74 Edição Dos Hunger Games escrita por Felipe M


Capítulo 13
Cato não!


Notas iniciais do capítulo

E ai está mais um capítulo. Consegui postar mais rápido comparado aos outros õ/ Espero que aproveitem.



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– Cato! – o chamo ao acordar. Olho em minha volta e não o vejo. – Cato você está ai? – grito mais uma vez.

Olho para o chão próximo ao meu saco de dormir e vejo um esquilo assado, ao seu lado escrito com flores rosa e em letra de fôrma a frase “Coma quando acordar.”. A sensação de déjà vu me invade, mas não é um déjà vu qualquer tenho certeza de que já passei por isso. Foi há apenas um dia atrás, estaria eu delirando ainda e tudo o que vivi não se passou de mais um delírio?

Corro até a floresta adentrando a mata, olho para todos os lados a procura de Cato e até mesmo de Marvel, pois se tudo não se passou de um delírio ele ainda deve estar vivo. Dou passadas longas e rápidas, vasculho cada canto da floresta que tenho conhecimento. Após muito tempo correndo a procura de alguém estou exausta, resolvo sentar e relaxar um pouco.

Abro o zíper de minha mochila e pego uma garrafa de água, dou dois longos goles e sinto o líquido refrescante e sem sabor descendo por minha garganta, guardo a garrafa na mochila novamente e a coloco nas costas. Volto a perambular pela floresta sem ter um rumo certo.

Começo a notar que minha visão periférica está um pouco turva, não sei se é efeito do cansaço ou do veneno das teleguiadas. Ando lentamente ainda a procura dos dois, é então que vejo uma silhueta a alguns metros de mim – Cato? – grito. Mas a silhueta é mais magra que a de Cato, mas também é familiar. Marvel! Corro até ele e no meio do percurso grito “Marvel!” ele olha para mim e sorri, mas logo a seu sorriso se torna uma cara de fúria, e o garoto que antes estava ali se transforma na última pessoa que eu imaginava encontrar. Glimmer. O que ela está fazendo aqui? Ela havia morrido, tenho certeza, eu mesma havia me encarregado de garantir isso.

Ela olha para mim e gargalha “Você vai pagar por isso tampinha” ouço a voz gélida da garota cortar meus ouvidos. Não. Não! Isso não pode ser real, pego a faca que está em meu cinto e corro em direção a ela, sendo isso um delírio ou não, irei matá-la. Quando me aproximo da garota e lanço meu braço para frente para acertá-la eu a atravesso. Um fantasma? Uma miragem? Olho a minha volta, mas ela sumiu. Sinto meu coração acelerar, o que está acontecendo comigo? Minha visão fica cada vez mais turva à medida que ando pela floresta.

Resolvo voltar para a margem do rio e esperar que alguém apareça, e me explique tudo o que está acontecendo. Chegando lá vejo alguém deitado próximo à árvore. Posso ver seus cabelos loiros e o corpo musculoso. – Cato. – sussurro. Quanto mais me aproximo dele posso mais vê-lo com mais clareza, mas espere... Há uma flecha em seu peito, corro o mais rápido que posso e ao chegar até ele vejo o sangue espalhado em sua camiseta, seu peito não esta se movimentando, coloco dois dedos sobre o seu pescoço. Não há pulsação. Cato está morto. Morto.

– Cato não! Você não pode ter morrido. – grito, enquanto as lagrimas brotam em meus olhos e escorrem contornando o meu rosto. – Não, não. Isso não pode ser verdade. – tiro a flecha de seu peito e o sangue volta a escorrer sujando a sua camisa. – Volte Cato! Volte. – grito. – Eu te amo. – grito ainda mais alto. Ao dizer tais palavras percebo que elas soam familiares em minha boca, como se as dissesse sempre e me sentisse confortável recitando-as. Mas essa é primeira vez que digo essas palavras para alguém que não é meu pai.

Sinto meu coração se estilhaçando, se tornando simples cacos. E só agora percebo o quanto Cato sempre foi importante em minha vida. – Ficou triste tampinha? – ouço uma voz feminina dizendo isso e imagino ser Glimmer, mas quando me viro para trás estou olhando para a garota do distrito 12. Ouço-a gargalhar – Venha me pegar tampinha? – levanto-me e corro em direção a ela empunhando minha faca. Ela dispara uma flecha que passa de raspão perto de meu ouvido.

– Você vai pagar por isso. –digo. Estou com ódio por ela ter matado Cato, mas também estou confusa por ser a segunda vez que me chamam de tampinha, há anos mais ninguém me chamava assim. Chego até ela e vou com a faca em direção ao seu peito, ela não revida, não se mexe, não faz absolutamente nada. Enfio a faca em seu peito e vejo o seu sangue esguichar para fora quando retiro a faca, ela cai de joelhos no chão “Ainda não acabou.” ela diz. Se corpo se inclina para frente e seu rosto toca o chão. Ela está morta.

Sorrio ao vê-la morta, mas então sinto algo perfurando meu peito. Uma flecha. Olho para cima e vejo quem a atirou. A garota do 12. Olho para o chão e o seu corpo não está mais ali. Não pode ser, eu acabei de matá-la. Sinto a vida se esvaindo de meu corpo. Estou morrendo. Minha visão fica ainda mais turva até que caio no chão assim como ela havia caído, a flecha perfura ainda mais meu corpo atravessando-o. Morta... estou morta.

***

– Clove! Clove! – ouço alguém gritar e sacudir o meu corpo. – Acorde.

Abro os olhos e vejo os olhos azuis de Cato me olhando com extrema preocupação. Ele não está morto. Eu não estou morta. Tudo não se passou de um terrível pesadelo. Ele vê que abri meus olhos e sorri. – Você começou a se debater e a suar muito, achei que estava tendo um pesadelo.

– Estava. – digo. Queria contar tudo o que acabei de sonhar mais não consigo.

Sinto-o me envolvendo com seus braços e me levando de encontro a seu peito. Nossos corpos se encaixar perfeitamente como se um completasse o outro. Estou feliz por ele estar aqui e por estar cuidando de mim. Há muito tempo não deixo que ninguém faça isso. Mas precisamos esclarecer assuntos que certamente nenhum de nós dois se esqueceu.

– Cato precisamos conversar sobre Hazel e seu teste. – digo olhando em seus olhos.



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Notas finais do capítulo

Não se esqueçam de comentar. Espero que tenham gostado e obrigado por lerem, até o próximo capítulo.