74 Edição Dos Hunger Games escrita por Felipe M


Capítulo 12
Dois vitoriosos


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco para postar (tenho problemas para postar os capítulos mais rápido) mais ta ai, espero que gostem.



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Posso ver a fumaça cada vez mais alta sobre a copa das árvores, ela se alastra rapidamente e eu começo a me perguntar quem em sã consciência faria uma coisa dessas? A menos que seja uma armadilha, mas mesmo que fosse nós com certeza estamos em maior número e somos muito mais bem preparados.

Cato corre rapidamente à dianteira, Marvel está logo atrás dele enquanto eu fico na retaguarda, corremos rapidamente nos esgueirando das árvores e nos esquivando dos obstáculos que se encontram pelo caminho.

– Acho que já estamos quase chegando. – ouço Cato dizer.

Ele começa a correr mais rápido utilizando toda a sua velocidade, e Marvel o consegue acompanhar facilmente, mas eles acabam me deixando para trás, me esforço ao máximo para conseguir acompanhá-los. E por alguns segundos consigo correr tão velozmente quanto os dois, mas então minhas pernas começam a queimar e doer ao mesmo tempo, a dor é como se algo exercesse uma alta pressão sobre elas me impedindo de correr, começo a diminuir minha velocidade e então...

Enrosco meu pé em algum lugar e minhas pernas vacilam, logo vou de encontro ao chão antes mesmo que eu possa colocar os braços a frente de corpo para amenizar a queda, caio com o rosto do chão e a dor se alastra principalmente pelo meu nariz, levo minhas mãos ao chão para empurrar meu corpo para cima e cinto as folhas pressionadas contra elas, sento-me e passo um de meus dedos em meu nariz, ele está sangrando. – Clove! – ouço Cato gritar, e vejo que ele está correndo em minha direção agora, a dor que sinto em meu nariz é lancinante.

– Está tudo bem, podem ir na minha frente. – digo.

Cato chega até mim e me ajuda a levantar. – Não, nós temos que fazer isso juntos. – ele passa a mão em baixo de meu nariz limpando o sangue e diz. – Mais tarde iremos cuidar disso, agora vamos.

Voltamos a correr, a dor em meu nariz é latejante e não me abandona nunca, o ferimento foi realmente sério. Algumas lágrimas começam a tomar conta de meus olhos mais eu as seguro, o que está acontecendo comigo? Por que de uma hora para outra fiquei tão frágil e vulnerável? E todos os dias que passei treinando na floresta? É claro que eu ainda posso ser uma garotinha frágil, mas treinei minha vida toda para estar aqui e não posso me tornar indefesa dessa forma.

– Mas o que? Não tem ninguém aqui. – diz Marvel ao chegarmos à fogueira que dava origem a toda aquela fumaça e vasculharmos cada canto do local. – É uma armadilha, eu sabia! Essa fumaça estava muito suspeita. – e é como se ele tivesse lido meus pensamentos, pois foi exatamente isso que eu havia pensado o percurso inteiro que toda essa fumaça não se passava de uma armadilha.

– Calma. – diz Cato. – Eles querem fazer uma armadilha para nós? Mas são ele que vão cair na própria armadilha, pois quando nós os encontrarmos vamos matá-los e deixá-los sem qualquer sinal de vida que um dia possuíram. – posso ver a ira nos olhos dele ao dizer as palavras. Então antes que alguém possa dizer mais alguma coisa, vemos mais fumaça tomando conta da copa das árvores, e corremos naquela direção. Ao chegarmos no local não encontramos absolutamente nada novamente.

– Cato isso realmente é uma armadilha – digo. – eles devem estar bem equipados, é melhor voltarmos para o lago e pegar armas melhores e depois nós voltamos aqui.

Ele parou por alguns segundos e pensou. – Tudo bem, você e eu vamos lá e você – ele se voltou para Marvel – fique aqui e se aparecer alguém mate-o. – Marvel assentiu.

Juntos eu e Cato corremos de volta até o lago onde estava nosso acampamento, estávamos quase chegando nele até que...

Bum!

Bum!

BUUM!

Uma explosão havia acontecido ali nos arremessando para trás. Então essa era a armadilha? Eles nos distraíram com as fogueiras para destruir nossos mantimentos. Cato se levanta rapidamente e corre até o lugar onde antes era nosso acampamento, corro logo atrás dele. Ao chegar lá observo que tudo. Realmente tudo foi destruído, talvez ter enterrado as minas novamente não tenha sido uma idéia tão genial, já que eles as utilizaram para destruir nossas comidas e armas.

– Droga! – diz Cato.

– Precisamos voltar para buscar Marvel. – digo. – E ver se ele encontrou alguém.

– Você não entende? Nós caímos na armadilha deles ao deixarmos ele sozinho. A essa altura ele já deve estar morto. – e como se os idealizadores estivessem em sintonia com ele, ao mesmo tempo em que ele disse as palavras o canhão soou... Uma. Duas vezes, então não havia sido somente Marvel que tinha morrido, ele também havia matado alguém. Mas precisaremos esperar a noite chegar para descobrirmos quem além dele está morto.

***

Estou sentada ao lado de Cato encostada em uma árvore agora somos só nós dois, as armas e comidas são quase nulas, mas ainda temos algumas. A ira de Cato passou e agora olhamos para o céu esperando para ver qual tributo está morto além de Marvel. Mas ao invés de aparecer a imagem dos tributos no céu ouvimos a voz de Claudius.

– Atenção, atenção tributo! A regra dos jogos foi... modificada, a partir de agora não haverá apenas um vitorioso, a partir de agora haverá dois vitoriosos desde que esses sejam do mesmo distrito. Obrigado pela atenção. – A voz dele desaparece deixando apenas o silêncio. Olho para Cato e ele olha para mim e nós sorrimos ao mesmo tempo, sabendo que agora nós dois poderemos vencer e agora mais do que nunca quero vencer esses Jogos, tanto para poder receber a glória de um vitorioso, tanto para descobrir o que realmente sinto por Cato fora daqui.

– Nós iremos vencer esses Jogos juntos! – ele diz me puxando para perto de si, pouso meu rosto em seu peito enquanto ele acaricia meus cabelos, já não me importo se ele está apenas interpretando para ganhar ou se está sendo verdadeiro, agora nós dois podemos ganhar. Olho para o céu quando a imagem de Marvel aparece, e logo após a sua foto aparece a foto da garotinha do Distrito 11, Rue, a partir de agora somos somente sete. Me aconchego no peito de Cato enquanto sinto sua mão passando em meus cabelos, o sono começa a tomar conta de mim e a dor que antes sentia em meu nariz finalmente esta passando, mas ele ainda lateja. Meus olhos começam a se fechar e não poderia existir um lugar melhor para eu estar, ouço o barulho do paraquedas que vem acompanhado com um presente dos patrocinadores, o objeto cai nas mãos de Cato e ele o abre, sinto a mão dele sobre meu nariz passando algo gelatinoso, mas escuridão toma conta de minha visão. Estou dormindo.


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Notas finais do capítulo

E é isso, não se esqueçam de comentar para eu saber o que vocês estão achando.



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