Crime Passional escrita por Flor de Cerejeira
Notas iniciais do capítulo
Obrigada pelo comentário no capítulo passado
Lili
Beijos!!
- Pai olha, o Sesshoumaru chegou... – Inu-Yasha anunciou, e o pai deu um breve sorriso por ver que ele estava bem e... muito bem acompanhado.
Inu-Yasha levantou-se e foi em direção ao irmão, que ao avistá-lo preparou um sermão pelo comentário do laço.
- Onii-san... onde se entocou na noite passada? – Inu-Yasha perguntou, reparando os cabelos do irmão depois.
-Eu dormi no carro, e não comente sobre isto – ele apontou para o cabelo e Rin deu uma risada abafada. – ou eu te quebro em dois.
- Eu não ia comentar... mas se insiste, ficou muito diferente...
- Inu-Yasha, cale essa boca... – Sesshoumaru corou e logo saiu de perto do irmão caminhando em direção ao pai.
Ao chegar perto, o pai levantou-se e aproximou-se, Sesshoumaru estreitou os olhos e fitou os do pai.
- Parabéns filho, estou muito orgulhoso de você. – Começou ele abraçando-o, Rin sorriu, e após Inu-Taishou afastar-se do filho, continuou. – Quem é essa bela dama que esta lhe acompanhando?
- Esta é Rin, minha amiga. – Sesshoumaru a apresentou, e Rin reverenciou-se brevemente.
Inu-Taishou ficou um tanto sem graça, pois lembrou-se do que insinuara sobre a moça, vendo que ela parecia uma mulher integra.
- Rin este é meu pai, Inu-Taishou... – Sesshoumaru o apresentou formalmente, e logo puxou uma cadeira para que Rin sentasse.
Após todos estarem acomodados, uma conversa se iniciou.
- Eu estou impressionado, a decoração dessa vez ficou muito bonita... – Comentou o pai olhando o filho mais velho e logo Rin.
- Pai... teremos que nos retirar, os diplomas serão entregues daqui a alguns minutos... vamos Rin. – O rapaz se levantou, sendo acompanhado por Rin.
-Esse laço no seu cabelo ficou muito elegante, a idéia foi sua?
- Não foi idéia da Rin... eu pensei de reprovar...
- Sesshoumaru seu pai também usa o cabelo preso... – Ela comentou olhando o homem a sua frente.
- Sesshoumaru! Parabéns... – Sara aproximou-se vivaz ignorando a presença de Rin ali. – Com quem vai ficar essa noite, se não tiver par, eu poderia te acompanhar?
- Eu estou acompanhado se ainda não percebeu... – Sesshoumaru deu as costas a ela e começou a andar, a garota sentou-se frustrada perto do pai de Sesshoumaru.
- Você não desiste menina, não vê que meu filho não gosta de você?
- Não te perguntei nada, enxerido... – Sara respondeu malcriadamente, na mesma hora em que Inu-Yasha se aproximou.
- Ei, respeite meu pai Sara! – Inu-Yasha repreendeu, e Sara se levantou, e depois de rebater o olhar frio de Inu-Yasha saiu de perto dos dois pisando agressivamente no chão.
- Ela não gostou de ouvir a verdade filho... – Inu-Taishou comentou sorrindo debochadamente.
- Mas ela não podia ter falado daquela maneira com o senhor, oyaji... vou falar com ela...
- Não se aborreça filho, ela esta só enfurecida por seu irmão tê-la rejeitado, e ter escolhido aquela linda moça.
- A Rin-chan, ela é uma garota muito misteriosa, ninguém sabe nem onde ela mora... – Inu-Yasha sentou-se e ajeitou os cabelos após.
- Eu sei onde ela mora... – fez uma expressão de convencimento.
- É mesmo pai. - Inu-Yasha debochou não acreditando.
- Ela mora no apartamento de seu irmão...
- Não acredito... - Inu-Yasha virou o rosto para o lado, vendo que Kagura se aproximava.
- Inu-Yasha você viu o seu irmão? – Kagura estava muito elegante, e muito atraente também.
- Ele esta com a Rin por ai... estão resolvendo pendências... juntos. – Inu-Yasha enfatizou, pensando assim que Kagura não o perturbasse.
- Eu não perguntei com quem ele esta e sim onde... – Kagura revirou os olhos e saiu de perto do rapaz, um tanto aborrecida.
Kagura agüentaria escutar tudo aquele dia menos que o Sesshoumaru e a Rin estão juntos, e enfurecida com tal noticia a fez ter uma idéia, e ao invés de procurar por Sesshoumaru, procurou Sara.
- Puxa essas moças estão muito estressadas Inu-Yasha... – Inu-Taishou revelou-se surpreendido com o comportamento das duas garotas.
- Elas não se conformam do Sesshoumaru as rejeitar... ao contrario do Miroku que estava sempre nos pés delas...
-Miroku? Não é aquele seu amigo ali. – Inu-Taishou olhou atrás de Inu-Yasha, vendo Miroku se aproximar.
Miroku aproximou-se e tocou ombro de Inu-Yasha, que virou-se para o olhar.
- Inu-Yasha, você viu a Sango por ai?
- Ela estava junto com a Kagome ainda pouco...
- Kagome? – Miroku ficou confuso não lembrava daquele nome. – Quem é Kagome?
- Perdeu seu faro para garotas Miroku, ou a Sango te pois nos eixos? – Inu-Yasha satirizou-o, vendo uma gota escorrer na fonte dele.
- Eu vou procurá-la, não quer vir comigo? - Miroku chamou-o. – É que você conhece essa Kagome...
- Pai eu volto logo... – Inu-Yasha levantou-se e seguiu Miroku.
- Não demore, a entrega dos diplomas irá começar em alguns minutos...
Inu-Yasha assentiu com a cabeça e logo desapareceu em meio os alunos eufóricos onde em minutos começaria a entrega dos diplomas.
Em uma sala longe da multidão, Rin e Sesshoumaru conversavam, mas logo duas garotas juntaram-se a eles.
- Olá Rin, Sesshoumaru como estão? – uma sorridente Sango adentrou a sala juntamente com uma tímida garota.
- Um pouco nervosos...
- Um pouco nervosa você quer dizer. – Sesshoumaru deu um breve sorriso, onde Sango encontrou brecha para debochar.
- Eu acho que você esta nervoso Sesshoumaru, você não é de ficar dando risadinhas...
O rapaz estreitou os olhos, deixando um repreensivo brilho a amostra, o que fez Sango sorrir abertamente.
- Ah! Vocês, eu queria apresentar uma pessoa... Esta é Kagome Higurashi, esta no segundo ano de direito...
- Higurashi heim... – Sesshoumaru pareceu recordar daquele nome.
-Kagome estes são meus amigos Sesshoumaru, o misterioso – Kagome deu uma risada e depois reverenciou-se ao rapaz que ainda estava a observá-la. – e esta é Rin, também é muito misteriosa, mas não tanto quanto Sesshoumaru. – Kagome reverenciou-se a ela também.
Rin continuou a aprontar as roupas e Sesshoumaru que a ajudava antes continuou estranhamente pensativo.
- O que ele tem? – Kagome perguntou, vendo depois Sango passar a mão na frente do rosto dele, mas ele nem piscou.
- Rin, acho que ele esta tão nervoso que esta tendo um treco.
- Sesshoumaru acorde, temos que nos aprontar – Rin sacudiu ele algumas vezes. – Ei!
Os pensamentos do rapaz estavam muito intensos, e ele só acordou quando Miroku entrou na sala, juntamente com Inu-Yasha.
- Ah! Lembrei onde foi que ouvi o nome Higurashi! – Sesshoumaru sorriu para o irmão que deu dois passos para traz, e corado esperou pela vergonha que ia passar.
- Inu-Yasha, Miroku! – Sango chamou-os, mas apenas Miroku se aproximou. – Vocês conhecem a Kagome?
- Eu não, e você... – Miroku o olhou e quase teve um acesso de risos pela cara de assustado que o rapaz estava. – Inu-Yasha, você a conhece?
- Eu conheço o Inu-Yasha Sango – Kagome explicou. – Só não conheço ele... – Ela apontou para Miroku que se aproximou, pegando nas mãos da garota a assustando de inicio.
- Eu sou Miroku, Houshi Miroku... – O rapaz se apresentou, dando um beijo nas mãos da garota depois, mas logo se afastou, pois uma Sango muito furiosa pegou a cadeira mais próxima para jogar em cima dele, mas foi segurada por Inu-Yasha e Sesshoumaru.
- Seu idiota quer morrer? – Sango estava muito alterada, mas logo começou a acalmar-se, pois Rin assumiu uma expressão assassina no rosto.
- Eu – quero – me – arrumar – em – paz ! – Rin falou pausadamente fazendo todos os presentes se arrepiarem com o tom.
- Onii-san, os professores estão chamando, em cinco minutos a entrega dos diplomas...
- Eu sei Inu-Yasha já estamos prontos. – Sesshoumaru ia saindo, mas Rin segurou-o pelos cabelos, o fazendo parar e olhá-la um tanto frustrado.
- Espera ai deixe eu ajeitar esse laço... – Uma gota surgiu nos rostos de todos os presentes, mas o único que se atreveu a rir foi Miroku.
Após Rin ter ajeitado os cabelos do amigo, ele seguiu para a porta de saída, mas antes de sair, parou frente a Miroku, e o segurou pelo pescoço, o fazendo ficar azul de medo quando sentiu a força da mão do rapaz em seu pescoço.
Todos correram para ajudar, mas foi inútil, e apenas um aviso foi dado.
- Você me acha engraçado? Ótimo... mas deixe para rir de mim quando não estiver presente, ou eu vou quebrar a sua cara...
Miroku estendeu as mãos confirmando, sendo quase arremessado depois em cima dos outros presentes, e saindo afoito da sala.
- Definitivamente ele esta nervoso! – Sango confirmou passando a mão nas costas do namorado, e muito seria dessa vez.
- Eu vou indo pessoal. – Rin estava seria, e logo saiu deixando os outros tentando acalmar um Miroku ainda muito apavorado.
- S-seu irmão é louco!
- Miroku você esta bem... – Kagome perguntou ainda assustada.
- Estou sim Kagome-chan, não se preocupe... – Miroku deu as costas a todos um pouco frustrado e saiu da sala acompanhado por Sango.
- Inu...Yasha seu irmão é sempre violento assim?
- Não Kagome, ele esta um pouco nervoso, e também ele esta sozinho, e quando isso acontece ele se irrita fácil. – Inu-Yasha explicou indo em direção a porta e abrindo-a depois para Kagome sair, a acompanhando depois.
Do lado de fora da faculdade, Kanna, Kagura e Sara estavam planejando algo contra Rin, para que as duas, Sara e Kagura tivessem chances de sair com Sesshoumaru aquela noite.
- Então essa droga faz a pessoa mergulhar num mundo alucinógeno, onde conseguiu isso Kanna? – Kagura perguntou olhando o comprimido.
- Por ai... – Kanna deu nos ombros e Sara a olhou desconfiada.
- Você usa drogas Kanna?
- Não seja idiota Sara, eu não me envolvo com essas porcarias...
- Bem seja como for, nos temos que dar um jeito daquela insossa beber essa pílula, ai a tiramos de jogada.
- Sei, e onde pretende jogar o corpo delirante dela? – Kanna sorriu.
- Você poderia cuidar disso, nos duas a encaminharemos ate o banheiro e ai você da um jeitinho pra nós. – Sara olhou Kanna dar uma irônica risada, concordando depois.
- Eu faço, mas com uma condição... – viu as duas assumirem uma expressão de descontentamento. - ... ah meninas vamos lá, é só um favorzinho...
- Esta bem, o que é onee-san?
- Tem que me arrumarem uma dança com aquele gatinho do Houshi. – pediu ele com estrelinhas nos olhos.
- O QUÊ! – gritaram as duas em uníssono.
- Você quer que nos convencemos ao Miroku dançar com você? – Sara perguntou de olhos arregalados.
- Isso é fácil, o difícil vai ser afastar a Sango dele. – Kagura confirmou sorrindo. – Mas pra tudo tem um jeito.
- Se bem que o pai do Sesshoumaru também é um gato...
- Esta mais pra cachorro... Mas tudo bem, eu consigo uma dança dos dois pra você, e com o Inu-Taishou-Sama será essencial para por nosso plano em pratica, enquanto você dança com ele eu vou lá e dissolvo esse comprimidinho no copo dela. – Kagura sorriu maliciosamente, e logo sorridentes as garotas de dispersaram, indo em direção onde os formandos estavam.
Após toda a cerimônia de entrega dos diplomas, logo uma grande festa comemorativa começou, de inicio, o irmão e o pai de Sesshoumaru o abraçou, parabenizando por ter se formado, e todo aquele ritual se sucedeu com os amigos presentes.
Após todos os cumprimentarem sentaram-se para iniciar uma conversa, e Rin sentou-se próximo a Sesshoumaru, do lado esquerdo dele.
Conversaram sobre coisas variadas, mas logo aquilo tornou-se entediante e os dois casais presentes, Sesshoumaru e Rin, Inu-Yasha e Kagome foram dançar, deixando Inu-Taishou sozinho na mesa, mas não por muito tempo.
- Olá Inu-Taishou-sama, como tem passado?
- Bem senhorita...?
- Kanna...
- Nos conhecemos? – ele a olhou confuso.
- Não, eu sou uma, vamos dizer conhecida de seu filho Sesshoumaru...
- Conhecida?
- Sim, eu sou irmã mais velha da Kagura...
- A sim, Sente-se senhorita... – Inu-Taishou gentilmente levantou-se e puxou uma das cadeiras próximas a ele para ela se sentar. E após ela tê-lo feito ele continuou. – posso lhe oferecer uma bebida?
- Ah claro... – Ela sorriu graciosamente.
Inu-Taishou levantou-se e foi ate o bar e pegou duas bebidas e gentilmente entregou uma para ela.
Eles trocaram olhares, e logo Inu-Taishou percebeu certo interesse nela, e despertou nele uma vontade muito grande de dançar. Havia muitos anos que não dançava com uma mulher, desde que a mãe de Sesshoumaru o deixou.
- Senhorita Kanna, gostaria de dançar?
Kanna arregalou os olhos ao velo pedir, e já com a mão estendida esperando que ela pusesse a dela sobre a dele.
- C-claro... – Ela deixou a taça descansar na mesa e segurou a mão de Inu-Taishou, e após levantar-se olhou em direção onde sua irmã e Sara estava, dando o sinal verde para elas executarem o plano.
Após eles começarem a dançar, Kanna o afastou de perto da mesa o bastante.
- Pai! – Sesshoumaru olhou surpreso, mas não chamou a atenção dele.
- O que houve Sesshoumaru?
- Meu pai esta dançando com a Kanna!
- O que tem, ele também merece se divertir. – Rin deu um sorriso, e Sesshoumaru calou-se e voltou às atenções para a dança com Rin e a conversa que estavam tendo.
- Sara é agora, vamos logo. – Kagura pegou o comprimido e depois de se aproximar da mesa onde estava Sesshoumaru, colocou o comprimido dentro do copo de Rin e mexeu a bebida ate o comprimido se dissolver. Após afastaram-se e ficaram observando.
- Eu... Estou um pouco cansada, vamos sentar um pouco Inu-Yasha. – pediu Kagome e o rapaz gentilmente a levou ate a mesa onde sentaram-se.
- Seu irmão parece mais tranqüilo agora. – comentou Kagome olhando o casal dançando.
- É, o pior já passou...
- Eles formam um casal tão bonito.
- É, mas eles são só amigos, mas eu duvido que meu irmão nunca tenha dado nenhum beijo nela.
- Inu-Yasha... – Kagome corou ao ver a malicia nos olhos do rapaz.
Um tempo depois, Sesshoumaru e Rin também se sentaram, e logo apareceram Miroku e Sango. Sesshoumaru estreitou os olhos fitando o rapaz.
- Parabéns Rin-chan... pra você também Sesshoumaru...
- Obrigado... – Sesshoumaru agradeceu entre os dentes, depois de bebeu todo o conteúdo de sua taça.
- Obrigada Miroku...
- Ai! O clima fica sempre pesado assim quando todos os amigos estão reunidos? – Kagome perguntou, olhando fixo para Sesshoumaru.
- Não Kagome, só quando esse imbecil faz piadinhas de mau gosto ou fica rindo atoa de alguém. – Sesshoumaru explicou fechando os olhos depois.
- Eu sou imbecil? – Miroku apontou para si.
- Ei vocês, não vão brigar né... – Rin repreendeu.
- Claro que não, não vou medir forças com o “senhor do lacinho”. – Miroku debochou, e recebeu um fulminante olhar de Rin.
De repente Sesshoumaru levantou-se, e estranhamente não olhou para Miroku.
- Com licença...
Todos ficaram pasmos por Sesshoumaru não partir pra cima de Miroku, o que normalmente aconteceria, mas ele simplesmente saiu de perto de todos.
- Miroku, olha o que você fez, não tem nem um pouco de consideração. – Sango repreendeu.
- Eu vou ver o que houve... – Inu-Yasha informou, mas foi interrompido por Rin.
- Deixe que eu vou Inu-Yasha, com licença... – Rin levantou-se e seguiu por onde Sesshoumaru tinha ido.
Do outro lado, em uma mesa...
- Acho que logo vai começar a fazer efeito, a Kanna disse que não demora muito... – Sara comentou.
- Vamos, temos que arrumar um jeito de levar ela para o banheiro.
As duas seguiram Rin, vendo que ela ainda estava bem, mas mesmo assim a seguiram a distancia, mas perderam-na de vista no meio da multidão.
Rin procurou por Sesshoumaru por quase toda a faculdade, e ao sair viu no meio de uma poça a fita preta reconhecendo-a. abaixou-se a pegou a fita e após se levantar olhou em volta mas não o viu... pensou então no estacionamento, e correu para lá.
- Sesshoumaru! – Chamou-o, vendo que ele estava recostado do outro lado do carro. – Sesshoumaru me perdoe, - ela começou a caminhar, mas parou ao ver o rosto do rapaz banhado em lagrimas e uma expressão de extrema tristeza. - a culpa foi...
- Saia de perto de mim... – Sesshoumaru sussurrou, olhando furioso para a pessoa a sua frente.
- Sesshoumaru, o que houve, você esta muito pálido...
- Izayoi, por sua culpa...
- Sesshoumaru... – Rin inclinou a cabeça para o lado não entendendo do que ele estava falando.
- Você envergonhou minha família, sujou a honra dela, humilhou minha mãe... por sua causa! ... – Alucinado o rapaz gritou assustando a garota a sua frente.
- Você esta drogado, você se drogou... – Rin deu alguns passos para trás, pois Sesshoumaru estava se aproximando, e a expressão que ele estava era totalmente assustadora, assombrosa. De repente ele parou, muito próximo a ela, levou a mão no rosto e a imagem da mulher a sua frente foi desfocada, era a imagem de Izayoi, mas ele olhou novamente e viu o rosto de Rin. Estava tudo confuso, tudo desfocado, ele estava tonto e como tinha visto o rosto de Rin caminhou para trás vacilante, quase caindo, com uma mão no rosto.
- Rin...
- Você usa drogas? – Ela se aproximou do rapaz vendo que ele tinha se acalmado. – Sesshoumaru, você usa drogas, responda!
- Não...
- Então esta bêbado?
- Não...
- Vamos, eu vou te levar pra casa... – Ela o abraçou, pois o rapaz estava estranhamente fraco, e o encaminhou ate o outro lado do carro. Pegou as chaves do carro no paletó dele e após desativar o alarme, abriu a porta e ajudou-o entrar. Depois de fechar a porta, ela se encaminhou para o outro lado do carro, e depois de adentrar, olhou o rapaz, estava suando muito e arfava.
“- Ele usa drogas... não posso o levar pra casa, não sei se o irmão e o pai sabem que usa essas porcarias... não tem outro jeito, vou ter que levá-lo para o apartamento...” – Rin gentilmente puxou o cinto de segurança dele e prendeu e logo após prendeu o dela. Deu a partida no automóvel, e após manobrar, partiu. Estava muito preocupada, pois numa das crises alucinógenas que ele estava tendo, poderia a agredir a qualquer momento, por isso acelerou para chegar bem depressa.
- Era melhor eu ter ido conversar com meu irmão... – Inu-Yasha se mostrou impaciente.
- Oi! Vocês viram o Sesshoumaru, eu queria cumprimentar ele pela formatura e...
- Não Kagura, ele saiu daqui já tem um bom tempo, estava muito estranho. – Inu-Yasha explicou olhando depois para Miroku.
- E põe estranho nisso, depois de ter bebido isto – Sango estendeu a taça vazia, mostrando-a para Kagura. – ele se levantou e sumiu...
Kagura arregalou os olhos ao ver a taça vazia na mão de Sango e de onde ela tinha a tirado, justamente de onde Rin estava. Ele tinha bebido a droga no lugar de Rin.
De repente Kagura saiu correndo, e desesperada procurou Kanna, e depois de alguns minutos ela finalmente a achou, estava conversando com Inu-Taishou.
- Kanna... – começou arfante – quanto tempo dura o efeito...
- Com licença eu volto logo. – Kanna gentilmente pediu a Inu-Taishou e depois de pegar Kagura pelo braço, caminhou ate certa distancia. – O que houve Kagura, ela já esta no banheiro? – perguntou impaciente, mas sorrindo.
- Aconteceu uma coisa horrível!
- Ela morreu! – Kanna preocupou-se, logo ficou seria.
- Antes fosse isso... O Sesshoumaru, ele tomou a droga, ele sumiu...
- Mas que droga Kagura, não sabe fazer nada direito?
- Como eu poderia adivinhar que eles trocariam de lugar, vamos, me ajude a procurá-lo.
- Enlouqueceu? Aquilo deixa as pessoas tendo alucinações, e dependendo dos problemas que a pessoa tiver, fica extremamente agressiva! E pela quantidade que ele tomou, o efeito vai durar no mínimo ate amanha...
- Merda! Quem tinha que ter tomado era ela, e agora, se ela estiver junto com ele? – Kagura enfureceu-se com essa possibilidade.
- Bem... Pode acontecer duas coisas...
- Duas coisas?
- Uma boa e uma ruim, a boa é que eles podem sair, dar uma namoricada, e a ruim, é que ele pode ficar agressivo e machucar ela...
- Droga, acho que fomos longe demais... – Kagura olhou a irmã um pouco preocupada.
- Esta com medo dele matar ela e você ficar com a consciência pesada, deveria de ter pensado nisso antes. – Kanna comentou.
- Não, meu medo é deles sair, e ele começar a gostar dela, seria uma tragédia, eu unindo aqueles dois, acho que me mataria se isso acontecesse.
Kanna deu uma risada e logo saiu de perto da irmã, indo para junto de Inu-Taishou voltando assim a conversar com ele.
Depois que Kanna voltou para onde estava, Kagura suspirou pesadamente e foi procurar Sara que desapareceu depois de ter ajudado a ela ter posto a droga na taça de Rin.
Uma preocupação muito maior acercava Rin no carro em que dirigia. Sesshoumaru estava delirando, vendo coisas que não existia, e o pior de tudo, queria sair do carro, e Rin estava tendo que o segurar e dirigir ao mesmo tempo.
- Para, se você sair vai se machucar, fique quieto... – Rin pedia, mas ele tinha força. Ele estava totalmente alucinado, e sabendo disso Rin travou as portas do carro, pois sabia que ele não teria consciência para abrir a trava.
Rin avançou alguns sinais para chegar logo em casa, pois as reações dele estavam ficando um pouco agressivas. Então depois de meia hora dirigindo ela finalmente chegou, e logo estacionou.
- Vamos subir... – Rin abriu a porta do carro para ele sair e apoiando-o em seus ombros o ajudou a caminhar ate o elevador.
- Flores vermelhas, eu vou colocar flores vermelhar no tumulo dela...
- Você não vai botar flores no tumulo de ninguém... - as portas do elevador se abriu.
Ela catou as chaves na bolsa e ainda o apoiando abriu a porta, e após entrar junto com ele a fechou. – Sente-se eu vou trancar a porta.
Rin trancou a porta e logo voltou à sala, mas ele não estava lá, caminhou vacilante para a varanda, mas foi impedido por ela, que segurou em seu braço e o encaminhou para o quarto.
- Você vai tomar um banho agora, seu corpo esta fervendo, e esta suando muito...
- Agua, me de agua...
-Não só depois do banho, e pelo que vejo, eu vou ter que te banhar, esta tremendo muito, parece que levou uma surra...
Ao chegar ao quarto dele, ela o sentou na cama e foi ate o banheiro, e depois de preparar um roupão, deixando-o próximo à ducha, saiu, indo em direção onde ele estava.
- Vamos, eu vou te ajudar... – Rin se aproximou, mas ele reagiu diferente dessa vez.
- Sai, se me tocar eu mato você! – Disse ele com um olhar muito diferente.
- Pare com isso! Você esta totalmente drogado, vamos você não é nenhuma criança... – Rin segurou firme no braço dele e o puxou em direção ao banheiro, e ao chegar lá começou a o despir, deixando ele apenas com a peça intima.
Ela o banhou respeitosamente, lavou o rosto dele suado, e ele apenas brincava, ainda tendo alucinações.
- Agora eu vou sair, e você tira essa peça molhada e coloca isto... – Rin estendeu o roupão, e ele o pegou. Rin deu um sorriso, vendo que os olhos do rapaz que estavam com as pupilas dilatadas estava voltando ao normal. Ela saiu do banheiro, e encostou a porta. Foi ate o closet e escolheu uma roupa bem leve, e ao virar, a cena que viu a deixou tão vermelha que parecia que era o tomate mais maduro que existe.
- Ei, me ajude a vestir essa coisa...
“- Aiiiieee! Ele esta pelado, o que eu faço!”- Rin correu ate ele e rapidamente o ajudou a se vestir, e após respirou fundo, aliviada.
- Venha sente-se eu vou secar seus cabelos... – Ele sentou-se na beira da cama e Rin com uma toalha começou a secar os cabelos do rapaz, e em quanto o fazia sentiu os braços dele a evolver na cintura e o rosto encostar-se entre os seios. Ela corou parando assim de secar os cabelos.
- Rin, obrigado por... cuidar de mim...
- Estou vendo que o efeito da droga esta passando... – Sentiu ele a abraçar mais forte e encostar a lateral da cabeça entre os seios dela... e estranhamente ele começou a acariciar as costas dela. Rin fechou os olhos e logo começou a acariciar a cabeça dele, num confortável cafuné.
- Não quer se deitar?
- Você poderia ficar aqui comigo?
- Claro, venha deite-se no meu colo... – Rin afastou-se dele e após pendurar a toalha no banheiro, sentou-se na cama, e logo Sesshoumaru deitou-se no colo. Ela o afagou, ele apenas fechou os olhos, mas não dormiu, ao contrario de Rin que recostou nos travesseiros e almofadas da cama dele e acabou adormecendo...
O rapaz passou a noite toda acordado, mas ainda deitado no colo dela.
Às cinco horas ele apenas cochilou, mas logo acordou, e ao perceber estava descomposto, o roupão aberto e seu corpo todo a amostra, isso seria normal se Rin não estivesse ali. Ao perceber isso corou e levantou-se rápido fechando o roupão depois.
Reparou na expressão de Rin, e também como estava. Ainda estava com a roupa da festa, olhou do lado e viu uma roupa preparada, uma roupa leve.
Sesshoumaru se aproximou dela e sentou-se perto, na cama. Ela ressonava, tinha uma expressão cansada, e estava aparentemente desconfortável. O colo estava molhado, percebendo depois que seus cabelos estavam úmidos.
- Eu passei a noite deitado no colo dela, o que houve? ...
Delicadamente ele tirou as sandálias dos pés da garota, e pois as pernas dela para cima da cama, ajeitou o corpo dela.
- Me desculpe Rin, mas não posso te deixar com essa roupa molhada, eu prometo que não vou olhar... – O rapaz deu um fraco sorriso, e delicadamente e respeitosamente ele baixou as alças do vestido dela. Despiu-a deixando a apenas com uma peça intima, não reparou muito no corpo da moça, ele era homem acima de tudo, e não queria tocar nela, não sem sua permissão.
Ela suspirou fundo e virou-se de lado, Sesshoumaru então puxou um lençol e a cobriu, depois deu um carinhoso beijo no rosto dela, e viu ela dar um fraco sorriso, mas logo voltou a repousar.
Ele pegou a roupa que estava sob os pés da cama, e seguiu para o banheiro, onde tomou um banho considerável, ainda sentia o coração um pouco acelerado e os músculos um pouco trêmulos, mas nada exagerado.
Aquela reação era estranha, não lembrava de quando e que horas tinha voltado pra casa, e desde que horas estava deitado no colo de Rin.
Após o banho, ele saiu de seu quarto e fechou a porta suavemente para não acordar Rin.
Preparou o desjejum, e logo após desjejuar seguiu para o escritório, onde começou a organizar seus documentos, estudar alguns casos antigos do pai, e em meio todos aqueles papeis, uma fotografia caiu. Ele pegou-a e admirou a imagem. Sua mãe o segurava no colo ele sorria, e o pai estava do lado abraçando a esposa.
Eram quase dez da manha quando Rin despertou, espreguiçando-se. Sentiu um perfume muito bom entre os travesseiros, sorriu ao pensar no acontecido, mas logo levantou-se, sentando na cama. Era confortável, macia...
Sesshoumaru estava distraído olhando a imagem, mas levou um susto tremendo com um grito estridente que ecoou pelo corredor do apartamento chegando aos ouvidos dele. Levantou-se correndo e saiu da biblioteca, e se deparou com uma cena muito incomum. Rin estava enrolada nos lençóis, vermelha ate a raiz dos cabelos e parecia muito enfurecida. Segurava um objeto na mão.
- Rin você esta...
- Seu tarado! – Rin correu em direção ao rapaz segurando o lençol com uma mão e com a outra segurava o objeto para tacar no rapaz. E ao chegar perto ele segurou o braço dela, e sorria.
- O que você fez comigo seu pervertido...
- Rin, fique calma eu não fiz nada eu só tirei sua roupa molhada e...
- Você acha que isso não é nada! – Rin afastou-se dele, pois ele tinha tomado a pequena estatua da mão dela.
- Eu não sei o que esta pensando, mas eu não toquei em você, eu apenas queria que não se resfriasse, sua roupa estava toda úmida...
Ela virou-se de costas, estava com muita vergonha. Porém ele se aproximou e tocou os ombros da garota, e logo a abraçou por traz.
- Rin eu não sou esse tipo de homem, em todo momento eu te respeitei, nunca faria nada pra te ferir, ou que você não quisesse, e depois somos amigos...
- É bom tocarmos nesse assunto de amizade... – Rin virou-se e ele a largou, vendo uma expressão repreensiva no rosto dela.
- O que aconteceu?
- Porque não me contou? – Rin o olhou com olhos estreitos.
- Contar o que? – ele estava sem entender, e com razão.
- Porque não me contou que usava drogas?
- Eu não uso drogas, nunca usei... – disse confuso.
-Mas você estava drogado ontem, quer uma prova, me diga como foi que voltou pra casa ontem?
- Eu queria que me explicasse isso, eu só lembro quando o Miroku me chamou de “senhor do lacinho”, depois disso eu não lembro de mais nada.
- Você não usa drogas, mas estava drogado ontem, isso é muito estranho não acha?
- Se não acredita em mim pergunte a meu pai, a meu irmão... não sou fraco, essas coisas são pra pessoas fracas...
- Então como essas substancias foram parar em seu organismo?
- Eu comecei a me sentir estranho depois que eu bebi...
- Mas eu também bebi e não senti nada... Pare de mentir, eu posso te ajudar e...
- Rin eu não uso drogas, eu bebi antes de ir dançar com você e não senti nada, mas depois que voltamos...
- Esta bem, eu não vou insistir...
Ele se aproximou e segurou firme nos braços dela e olhando fixo nos olhos da moça.
- Eu não uso drogas, Rin... – Rin dessa vez não desviou o olhar, e ele estranhou, pois ela estava com um olhar tão penetrante. E seduzido por aquele olhar ele aproximou-a puxando pelos braços suavemente, ela não se retraiu, continuou olhando fixo nos olhos dourados dele e ele nos dela.
Quando os corpos estavam colados ele baixou um pouco o rosto, fechou os olhos e suavemente tocou os lábios da moça aos seus. Ele a beijou profundamente, ardentemente, e ela retribuiu o beijo, sentindo os braços dele a envolver, a apertar carinhosamente.
Ela ainda segurava os lençóis, mas as mãos dela queriam tatear a face do rapaz, então ela o fez, e como conseqüência os lençóis caíram; foi quando o beijo tornou-se mais ardente, mais cálido.
“ – O que estou fazendo, como isso começou, quando foi Rin que eu me apaixonei por você, agora sei o porque de sentir-me tão atraído pelo seu olhar, porque eu quero tanto te ajudar...”
- Pare... – Rin pediu o beijando, não querendo parar o beijo, e Sesshoumaru sentiu isso. – Pare... eu...
- Você não quer... eu sinto isso... – Novamente eles se envolveram no beijo, e os pensamentos de Rin não se direcionaram para sua tragédia, e sim para o que estava vivendo.
Ao parar eles se entreolharam, os olhos dela brilhavam, e os dele fitava o rosto belo de Rin, as mãos quentes dele ainda alisavam as costas nuas dela que era escondida apenas pelos cabelos.
- Sesshoumaru, não devíamos... – começou ela um pouco corada.
- Porque não... estamos livres, somos solteiros... – informou ele acariciando o rosto dela. – E depois eu nunca faria nada contra a sua vontade...
Ao dizer isso Rin envermelheceu, percebendo que os lençóis tinham caído, mas não abaixou para os pegar, pois Sesshoumaru a abraçou forte novamente, e sussurrou ao ouvido dela, a fazendo arrepiar intensamente.
- Eu percebi depois desse beijo, que estou apaixonado por você, nunca senti isso por ninguém...
O coração de Rin se entregou também, pois ela tinha sentimentos semelhantes, mas estava misturado com o medo que sentia por causa do trauma.
- Eu tenho muito medo de me envolver de novo, e sofrer...
Ele olhou-a com olhos arregalados.
-Eu nunca faria essa coisinha linda sofrer, - começou ele acariciando o rosto dela. - você é muito especial, eu nunca teria coragem de tocar em um fio de cabelo sem sua permissão... – Ele a viu sorrir, mas logo afloraram lagrimas nos olhos, e ele as limpou numa caricia.
- Eu quero aceitar, eu quero superar...
- Então eu vou te ajudar, eu vou te dar todo o meu amor, todo o meu carinho... – Ele abaixou e pegou os lençóis, e envolveu-a neles, num ato respeitoso – Você será a mulher mais feliz que eu puder fazer.
Rin encostou o rosto no peito dele, e o abraçou novamente, e ele a abraçou também, acariciando-a nas costas.
- Obrigada Sesshy...
Ele sorriu e agradeceu-a intimamente aquela aceitação.
Após o amor ter sido declarado naquele momento, Rin timidamente foi para seu quarto, onde, no banheiro, banhou-se se sentindo dessa vez, confortável de lavar seu próprio corpo, sem sentir nojo do mesmo por ter sido tocada por um homem.
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