, eu fiz isso por que gosto de você Catherine, mas teria feito por outra pessoa sem pestanejar!

        Fiquei quieta, ele não queria nada em troca e isso me encantou, mas tinha que o agradecer pelo que fez...

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX

        Catherine chegou ao laboratório, pelo visto todos sabiam o que tinha acontecido, pois olhavam pra ela com uma cara de espanto e pena, ao mesmo tempo.

- Que bom que ta bem princesa! – exclamou Greg a abordando para um abraço surpresa no meio do corredor.

- Oh, Greg! – ela disse um pouco sem ar, ele a apertava. – Ta me apertando...

- Me desculpe! – ele pediu se afastando dela.

- Ok... – Ela disse,

- Os outros querem ver você! – Greg exclamou guiando ela até a sala de reuniões.

- Desculpe Greg, mas não quero ver mais ninguém... – ela disse indo em direção à sua sala.

        Ela chegou em sua sala e fechou a porta, mas sem trancar.

        Sentou-se em sua cadeira e virou-se para admirar a vista que tinha de sua sala.

        Sem ela perceber Grissom entrou em sua sala sem fazer barulho algum, foi até ela e tocou seu braço, ela gelou na mesma hora.

- Não se preocupe, sou eu... – ele disse para tranquilizá-la.

- Por favor, não faça mais isso... – ela pediu com receio de olhar pra ele.

- Desculpe Catherine, não queria assustá-la, não foi minha intenção... – ele disse pegando uma cadeira e sentando-se ao lado dela.

- Eu sei disso... – ela disse e ele pode ver algumas lágrimas brotarem dos olhos cor de mar dela.

- Você ainda não chorou, não é mesmo? – ele indagou, recebendo uma resposta dela de negação que fez com a cabeça.  – posso sair se quiser... – ela fez que não com a cabeça.

        Ela posou sua cabeça no ombro de Gil e ele pode sentir algumas lágrimas molhando sua camisa.

        Ele virou-se pra ela e tocou seus lábios leve e docemente com os seus.

        O beijo foi salgado e molhado, mas foi muito bom para ambos, Catherine tinha que se sentir segura e Grissom passou isso pra ela por um único beijo...