Ah, O Amor! escrita por Meredy


Capítulo 2
Capítulo 1 - Noite Quente


Notas iniciais do capítulo

Bem postei o segundo capítulo....
Será que ficou bom?
Tomara que sim... *--*
E sem mais delongas... A música desse capítulo é Eyes Open da Taylor Swift...



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Capítulo 1 – Noite Quente

“Todos estão esperando

Todos estão observando

Até mesmo quando você está dormindo

Mantenha seus olhos abertos”


Mais uma noite quente. Mas não era uma noite qualquer, porque ela estava esperando. Por ele. Por que cada noite com ele era especial por serem tão difíceis de acontecer.

Fitou as estrelas, que brilhavam numerosas, iluminando seu rosto esperançoso. E a lua imperava enorme, majestosa. Fazendo-a pensar em quando tudo isso iria acabar. Porque tinha de ter se apaixonado por um ----.... ? Seus devaneios foram interrompidos por um barulho. Num ímpeto virou-se, assustada. Teve medo, mas logo esse sentimento foi substituído por alívio... E amor.

— Leigh...

Ele estava ali, tão lindo como sempre. A corrida fez seus cabelos ficarem um tanto desalinhados e os primeiros dois botões de sua blusa estavam desabotoados. Era tão charmoso nessa simplicidade... O encarou com seus orbes negros e sorriu. Se aproximaram ambos envolvidos naquele sentimento tão bonito, tão novo para eles.

Ele tocou seu rosto, perdendo-se naqueles olhos profundos. Só havia silêncio e os olhares demonstravam tudo. Ele a amava, ela o amava. Tão vital quanto o ar, tão lindo como a lua refletida nas águas que os cercavam, assim eles eram um para o outro.

Seus lábios se tocaram ansiosos, saudosos... intensos. Nesse momento tudo fez sentido. Era como se estivessem conectados, como se fossem um.

— Mantenha os olhos abertos... — Ela o alertava sempre. Mas nesse momento, seus olhos se fecharam, e a única coisa que importava era o sentimento que imperava o toque, as sensações... E o jovem casal não percebeu que estava sendo observado.

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Helena correu. Correu sem destino, apressada, nervosa, confusa, sem saber direito o que era aquilo... Ciúme, inveja, medo? Chorava e chorava... E nem sequer sabia direito o motivo! E agora o que iria fazer? Estava apaixonada pelo amante da irmã e não conseguia se livrar desse sentimento... Antes que percebesse já estava longe do local de encontro dos dois jovens apaixonados. Já havia atravessado a floresta e chegado até onde havia escondido o seu cavalo. Ela montou e saiu cavalgando pela noite iluminada e quente. Então era verdade...

Sempre ouvia as histórias da irmã, de como ele era lindo, maravilhoso, inteligente, de como ele era a melhor coisa que já havia acontecido na vida dela, de como seu primeiro encontro havia sido mágico. Ela queria algo assim também. Um amor incondicional, além das barreiras familiares, dos olhares alheios, das opiniões e dos comentários maldosos. Um amor sem fronteiras...

Tentou engolir o choro. Tentou parar de pensar no par perfeito: Meredy e Leigh.

Quando que isso começou? Aquela era a primeira vez que via o herdeiro Montecchi. E ele era tão belo quanto em seus sonhos... Qual era o nome daquilo? Oh, sim! Amor platônico.

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Elizabeth estava deitada na sua cama, acordada. O suor descia pelas suas costas deixando a camisola completamente molhada, seu cabelo branco curto grudava no seu pescoço, sua pele branca delicada estava vermelha e pegajosa, seus lençóis completamente ensopados e a deixavam no topo da agonia, e o calor a impedia de fechar os olhos e simplesmente dormir o que a fez presumir que na manhã seguinte estaria com gigantescas olheiras que assustariam os empregados da mansão.

Pensou um pouco... Como gostaria de estar com as irmãs naquele momento, nem que fosse para falar só sobre o clima assustadoramente quente daquele verão...

Levantou-se num pulo, pegou um castiçal com uma das mãos e com os pés descalços marchou para fora do quarto em passos curtos, porém rápidos.

Em mais ou menos 2 minutos ela havia chegado ao seu destino. Girou a maçaneta e abriu de forma bem lenta a entrada para os aposentos da irmã, tomando cuidado para não fazer nenhum barulho muito alto.

Atravessou o cômodo e caminhou até a cama onde a sua anfitriã deveria estar deitada. Chegou perto, estranhando a quantidade exagerada de cobertas, e rápida puxou todas de uma só vez. Elizabeth ficou muda. Meredy não estava lá.

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— Tenho que ir... — Ela anunciou

—Agora? Por quê?

—Ninguém pode saber... Ninguém...

Não adiantava mais... Era tarde... Já havia sido flagrada pela irmã mais velha e descoberta pela mais nova...

O Senhor Capelletti estava desconfiado...

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“Todos estão esperando você entrar em pane

Todos estão observando para ver sua queda

Mesmo quando estiver dormindo, dormindo

Mantenha seus olhos abertos”

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— Respire fundo! Não se desespere! — Elizabeth tentava ficar calma. Não conseguia — Onde será que ela está? Acalme-se! Deve ter ido até a cozinha buscar um copo de água! Ou talvez... — Começou a imaginar o pior. —Ou talvez...

Sua mente começou a clarear. Surgiu o pensamento de que havia tido a mesma idéia que a sua: Sair do quarto, silenciosa, e ir perturbar o sono alheio. Mais o sono de quem? Da irmã mais velha talvez... Helena e Meredy estavam sempre grudadas, não seria uma surpresa se elas estivessem juntas.

Voltou ao corredor. Andou muito e parou na frente de outra porta, feita de madeira de carvalho, abriu, revirou todo local e percebeu que Helena também não estava em lugar algum, e dessa vez o choque foi tão grande que acabou por deixar o castiçal cair no chão causando um barulho estrondoso:

— É um complô! Saíram na calada da noite, escondido... — Ela foi interrompida por passos fortes vindos de fora do recinto.

Apressada subiu na cama e escondeu-se embaixo de uma multidão de cobertas quentes. Uma figura alta e esguia ultrapassou os limites do quarto, aproximou-se, e então com uma voz exaltada, rápida e preocupada pronunciou:

—Senhorita? Senhorita Helena? Está acordada? Eu ouvi algo então... Para que tantas cobertas? Está se sentindo bem? Deixe-me ver sua temperatura! — Era Fiona, a governanta, a pessoa responsável pela organização e disciplina na mansão. Era também quem cuidava da educação das filhas do Senhor Capelletti, dava amor e carinho como uma verdadeira mãe. Uma mulher gentil mais muito rígida quando se tratava da educação e proteção das três.

—Estou bem! Não precisa ver minha temperatura! Deixe-me voltar a dormir! —Falou tentando disfarçar a voz no meio do desespero e no medo de ser descoberta! — Vá embora!

—Tudo bem então... Mais se precisar de mim basta chamar-me. — E a velha e preocupada mulher retirou-se do aposento em passos leves e lentos, com o cuidado de não fazer mais nenhum barulho que possa atrapalhar ou deixar a “Senhorita Helena” perturbada, quando na verdade era a “Senhorita Beth” quem suspirava aliviada com a ausência da pobre e agora iludida governanta.

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Pulou para fora da cama e pegou de volta o maldito castiçal caído no chão, foi até a sacada iluminada pela lua. Uma brisa quente soprou em seus cabelos. Virou-se. Alguém estava parado atrás dela. Uma garota alta, de longos cabelos. Era Helena.

—Não vai me explicar o que está acontecendo?

—Não. Mais você não vai dizer isso a ninguém, nem para a Meredy — Disse a recém chegada, num tom de voz ríspido arrogante, e curiosamente nervoso.

—Meredy... Não sabe? — Por essa Elizabeth não esperava. Meredy e Helena que eram como unha e carne, abelha e mel, beija-flor e rosa, tinham segredos! Engoliu em seco, cruzou os braços, arregalou os olhos. Desde muito pequenas as duas irmãs estavam sempre muito juntas, grudadas uma na outra de uma forma que às vezes fazia as pessoas da gigantesca Mansão Capelletti pensar se as duas não eram algum tipo novo de gêmeas siamesas. Dividiam tudo uma com a outra: os ursinhos de pelúcia, as bonecas de porcelana, os livros ilustrados. E à medida que cresceram foram dividindo novos itens: os vestidos, os perfumes, os óleos, a maquiagem, os sapatos, as bolsas, os chapéus, os leques, as sombrinhas, as jóias, os livros de poesias, os longos e belos romances em fortes capas de couro e titulo escrito em letras douradas, o material de escrita e pintura, o piano e outros instrumentos musicais espalhados por cada cantinho da grande e luxuosa propriedade em que viviam. Dividiam tudo. Lembranças, gostos, segredos... Menos claro os quartos. Helena reclamava da falta de organização de Meredy e esta ultima de como a irmã se remexia e falava enquanto dormia. E o fato de não suportarem dividir o mesmo quarto provou de uma única vez a todos os curiosos que as duas não eram um novo tipo de gêmeas siamesas, e que todo mundo precisa de um pequeno espaço de vez em quando.

—Não, e nem vai saber se você não contar. Por favor... — Beth ficou tentada. Era algo que sempre estagnava mais morria de ciúmes das duas. A deixava triste, excluída, sem importância... Se Meredy soubesse que a Helena escondia algo dela ficaria profundamente magoada... O abismo entre elas se abriria de uma forma que poderia fazer com que ignorassem uma a outra por anos e as deixaria de certo muito carentes, deprimidas e solitárias... Como a irmã mais nova um dia havia se sentido.

— Fale-me agora onde foi ou papai vai ouvir uma história muito desagradável logo que chegar de viagem. — O Senhor Capelletti estava viajando... E só voltaria daqui a uma semana.

— Isso é uma ameaça? Por que está me ameaçando?

— Sim. Isso é uma ameaça. Faço isso, por que passei maus bocados por sua causa e tenho o direito de no mínimo saber o motivo. — E a curiosidade vinha amolar a pobre e nervosa Elizabeth

— Conte para papai, e eu tenho certeza que ele vai perguntar ‘Elizabeth, mais o que você estava fazendo acordada, vagando até o quarto de suas irmãs? ’. E aí ficamos nós duas! Eu e você de castigo! O meu pode durar até um ano... Mas o seu? Vai perdurar até o resto da sua vida! A paciência de papai com você está quase no fim... O que você fez realmente não é digno de uma dama. Envergonhou papai até o limite! E é por essas e outras que você não vai sequer dar as caras no Baile da Meia-Noite! Quer ficar sem poder ir a lugar nenhum pelo resto da vida Beth?

—...

— Saia do meu quarto

— Eu só quero a verdade! —A pobre Beth quase chorou.

— Não me faça nenhuma pergunta, e eu não vou mentir. Saia.

— Certo. Eu saio.

E ela saiu.

“Mantenha seus pés prontos

Batimento cardíaco estável

Mantenha os olhos abertos

Mantenha o seu objetivo bloqueado

A noite escurece

Mantenha os olhos abertos"

Eyes Open - Taylor Swift










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Notas finais do capítulo

E então... Gostaram? =)
Não me matem por causa da ausência de participação dos meninos do AD...
Ah!!!! Vamos dar os créditos a Reira-san e a Hoshi-nee que me deram todo o incentivo necessário, apoio moral, deram sugestões, revisaram a narrativa em alguns pontos e verificaram os erros de português e a todas as minhas docetes maravilhosas, que vão dar o ar da sua graça ao decorrer da fic! ^^



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