The Desired escrita por Golden Girl


Capítulo 11
Oh my Garrett


Notas iniciais do capítulo

Hoje o capítulo é dedicado pra todas essas e talvez esses, sexys leitores dessa minha história.
Curtam o barraco, mores!



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“O que você quer?” falei.

Ele indicou que fossemos pra sala dele.

“Leah, eu... hm me perdoa” falou ele, meio que achando que eu era idiota.

“Te perdoar? Pelo o que? Por ter MENTIDO pra mim? Por TER namorada? Ah, me desculpa, você é um HIPÓCRITA!” gritei.

“Sei que mereço isso, ou coisa pior, mas...”

“Sem ‘mas’ aqui. Porra, por que merda você teve que mentir?” perguntei completamente irritada.

“Acalme-se” pediu ele, me olhando como um cachorrinho.

“Não vou me acalmar. Contou pra sua namorada? Ou ela também te põe os chifres?” perguntei com toda a raiva que eu não imaginava ter.

“Dá pra parar? E não, não contei pra ela” disse ele.

“Mas é um vagabundo traidor!” gritei. “VOCÊ ME USOU! POR QUE?”

“Não queria ter feito isso, eu amo ela, mas também eu amo...”

“Cala a porra da sua boca” gritei. “Nunca mais ouse em me tratar como uma garota COMUM, eu sou sua ALUNA, nunca vai ser nada a mais que isso!”

O deixei ali, fechando a porta com toda a força que eu tinha.

Saí andando por um caminho diferente, um atalho que eu conhecia, e saí chorando por ter sido um brinquedo, e percebi que é a pior sensação do mundo. Até que esbarrei em alguém.

“Me desculpa” falei, automática. Eu estava de cabeça baixa, não vi quem era, mas a pessoa usava um jeans preto e all-stars brancos.

“Leah?” escutei a voz de Garrett. Levantei minha cabeça, atordoada, secando minhas lágrimas. “Por que esta garota tão linda e inteligente está chorando?” perguntou ele esticando a mão para pegar a minha.

“Eu... eu tive uns problemas, não estou afim de contar, me desculpe” falei, soluçando baixo. Segurei a mão dele e ele me puxou para abraçar. Acho que nunca admiti, mas quando um garoto me abraça, sinto uma estranha sensação, como se eu estivesse protegida, segura. E mal conheço Garrett, mas ele tinha acabado de me provocar essa sensação.

“Tudo bem, não vou te forçar a contar. Mas, vem” disse ele me olhando com pena e curiosidade. Eu que fiquei curiosa, admito.

Seu braço passou por minha cintura e arregalei os olhos, ele estava me levando para uma casa. Devia ser onde ele morava. Era uma casa com escadas bordô era um cinza escuro. Ele subiu as escadas comigo, ainda abraçado. Garrett abriu a porta e dei de cara com uma sala bege, com móveis meio antiquados e uma TV de plasma, provavelmente LED.

“Bem-vinda” disse ele, sorrindo. Eu já tinha parado de chorar e sorri, levemente. Garrett puxou-me para seus braços e beijou meu cabelo. “Por favor, Leah, não chore. Acho que você não devia chorar, é tão linda que não devia chorar, tão linda..” ele suspirou, e tocou meu rosto. Automaticamente, virei em direção a sua mão. Ele estava sendo tão... adorável e sincero, eu pressentia por seus olhos. Eram as portas de sua alma.

“Garrett, por que essa simpatia?” perguntei, boba.

“Porque não gosto de ver uma mulher chorar, principalmente uma mulher linda, que nem você” ele admitiu, sorrindo de lado.

“Que fofo” falei, fitando o jeito que ele estava: segurando minhas mãos entre as dele. “Mas...você não namora?” perguntei, alerta.

“Não” disse ele, sorrindo. “Acho que ainda não encontrei a garota certa” ele completou.

“Como seria essa garota?” questionei.

“Ah...” ele ficou meio imerso em pensamentos e respondeu: “Linda, engraçada, inteligente, sincera, humilde...Basicamente assim.”

Sorri contra vontade.

“Acho que ela é perfeita, né...” falei.

“Eu acho que ela existe.” Ele murmurou.

“Conhece alguma?” arregalei os olhos. Garotas perfeitas? Não acredito. Eu não tenho nenhuma amiga perfeita, nenhuma mesmo. E eu sou a coisa mais próxima da imperfeição.

“Comecei a conhece-la hoje” ele disse. Pera aê... Sou eu? Mentira. Deve ser outra garota.

“Quem seria? Se eu puder saber...” completei, rapidamente.

“Ela se parece com você” disse ele, sorrindo.

Eu ri.

“Então ela não é bonita, nem perfeita.” Falei, usando toda a minha honestidade.

“Ela é você” disse ele, surpreso provavelmente por eu dizer que não me achava bonita, nem perfeita.

“Eu?” perguntei e ele assentiu. Acabou me dando uma crise de risos, na qual não consegui parar. “Ah, não minta!” reclamei.

“Tá, eu exagerei.” Ele admitiu. “Mas que você é linda, você é.”

“É, Garrett, não exagera, não iluda. É horrível ser iludida” falei.

“Por que você diz isso?” ele arregalou os olhos.

“Pois é verdade” dei de ombros.

Ele me abraçou e beijou meu cabelo de novo. Senti ele respirar e me puxou pra cima dele, mas não era nada demais, estava mais pra um abraço de amigo, mais protetor. Garrett fez um carinho em meu cabelo e senti minhas pálpebras pesarem.

“Ei, eu vou dormir aqui” reclamei. Ele riu.

“Pode dormir aqui, comigo” ele murmurou e riu ainda mais. Garrett pegou minha mão e me puxou pra mais perto dele.

“Para!” reclamei, rindo. “Não faremos nada pra não se arrepender depois, tipo se beijar.”

Então ele me puxou mais ainda pra perto, o rosto a centímetros do meu, meu corpo em cima do dele, o braço dele na minha cintura; estávamos indo longe demais.

“Mas e se eu quiser te beijar?” ele perguntou, seu hálito quente dava para sentir em minha boca, parecia ser de alguma fruta silvestre, tão delicioso, dava vontade. Mas eu tinha que me controlar, não queria ficar com ele e me arrepender ou me iludir depois.

“Não vai dar certo” murmurei.

“Eu sou paciente, e tenho todo o tempo do mundo” ele respondeu. Eu sorri de lado.

“Como posso acreditar em você, Garrett?” perguntei, tocando seu rosto. “Não tenho confiança em homens, acho que não mais.” Mordi os lábios.

“Acredite, eu sou meio assim, gosto de ficar com uma menina de cada vez, e se eu sentir algo a mais mesmo, eu posso ir à sua casa, pedir você em namoro aos seus pais, mas não quero te iludir, nunca.” Ele me olhou e vi a sinceridade; não houve nenhuma gota de dúvida ali, parecia Mayson falando, só que tinha algo a mais naquela situação. Ele estava sendo mais... direto. Lembro-me que Mays era meio inseguro demais, tinha pedido para Hunter ir falar comigo, pediu à aquele panaca nerd pra perguntar se eu queria ficar com ele. Pobrezinho.

“Não sei... Você está em fase de teste comigo, então” respondi, e sua boca beijou a minha, seus lábios tinham um gosto melhor do que eu imaginei, milhões de vezes melhor. Como se não bastassem os beijos, ele mordeu minha boca de leve, enquanto acariciava minha coluna e meu cabelo. Sua língua pediu passagem e cedi, minhas mãos não saíam de seu cabelo, bagunçando-o. Sua casa estava silenciosa, os únicos barulhos eram estalinhos de beijos, nossos beijos.

Era a minha primeira ficada depois de Ian, mas não queria descrevê-la assim, queria dizer que era uma ficada com Garrett, à primeira de talvez muitas.


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Notas finais do capítulo

Garrett é o meu sonho de consumo, não liguem muito kk
Beijo, beijo,
Quero review u.u