Turnaround escrita por Mystic Falls Brasil


Capítulo 4
Precipitada




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Eu não sabia se continuava o beijando, se estava indo rápido demais, o que ele acharia de mim se eu me entregasse logo ou se eu pareceria uma criança bancando a difícil. Decidi então continuar e esperar pelas ações dele.
Quando estava quase ficando sem ar e meio sonolenta pela descarga de oxitocina liberada por meu cérebro, Stefan enfim para o beijo e me encara com os olhos mais brilhantes que já havia visto:
-Desde a perda dos meus pais, eu nunca mais havia sentindo uma sensação tão boa como essa de estar contigo, podendo te tocar, sentir que estou vivo e que respirar vale a pena. – falou com os lábios trêmulos.
- Posso dizer o mesmo a você. Desculpa pela arrogância, só estou um pouco chateada e confusa pelo término, mas depois desses meros segundos, nada importa mais. Só o que me importa é estar com você, estranho alucinógeno. –falei rindo.
-Alucinógeno? Primeira pessoa que me fala isso. Isso é bom ou ruim?
-Ahm... Depende dos efeitos colaterais. –fiz uma careta um tanto engraçada ao dizer isso.
-Ah, está bem. Chega dessa conversa científica. Vamos aproveitar antes que escureça e eu te perca de vista novamente.
Stefan me puxou junto a seu corpo, pôs suas mãos em minhas bochechas e seus lábios em minha testa. Automaticamente minhas unhas se cravaram em sua camisa de um modo exageradamente sádico. Ele arfou e começou a beijar meu pescoço subindo lentamente de encontro a meus lábios, ao mesmo tempo em que deslizava suas mãos por minhas costas. 
Por impulso mordi seu lábio inferior exagerando na pressão exercida por meus dentes e pude sentir o gosto de sangue. Mas isso não pareceu o incomodar, e continuamos alí, nos unindo, num êxtase que droga nenhuma conseguiria reproduzir.
Quando Stefan começou a levantar minha blusa, seu celular toca.
-Não vai atender?-digo visivelmente irritada.
_Ahm... Só um segundo.
O observo enquanto ele atende a ligação e fico espantada ao olhar a hora. Apresso-me em ajeitar meu cabelo, roupa e fico de pé, o esperando desligar o celular.
-Era só um amigo perguntando pela ausência hoje na praia. - ele fala fazendo um biquinho.
-Ah. Está tarde, preciso ir pra casa. Pode me dar seu número, a gente pode trocar torpedo se preferir ou você me liga... - falei um tanto envergonhada.
Ele fez um sinal positivo com a cabeça e trocamos nossos números. Ele insistiu em me levar até em casa, mas achei um pouco cedo para aparecer na frente da minha tia, sabendo como ela é curiosa e espevitada, então pedi para ele me deixar na praia. Ele me deu um beijo demorado e falou:
-Te ligo à noite, certo?
-Aguardarei ansiosa, e aí de você se não o fizer. – fiz cara de brava
- Nossa, ela é agressiva. Não irei te contrariar sua linda. -ele me abraçou e beijou minha cabeça.
-Assim espero. – me libertei dos seus braços e segui em direção à casa da tia Jenna.
Quando cheguei à casa de tia, meu pai roncava tão alto esparramado na rede, que parecia um avião entrando em decolagem. Sorri com o barulho e fui até a cozinha me perguntando como pude ficar tanto tempo sem ingerir nada. Preparei um sanduiche e peguei o resto de suco que havia na geladeira.
Depois de satisfeita, fui até meu atual quarto, e deitei-me na cama enquanto esperava ansiosa pela ligação de Stefan. Quando estava quase pegando no sono minha mãe entra no quarto:
-Que isso Elena, resolveu hibernar de vez? Levanta dessa cama, vai jogar videogame com seu irmão, fazer alguma atividade. Está até parecendo como você ficava na época em que era apaixonada pelo Matt.
Eu a encarei como se aquele nome fosse um xingamento terrivelmente ilegal. Como em Harry Potter. Minha mãe ficou envergonhada e disse:
- Ahm, é melhor você descer, Jenna já está pondo a mesa. - falou apressadamente e saiu.
Levantei-me um pouco zonza por estar muito tempo deitada e desci as escadas.
Enquanto comia a sopa de abóbora que tia Jenna fazia maravilhosamente bem, observava as bocas de mamãe e papai em uma conversa realmente empolgante enquanto tia Jenna forçava Jeremy a engolir a sopa. Então percebi que tinha algo vibrando sobre a minha perna. Olhei e era meu celular. Meu coração disparou e minhas mãos começaram a tremer quando vi que era o Stefan. Desajeitada e ofegante sai da sala correndo até a varanda e atendi o celular:
-Alô?
-Oi garota do surf.
Comecei a rir e a me gabar por minha boa disposição para o surf. Meu pai aparece na porta e grita:
-Elena, volte já para a mesa e termine sua sopa. Diga a sua amiga que depois você retorna a ligação. Ande logo.
Eu parei com os olhos arregalados me sentindo uma criança de 7 anos:
-Nossa. Já vou indo, calma.
Meu pai bateu o pé e saiu sem dizer uma palavra. Então eu disse ao Stefan que depois enviava um torpedo pra ele. Voltei à mesa de jantar e terminei minha refeição.


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