The Demi-full Goddess escrita por AChase, Lyra Black Pevensie


Capítulo 1
Capítulo 1 - Um começo e Suas Pequenas Explicações


Notas iniciais do capítulo

Oi galerinha, primeiro capitulo da primeira fic, então tenham paciência! Espero que gostem.
E não se esqueçam do review! sem mais ... Enjoy!



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A cada passo que eu dava ele se aproximava mais. Não fazia ideia de onde estava, mas sem dúvida era um deserto - não se tem muito como confundir um deserto. O céu estava púrpura com a noite o que também sugere que não estava aquele calor infernal que acompanha esse tipo de lugar, e sim um frio do cão. O céu não tinha estrelas, era tudo uma escuridão total. E o mais engraçado era que a escuridão queria me ferir! Ha-ha, muito comédia. Eu vestia um lençol branco com detalhes prateados, preso em um dos ombros como se fosse um vestido. Ok, acho que o nome disso é toga. É, eu vestia uma toga. Eu enrolava o pano entre os dedos para poder correr melhor, mas meus pés estavam calçados com uma daquelas sandálias trançadas o que incomodava um pouco. Meus cabelos estavam soltos, apenas duas trancinhas presas em um penteado. Mas meu rosto parecia mais...antigo, talvez? Algo diferente, com certeza. Como se eu fosse poderosa. Mas se eu fosse poderosa, por que estaria fugindo dele? Talvez ele fosse algo maior. Corria sempre olhando para trás, até que em um momento pude sentir seu hálito pavoroso em minha nuca e logo depois sua unha raspando minha pele; berrei de dor, puxando o braço e observando um líquido brilhante escorrer do longo, porém não profundo, arranhão. Ok...Aquilo não era sangue. Fiquei tão curiosa com aquilo que simplesmente parei para observar. Foi aí que a Noite me engoliu, seu urro soando como um zilhão de cacos de vidros arranhando um quadro negro dentro da minha cabeça; ainda podia sentir seus presas e garras em mim quando acordei, sentando rígida na cama e suando tanto que parecia ter corrido uma maratona. Droga, sempre tenho pesadelos quando faço besteira.

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– Nunca consigo colocar isso direito...Garotas não deveriam ser obrigadas a usar essas coisas. - Reclamei enquanto Hugo ria apertando o nó de minha gravata.

– Você e suas convenções sociais. Mas não reclame, você até que fica gatinha com roupas de homem. - Ele zombou.

– Ah sim, você também tá super gatinha.

Hugo é meu único amigo e meio que a única pessoa que fala comigo se você não contar com as pessoas que me zoam. Ele gosta de pensar que me protege, mas é mais fácil eu fazer isso. Ele é bem magro e deve ter um 1,90 de altura, como um louva-deus gigante - isso porque temos ambos 15 anos; o cabelo loiro desgrenhado que agora já estava bem grandinho caía em cima do rosto insistentemente - com certeza incomodaria seus olhos se não fosse por conta dos óculos de grau que ele usa. O uniforme azul do Internato Marjore Garden ficava bem melhor nele do que em mim. Na verdade, o suéter azul marinho com a calça comprida de mesma cor e uma gravatinha vermelha com listras também azuis ficava bem em qualquer garoto e horrível em qualquer menina - menos aquelas que curtiam parecer meninos. O brasão vermelho do internato disposto do lado esquerdo do uniforme tinha quatro letras - M (Marjore); G (Garden); a letra O e a letra H. Ninguém nunca soube o significado das outras letras, mas ouvi falar que são as iniciais dos fundadores daquele...Hospício.

– Eu acho que eles acharam - Hugo murmurou, tremendo um pouco.

– Eles nunca acham - sussurrei de volta enquanto saíamos do dormitório feminino. Ele sempre me buscava lá. A Marjore Garden é um orfanato e eu estar lá sugere que sou orfã, correto? Não me lembro de uma vida que eu não estivesse naquele lugar. Nem mesmo tenho uma explicação para como me acharam, ainda um bebê - se é que tiveram o trabalho de ter que me achar. Hugo perdera a mãe com 7 anos e, por falta de possíveis tutores, veio parar aqui; ficamos amigos depois de uma surra dupla. O casal valente - David e Cindy Fuínha - toda semana cada um escolhe um alvo. Daquela vez o alvo de David foi Hugo e o de Cindy, eu. Como as surras aconteciam simultaneamente e também no mesmo lugar, acabamos nos ligando por ter passado pela mesma situação.

Nos corredores os internos começavam a sair de seus quartos, alguns ainda de pijama apenas para ouvir as notícias dadas dos interfones matinalmente:

Uma nova matéria seria incluída, etiqueta.

Como uns alunos tinham colocado um gato dentro das instalações da senhora Keller, a mesma teve uma reação alérgica e não daria sua aula naquela tarde. Todos vibravam. Mas ninguém deu um pio sequer quando foi anunciado em seguida que o castigo - que seria para todo o dormitório masculino - era esfregar todos os pisos dos banheiros. Hugo gemeu ao meu lado; acho que ele já imaginava que o usariam para algo não tão legal.

Enfim, o último aviso da manhã: uma tal de Amy Vicent deveria se apresentar à Diretoria. No corredor se ouviu aquela famosa onde de "Iiiihh.."

Ah, acho que esqueci de me apresentar: sou Amy Lockwood Vicent, 15 anos, interna e encrencada.


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Notas finais do capítulo

Então, é só um comecinho mesmo, prometo que vai ficar melhor. Amanhã vem outro capítulo, beijos pra vocês e reviews pra mim! ^.^