Helena's POV

Estou perdida agora. Que saudade deles, que saudades do Gerard... Não estou me divertindo como pensei. Sentei em um banquinho longe das pessoas, até meio escuro, por que daí as pessoas não me vêem. Ai, o que eu estou fazendo aqui? Afoguei meu rosto em minhas mãos e comecei a chorar, mas por que eu estava chorando? Podia ser arrependimento.. Senti uma mão em meu ombro, podia ser qualquer pessoa agora, mas menos ele, com quem eu queria estar. Quando olhei pra frente eu vi que estava errada. Dois olhos me encaravam, aqueles olhos esverdeados, olhos de águias, lindos, mesmo quando demonstram preucupação.

- Gerard, o que você faz aqui? - por incrível que pareça não tinha bebido nenhum copo de cerveja até agora.

- Helena, eu que te pergunto, por que está aqui?

- Eu não sei, eu.. não... sei.

- Venha - ele pegou minhas mãos - Vamos conversar em outro lugar.

Nós fomos pra um lugar "reservado" da festa, mas sem nenhuma intenção que essas suas mentes pervertidas pensam. Se bem que eu pensei nisso.... Mas, voltando, quando chegamos lá eu entrei, sentei na cama, esperei ele fechar a porta e ficar de frente comigo.

- Precisamos conversar - ele disse.

- Não temos o que conversar, Gerard. - eu disse, tentando parecer o mais fria possível, mas não deu certo.

- Temos sim, o que pensa que está fazendo? Fazendo consigo mesma?

- Você não entende, Gerard!

- Claro que entendo! Você pensa que é só você que tem problemas, mas não, não é só você!

- Gerard....

- Não, deixa eu falar agora. Não pode se ajudar sozinha, não é só você que também precisa de ajuda. Você acaba fazendo com que as pessoas que se importam com você sentirem as piores do mundo! Veja sua prima! Você não sabe o estado que ela está agora. E eu? você ao menos consegue pensar como eu estou me sentindo?

- Sim, você está se sentindo como uma babá cuidando de uma adolescente revoltada! Eu sei, vocês todos podem gostar de mim, mas meus motivos são fortes para eu não querer amar ninguém a ponto de ser deixada de lado pelo fato de ninguém me amar! - eu disse me levantando.

- Não é bem assim, sua prima te ama, nós todos te amamos, só você não percebe isso.

- Eu percebo sim, só sei que por algum mínimo motivo as pessoas podem se assustar e te evitar sem motivos.

- Eu sei disso, e isso acontece com todos, até mesmo comigo. - ele disse. 

- Só se for a parte de evitar!! 

- Você está falando sobre o que aconteceu no jogo de basquete não é?

- É Gerard, é isso mesmo! Eu gosto de você! Pronto falei. Quer saber? Eu te amo! Mas como posse levar isso á sério se eu sou o problema em pessoa?

- Quem disse que eu te evitei? - ele estava de boca aberta.

- E quem disse que eu que te evitei? Eu achei que você estava me evitando e distanciei...

- E eu pensei a mesma coisa... - ele disse levantando os braços.

- Tá legal, mas isso não muda o fato de... - ele me interrompeu.

- HELENA! EU TE AMO CARALHO! PÁRA TE TENTAR MUDAR ISSO! - ele disse vindo em minha direção - Por que é tão difícil acreditar?

- Gerard, eu....

- Eu também tenho problemas com bebidas, drogas já parou, mas bebida e cigarro continuam. E sabe por que que eu ainda tô assim? Por que não encontrei uma pessoa que se importasse comigo, uma pessoa que me desse força, o meu ponto seguro.

- Gee, eu me importo com você... 

- Uma pessoa que sentisse o mesmo que eu. Mas agora eu sei que eu encontrei, e essa pessoa é você Helena. Eu preciso de você.

- Gerard, eu não sei se você está falando a coisa certa...

- Eu gosto de você, Helena. Eu... Eu te amo.

- Gee, eu... 

Ele não deixou eu terminar, não deixou que eu concluísse nenhum pensamento meu naquela hora. Colocou as mãos em meu rosto e me puxou para si, em um beijo profundo. Eu o desejava tanto!! Queria ele pra mim AGORA! Mas não seria a coisa certa a se fazer, a gente nem estava namorando!! Ou estava?? Ain, não sei... Só sei que eu queria, não nego. As coisas foram ficando mais tensas nas partes de baixo quando começei a passar minhas mãos por debaixo da camisa social de Gerard. Ele estava quase tirando minha blusa quando escutamos abrir a porta.

- Oh! Desculpem.. eu... - era uma mulher mais ou menos na minha idade, 19 anos. Ela era negra, com traços delicados e ao mesmo tempo marcante. Seus cabelos ondulados caíam sobre seu ombro e sua expressão de surpresa deixava sua boca de lábios carnudos aberta - Eu devia ter batido. - ela disse, já puxando a porta de volta.

- Não, que isso. Impediu que fizéssemos besteiras. - eu disse, olhando pra Gerard que parecia decepcionado.

- É, impediu mesmo... - ele disse, meio que forçado.

- Já estamos de saída, então pode usar o quarto. Não é Gerard?

- É sim... - eu começei a andar, mas ele ficou quieto.

- Já podemos ir, Gee?

- Ah sim, já vamos né? - ele estava fazendo hora com a minha cara.

- Se quiserem podem continuar aqui.. - falou a moça que nem sabia o nome. Mas estranho, achava ela tão.... conhecida.

- Não, não se preucupe, vamos Gerard! - e o puxei pela mão, saindo do quarto e fechando a porta com a moça lá dentro.- Você estava fazendo hora com a minha cara lá, né?

- Não, essa aí que estava fazendo hora com a nossa cara! 

- Gerard, não era pra ter acontecido.. A gente nem está namorando...

- Em falar nisso... - ele pegou minha mão, me virou para ele de forma que ficássemos muito próximos um do outro, eu podia sentir sua respiração - Helena, namora comigo? - eu fiquei sem palavras, não sabia o que dizer - Eu te amo tanto, sei que você tanbém sente algo por mim, e quero ter algo com você mais que uma amizade... - eu continuava paralizada - Fala alguma coisa, por favor.

- Ger, você tem certeza disso? - eu não estava acreditando.

- Mais certeza do que nunca. É você que eu quero. - ele pareceu confiante.

- Então acho que isso responde ao teu pedido. - e o puxei para mim, e senti esse beijo como nunca senti nenhum, como se fosse o meu primeiro e último, e que eu dependesse dele pra eu viver, caso que não era mentira, pois eu precisava mesmo de Gerard. - Sim, sim Gerard!! Eu te quero como meu namorado!

- Agora eu tenho a namorada mais perfeita do mundo!

- Perfeita não, aí você já mistura as coisas.

- Sim, perfeita. A perfeição existe apenas aos olhos de quem realmente pode ver. Ou algo assim ¬¬' 

- Ah, agora está dando uma de Sr. Way Poetista?

- Não, apenas de Copiador de Sr. Iero Brega. HÁHÁHÁ

- Não venha me dizer que foi o Frank que fez essa frase? 

- Com uma pequena ajuda do Sr. Cabeça Ray e Sr. Comilão Mikey, mas tudo bem.

- Olha só as horas, já são quase dez da noite e ainda tenho que tomar banho, arrumar um pouco meu quarto a ponto de ter como dormir e tals. Você pode me levar pra casa, namorado?

- Sim sim, te levo pra casa sim, namorada. Vamos.

Fomos para o carro, e qual música começou a tocar? Sim, Never Gonna Be Alone, do Nickelback. Decidi que essa seria a nossa música. Deitei a cabeça no banco, fechei os olhos e sem querer abri um sorriso largo no rosto. 

- Essa vai ser a nossa música. - ele disse.

- Essa? Por que essa?

- Por que diz tudo que eu quero dizer pra você: eu nunca cou te deixar sozinha.

- Sim, é uma música perfeita... namorado?

- Sim?

- O que viu em mim? - eu tinha que saber o por que de ele gostar de mim.

- Você é diferente das outras, você me completa. Você é o que faltava em mim... 

- Ain, assim eu me emociono - falei, secando uma lágrima que escorrera sem querer dos meus olhos.

- Não chore. Pronto, chegamos.

- Quer entrar, namorado? 

- Até queria, mas você ficaria muito cansada comigo aí, e amanha é segunda e você terá que ir pra faculdade...

- Ah, que isso, amanha não vou. Vamos logo, entra?

- Hehehehe' sim. - ele fez um sorrisinho malicioso.

- Mas nada disso heim? Eu sei o que você está pensando...

Ele não disse mais nada. Saiu do carro e fomos em direção ao elevador. Chegamos dentro do elevador como pessoas normais, mas foi só a porta fechar e... Me senti empurrada em direção á parede, e dentes mordendo de leve meu pescoço, fazendo-me arrepiar toda. Suas mão percorriam minahs costas todas, por debaixo da blusa. Eu fui pega de surpresa por ele, e respirava ofegante, soltando alguns gemidos baixos pelo fato de as suas mordidas estarem me deixando exitada. Tentei empurá-lo para longe, mas minha vontade era maior que minha força, então deixei. Ele me pegou no colo, fazendo ele ficar entre minhas pernas, me apoiando em sua cintura. A porta do elevador se abriu, e ele me levou pelo corredor até a porta do meu apartamento.Chegando lá eu abri a porta e ele não parava de me agarrar, me abraçando por trás. Eu Fechei a porta e me virei pra ele, beijando seus lábios macios que eu desejava com tanta urgência. O empurrei pra dentro do meu quarto, joguei o que estava em cima da cama no chão, e o empurrei sentado de frente pra mim. Tirei minha blusa e sentei em cima dele, ficando de frente, assim podendo olhar pra dentro de seus olhos. Como aqueles olhos eram apaixonantes. Ele me beijava com urgência, e eu queria mais do que aquele beijo. Mas...

- Gee... Aow... - tentava falar enquanto ele beijava meu pescoço e passava suas mãos em minhas costas, fazendo-me arrepiar e rebolar em cima dele - Vo-você não acha-a que... podemos estar in-do rápido... demais?

- Ow... isso fica... sobre sua opnião.... - ele também estava tendo dificuldades pra falar - se você quiser... eu... Aown.... nós paramos... 

- Quer saber? - levantei e o empurrei deitado na cama e deitei por cima dele - Vamos levar isso á sério agora.

- É assim que eu gosto - ele disse, mordendo o lábio inferior e me olhando maliciosamente.

E assim foi, até chegarmos ao ponto máximo juntos. Os detalhes ficam para as suas mentes pervertidas, hehe'. Foi uma noite... mágica, pra não dizer selvagem, Uau!!  Quando "acabamos" eu deitei minha cabeça em seu peito.

- Lê, eu te amo - ele disse, com uma voz cansada. 

- Eu também te amo muito - eu disse.

- Tenho uma noticia não tão boa. 

- Qual? - fiquei preucupada.

- Tenho uma turnê com a banda, vou viajar amanha e chegar só daqui á duas semanas. 

- Ah Gee, não faça isso. Logo agora?

- É, me desculpe. Mas eu preciso ir, não posso desmarcar. 

- Promete que vai ligar todo dia? 

- Claro minha namorada! - ele disse, passando o polegar em meu rosto.

- Táh okay, se cumprir isso será desculpado por viajar um dia depois do nosso começo de namoro.

- Então pode ter certeza que eu vou te ligar de dois em dois minutos.

- Hehe' engraçadinho. Agora vamos dormir, estou cansada.

- Também. Boa noite, amor.

- Boa noite também Gee.

E dormi, com Gerard me fazendo cafuné, e escutando seus batimentos. Era como fosse tudo um sonho, e tinha até medo de dormir, pelo fato de acordar amanha e não ter nada mais disso. Mas o medo não era tão grande quanto o sono.