Rebel Toy. escrita por Porcelain


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá, queria pedir mais uma vez que deixe um review pra me motivar mais à escrever! Boa leitura.



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— MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQ... – Antes que Yasei pudesse concluir a frase, Yasashi o empurrou de volta ao quarto onde estava. Os barulhos de tiros continuavam. – ME DEIXE SAIR, SEU IDIOTA!

— Você só vai sair quando eu quiser. – O homem alto disse, chutando a porta para que Yasei parasse de bater nela. – TOKOHA, SAIA DO MEIO!

— CALADO. – O garoto atirou em três homens que caíram mortos no chão. Ainda assim, haviam muitos homens na casa, que atiravam toda hora. Yasashi desviava habilmente das balas, que iam todas em direção às paredes e à porta do quarto em que Yasei estava. Tokoha era muito veloz, e atirava com mais facilidade. Yasashi atirou na cabeça de um dos homens que mirou para Tokoha, mas caiu morto no chão antes que pudesse disparar. O grande homem de olhos castanhos retirou duas facas do bolso e jogou-as em direção à dois homens, mas os mesmos desviaram e as facas acabaram atingindo outros homens que estavam atrás.

— Vocês ainda estão na minha mira. – Yasashi atirou nos dois, e quando foi disparar o terceiro tiro, percebeu que havia acabado as balas. – TOKOHA, VÁ DISPARANDO.

Yasashi agachou-se atrás de um móvel enquanto recarregava sua arma, então um grito fora ouvido. O homem levantou-se e viu que Tokoha havia sido atingido na perna.

— DROGA! – Yasashi parou na frente do garoto e atirava repetidamente, acertando em todas as vezes. Ainda sobraram cinco homens, que atiravam.

— Vá para o quarto onde Yasei está. – Yasashi disse, fitando Tokoha. O garoto assentiu e mancou até a porta, enquanto Yasashi atirava para dar cobertura. Retirou mais duas facas e as lançou, e as duas perfuraram o pescoço de dois homens diferentes.

— VOCÊ AINDA VAI MORRER. – Um dos homens dissera, e foi em direção à Yasashi, correndo. O homem de olhos castanhos escuros simplesmente abaixou-se e esticou a perna, fazendo o mesmo cair. Apontou a arma pra ele e atirou, matando-o.

— Você está errado. – Yasashi disse, e então virou-se para o outro homem que tentava disparar, porém, estava sem balas. E então o último disparo fora ouvido.

— Vocês estão bem? – O homem abriu a porta, que a esta altura estava toda com buracos de tiros.

— CLARO QUE NÃO. VOCÊ COMEÇA A ATIRAR EM HOMENS NA MINHA CASA E AINDA PERGUNTA SE EU ESTOU BEM? QUAL É, TUDO ISSO SÓ POR QUÊ EU NÃO TE AJUDEI À ENSACOLAR AS COISAS? – Yasei gritava, enquanto Teeth latia para o corpo dos homens mortos. – OLHA ISSO, TUDO ESTÁ SUJO DE SANGUE E COM FUROS DAS BALAS!!

— Me desculpe. – Yasashi colocou a mão no rosto do garoto. – Este foi o primeiro lugar que pensei em me esconder, e quando dei por conta eles já estavam aqui.

— ISSO NÃO É DESCULPA. PODE PELO MENOS EXPLICAR O QUE ACONTECEU? – As lágrimas de desespero escorriam da face branca de Yasei, ele não sabia explicar se estava com ódio ou medo.

— Posso. Antes, vamos na minha casa. – Yasashi colocou Tokoha nas costas e abriu a porta da frente. Yasei segurou Teeth nos braços e acompanhou o homem.

[...]

Tokoha já estava com a perna enfaixada, e Yasashi com curativos em seus machucados. Yasei estava sentado no sofá branco acolchoado, com Teeth dormindo em suas pernas.

— Ok. Vou explicar tudo. – Yasashi sentou no sofá à frente de Yasei, e Tokoha sentou ao seu lado. – Nós somos da máfia japonesa. Estávamos pensando em infiltrar uma das empresas Hina pra roubar uma das joias amarelas, que dizem que ela é feita com pó de ouro com diamantes. Apenas uma delas valem uma fortuna.

Empresas Hina. As empresas de Miharu Hina, pai de Yasei. O garoto podia muito bem dedurá-los, mas queria saber o resto da história.

— Aqueles homens que matamos também queriam roubar uma das joias, e pensaram que nós estávamos com uma e queriam roubá-las de nós. Só que nós não estamos com nenhuma joia. Sabemos que existem mais homens daquela máfia, e eles vão voltar. Tenho certeza. – Yasashi suspirou.

— Não estou preocupado com vocês, estou preocupado com a minha casa que vocês destruíram. – Yasei disse, enquanto acariciava a cabeça de Teeth, que dormia.

— Não se preocupe. Você vai morar conosco até terminarmos de arrumá-la. – O homem fitou-o.

— Terminarmos? Eu não vou ajudar, eu não quebrei nada. – Tokoha cruzou os braços.

— Você vai ajudar sim. – Yasashi suspirou. – Enquanto isso, Yasei-san, vou pegar suas coisas e trazê-las pra cá.

O homem levantou-se do sofá e vestiu um casaco. Colocou o óculos e saiu, com o rosto amigável que apenas servia de seu disfarce.

— Eu tenho apenas duas regras, ok? – Tokoha disse, fazendo Yasei tirar os olhos da porta e fitá-lo. – A primeira é que você tem que ficar longe do meu caminho e das minhas coisas. A segunda é você ficar longe do Yasashi. BEM. LONGE.

Tokoha levantou-se do sofá, mancando, e foi até seu quarto. Yasei suspirou, fitando Teeth.

“Imagino que estou metido em uma confusão agora.”

[...]

— Voltei! – Yasashi sorriu, arrumando seus óculos. Ele carregava algumas caixas. – Ainda têm mais coisas no carro.

Aproximou-se de Yasei, que desenhava em um pequeno bloco de notas que ficava na mesa de centro.

— Fique tranquilo, eu trouxe sua coleção de mangás. – Yasashi disse, num tom provocante deixando Yasei embaraçado e com o rosto vermelho.

— Pode parar com seu teatrinho. – Yasei pediu, pegando uma das caixas de seu braço. – Eu sei que você não é tão amigável assim.

Yasashi colocou as caixas no chão e fitou-o.

— Eu preciso ser assim pra confiarem em mim.

— Mas eu já sei que você não é assim. Não vou confiar em alguém que fique se passando por algo que não é. – O garoto jogou-se no sofá e retirou um mangá da caixa, começando a ler.

— Ok então. Quer que eu te trate como eu realmente sou? – Yasashi disse, aproximando-se de Yasei.

— Tanto faz. – Yasei olhou de relance para o mesmo, que colocou os braços entre seu corpo e aproximou-se ainda mais. Tokoha tossiu falsamente, chamando a atenção dos dois.

— Se quiserem se comer, vão pro quarto e tranquem a porta. Seus idiotas. – Tokoha olhou com desprezo para Yasei, enquanto bebia um copo dágua. Yasashi sorriu inocente e se afastou de Yasei.

[...]

— Ohayo, Hina-san! – Matsuda disse, abotoando seu uniforme. Os dois estavam nos fundos do mercado, onde os funcionários arrumavam-se para trabalhar. Era um vestiário.

— Ohayo. – Yasei sentou-se no banco e suspirou. Retirou seus sapatos e levantou-se de frente ao seu armário. Abriu-o e retirou seu uniforme. Vestiu-se rapidamente e colocou suas roupas no armário, fechando-o logo depois. Saiu do vestiário e foi até o caixa, com sono.

— Você está muito desanimado, Hina-san. O que aconteceu? – Matsuda perguntou, aproximando-se dele.

— Nada que seja da sua conta. – Yasei respondeu secamente, fitando Matsuda de relance. Seus olhos alaranjados quase sumiam acima de suas olheiras.

— Não precisa ser tão grosso! – Matsuda suspirou, triste. Yasei estava com olheiras, pois não conseguiu dormir direito. Acho que qualquer pessoa não conseguiria dormir em uma casa com dois mafiosos armados.

Após isso, Matsuda voltou ao seu lugar. Desde que chegara à trabalhar neste mercado, Matsuda fora o único “amigo” de Yasei. Aspas por quê Yasei sempre o tratou com desprezo. Ele sempre tratou as pessoas assim, com um colega de trabalho não seria diferente.

Matsuda sempre o tratou bem. Haviam muitos empregados no mercado, mas Matsuda fora o único que se importava com Yasei.

— Bom dia, Yasei-san! – Yasashi colocou alguns produtos na esteira e sorriu. Yasei olhou torto para o mesmo.

— Para com isso. Esse seu disfarce me irrita. – Pigarreou, passando a máquininha em todos os produtos. Yasashi olhou o total e retirou dinheiro da carteira.

— Vai por mim, meu jeito real não iria te agradar. – Ele disse, pegando as sacolas e colocando os produtos dentro delas (já que Yasei ainda se recusava a ajudar).

— O que não me agrada é essa sua falsidade. – Yasei colocou o troco em suas mãos.

— Eu preciso ser assim nas ruas. Se quiser mesmo conhecer meu jeito real, estarei em casa. – Yasashi sorriu falsamente e segurou as sacolas. – Sayonara.

O resto da tarde passou arrastadamente. Yasei voltou cansado para casa, e então no meio do caminho lembrou-se que estava morando com Yasashi. Suspirou, e voltou à rua. Yasashi morava em um apartamento, em um condomínio fechado. Ele já estava com as chaves e todas as suas coisas estavam lá.

Abriu o portão com suas chaves e entrou no grande prédio. Atravessou o longo corredor e entrou no elevador. Yasashi morava no último andar, achava que lá era mais privado. O garoto abriu a porta e entrou, colocando sua bolsa no chão e jogando-se no sofá.

— Oi pra você também. – Yasashi disse. O mesmo estava cozinhando o jantar.

—Oi. Hm, que cheiro bom. –Yasei levantou-se e foi até a cozinha, fitando Yasashi que fatiava os legumes. – O que você está cozinhando?

— Macarrão com carne moída e molho. E se for reclamar, tem miojo no armário. – O homem disse rápido. Yasei sentou-se em uma cadeira da mesa e ficou observando o mesmo cozinhar.

— Não, eu vou comer isso mesmo. Nem sei fazer miojo, aliás. – Yasei suspirou. Tokoha entrou na cozinha com duas sacolas nas mãos. Colocou-as em cima da mesa e abriu a geladeira, retirando um iogurte de morango.

— E então, quando vamos tentar roubar a joia de novo? Já está tudo planejado, mesmo. – Tokoha puxou uma cadeira e sentou-se.

— Hoje de noite, apressadinho. – Yasashi mexeu a panela. – E, você, Yasei-san, vai ficar aqui em casa.

— Claro que vou, ou vocês achariam que eu iria pedir pra ajudar? – Yasei olhou torto para Yasashi, que deu um pequeno riso.

— Não, você iria morrer de medo de ser pego. E ainda nos entregaria. – Tokoha deu um gole em seu iogurte.

— Cala a boca, você é muito irritante. – Yasei disse, olhando com desprezo para Tokoha que riu.

— Ué, só estou dizendo a verdade. Não é você mesmo que diz que odeia falsidade? Hipócrita. – Tokoha praticamente cuspiu as palavras no rosto de Yasei.

— Por qual razão eu entregaria os mafiosos que estou morando junto? Aí eu ficaria sem ter onde morar. E, aliás, não tenho nada a ver com isso. – Yasei disse. – E cadê o Teeth?

— Aquele pulguento? Botei ele pra fora. – Tokoha disse, levantando-se da cadeira.

— VOCÊ O QUÊ? – Num ato de fúria, Yasei levantou-se da cadeira e puxou Tokoha pela gola de sua camisa.

— Calma, irritadinho, ele só está dormindo numa caixa embaixo da sua cama. – Tokoha empurrou-o. – E não toque em mim.

— Por quê? Por acaso você é de vidro? – O garoto gritou, nervoso.

— Posso ser, já que vidros cortam. – Ele disse, retirando uma faca do bolso.

— Vocês querem parar? – Yasashi interrompeu os dois, tomando a faca das mãos de Tokoha.

— Não tenho culpa se ele é um idiota. – Tokoha resmungou.

— Acho que o idiota da história é você. – Yasei disse, irritado. Levantou-se de sua cadeira e voltou bufando para o quarto de hóspedes, onde ele dormira. Yasashi fitou Tokoha irritado.

— Não precisa ficar descontando toda sua raiva no menino. – Ele suspirou.

— Não estou com raiva pra descontar em ninguém. – O menino amassou a embalagem do iorgute e a jogou no lixo, saindo da cozinha logo depois.


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Notas finais do capítulo

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