Era uma vez uma menina que adorava ler. Quando descobriu os livros, foi fisgada e passou a querer mais e mais, até que seu quarto ficou tão cheio deles que mais parecia uma biblioteca. Todas as noites, ela pulava sobre a cama com um livro e uma lanterna e viajava para mundos mágicos de belas princesas, príncipes em forma de sapo, bruxas más e animais falantes que brincavam em florestas.¹

Então ela cresceu e, depois de beijar muitos sapos, finalmente encontrou seu príncipe. Para as outras pessoas ele não era realmente um príncipe, mas para ela ele era seu príncipe. O problema era que ele ainda não sabia disso, mas ela tinha decidi que hoje isso ia mudar. Ela finalmente decidiu se declarar para ele, só não sabia como.

Foi para a guilda, onde todos seus amigos se reuniam, e o viu de longe bebendo ao lado do seu fiel gato, que como nos contos de fadas, falava. Decidiu sentar ao lado da sua adorada amiga tentando formular alguma estratégia de como contar para ele o seu amor.

– Ohayo Levy.

– Ohayo Lu-chan.

– O que aconteceu, está tão pensativa?

– É que eu decidi contar para ele tudo que eu sinto.

– E como você vai contar isso?

– Eis a questão Lu-chan, eu não sei.

De repente, elas ouvem Natsu e Gray discutindo e veem uma cadeira voando, parecia que a briga ia começar mais cedo hoje. Elas se abaixaram e cada uma seguiu um rumo. Lucy foi em direção à porta e Levy foi em direção à biblioteca. Quando estava perto da mesma teve o infeliz erro de se levantar, e percebeu que uma mesa vinha em sua direção. Fechou os olhos e esperou que a mesma a atingisse, o que não aconteceu. Abriu os olhos e o viu em sua frente e pedaços da mesa no chão.

– Está louca baixinha, quer morrer? Vem, vou te levar para um lugar seguro.

Ele pegou na sua mão e a levou para o lugar ao qual a mesma estava indo antes. Ao chegar à biblioteca ele já ia saindo quando ela segurou em sua mão. Ele, após o ato dela, a olhou nos olhos e esperou que ela falasse.

– Arigatou Gajeel.

– Não precisa agradecer baixinha, eu só te tirei daquele tumulto para você não se machucar, afinal você é muito fraca para se defender.

Gajeel deu um sorriso irônico para ela, ele adorava a ver irritada, mas, diferente das outras vezes, ela não se irritou, só se limitou a dar um risinho e falar.

– Não estou te agradecendo só por isso.

– Ah não?

– Não.

– Então por quê?

– Por fazer meus dias mais felizes.

– Hã?

O sorriso de Levy se abriu mais e falou:

– Aishiteru Gajeel.

Ele ficou atônico, nunca imaginou que ela o amasse. Tudo bem que ele a amava, mas ela? Depois que de tudo que ele fez, depois de machucá-la ela ainda dizia que o amava?

– Você só pode estar louca baixinha.

– Por quê?

– Depois de tudo que eu te fiz você ainda diz que me ama?

– Mas você me salvou quando o Laxus ia me acertar com o seu raio, me ajudou com o exame Classe-S, você sempre me salvou quando eu precisava. O que você me fez foi passado, eu te amo, é isso que importa.

Nesse momento ela se odiou por ser extremamente baixa e ele extremamente alto. Mas parece que ele tinha lido seu pensamento, a pegou no coloco e lhe deu um beijo ao qual ela nunca provou. Após isso a colocou no chão e voltou-se para a porta.

– Também te amo ratinha de biblioteca.

Após essa declaração ele saiu da biblioteca e voltou para a briga. Levy estava abobalhada, parece que o Dragon Slayer do ferro também tinha coração. Ela ficou feliz e após o ocorrido não se soube quando eles finalmente começaram a namorar ou quando ele a pediu em casamento. Apesar de serem diferentes eles se completavam, afinal ela só queria ser sua baixinha e ele só queria ser seu príncipe.

FIM