Maybe Destiny. escrita por FromTheSea


Capítulo 3
Capítulo 3




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Clarisse acordou umas seis horas da manhã. Depois de um tempo ela disse bom dia. Eu a respondi com um olhar mal-humorado. Acho que ela ficou um pouco ofendida.

- Desculpa, tô meio confuso. Vamos, vamos procurar um lugar onde a gente possa tomar café. 

- Tá. 

A gente se levantou e fomos andando. Era um lugar estranho, não sei onde, mas eu juro que nunca havia pisado ali. Não que eu me lembre. As luzes ainda não haviam desligado, estava claro, apesar de toda a poluição que tomava conta do ar. A cidade era formada por prédios e alguns simbolos de fast-foods saindo do meio dos mais baixos. Era uma cidade grande. Não tinha me dado conta de que de tão pequena que a minha cidade era, as outras pareciam metade do mundo. 

- Alex?

- Oi.  - Voltei meu olhar pra Clarisse.

- Vamos?

- Uhum... 

Fomos andando. 

- Você tem 20 anos? 

- Sim. 

- Porque você fugiu de casa? - A voz dela parecia menos mole de que a de ontem (porém ainda era uma voz de criança).

- Ah... eu brigava muito com a minha mãe, essa ultima não foi tão feia, mas eu não gosto de brigar. 

- Entendi.

- E... você tá na rua faz quanto tempo?

- Não sei.Parece que a cada dia, um ano. 

Fiquei com pena. 

- E muita gente já fez muita coisa com você? 

- Não, fora aquelas caras de ontem e mais uns esses dias. 

- Você não tenta se proteger? 

- Sim, né. Eu corro, mas as vezes não tão rápido.

Me deu dor no coração. Como uma menina de 4 ou 5 anos vivia na rua, sozinha, sendo violentada por caras, e sobrevivia? Fiquei com vontade de dar tudo o que ela queria ou pedisse pra mim. 

- Porque você não tem medo de mim?

- Eu sei que você não vai me machucar. 

Sorri.  E finalmente encontramos um MC Donalds aberto,depois de umas duas horas apenas andando. Entrei na fila de no máximo três pessoas,e pedi pão na chapa e dois cafés com leite. Peguei o pouco dinheiro que eu tinha, e paguei. Fui até a mesa, dei pra ela o lanche dela, e peguei o meu. 

- Eu queria ter uma casa.  - Ela disse.

- Ah..  sim. Mas, eu vou ver o que eu posso fazer. Eu... preciso fazer alguma coisa. Vou tentar trabalhar em algum lugar, ou... não sei. 

- Quanto dinheiro você tem?

- No máximo uns trezentos reais. - Ela arregalou os olhos. - Acredite, não é muito.

Depois de comer, a gente foi procurar um lugar pra parar. Um lugar meio que escondido, pra não acharem que nós eramos mendigos ou sei lá o que... Paramos atrás de um super-mercado. E eu tive uma idéia. 

- Você fica aqui?

- Que?

- Eu vou ali dentro comprar bala, e já volto... - Engoli seco. - Tá?

- Hum... ok. 

- Promete que não saí daqui?

- Sim. 

Entrei dentro do mercado. Eu precisava de algum ''plano''. Eu nunca tinha roubado na minha vida, mas eu precisava fazer isso, era questão de vida ou morte. Eu... eu... precisava. 


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