Dark Moon escrita por Nina


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais.
Boa leitura,
Nina



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Renesmee capítulo 17

Eu fui acordando de vagar, sentia dor em todas as partes do meu corpo, por isso decidi não me levantar, apenas decidi abrir os olhos. Fui abrindo bem devagar, com vontade de nem abrir-los, e voltar a dormir novamente. Acho que dormir é a única coisa que não dói, que eu consigo me livrar da minha dor, por enquanto.

Quando finalmente meu olho acostuma com a claridade e o lugar, eu tento me situar. Eu estava no meu quarto. Mas como? Quem me trousse até aqui? Será que foi o Jacob? Estava um pouco mais recomposta quando pensei na idéia de que poderia ter sido Jacob que me achou, e me trousse de volta.

Levanto de minha cama, mesmo contra a minha vontade. Eu não queria nunca mais me levantar daquela cama, e também, eu estava com dores em todas as partes do corpo, sem tirar nenhuma, eu estava realmente cheia de hematomas, mas ainda bem que eu ainda não me olhei no espelho, e pretendo nem olhar.

Mas antes que eu dê um passo a mais em direção a porta, meu pai aparece, me fazendo pular de susto, ele abriu a porta muito rápido.  Como se estivesse atrasado para estar em meu quarto. Ele veio em minha direção, e me fez sentar na cama novamente. Minha mãe nem veio ao meu quarto, ela deveria estar furiosa comigo.

“E está mesmo, meu amor” meu pai me disse, respondendo meus pensamentos.

“Mas, eu nem tive culpa, eu..” eu não consegui terminar a frase e me consumi em lagrimas, e abracei meu pai.

Eu chorava como se eu dependesse disso, como se o mundo estivesse acabando, e para mim, realmente estava mesmo, eu não agüentava mais tudo aquilo, eu tive pouco tempo para poder me acostumar com a vida de uma adolescente. Eu estava aninhada no peito de meu pai, e ele me segurava, e me protegia, em seus braços frios e fortes. Já que Jacob não está aqui, meu pai é como se fosse meu melhor amigo, mas ele era um pouco bravo as vezes, mas certamente, minha mãe era mais.

Eu encharcava a roupa de meu pai, com minhas lagrimas, que não paravam de sair, rapidamente, quando eu conseguia secar meu rosto, se formavam mais e mais, como se nunca mais fosse parar. Não sei se meu pai já sabia o motivo de eu estar chorando, ou apenas estava ali me abraçando para me proteger, para me dar apoio.

Se ele já não soubesse, eu tinha medo de contar para ele o motivo. Já que, ele nem sabe do que aconteceu ontem à noite, ainda bem. Mas mesmo assim, eu queria muito contar para alguém o que tinha acontecido. Mas eu não podia, eu simplesmente não podia, pelo menos não para o meu pai.

Eu apenas queria chorar nos braços de alguém, e esse alguém teria que ser meu pai, que felizmente não me fazia mais perguntas sobre nada, e nem respondia aos meus pensamentos, mas eu tinha certeza de que ele podia escutá-los, mesmo não dando fé de nada. Ele continuava quieto.

E eu agradecia ele por isso. Mas eu sabia que em alguma hora ele iria me perguntar, tudo bem. Contanto que não seja agora. Nesse momento, meu pai me aninhava em seus braços, me carregando como se eu fosse um bebê, mas nós estávamos sentados na minha cama. Bom, só ele estava sentado nela. Eu sempre adorei esse lado do meu pai, mesmo ele sendo bravo, como aquela vez com Jacob, lá no chalé, eu sei que ele tem seu lado carinhoso, e amoroso, que minha mãe tanto gosta e admira. Eu sei o motivo de minha mãe se apaixonar pelo meu pai.

 Ele me aninhou e me reconfortou, até eu melhorar, começar a chorar menos, e quase até cessar o choro. Mas eu realmente não queria que isso acontecesse, porque eu sabia que se acontecer, seria à hora do seu interrogatório, que não seria tão curto quanto eu de desejasse que fosse.

Mesmo com aquela voz doce que meu pai pode fazer quando ele quer, eu ainda não estava pronta para despejar tudo o que tinha acontecido em cima dele. Eu não queria mais pensar no que tinha acontecido, na verdade eu não podia. Se não, eu iria começar a chorar compulsivamente de novo. E eu não queria aquilo, realmente não queria.

“Então Nessie, você gostaria de conversar sobre isso?” ele me perguntava enquanto alargava seus braços a minha volta, me distanciando um pouco dele.

Eu apenas fiz que ‘não’ com a cabeça, eu nem queria falar mais. E com o meu pai eu nem precisava, mas eu tinha me esquecido disso. Mesmo eu só precisando mostrar a ele em meus pensamentos o que tinha acontecido, eu não queria, eu sei que ele iria contar para a minha mãe. E ela iria ficar mais brava do que ela já está em relação a mim.

Agora, eu nem sabia que horas eram..

“São quatro horas da tarde, meu bem” meu pai me respondeu, eu sabia que ele estava vendo meus pensamentos.

“Hm.. obrigada, papai” eu pensei, e eu sabia que ele iria ouvir, e vi que ele concordou com a cabeça. Se forem quatro horas, Claire já tinha chegado, e eu queria muito falar com ela, mas eu não podia falar aqui em casa, já que minha família toda iria escutar, afinal, eu estava em uma casa de vampiros.

“Querida, eu preferia que você não saísse de casa ainda, pode ser?” meu pai disse com toda delicadeza possível.

O que será que estava acontecendo para o meu pai estar falando desse jeito comigo? Será que eu estava machucada o suficiente para ele ficar com dó de mim, e ficar falando comigo como se eu ainda fosse um pequeno e frágil bebê? Ou será que é por que eu estou agindo como um pequeno e frágil bebê? É, deve ser por ambas as coisas.

Eu ainda não estava pronta para sair dos confortáveis braços de meu pai. E eu também não podia falar o que aconteceu com Claire, se eu estiver aqui em casa. E eu não podia contar com Jacob para me levar nos lugares que eu queria, quando meu pai não me deixava sair, ele fazia isso.

Jacob. Seu nome me fazia começar a chorar de novo, bom, eu não havia parado de chorar, apenas tinha melhorado um pouco, mas agora, sem chance, acho que passar o resto do meu dia chorando, ou até mais. Mas, eu não podia, eu tinha que me recompor.

Não, eu não tinha que me recompor, nem iria dar se eu tentasse, eu queria Jacob, só isso. É pedir muito? Será que é? Bom, na situação que eu estou acho que é, já que ele pensa estar magoado, ou até com raiva. Mas se eu fosse ele estaria também, e até com mais raiva que ele, acho.

O que eu fiz, não foi por querer eu sei, mas mesmo assim, foi completamente sem juízo nenhum, já que eu estava sabendo o que Zack pretendia fazer, e exatamente o que iria acontecer em seguida. Por que eu não o parei? Por que eu não desviei? Por que eu não saí de perto dele? Será que eu o amo? Claro que não, eu amo Jacob, e não Zack, isso seria impossível.

Tá admito, a culpa foi totalmente minha, e agora eu vou ficar sem o meu Jacob, por minha causa. Será que ele vai me levar na escola amanha? Não, a pergunta na verdade é: será que amanha ele vai na escola? Eu não sei. Realmente, depois do que eu fiz, acho que ele nunca mais vai falar comigo, ou será que vai? Será que ele vai deixar essa passar e seguir em frente? Acho que não, provavelmente não.

Eu não sei mais o que fazer, e eu não quero que nunca mais meu pai me tire de seus braços, que me reconfortam cada vez mais. Eu quero que ele cole seus braços em mim, para eu nunca mais precisar sair deles. Para eu não ter que sofrer mais, para que eu fique segura, protegida, nos braços gelados de meu pai.

“Eu.. já volto, meu amor” meu pai disse, enquanto me colocava na cama, e saia correndo para fora de meu quarto.

Eu me sentia sozinha, e ficava me iludindo, com cenas que nunca iriam mais acontecer, graças a mim. Será que Jacob pensava em mim, agora? Bem na hora que eu mais precisava de meu pai, ele some, e me deixa sozinha, só com minhas tristes e deploráveis lembranças sombrias, e que davam medo, me fazendo gemer.

Eu estava deitada no meu de minha cama, abraçando o mais forte possível os meus joelhos, e tentando engolir o choro, o que estava sendo muito difícil, já que todas as coisas que aconteceram hoje repassavam em minha cabeça. E quando eu achava que minha vida já estava ruim, e que a escola só me trazia problemas, ainda consegue piorar, porque antes eu tinha o Jacob, mas agora? Eu tinha o que? Nada, eu não tinha nada. Então quer dizer que meus problemas duplicaram. A escola já estava se superando no segundo dia de aula.

Foi quando me arrependi de ter pedido para minha mãe para eu poder ir na escola. Eu nunca deveria ter pensado nessa idéia. E agora eu sei o motivo da expressão de Jacob, quando eu lhe contei que iria vir para a escola. Escutei batidas na porta, me tirando de meus preciosos pensamentos. Eu não respondi nem me mexi na cama, se fosse meu pai de novo, ele iria vir me abraçar novamente, acho que ele nem iria bater na porta.

E quando a pessoa finalmente entra, eu vejo sua expressão de tristeza ao ver no estado deplorável em que eu estou. Era Claire. Ela estava sozinha, e eu ainda não podia contar as coisas para ela, já que eu estava em uma casa de vampiros. E acho que ela se lembra muito bem disso, melhor que eu até.

Claire veio correndo em minha direção, ela estava quase chorando comigo. Ela se sentou em minha cama, e me abraçou. Eu não iria dizer uma só palavra, eu não podia entregar tudo de bandeja, bem explicado para minha família. E eu não faço a menor idéia de onde meu pai poderia ter ido.

Agora, quem substituía meu pai, tentando me fazer parar de chorar, era Claire, que desajeitadamente, me abraçava, e sussurrava em meu ouvido coisas como, que tudo iria ficar bem, que não era para mim me preocupar, que eu estava me preocupando a toa. 


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Notas finais do capítulo

Coooomo ficoou?
Beijos.
s2



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