–Mas tio Fiske!

–Dan, eu já expliquei a vocês. É importante manter as relações na família agora. Somos Madrigal, é a nossa missão.

–Por que é que você não nos falou isso antes?

O tio suspirou.

–Vocês iriam tentar me convencer a não fazê-lo, agora os convites já foram enviados, eles chegarão em dois dias. Não tem volta.

–Mas...

–Eu não vou mudar a minha opinião.

–Acha mesmo necessário isso? – pergunta Nellie.

–Sim Nellie, você sabe dos nossos deveres, também é uma Madrigal.

Ela assente, relutante.

–Venha Amy – chama – vamos lá pra cima, vou conversar com você.

–Nellie...

–Venha.

–Mas por que você só nos falou isso agora? – pergunta Dan ao tio.

–Já respondi Dan, porque se eu tivesse dito antes você arrumaria um jeito de fazer com que eu mudasse de ideia.

Dan estreita os olhos.

–Espertinho.

Dan fica olhando fixamente para o tio que havia pego vários papéis, provavelmente documentos Madrigal e agora olhava atentamente para eles por baixo de seus óculos.

–Dan, por favor.

–Já entendi tio. Mas se alguém tentar me matar eu posso arrancar-lhe a cabeça com as minhas habilidades de ninja?

–Ninguém vai tentar te matar na sua própria casa, contudo todos eles se comprometeram com a causa Madrigal. Sinceramente acho que você não vai conseguir arrancar a cabeça de ninguém com judô.

–Wushu.

–É, que seja.

–Claro que eu consigo, sou um ninja tio Fiske.

–Claro...

–Beleza! Acho que então... Eu consigo aguentar esses idiotas aqui! Vou começar a preparar as armadilhas!

–Sem armadilhas.

–Hm, ok. Só uma pergunta, por que você usa óculos se fica olhando por baixo deles?

Fiske Cahill dá uma gargalhada.

–Só você mesmo Daniel...

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–Mas Nellie eu tenho o baile da escola!

Nellie me olha como se eu fosse um sapo bem nojento.

–Você vai a um baile de escola?

–D-Dylan me convidou. O baile é daqui a uma semana e vai vir toda essa gente aqui, como é que eu vou?

–Quem é Dylan?

Um sorriso travesso. Olhos tão verdes quanto o mar. Lindos cabelos cor de areia. Pele bronzeada, esse era Dylan, o garoto que devia estar jogando futebol e não lendo com Amy na biblioteca, aquele que devia ser “o pegador” mas era só um doce menino que sabia, além de tudo, ser um bom amigo.

–Meu ahn, meu amigo.

–Aham, sei. Amigo. Engane a pobre Nellie. Como ele é?

–Nellie, você conhece ele.

–Ei, espera. Ele é aquele loiro gatinho que estava com você ontem?

–É...

–Ahá! – Nellie dá um pulo e coloca o dedo bem no nariz de Amy – já sei o que está acontecendo! Você, mocinha, está gostando desse guri aí e está preocupada porque o senhor Iandiota Kabra está vindo pra cá. Awn, ele vai balançar o seu coraçãozinho. Isso é tãããããããããõ romântico! Credo, que meloso.

–NELLIE!

–Tá bom, tá bom. Vou dar um jeito de você ir ao baile com o seu cara.

–Eu quero muito, muito ir a esse baile.

–Eu sei. Escuta só, tem alguma amiga sua ou amigo sem par?

–Tem sim, acho que umas cinco meninas e um garoto.

Nellie contou nos dedos.

–Ted... Ned... Iandiota... Hamilton... Sinead… Jonah... VÊ? DÁ CERTO! Reagan e Madison não vão querer ir mesmo.

–O-o quê dá certo?

–Suas amigas ficariam muito tristes se ficassem sem par e não pudessem ir ao baile, não ficariam?

–Chanelle já chorou.

–Então Amy! Leve os Cahill ao baile! Suas amigas terão par e...

–Nellie, VOCÊ ESCUTA QUANDO FALA?

Ela fuzilou Amy com o olhar.

–É uma ideia brilhante. A não ser pelo fato de vocês serem Cahill.