A Tributo Do Distrito 6 - Jogos Vorazes escrita por Escritora sonhadora


Capítulo 6
Estamos com os carreiristas


Notas iniciais do capítulo

só lembrando que o nome Mai se fala "Mei" e avisando que o nome Connor não tem nada haver com nenhum outro herói, foi sugestão de uma de minhas amigas.



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Harry, como pode ser tão estúpido? Você podia estar muito bem agora! Porque foi se voluntariar? Estava tudo tão perfeito, mesmo depois de ser escolhida para os jogos eu ainda tinha esperanças de voltar. Poder viver uma vida descente com minha família, comprar um cavalo para cavalgar com Cléo, e talvez, até ter um futuro amoroso com você. Você entende algo errado e depois de tudo isso eu é que ainda me sinto culpada. Harry, seu estúpido!

Passei a noite assim, me entristecendo e jogando a culpa de tudo que estou sentindo em Harry. Começo a dormir junto ao raiar do dia e me sinto exausta, tenho que começar a dormir a noite caso queira alguma chance nos jogos. Vou até o vagão-restaurante mas não vejo ninguém, nem mesmo aquele avox. Encontro Liz no corredor e lhe pergunto sobre Harry, ela alega não tê-lo visto no almoço. Acho que ele deve ter ficado no quarto a manhã toda.

– Mai, só não se esqueça de dormir bem hoje, amanhã chegaremos à capital e quero você nas janelas bem apresentável – diz Liz.

– Tudo bem então – mas a ignoro totalmente.

Vou em direção ao quarto de Harry e ao chegar na porta suspiro bem para tomar coragem. Bato inúmeras vezes na porta mas não ouço nenhum ruído.

– Que é? – Harry finalmente pergunta.

Apenas continuo batendo na porta, pois sei que se ele ouvir minha voz vai voltar para a cama. Ele abre a porta enfurecido.

– Hora Jaff, me deixe em paz! – ele me vê e tenta fechar a porta rapidamente, mas evidentemente sem sucesso.

– Não vai se livrar de mim tão cedo. – digo enquanto meu pé prende a porta e minhas mãos nos empurram para dentro – Agora você vai ter que me dizer o porque disso tudo Sr.Voluntário.

– Você não iria entender – ele diz infeliz .

– Você pode tentar.

Ele me abraça forte e me inça para cima, só assim vejo o quanto ele está triste, decido levá-lo para fora. Ficamos vagando pelos corredores do trem e quando eu lhe questionei ele apenas me responde algo como “na hora certa você vai saber”. Decido lhe contar sobre a história do avox – mas lhe conto entre sussurros, já que aqui as paredes têm ouvidos. Ele se entusiasma e vai comigo até meu quarto, lemos um pouco lado a lado em cima da cama. Harry tenta me convencer de que a culpa não é minha e de que o avox está bem, mas ainda tenho minhas dúvidas. Logo ele se despede e o abraço forte o suficiente para que ele nunca mais se vá, mas sei que não posso cometer tal ato de lucidez. Assim que ele se vai retiro os livros de cima da cama e me surpreendo com um pequeno bilhete que dele cai. Olho para os lados como se pudesse estar sendo vigiada – nunca duvide da capital – e o leio apressadamente. “Querida Mai, ainda não posso lhe revelar quem sou, ou pelo menos quem fui um dia. Sei que está notícia um dia chegará a você e também sei que será um grande choque. Só peço que continue forte e que saiba que muitos aqui fora estão torcendo por você. Assinado, uma avox “. Pouco depois vejo que a capa de um dos outros livros está rasgada, aumento o furo e para minha surpresa encontro várias cartas em papéis coloridos, minha ância de lê-los é tanta que nem ouço a porta abrir, apenas ouço a voz de Jaff atrás de mim, espero ter dado tempo de escondê-las.

– Você precisa falar com Connor, – diz ele – o tributo carreirista do um.

– E porque eu faria isso? – indago.

– Por eu estar te mandando já é um bom motivo, mas como sua simpatia foi tão grande, vou te contar a real. Ele te quer na equipe – ele suspira – e acho que tenho que te manter viva nesses jogos se quiser me aposentar logo.

Não discuto mais, sigo Jaff e ele me deixa em uma sala a sós com o tributo. Ele é loiro e alto, tem músculos extremamente saltados e olhos cruelmente verdes

– Então você se chama Connor, bom saber. Mas o que seria bom mesmo é saber como você já sabia quem eu era.

– Eu te conto assim que se juntar a nós.

– Porque ia me querer em sua equipe?

– Você é uma ótima tributo, – ele morde o canto dos lábios – e digamos que eu possa ter um certo fraco por atiradoras de faca.

– Quem seria esse “nós” que você citou? Eu poderia incluir Harry nisso? – e percebo o porquê de eu ainda não ter aceitado sua oferta, no fundo, eu só queria Harry ao meu lado.

– Isso vai sair um pouco mais caro. Ele tem um lance barra pesada com a capital, se realmente quiser que ele entre na aliança, vai ter que me dar algo.

– E o que seria? – já começo a ficar confusa.

– Isto.

Ele me segura pelo rosto e me rouba um breve beijo. Tento afastá-lo, mas como não sou muito forte só tive uma opção, pisei firme em seus pés e assim que ele se afastou lhe dei um tapa no rosto. Sai as pressas da sala sem olhar para trás, mas pude ouvir alguns risinhos atordoados.

– Pelo visto ela já está na equipe – goza Jaff e um outro mentor enquanto passo por eles.

– Ela realmente tem sangue quente – aquele cuja eu não sei o nome fala de mim como se já nos conhecêssemos.

Mostro o dedo do meio da mão esquerda e passo direto por eles. Me sinto na obrigação de contar isto a Harry, mas decido ocultar certas partes, deixo uma mensagem por debaixo de sua porta: “Boas notícias (eu acho), estamos no grupo dos carreiristas. Não tente matar ninguém a noite e fique longe das minhas facas”.


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