Um Nobre Apaixonado escrita por Mary


Capítulo 25
Família


Notas iniciais do capítulo

Oi.
Sei que depois de tanto tempo sem aparecer mesmo, o mínimo que devo a vocês é uma explicação.
Pois bem, iniciamos 2016 de forma bem conturbada, minha vó já estava com uma idade bem avançada e acabou desenvolvendo Alzheimer muito rapidamente, eu passei a estudar de noite e a cuidar dela durante todo o dia.
Lá por junho, um pouco antes das férias de inverno, viemos a perder dois tios (um irmão e um cunhado dela) o que acabou dificultando ainda mais as coisas, no inicio de Julho ela caiu e foi hospitalizada, além da escola eu comecei a trabalhar para ajudar nas coisas da casa e meu tempo ficou muito corrido.
Viemos a perder essa minha avó no dia 20 de agosto, e meu ano acabou ali, acabei perdendo a vontade de muitas coisas. Crises de ansiedade e o caralho a quatro vieram e daí parei com tudo.

Ah, mas tá dizendo isso por que? Porque eu quero que vocês saibam que eu JAMAIS desgostaria de uma história, principalmente com leitores tão bacanas, quero só que entendam que não foi preguiça que me fez parar de postar ou algo assim.

Mas estou de volta e acredito que com todo o gás que tinha. Vamos tocar a história e espero poder contar com vocês novamente.

Sem mais delongas.
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Pov Carlisle

Fiquei alguns segundos parados na porta, atônito. Olhei Marcus e entramos no quarto, indo o mais rápido que minhas pernas permitiam até a cama de Rosalie. Sentei-me onde estava antes e lhe peguei a mão.

— Querida, consegue me ouvir? – perguntei.

— Pai? – a voz dela saiu baixa e rouca. Rose piscou algumas vezes e abriu os olhos, passando-os pelo cômodo e parando em mim.

— Estou aqui. – sorri. Senti meus olhos umedecerem. – Como se sente?

— Com... Sede. – disse.

Tentou mexer-se, mas a segurei na cama.Olhei Marcus em um pedido silencioso, que prontamente foi atendido. Ele serviu um copo com água e me entregou, ajudando a erguer levemente a cabeça de Rosalie. Despejei um pouco de água em sua boca e esperei que ela bebesse, repousando sobre o travesseiro novamente.

— Onde estão os outros? – perguntou. A voz ainda saía baixa, talvez pelo tempo que ficou sem falar. - Estão todos bem?

— Estão. Acalme-se, certo? – pedi. – Poderia fazer-me o fazer de chamar o Médico, Duque?

Marcus assentiu e saiu do quarto deixando a porta aberta. Ajeitei-me melhor onde estava e olhei Rosalie alguns instantes, ela ainda parecia atordoada e sem saber direito o que havia acontecido. Ela tentou firmar-se para deitar mais para cima e fez uma expressão de dor, estava fraca e provavelmente o ferimento ainda estava bem dolorido. Ajudei-a a se ajeitar sobre os travesseiros e ela me olhou

.— Por que olha-me assim? – perguntou.

— Só Deus sabe o quanto estou aliviado em ver-te acordada. – peguei uma de suas mãos.

— Dei um susto tão grande assim? – perguntou.

— Podemos dizer que susto é uma definição pouca. – sorri fraco.

— Com licença, Majestade. – ouvi a voz do Doutor e virei-me.  – Duque Marcus disse que nossa Princesa acordou. – aproximou-se. – Como se sente, querida? Alguma dor?

Rosalie olhou para ele e depois para mim. Sempre tivera horror de médico, desde bem pequena. Assenti para ela como para incentivar.

— Apenas quando tento me mexer. – respondeu. – E sinto minha garganta arranhar um pouco.

O Doutor deu a volta na cama e sentou-se ao outro lado dela. Mediu a temperatura e os batimentos, bem como a garganta e os reflexos. Depois de alguns minutos nisso, colocou as coisas de volta na maleta e sorriu para Rose.

— Me parece que está tudo bem com você. Ficou esse tempo desacordada por causa da perda de sangue, e seu ferimento ainda não está cicatrizado o suficiente para permitir que faça força. – disse. – Mais alguns dias de repouso e alimentando-se bem, acredito que já estará boa. – voltou-se para mim.  – Deixei explicado com suas criadas como fazer o curativo e como devem ajudá-la a banhar-se, para não termos complicações. – disse.

— Agradeço. – respondi. – Quando volta?

— Se tudo correr bem, em dois dias venho avaliá-la novamente. – respondeu. – Com sua licença, Alteza. – fez uma rápida referencia e se retirou.

Voltei-me para Rosalie e sorri, recebendo um sorriso de volta. Ela segurou minha mão entre as suas e colocou sobre o colo suspirando.

— O que foi?

— Estou feliz por conseguir acordar. – disse. – Por um momento pensei...

— Shh. – a olhei sério. – Não pense e muito menos diga uma coisa dessas, você não morreria. Eu não deixaria isso acontecer, minha menina.

Ela manteve o sorriso com os olhos marejando de leve. Aproximei-me e lhe beijei a testa.

— Queria poder abraçar o senhor, Majestade. – ela brincou.

— Quando melhorar tenha certeza que terei todos os abraços do mundo para você, Princesa. – falei. – Seus irmãos enlouquecerão quando descobrirem que acordou... Não só seus irmãos, eu creio que seu namorado também.

A vi enrubescer as bochechas e olhar para o lado. Ri da reação.

— Sua futura madrasta também. – falei. – Ou sua sogra? Como prefere?

— Esme? – ela me olhou novamente. Seus olhos brilharam. – Está dizendo que você e Esme...?

— Parece-me que ela está disposta a perdoar algumas babaquices que um pobre Rei. – falei. – Assim como Eleazar.

Rose sorriu.

— Me prometa que sempre será assim. – disse. – Por favor.

Tornei a beijar-lhe a testa. Ouvimos a movimentação nos corredores seguidas por barulhos de fala e logo a porta do quarto foi aberta e Jasper e Edward entraram acompanhados por Eleazar e Carmem.

— Está acordada. – Jazz correu para o lado da cama, seguido por Edward.

— Vamos com calma. – pedi. – Ela não pode se agitar.

— Certo. – sorriu. – Como está? Por Deus. Você está bem?

Rosalie riu da reação dos meninos e assentiu para Jasper. Os olhos dela buscaram Eleazar e o sorriso dela aumentou ao vê-lo perto da porta. Levantei da cama e dei lugar para ele, indo até onde Carmem estava e parando ao lado dela. Eleazar sentou-se e beijou a testa dela.

— Como está se sentindo? – perguntou.

— Viva. – sorriu. – E muito feliz em ver vocês, minha nossa.

Jasper sentou ao lado dela na cama e encolheu as pernas para cima, dando espaço para Edward sentar-se.

— Temos tantas coisas para contar para você. – Edward disse. – Algumas que você nem vai acreditar.

— Rose.

O chamado na porta fez com que virássemos. Emmett entrou e ficou parado em choque alguns segundos, parecia tentar ver se era realmente verdade que ela estava acordada, Esme entrou em seguida olhando diretamente para mim e sorrindo. Eleazar levantou e deu espaço para Emmett chegar ao lado dela.O garoto sentou-se ao lado da cama e lhe deu um selinho demorado nos lábios.

— Você está bem? – sorriu para ela. – Por Deus, é claro que está.

— Também senti saudades, Emm. – ela riu fraco.

— Acho que podemos deixar Rosalie em boas mãos. – Eleazar me olhou. – Você merece um descanso.

Assenti para ele e depois de murmurar um “juízo”, deixamos Rosalie com os irmãos e Emmett. Esme passou o braço por minha cintura e lhe abracei os ombros. Seguimos os quatro até os jardins e fomos até o velho Carvalho, sentando-nos embaixo dele. Escorei-me na árvore e Esme se escorou em mim. Carmem sentou-se mais ao lado e Eleazar deitou a cabeça em seu colo.Observei a cena alguns instantes.

Há quase 19 anos fizemos algo parecido ali, só que Elizabeth era viva e Carmem e Eleazar recém-casados.  Agora estávamos lá, tanto tempo depois, eu reconstruindo minha vida, meu reinado e minha família, e Eleazar dando os primeiros passos para enfim consolidar a felicidade dele e de Carmem.

Esme recostou a cabeça em meu peito e me olhou.

— Parece-me feliz, Majestade. – disse baixo.

— Haveria como não estar? – olhei-a. – Minha filha está bem, e agora minha família completa. Tudo vai ficar bem.

— Amo você. – sorriu.

— Não mais que eu amo você. – aproximei meu rosto do dela e a beijei.

— Ei. – senti Eleazar jogar algo em mim. Separei-me de Esme rindo. – Nos poupe. Tem uma mulher grávida aqui.

— É mesmo? – perguntei, jogando o pequeno galho nele de volta. – Só pode ser o senhor, Conde. Para estar reclamando dessa forma.

Esme e Carmem riram. Eleazar bufou e deitou novamente a cabeça no colo da mulher. Parecia estar tudo ficando como deveria estar. Éramos uma família de novo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Comentem se for possível, eu gostaria muito de saber quem ainda está disposto a acompanhar.

Beijos.



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