Maybe Destiny. escrita por FromTheSea


Capítulo 4
Capítulo 4




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Eu não me sentia bem sobre tudo isso, mas eu tinha uma criança pra cuidar, e era.. é, dificil. Vi uma mulher com a bolsa entre-aberta. Bagunçei ainda mais meu topete deixando ele todo pra baixo. Começei a seguir a moça. Parecia impossivel. Ela se destraiu deixando a bolsa ainda mais aberta. Eu coloquei a mão lá dentro, peguei a carteira dela e saí correndo. Ouvi ela gritar e vir correndo atrás de mim, enquanto eu corria, fui jogando os documentos elas no chão. Peguei Clarisse e corri até aquele beco que a gente dormiu. Droga. Eu me sentia um lixo. Me sentia a pior pessoa do mundo. Fiquei com dó da moça, mas era preciso pra mim ao menos sobreviver por um tempo com uma criança. Sentei e fui contar o dinheiro: cem, duzentos, e só. Mais uns três cartões de crédito. Fui pro banco correndo, antes que ela bloqueasse os cartões ou coisa assim. Peguei clarisse, e fomos. Procurei na carteira algumas senhas do cartão e achei pelo menos duas. No primeiro dos cartões, tinha 1,007 reais.  Peguei tudo e guardei. No outro, tinha 500 reais, peguei e guardei. Saí do banco antes que suspeitassem. 

- Alex? 

- Oi.

- Você roubou?

Suspirei.

- Olha... eu não quero que você faça isso NUNCA. Tá? Isso me ocorreu de ultima opção.

- Eu sei. Mas e aquela moça, como ela vai ficar?

- Espero que bem. A gente só tem que dar o fora daqui antes que achem a gente. 

- Que achem você né.

- É. - Eu disse. - Você tá um tanto mais alta, nem reparei nisso. 

- Não tô - Ela desviou o olhar.

- Tá sim. 

- Impressão sua.

- É. Acho que é. Quantos anos você tem mesmo?

- Seis. 

Andamos muito.

- Pera ai.

- Oi? - Ela disse. 

- Não era quatro?

- Não.

- Lógico que era.

- Não era não!

Resolvi parar de falar, senão eu era capaz de bater nela, e eu realmente gostava da Clarisse. 

- Tá.

Não sei quanto tempo a gente andou, apenas sei que foi muito. Até escurecer. Provavelmente em outra cidade, em outro mundo talvez, não sei. 

- Vamos entrar ali pra tomar água, alguma coisa.

 Sabe aqueles negócios enormes cheio de lanches, suveniers e tudo? Então. Entramos.

- Tá.

Entrei e comprei lanche, duas garrafinhas de água, e suco. Sentamos no banco da lanchonete e comemos. Pegamos nossas garrafas e saímos.

- Eu preciso passar em alguma lavanderia. 

- Faz quantos dias que você tá com essa roupa?

- Três. A gente precisa de roupas pra você, esse vestido aí não dá mais. 

- Verdade.

Andamos e achamos uma outra lanchonete que vendia suveniers também, e entre eles, havia camisetas, calças e tênis. Peguei tudo de mais barato pra crianças meninas e comprei. Saímos de lá e paramos em uma rua meio que deserta, a não ser por um monte de casas idênticas e coloridas com um gramado perfeito.  Beeem lá no fundo da rua, um grupo de mulheres com rolinhos nos cabelos, conversavam e esperavam seus maridos chegar pra entrar correndo pra suas casas. Aquelas beem fofoqueiras.

Sentamos na calçada. Foi aí que eu me lembrei. Meu desenho. 

- Caralho! - exclamei sem pensar.

- Que? - Clarisse arregalou os olhos.

- Se acostuma com isso.

Passei a mão nos meus bolsos da blusa de couro, e nada. Passei minha mão no bolso da frente da calça, e nada. Finalmente, no bolso de trás, achei meu desenho, e dei um suspiro de alivio. 

- Quem é ela? - A voz um pouco mais madura de Clarisse perguntou.

- Eu... não sei. 


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