Promessas Inquebráveis - HIATUS escrita por Firefly Anne


Capítulo 7
Infeliz História


Notas iniciais do capítulo

Hey amores! Perdoem-me pela demora, mas eu estive sobrecarregada essas semanas. Não vou me prolongar muito, eu apenas gostaria de agradecer aos comentários do último capítulo. Aos novos leitores, sintam-se abraçados por mim! Tentarei responder aos reviews no fim de semana, ok?
.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/252420/chapter/7

Outtake VI — Infeliz História.

[...]

Eu estava nervosa. A palma de minha mão estava escorregadia de tanto suor.

A mãe do meu namorado estava presente em minha festa de quinze anos.

Eu poderia estar feliz.

Eu queria estar feliz, mas eu era medrosa demais.

Edward levantou.

Agora ele estava caminhando em minha direção e eu sentia que em breves instantes meu coração iria escapulir pela boca para em seguida saltar piruetas pelo jardim; zombando de minha covardia.

"Concentre-se, Swan!", meu lado que ainda era consciente de algo gritou para mim.

Eu tentei me concentrar.

Juro que tentei.

Porém, Charlie largou o meu braço, e eu com certeza teria um encontro com o chão — se não fosse os braços de Edward me amparando.

— Você está bem? — Edward perguntou em minha orelha.

Só então eu percebi o quanto eu arfava. E o quanto eu estava trêmula.

Não encontrei a minha voz para respondê-lo. Eu queria estapear o meu namorado, porque a culpa era dele por eu ter me tornado uma marionete na velocidade da luz.

— Sim. — consigo murmurar.

Edward encara um ponto atrás de mim.

Ele tosse.

— Senhor Swan — ele acena com a cabeça para o meu pai.

— Edward. — Charlie responde com sua voz mais autoritária.

Eu queria gargalhar.

Acho que eu gargalhei.

Eu estava por fora dos meus sentidos, por isso eu não sei o que fiz em seguida. Porém, era engraçado ver o meu pai fazendo aquela pose de "pai autoritário" na presença de Edward apenas para intimidá-lo. Todos sabiam o quão doce Charlie poderia ser. A tarefa de "autoridade mórbida" poderia ser gentilmente atribuída a Renée e a sua falta de amor.

— Bella, eu queria lhe apresentar a alguém — Edward comunica.

Há um amplo sorriso em seus lábios. Vejo-me levando meus dedos aos seus lábios. Era tão largo que poderia rasgar a sua pele, e Deus apenas sabe o quanto eu adoro aqueles lábios. Oh, como eu os adoro!

O sorriso de Edward morre quando eu não ofereço nenhuma resposta. E muito menos ao perceber o quão tensa eu estou.

— Bella? — seus olhos eram desesperados.

Eu poderia suportar isso.

Eu poderia ser capaz de lidar com a sua mãe. Esme parecia ser uma boa pessoa; apesar de ter abandonado Alice, e apenas em pensar que ela abandonou a minha melhor amiga eu senti que poderia esbofeteá-la na face. Mas não posso fazer isso. Edward a adora e isso é muito explícito quando ele observa sobre os seus ombros o local em que a mulher ruiva continua à nossa espera.

— Vamos — respondo.

Não posso ser covarde e fugir para sempre. Uma hora nós teríamos que ter esse contato e eu preferia que fosse ali; com Edward segurando os meus dedos e passando-me a coragem que eu tanto necessitava.

Esme levantou-se assim que chegamos. Meus batimentos estavam acelerados. Eu poderia morrer naquele instante. Meu coração seria capaz de rasgar a pele do meu peito e correr, como o medroso que ele era.

Santo Deus, eu já estou atribuindo características humanas ao meu coração.

Recomponho-me. Edward não ficaria feliz que a primeira impressão que a sua mãe tenha de mim, seja que eu sou uma louca.

Ela poderia impedi-lo de vir para Forks e eu não suportaria mais esse afastamento.

— Bella! — ela canta assim que estou a alguns centímetros.

— Senhora... Esme — eu respondo incerta.

Não era do meu conhecimento se Esme e Carlisle ainda eram casados legalmente, então seria estranho eu usar o sobrenome "Cullen" que agora eu sabia pertencer ao meu namorado.

— Platt. Esme Platt. — ela responde com seu sorriso doce. — Mas você pode usar o meu primeiro nome, Esme, eu ficaria mais à vontade.

— Esme. — repito com um sorriso.

Ela me oferece a sua mão e eu rapidamente a balanço com as minhas.

Edward ainda se mantém ao meu lado, segurando os meus dedos, com aquele mesmo amplo sorriso rasgando a sua face.

— Sua namorada é linda, Edward — diz para o filho ao meu lado.

Observo o meu namorado pelo canto dos olhos, e consigo ver o momento em que ele oferece um sorriso torno à mãe e em seguida um rubor lindo tomar conta de suas bochechas.

Mais uma vez, sinto vontade de mordê-lo.

— Edward não tem me dado um minuto de sossego, falando de você.

Estou como um pimentão.

Acredito que Edward percebe o meu constrangimento, porque logo em seguida ele está me levando para o centro do jardim.

Ele pretendia dançar comigo.

Ali, na frente dos meus amigos e alguns familiares eu estava sendo a sua princesa.

— Concordo com a minha mãe; você está linda — ele me diz, e rapidamente planta um cálido beijo sobre os meus lábios.

Eu quero mais.

Meus dedos estão em sua nuca, trazendo-o para mais perto. Mesmo com os saltos, eu preciso me erguer para ficar em uma altura razoável perto do meu namorado. As mãos de Edward estão pousadas carinhosamente em minha cintura.

Beijamo-nos com mais desejo. Um beijo com contato de línguas e aquele arrepio agradável que subia pela base da minha coluna sempre que nossas línguas se tocavam. Perdiam-se dentro da boca do outro.

Separamo-nos apenas para restabelecer nossas respirações. Minha testa está grudada à de Edward, os olhos dele estão fechados e eu estou olhando para o seu lábio aprisionado por seus dentes.

— Eu amo você — confidencio em um murmúrio.

Edward abre os seus olhos, afastando-se um pouco de mim. E então, ele volta a me beijar.

— Sinto muito atrapalhar, mas vocês não preferem ir com mais calma? — nos assustamos com a voz doce de Esme.

Edward estava novamente corado e era a primeira vez que eu via o meu namorado tão envergonhado em apenas um dia.

(...)

Todos os convidados já haviam ido embora. A mãe de Edward, após beijar a minha testa, também partiu alegando que precisaria despertar muito cedo no dia seguinte. Edward ficou. Ele tinha o seu próprio carro.

Depois de tomar um banho e vestir roupas confortáveis, fiz uma trança em meu cabelo; enquanto descia as escadas para encontrar Edward sentado em meu sofá, me esperando.

— Oi — disse para chamar a sua atenção.

Ele vira-se para mim, com seus olhos ainda mais brilhantes.

— Você demorou — há um bico querendo se formar em seus lábios. Sorrio, porque Edward fica muito fofo quando pretende ser um garoto mimado.

Sentei-me ao seu lado. Edward colocou os braços ao redor do meu ombro de forma que eu estava praticamente grudada a ele. Uma de minhas pernas estava sobre a sua. E Edward ocupava os seu tempo fazendo círculos em meu joelho.

— Demorei a metade do tempo apenas tirando aquela maquiagem.

— Você fica melhor sem ela.

Eu quase gargalho.

— Sua sorte é que Alice não está aqui para ouvir você desmerecendo a sua maquiagem.

— Alice? — ele questiona confuso.

— A minha melhor amiga — eu respondo sem olhá-lo nos olhos.

— Ela estava aqui? — há uma curiosidade em seu tom.

— Não. O pai dela estava doente, ela precisou ir para cuidar dele.

— Entendo. — Edward coça o queixo. — Eu tenho uma irmã chamada Alice.

— Eu sei — sorrio novamente.

— Sabe? — olha para mim, com as sobrancelhas arqueadas.

— Você me contou quando nos conhecemos.

— Ah, sim, eu lembro.

— Sua irmã, você a conhece? — eu pergunto me arriscando totalmente naquele assunto proibido entre nós.

— Nem por fotos. Quando Esme saiu de casa, Alice ainda era um bebê.

— Ela fugiu de casa? — deito minha cabeça em seu peito.

— A história dos meus pais é complicada, Bella.

— Eu quero saber.

— Quando houve a separação, o meu pai queria que Esme deixasse os dois filhos lá, para ele criar. Lógico que Esme foi contra. Ela queria as duas crianças, porém, Carlisle a obrigou a deixar Alice para trás.

— Então o abandono não foi por... Falta de amor?

— Lógico que não! Esme, mesmo sem conhecê-la, ama Alice.

— Isso é tão triste, Edward — eu murmuro.

E eu estou chorando.

Porque a minha melhor amiga sofre pensando que a mãe a odeia, quando na verdade o sentimento é ao contrário.

Eu choro porque não posso contar a Edward que eu conheço a sua irmã.

Eu choro porque eu queria que tudo fosse diferente.

Mas as coisas não são.

Edward me aperta em seus braços e aos poucos o pranto cessa.

O meu príncipe estaria ali para me consolar, e entre nós dois, essa história trágica não iria se repetir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não se esqueçam dos comentários! ;) Volto em breve!