Mudanças escrita por YamanakaRe


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

~Oiie pessoal! ~se esquiva dos tijolos~
Desculpa por ficar tanto tempo sem postar, tive um sério problema de falta de inspiração.
Hoje estou um tanto triste e ,pode-se dizer, até mesmo um pouco depressiva. Com a ajuda de algumas músicas, que eu coloquei de fundo para algumas partes, consegui terminar o capítulo!
Não está tão grande quanto eu queria que ficasse, mas aqui está.
Ah! Postarei os capítulos semanalmente tá?
Boa leitura!



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Por que tudo aquilo estava acontecendo? Por que?

Eu só queria entender isso.

Encolhi-me em um canto escuro daquele imenso mar de estantes, ficando fora da vista de qualquer um que entrasse ali. Quase como se eu não existisse.

Eu não conseguia entender, se eu realmente havia abandonado Sasuke, porque não me lembrava de nada. Às vezes breves imagens borradas se passavam em minha mente, mas nada que chegasse a ser revelador.

“...você precisa descontar esta mágoa, esta angústia, este sofrimento em algo...”

Descontar? Era um bom plano, mas descontar em que?

“...Faça algo que você sente que melhorará esta dor...”

Algo que melhorará a dor. Mas, o que poderia amenizar todo aquele sofrimento?

Resolvi andar pelos fundos da biblioteca para ver se encontrava alguma coisa. Talvez um livro me ajudasse a esfriar a cabeça por hora, para depois pensar melhor em que fazer exatamente, o que seria algo difícil.

Enquanto caminhava lentamente por entre as milhares estantes, pude avistar uma pequena porta de madeira, quase escondida por uma pilha de jornais velhos. Adentrei o lugar por pura curiosidade, era uma pequena sala repleta de livros antigos até o teto, mal cabia uma pessoa lá dentro.

Vasculhei o local com os olhos, procurando algo que me pudesse ser interessante, ou que ao menos que me distraísse. Mas, nada era diferente o bastante para despertar minha curiosidade, a não ser uma pequena e velha caixa de madeira, que eu só havia notado a presença naquele momento.

Ela estava sobre um grande pilha de livros, teria de fazer um certo esforço para pegá-la, mas nada que fosse tão cansativo. Me equilibrei na ponta dos pés e estiquei meu braço direito o máximo que pude para alcançar o que eu tanto almejava, enquanto com cotovelo esquerdo me apoiava em outra pilha livros, que ameaçava cair a qualquer momento.

O que aconteceu em seguida foi muito rápido, nem eu entendi o que ocorrera naquele momento. Ao sentir que minha mão direita conseguira contato com a pequena caixa, a agarrei fortemente, fazendo com a que eu esticasse mais ainda meus pés para cima e colocasse mais força em meu cotovelo. Com o aumento da força em meu cotovelo, a pilha de livros não resistiu e desmoronou, levando-me rapidamente contra o chão.

Caí sobre os livros que caíram e outros que já se encontravam no chão. Pude sentir minha face contra o frio chão de madeira e dores em minha coluna, mas nada que não fosse passageiro.

Levantei-me com cautela para tentar não danificar os livros, ou o que havia sobrado deles. A pequena caixa ainda se encontrava fechada, e em minhas mãos.

Saí rapidamente da saleta, fechando a porta em seguida. Queria abrir aquela caixinha e saber o seu conteúdo, mas não ali, me sentiria culpada se a abrisse em frente àquela sala, então retornei ao lugar onde estava sentada há poucos minutos.

Sentei-me novamente no chão e analisei a pequena caixa mais um pouco antes de abri-la lentamente, revelando um pequeno canivete de prata. Fiquei a olhá-lo por um bom tempo, até que pequenas lembranças vieram à minha mente.

Flash Back On – (Música de fundo: http://www.youtube.com/watch?v=aFLM1NEkxf8)     

Havia se passado uma semana desde a morte deles. Eu estava em estado de choque, não comia, e os sinais da falta de sono já estavam claros em meu rosto. Olhos arregalados e com olheiras, pele fria, olhar gélido e distante. Tudo devido à culpa, a culpa que eu sentia por tê-los incentivado a ir.

Após dias deitada em minha cama, resolvi andar pela casa, não para ver se aquilo passava, mas sim para poder me culpar mais ainda, e assim retirar tudo aquilo de mim, junto com meu sangue.

Andei até a cozinha, que se encontrava escura e fria, devia ser noite ou algo parecido. Olhei em volta à procura daquilo que eu tanto queria, aquilo que iria acabar de uma vez por todas com aquela dor, aquele sofrimento, e principalmente, com aquela culpa.

Logo encontrei o objeto repousado sobre a mesa, era grande e afiada, faria o trabalho bem rápido. Peguei-a com uma das mãos e fiz um corte superficial em meu pulso esquerdo, nada aconteceu. Mais um corte, dessa vez um pouco profundo. Pude ver o sangue, tão rubro, sair por entre a fina ferida e escorrer por meu braço. Aquilo, de certa maneira, fez com que eu me sentisse melhor, era como uma forma de me punir pelo o que eu havia feito.

Dias se passavam, e mais cortes apareciam, até que eu comecei a sentir que somente os cortes não estava mais funcionando, precisa ser algo mais forte. E foi quando começaram as tentativas mais drásticas de suicídio.

Flash Back Off

(Música de fundo: http://www.youtube.com/watch?v=5anLPw0Efmo)

Cortes haviam conseguido diminuir minha dor naqueles dias, talvez funcionassem novamente. Era a minha única esperança, única maneira de esvaziar a mente.

Sem mais hesitar, abri o canivete e fiz um pequeno corte, mas profundo o suficiente para sair uma quantidade grande de sangue. Vê-lo escorrendo por minha mão e meu braço era algo indescritível, foi como se tudo não passasse de lembranças de um passado tão distante que não pudesse ser alcançado.

As lágrimas que há pouco caíam de meus olhos, agora secavam. O semblante triste em meu rosto sumira, dando espaço a um sorriso de felicidade. Tudo estava tão sereno e tranquilo, as únicas coisas a serem ouvidas eram o som do sopro do vento, e o das gotas de sangue que pingavam de meu braço em direção ao chão.

Minha respiração se tornara tranquila, meus olhos brilhavam, o sorriso em meus lábios aumentara. Naquele momento o Sol alcançou aquela parte escura da biblioteca, o vento soprou mais forte e lágrimas de felicidade brotaram de meus olhos enquanto me deitava suavemente no chão. O meu maior momento de paz e tranquilidade havia chegado, eu estava feliz. Tudo então poderia ficar bem. Sem mais dor ou sofrimento, apenas felicidade.

-Podemos ir pra casa mamãe e papai? Podemos? – sussurrei enquanto via eles se aproximarem de mim.

-Sim querida, agora podemos.


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Notas finais do capítulo

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Kissus!



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