A Tributo Do Distrito 6 - Jogos Vorazes escrita por Escritora sonhadora


Capítulo 18
O verdadeiro jogo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/252030/chapter/18

Todos parecem ter acordado com a voz, nos entreolhamos sem saber o que fazer. Será que vale a pena esse risco todo? Precisamos de comida, isso é fato, mas conseguimos nos virar bem caçando. Estamos feridos também, mas dei um jeito de arrumar ervas que dão um bom jeito nos ferimentos. Fico pesando no que eles podem ter reservado para nós.

Olho para Connor, a primeira vez que nos entreolhamos dês do acontecido, ele não parece nada bem, parece meio abalado. Sua boca se move lentamente e posso ver as palavras “me desculpe” desenhadas no ar. Eu só queria que pudéssemos ser amigos.

- Acho que não devemos ir, - Peter pensa alto – é muito arriscado.

- Mas se não formos, vamos deixar o caminho livre pro grupo do 4. Assim eles vão vencer facilmente – o argumento que Harry dera era realmente convincente, mas não sei bem de que lado ficar.

Discutimos um bom tempo sobre isso, no fim a maioria votou por irmos. Melhor assim.

Não temos muito tempo, então apenas jogamos as coisas na mochila e fomos tirando as folhas de nossos corpos no caminho.

Começo a pensar nos rostos dos tributos da outra equipe, teremos que enfrentá-los novamente, desta vez eles não podem fugir, eu tenho que manter Harry vivo, bem... ainda não me decidi sobre isso, quero muito que ele sobreviva, mas dentro de mim tem um extinto que bloqueia o pensamento de minha própria morte. Se ao menos eu tivesse mais uma noite para pensar, talvez eu decidisse melhor, tenho que acabar até mesmo com minha própria equipe caso queira que um de nós sobreviva. No meio dessa confusão toda um pensamento idioa me cerca.

- Acho que devíamos arranjar um nome para nossa equipe. Sabe, com essas duas equipes esse ano, meus pensamentos ficam confusos – rio um pouco, isso é patético, eu sei, mas não consigo me concentrar na palavra equipe sem que meus pensamentos se dividam entre nós e a outra equipe.

- Sabia que isso é culpa sua? – Vegan, arrogante como sempre. Penso em respondê-la a altura, mas não penso em nada pra dizer. Apenas a ignoro sabendo que esta completamente certa.

- Equipe Alfa? – sugere Peter, mas todos fazem careta e fica na cara que ninguém gostou. Acho que o grandão não aprovou muito a ideia.

Ficamos por silêncio um bom tempo e consigo ouvir até mesmo Alaska pulando de uma árvore a outra. Ela é veloz como um pássaro.

- Que tal “os vorazes”? – o nome era pior que todos os trocadilhos que ele já fez, mas a culpa de tê-lo dado um fora pela segunda vez me remói. É melhor eu mostrar que ainda estou do lado dele. Antes que Vegan o tire definitivamente de mim.

- Eu gosto – minto. Mas apesar de ser ridículo ninguém discorda.

- Então vorazes, onde estamos indo? – sarcástico e esperto como nunca, Harry está sempre a minha frente, odeio isso.

Afinal, ele acertou em cheio a pergunta. Apenas pegamos nossas coisas e saímos vagando por ai, sem rumo certo. Ninguém faz idéia do lugar citado.

- Pensem, se fossem estúpidos como um idealizador dos jogos vorazes, onde montariam a grande armadilha para pegar tributos? – odeio ainda mais o jeito que ele provoca a capital. Isso é tão perigoso, ele já está com a corda no pescoço, e parece estar brincando com o alçapão. Será que ele não entende o quão a capital é perigosa? Ou talvez saiba muito melhor que eu. Só sei que dês da noite em que vi minha mãe como uma avox, sendo arrastada de tal maneira, tenho sonhos ótimos matando o presidente Snow.

Andamos mais devagar, tentando pensar em um lugar, um ponto estratégico que a maioria saiba a localização. Subo minha visão para o céu claro e ardido, entre as árvores vejo Alaska, ela está completamente desprotegida, qualquer um pode vê-la, quero gritar para que ela se esconda, mas não tenho como. Ela não seria burra a ponto de deixar eles a verem por qualquer motivo, então a observo fixamente enquanto ela tenta me mandar uma mensagem, ela aponta inúmeras vezes para a direita e faz um “2” com os dedos. Nada parece ter sentido até que uma lembrança me vêm a cabeça.

- A árvore de forca! – grito enquanto Alaska some na floresta com um sorriso faceiro no rosto. O lugar é perfeito, eu e Harry encontramos alguns tributos lá, aposto como os outros estavam por perto.

- Isso! Como não pensamos nisso antes? – Harry parece ter entendido meu raciocínio – Que lugar melhor para matar tributos rebeldes, do que perto de um símbolo de rebelião?

Essa última frase me marcou um pouco, acho que nós dois somos o que ele chama de “tributos rebeldes”. Penso na árvore bifurcada, em dois galhos grandes, o mesmo lugar onde Harry fez aquele símbolo. Dois símbolos de rebeldia, dois tributos, duas cabeças na mesa da capital. E isso ainda podia acontecer pelas mãos de certos tributos masculinos do 2. É , acho que esse não é meu número de sorte.

Seguimos a direção que Alaska apontara. Eu não lembrava de que o caminho era tão longo, acho que adentramos muito na floresta ontem. O tempo parece uma eternidade, ninguém ousa fazer alguma brincadeira e Connor, que a tempo já não manda um de seus trocadilhos imbeciís, também não abre a boca. Aposto como estamos todos pensando nas mesmas coisas; o fato de que provavelmente os tributos do 4 já estejam lá, e que talvez os vorazes tenham que se separar definitivamente nesse banquete; Sei que ninguém vai dar o braço a torcer, mas só espero que ao se separarem, eu não tenha que matá-los, não a sangue frio.

Estamos chegando ao local, calculo duas ou três horas de atraso. Sugiro que façamos o resto do caminho engatinhando ou rastejando entre os arbustos. A idéia não era nem um pouco ruim e decidimos segui-la. Assim que chegamos bem próximos a árvore forca paramos para observar com os binóculos, nenhum movimento, nem sinal de tributo ou animal, apenas alguns tordos sobrevoando a área e a vegetação estranha, ela parece ter mudado nesse pouco tempo. As trepadeiras estão maiores e mais vívidas, o campo de areia há poucos quilômetros está chegando, cada vez mais próximo. A única coisa que parece igual é a marca que Harry deixara na árvore. Aposto que eles vão usar o símbolo como uma mostra aos rebeldes de que nenhum deles pode superar o poder da capital. Entre a árvore e a areia se encontra uma grande mesa retangular de 24 lugares. Sinto decepcioná-lo Snow, mas nem todos virão para o jantar.

Como não há sinal algum decidimos arriscar e pegar as coisas rapidamente, não podemos deixar nenhum recurso para os não vorazes

Nossa, isso soava engraçado em minha cabeça, mas agora vejo o quanto é ridículo.

A mesa está posta de maneira engraçada, tem um prato para cada tributo, mesmo os mortos. Meu prato tem um 6 em vermelho na borda, o de Harry um 6 preto, vejo que não só conosco, mas com todos os outros. Olho para meu prato em busca de uma explicação, a única que consigo encontrar é “a capital está ficando cada vez mais sem idéia”. Levanto um guardanapo de pano em cima de meu prato em busca de comida, mas ao invés disso só encontro uma arma. Ótima refeição Snow, estou muito satisfeita; Nunca vi aquela arma antes, nem nos treinamentos da capital nem nos bilhetes deixados pelo avox, mas sei exatamente como usá-la. Visto a munhequeira de ferro que abriga uma garra, uma lâmina de metal comprida e grossa. Me sinto um tanto assassina com ele. Me pego olhando para o nada de novo, com aquela expressão que Harry tanto gosta. As palavras de Jaff me vem a cabeça “seja poderosa!”.

E é isso que eu vou ser. A mata a minha frente se meche e eu sei o que me espera. Olho para trás e vejo uma pilha de sei lá o que, faço uma expressão triste pois terei de descobrir o que é mais tarde. Olho novamente para a mata e me fixo na batalha, apenas esperando o momento em que um deles me atacaria. Meus olhos brilham de fúria, Harry a minha direita, Connor e os outros a minha esquerda. E que os verdadeiros jogos, comecem!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

A arma que eu dei pra Mai é tipo a do Wolverine e.e kk só que com uma garra só.
PRECISO QUE VOTEM EM ALGUMAS ENQUETES:
1 - QUEM VOCÊS ACHAM QUE DEVERIA MORRER?
A)MAI E CONNOR B) MAI E HARRY C)HARRY E CONNOR
2 - QUEM VOCÊS ACHAM QUE DEVERIA VENCER OS JOGOS?
valendo todos os tributos
MAS EU NÃO PROMETO NADA DE QUE VOU FAZER A HISTÓRIA A PARTIR DA VOTAÇÃO K, É MEIO QUE UMA BASE PRA MIM MUDAR O PENSAMENTO DE VOCÊS.