Verinen Flower escrita por Vessimus


Capítulo 1
Prólogo - Sinônimo de Boate é Inferno


Notas iniciais do capítulo

Esse é o Prólogo da primeira Fanfiction da minha vida. È ...são tantas emoções /chora.

| Advertências |

— Historia de cunho completamente original.
— Os personagens são fictícios, infelizmente, embora sejam muito reais no imaginário da autora.
— Os personagens são unicamente e exclusivamente meus. Morro de ciúmes deles então, be careful.
— Reviews sempre serão recebidos com muito bom grado. Por favor, comentem!
— Qualquer opinião/sugestão será ouvida com atenção

Boa Leitura



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" Que diabos estou fazendo nesse pardieiro? Nunca gostei de lugares fechados, então por qual razão estou aqui? Que ódio de mim mesma, sempre querendo agradar mesmo a custa do meu desgosto. Juro, se não fosse por Daphne não pisaria em uma boate nem como convidada especial. Não vejo graça. Alguém me explica,por favor? Não vejo o divertimento algum em dançar em meio centímetro de pista, como milhares de mãos tocando onde não devem. Aquele cheiro de suor e perfume vencido corroendo as narinas, Oh Cristo! Eu não mereço   "

 

 

                              - - - - - x - - - - -                                        - - - - - x - - - - - 

  

            Alissia não conseguia enxergar um palmo a sua frente. Todas as luzes multicoloridas da boate a deixavam zonza, mesmo sem ter bebido uma gota de álcool estava completamente embriagada. Faltava-lhe o ar, sentia constrangimento e pavor, queria sair a qualquer custo do centro da pista de dança, mas não conseguia. Daphne a puxava junto a si. Ela, sem condições de impor sua vontade, foi arrastada para perto da amiga e dos amigos dela. Todos meninos, obviamente. Se conseguisse distinguir os semblantes dos garotos de borrões poderia dizer se eram bonitos ou não, mas nem isso conseguia. A culpa não era só da iluminação, ou da falta dela. Para sentir-se menos feia havia deixado os óculos em casa, estava praticamente cega no meio do caos.

            Porque de todo não era o inferno, existiam coisas bem piores, porém estava longe de ser o paraíso. Ela sofria, mas nem tanto, mesmo sufocada e cega como um morcego mantinha-se otimista.  A musica ensurdecedora não a deixava falar com Daphne, apenas gritando conseguia se fazer entender.

            Tinha tentado de várias formas escapar: fugir pela surdina, camuflar-se entre as pessoas, até se agachar no meio da multidão, mas nada funcionava, Daphne sempre a achava, capturando-a novamente. Sem alternativa, faltava apenas jogar sua última carta, a mais desesperada de todas.

            - Pelo o amor de Deus, por tudo que nós vivemos. Pela amizade linda que existe em nossos corações, Daphne, minha "princesa cor de rosa", me tira desse inferno. Deixe-me ir! Deixe-me ir! - Ela em desespero, berrou a plenos pulmões, se ajoelhando frente a amiga, implorando pela liberdade.

            - O que é isso, Alissia? Pirou, garota? - Constrangida afastou-se da amiga nerd. Tentando minimizar as conseqüências, uma vez que seus namoradinhos riam da cena, pegou Alissia pelo braço, a levantando, arrastando-a para fora da pista.

            - Você enlouqueceu?  O que você bebeu? - Furiosa, a loira dizia aos berros puxando a garota, que sorria satisfeita.  - Você viu a vergonha que você me fez passar? Nunca mais te trago a uma boate, nunca mais!

            - Você vai estar me fazendo um favor...

            - O que?! - Daphne indagou assustada. - Eu te trouxe pensando no seu bem, achei que você gostaria de sair um pouco. Você vive enclausurada dentro de casa. Não sai, não conversa. Depois do desaparecimento da Angela eu sou sua única amiga, não percebe?

            - Sim, eu sei disso, e sou agradecida. Não é comum uma patricinha descer do seu trono e virar amiga de uma plebéia como eu. Não é?

            - Sim, é...  Eu acho - Concordou Daphne, sem entender muito as palavras de Alissia

            - Você se olhou no espelho hoje? - Alissia calou por um instante - Lógico, que pergunta idiota, é o que você mais faz. Mas indo direito ao assunto. Você, Daphne Barclay, a terceira patricinha mais cobiçada e adorada do...

            -  Não, não, não! A segunda, por favor... - Ela corrigiu, inflando seu ego.

             - Tanto faz! Ai ai ai... - Alissia suspirou brevemente. - Continuando. A segunda patricinha mais cobiçada e adorada do colégio. Cabelos longos e loiros, olhos tão claros quanto o céu límpido da primavera. Possuidora dos seios mais desejados pelos rapazes. E vira amiga de quem? Da...

            - Pode parar por ai! - A patricinha cortou violentamente a fala de Alissia, visivelmente revoltada. Finalmente o tico e teco de líder de torcida estavam começando a funcionar. - Pode ir parando por ai. Eu sei de toda essa conversa fiada, e não ligo. E daí, Alissia? Eu nunca me importei com isso.  Caso eu me incomodasse de você ser a top line das Nerds, não estaria hoje aqui com você. Não é? - Perguntou Daphne - Sou fútil, admito, mas nem tanto. Eu diferente das outras garotas eu consigo ver como você é por dentro, menina. - Daphne afirmou, cutucando  Alissia exatamente em cima do coração, sorrindo carinhosamente para ela.

            - Mas... - Alissia constrangida tentava falar, mas era uma tentativa vã, tinha perdido o controle da situação, mas uma vez.

            - Sem mas. Estou me lixando pro seu exterior. Seu cabelo espigado tem solução, garota! Basta você cuidar dele melhor e comigo você conseguirá.

            - Ele não é espigado...! - Alissia disse indignada com a amiga, recuando alguns passos, afastando a mão dela do seu corpo. - E olha, nem... - Ela não conseguira completar a frase, como esperado, fora interrompida novamente.

            - È sim! Seu cabelo é um pouquinho espigado, mas nada que eu não consiga arrumar num futuro próximo. Mas esse é o seu único problema. Ah, tem o óculos também, mas estou providenciando lentes de contato para você. Suas roupas estão fora de moda, mas...

            - ME DEIXA FALAR!? - Gritou Alissia no inicio de um ataque de nervos. Radicalizando de vez, tapou a boca da tagarela com as duas mãos, apenas por precaução. - Não acredito numa coisa dessas. - Incrédula com o falatório, Alissia encarava Daphne com os olhos estufados de raiva. - É deixar você começar a falar que sua língua de trapo cria vida e não para. A put... - Daphne censurou Alissia com olhos. - Uma moça educada não fala assim... - Alissia concluiu mentalmente. -  A putz Grila, sua boca não tem freio. Caramba! Deixa-me terminar de falar?  - Disse prendendo a boca de Daphne. Ela segurando o riso balançando a cabeça positivamente.

            "Como eu estava dizendo. Eu sou uma nerd, você é uma patricinha, pertencemos a mundos opostos."

            - Ma... - Alissia apertou com força os lábios da amiga impedindo-a de continuar a frase, olhando-a com os cantos dos olhos, demonstrou toda sua impaciência.

            - Eu não me importo com o que acham da nossa amizade. É muito estranho eu gostar tanto de alguém que odeia as coisas que gosto, não nego, e é nesse ponto que eu quero chegar  há uns quinze minutos. Você adora boates, mas para mim, boate é sinônimo de inferno. Eu não me sinto bem em ambientes fechados e escuros. Eu estou passando mal. Não suporto mais tantas luzes coloridas, tanto barulho, por isso eu preciso ir embora antes que eu desmaie, entendeu? Agora, vou soltar sua boca devagarzinho, vá com calma... - Ela afastou suas mãos um pouco apenas, mas foi o suficiente para libertar a fera presa na boca de Daphne.

            - Mas porque você não me falou isso antes? Porque não me disse que odiava lugares fechados? Se eu soubesse teríamos ido a outro lugar, não tão chique como esse, mas importante é estarmos na companhia uma da outra. Se você tivesse me falado nada disso teria acontecido, você sabe disso! A culpa é sua, não minha.

                - Agora a culpa é minha? Eu-eu eu - Alissia gaguejou estremecida pela raiva - Eu ... Quer saber? Eu vou embora. E se eu me perder a culpa é sua! - Desabafou a garota numa explosão irracional de fúria.

            Alissia cansada de todo o falatório, qual complementava todo o barulho naturalmente irritante da boate, virou as costas para a amiga, seguindo um rumo diferente ao que ambas estavam indo, se afastando rapidamente de Daphne, essa tentou contê-la, mas não chegou se quer ver qual caminho Alissia se direcionou, entrando em desespero

            Alissia não tinha a mínima idéia para onde estava se dirigindo, tudo que via a sua frente era gente e mais gente. Olhava para baixo e não consiga sequer ver os próprios pés. Queria pular para avistar o horizonte, mas não seria uma idéia prudente, pois não tinha espaço para pegar impulso, e a chance de pisar no pé de algum infeliz era grande. A única alternativa seria andar e foi assim que por sorte chegou ao bar.  Exausta de corpo e mente, jogou-se na primeira cadeira a sua frente, deitando seu rosto sobre a bancada, usando seus braços com travesseiro. Alissia desmaiou ali mesmo, debruçada sobre a bancada do bar, sua mente de tão estressada desligou-se por completo.

 

 

 

( Continua no próximo capítulo )


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Notas finais do capítulo

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