Carol já saiu do cinema reclamando. Ela disse que o filme foi horroroso, mas eu adorei! Acho que ela não ter gostado tem haver com fato de que ela leu os livros. E como eu não li, não entendi muito bem as reclamações dela, mas foi mais ou menos assim:

- Bla bla bla bla Annabeth loira, bla bla bla Clarisse, bla bla bla bla 12 ANOS!!!!

Como não queria irrita-la só concordei com a cabeça. Mas de repente aconteceu a coisa que eu menos esperava, Carol calou a boca. Na verdade ela não só calou a boca, como também virou de costas e paralizou. Cheguei perto para perguntar o que tinha acontecido, mas antes disso ela começou.

- Tá vendo aquele garoto ali de camisa azul? Do lado do de camisa vermelha? - ela disse apontando para trás.

- Uhum, tô.

- Então, eu me mudei para cá umas duas semanas antes de começarem as aulas. Como não conhecia ninguém, acabei fazendo amizade com meu vizinho, ele. - disse apontando de novo. - Acontece que eu meio que estou gostando dele. - na mesma hora ela ficou vermelha.

-E porque você está se escondendo?

- Estou com vergonha de falar com ele, por isso não quero que ele me veja.

- Carol!

- Shhh... fala baixo...

- Carol, - disse baixinho. - dá para parar com isso? Você está parecendo até outra pessoa! Faz assim, vai andando normalmente e, se ele te ver, manda um sorrisinho.

- Está bem... - respirou fundo, e se virou de novo.

No momento que ela se virou o tal garoto a viu. Ele era bem bonito pra falar a verdade, e ainda era alto, forte e loiro. Quando Carol percebeu que ele vinha na nossa direção olhou para mim, com um olhar de dar medo. Eu estava meio preocupada com ela, mas nem tanto, pois sabia que Carol tinha jeito com garotos. Ele estava chegando mais perto, e então que eu fui reparar no garoto de camisa vermelha. Ele não era lindo, mas era... bonitinho, isso mesmo, bonitinho.

- Oi Carol, quanto tempo não te vejo! - disse o garoto de camisa azul dando dois beijinhos nela.

- Oi Gustavo, é... - ela estava nervosa.

- Esse aqui é o meu primo, Gilherme. - disse apontando para o garoto de camisa vermelha.

- Oi... Essa aqui é minha amiga, Alice. -apontou para mim.

- Vocês estão indo pra sua casa?

- Sim, e vocês?

- estamos, então vamos juntos?

E foi o que aconteceu. Enquanto eles dois conversavam eu fui, disfarçadamente, ficando um pouco para trás. Queria que eles pudessem conversar a vontade. E, aparentemente, o Guilherme também. Ele foi ficando para trás até ficar do meu lado. Os dois pombinhos nem perceberam, e pelo rosto deles deu para perceber que estavam com um caso raro de paixonite, que nenhum remédio podia curar. Para passar o tempo comecei a conversar com Guilherme. Ele era bem legal, então fomos conversando até chegarmos na casa de Carol.

Depois de termos dado as devidas despedidas entramos pelo portão da casa dela, mas paramos no jardim para ela me contar tudo.

- Ele mandou várias cantadas! E eu sorria, para mostrar que estava gostando. E então, quando estavamos quase chegando, ele me chamou para uma festa na casa de um amigo dele. Eu aceitei, e ainda consegui que ele deixasse eu te levar! Não é ótimo?!

- Não! Claro que não é ótimo, você acha que eu vou pra essa festa para ficar segurando vela? - perguntei nervosa.

- Mas ai é que está a melhor parte! O Guilherme vai e, como ele não conhece os amigos do Gustavo, você pode fazer compania para ele. Ou até mais que compania, se tudo der certo.

De repente eu percebi. Ela estava tentando me fazer ficar com o Guilherme. Ele era bem bonitinho, e eu não teria problemas em ficar com ele, mas duvido que ele fosse querer ficar comigo. Já estava pensando em recusar, mas então eu percebi que podia ir e ficar só conversando com ele. Isso não ia doer, e ainda ia ajudar a Carol. e então só disse:

- Com uma condição.

- Qual?! - ela perguntou já animada.

- Você vai ter que me ajudar a me arrumar.

- Só isso? Claro que faço, vai ser divertido, e você pode dormir aqui!

Depois disso entramos na casa dela. Os pais dela ainda não tinham chegado, mas tinha alguém tomando banho. Carol perguntou se eu queria usar o computador para checar o Face. Estava até pensando em aceitar, mas então eu vi.

- Você tem o YBox 120º ?!?! - disse chagando perto para ver, aquele era o video game mais recentemente lançado.

- Aé, você gosta dessas coisas, né? É do meu irmão, pode jogar, mas toma cuidado para não quebrar se não ele surta. o jogos estão naquela gaveta.

Fui correndo ver os jogos que ele tinha. Eram vários. Esse garoto tinha todos os tipos de jogos, desde Shooting zombie, Call of war, até Speed car, Soccer Master. Eu já estava pirado ali, então peguei o meu preferido - Shooting zombie - e comecei a jogar. Já devia estar jogando há uns 10 minutos quando o chuveiro parou. Uns instantes depois um garoto saiu do banheiro só com uma toalha cobrindo da cintura para baixo. Provavelmente era Lucas, o irmão de Carol, mas eu não consegui pensar muito, pois etastava ocupada apreciando aquele abdomen.

- Quem é você? - falou aquele garoto lindo.

- Eu sou amiga da Carol.

- Ah tá... dá licença.

E entrou num comodo, provavelmente seu quarto, enquanto eu apreciava sua bunda. Sempre que reparava assim nos garotos me sentia uma pervertida, mas sabia que era normal, então só continuei. Voltei a jogar, mas continuei com aquela imagem na cabeça.