Coração Indomável. escrita por Rosa


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi girls! Tudo bem? Então... Ai vai mais um cap pra vocês. Agradeço a todas que estão lendo e comentando. Isso me deixa muito feliz, e para os que leem e não comente, comente por favor... É sempre bom ter opiniões e criticas sobre oque se escreve.
Obrigada, beijoss.



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Versão Carlisle.

Logo agora? Meu deus!

Eu não estava acreditando no que eu estava vendo, ela só faltou falar que me odiava e que nunca mais queria me ver na vida e vem aqui logo agora... Não podia demorar mais um pouco não. E ainda ver essa cena, eu e Esme estávamos numa coisa tão boa.

–Carlisle... Oque você esta fazendo?!-Rosalie gritou.

–O que eu estou fazendo? Estou conversando. –Menti e sabia que ela não era burra o suficiente para acreditar nisso.

–Eu posso ser loira mais não sou burra! –Ela falou furiosa. –Eu vi oque você estava fazendo e você não pode negar! Você estava aos beijos,ou quase chegando no rala e rola com essa mulher.

–Rosalie. –Eu a repreendi. –Você não pode invadir minha sala assim...como você entrou? Eu poderia estar ocupado!

–Claro que posso! Sou sua irmã e posso sim. Sua secretaria tentou me impedir mais não conseguiu e também se eu não entrasse agora você estaria ocupado sim, ocupado olhando o corpo dessa mulher sem as roupas. –Eu estava a ponto de morrer de vergonha. Olhei pra Esme que apoiava uma mão na cabeça vermelha como um pimentão.

–Rosalie, chega!

–Carlisle é melhor eu ir embora. –Esme se levantou e pegou sua bolsa.

–Não, espera...não vai! –Falei.

–Depois conversamos Carl. – Ela pegou sua bolsa pra sair.

–Carl? Quem é ela,Carlisle? Porque você estava aos beijos com ela? – Meu deus me ajuda!

–Eu vou deixar vocês sozinhos, tchau. Ate mais Carlisle. –Esme falou rápido e se dirigiu para porta. Puxei ela pela mão a fazendo virar.

–Eu te amo, mais tarde eu te ligo Esm.-Falei e dei um selinho rápido nela. Rosalie nós olhava incrédula.

–Espera! Você não vai embora. –Rosalie segurou Esme pelo braço a fazendo voltar.

–Rosalie solta ela!- Falei e ela soltou.

–Esm? Eu conheço esse nome.... Esm... Esm.. Ah, Esme! Então é essa a mulher em que você me falou! A mulher casada que tem um caso com você por diversão!- Ela falou rindo ironicamente.

–Rosalie! Chega! Vai embora... – Falei entre os dentes.

–Carlisle... eu vou embora ... é melhor. –Esme sussurrou.

–Não vai não! – Rosalie gritou. –Foi bom te ver aqui... A várias coisas que eu quero lhe falar!

–Rosalie qual é o seu problema? A vida é minha, eu faço oque quero e o que bem entendo, você não manda em mim... Você tem sua vida e eu tenho a minha. – Falei.

–Carlisle! Você esta cego o suficiente por essa mulher para não ver tudo que ela esta fazendo na sua vida! Ela esta brincando com você, te fazendo de idiota como faz o marido dela! Se ela te amasse não estaria com o outro. –Ela jogou as palavras na minha cara. – Você esta mudando e prejudicando o meu irmão, você deve ser mais uma dessas vadias que ficam com os homens por dinheiro ou só quer mais um para ser seu brinquedinho sexual! Usa ate quando precisa e depois joga fora.

–Não...não é verdade, eu realmente amo Carlisle. –Esme falou baixo.

–Então porque ele é seu amante? Porque faz ele e seu marido de idiota? Se separa e fica com Carlisle, se você realmente o ama! –Rosalie falou furiosa.

–Você não entende... –Esme sussurrou.

–Realmente não entendo! Você quer ser aquela mulher disputada pelos dois, ganhando dinheiro dos dois e fazendo oque bem entende com os dois! –Rosalie falou e eu fiquei incrédulo. –Qual é o seu problema? Podendo estar feliz com o seu marido e com sua família tem que vir ao medico para usa-lo como amante. – Eu vi os olhos da Esme se enxerem de lágrimas. Aquelas palavras estavam machucando-a cada vez mais. Ela não falou nada apenas continuou de cabeça baixa calada.

–Rosalie chega! Acabou a palhaçada! Se eu quisesse alguém tomando conta de mim eu contratava uma babá. Você é minha irmã, não é minha mãe pra ficar falando um monte de besteiras pra Esme e querer me dar lição de morar! – Ela me fulminava com os olhos mais mesmo assim eu continuei. –Você não sabe como é a vida dela! Você não sabe nada da minha vida e muito menos da vida dela então você não tem que se meter. Eu falei sobre Esme pra você porque achei que fosse pelo menos entender, não precisava nem aceitar, entender era o máximo que eu queria de você... Você é minha irmã, e não queria esconder essas coisas , mas agora me arrependo muito de ter compartilhado isso. –Eu falei com raiva e ao mesmo tempo triste.

Eu nunca pensei que fosse falar com Rose assim na vida. Mas ela estava sendo mesquinha e injusta comigo e com Esme.

–Carlisle você é maluco! Como pode querer uma relacionamento assim, você merece coisa melhor!- Rosalie falou eu ia responder mais fui interrompido por Esme.

–Não Carlisle, ela esta certa. –Esme falou sem me olhar. Rosalie nos olhou triunfante.

–Não Esme... não está. –Falei.

–Está sim, você pode ter um relacionamento melhor, você merece coisa melhor. –Ela falou e saiu.

–Esme.. –Tentei ir atrás dela mas Rosalie me segurou.

–Não vai. Deixa ela ir... vai ser melhor.

–Você não sabe nada, você não sabe o que fez! –Me soltei e fui atrás de Esme. Ao chegar a porta do hospital eu vi o carro dela sair rapidamente pelo rua. Eu não poderia fazer mais nada, na verdade podia, mais não agora.

Esme deveria estar magoada, muito magoada. A mulher que eu amo estava fortemente magoada e havia ido embora devido a besteira da minha irmã. As palavras de Rosalie deveria ter feito um grande estrago nela, só eu sabia e de certo modo entendia o porque dela não se separar e quando ela fizesse isso eu estaria esperando por ela.

Como eu fui cometer um erro tão grande contando pra Rose? Porque eu imaginei que ela fosse intender?

Voltei pra sala totalmente triste e furioso , ao entrar Rosalie estava sentada no sofá me esperando. Entrei e bati a porta.

–Carlisle, não fica assim... vai ficar tudo bem. –Rosalie falou e se levantou.

–Bem? Depois das barbaridades que você falou pra ela, acho muito difícil ficar bem. –Falei me sentando.

–Você ficará melhor sem ela.

–Rosalie você já atrapalhou demais, se você me deixar sozinho será melhor.

–Carlisle eu sou sua irmã, eu só quero o seu bem. –Ela falou vindo pra perto de mim.

–Não parece, realmente não parece.

–Carlisle porque você fala assim, eu amo você Carl. –Ela me abraçou.

–Rosalie, para... para. –Eu me afastei.

–Carlisle, me diz... me diz o que você viu nela?

–Eu amo ela, amo ela por que ... ah, esquece. Não falo nada pra você, você vai me questionar e não vai se importar mesmo. –Eu falei chateado.

–Carl é claro que eu me importo, me importo muito com você maninho e faço isso tudo pelo seu bem.

–Rosalie você não fez o meu bem hoje, você só fez o meu mal. –Eu me levantei e sentei no sofá.

–Carlisle... eu fiz isso pra você não se machucar. Só eu sei o quanto você ficou mal quando a... –Ela parou.

–Sim, quando a Julie morreu. – Eu falei com naturalidade e ela me olhou surpresa.

–Você... você já superou?

–Eu encarei os fatos Rosalie, eu não podia ficar vivendo no passado... não podia passar minha vida inteira chorando pela morte dela, e quando vim pra Forks as coisas mudaram muito. – Falei.

–Pra melhor?

–Sim, pra muito melhor.

–Conte-me mais. –Ela falou se sentando ao meu lado.

–Contando que você não comece a gritar e me julgar por algo que eu tenha feito.

–Tudo bem, não vou falar nada ate você terminar de explicar.

–Ok...Então...quando eu vim pra Forks arrumei um emprego aqui no hospital e quase não saia de casa pra nada, apenas para trabalhar e comprar algumas coisas, e muitas delas eram livros. Numa dessas idas a livraria eu a encontrei, encontrei Esme. Eu ia comprar um livro e o ultimo estava na mão dela. Me aproximei pra saber aonde ela havia achado e quando estava chegando perto vi um homem ir em sua direção e a puxar grosseiramente para o seu lado. Recuei e fiquei olhando outros livros. Não contendo a minha curiosidade para saber quem era aquela bela mulher a minha frente fiquei olhando uns livros próximos a ela e ao homem que a acompanhava, e acabei ouvindo uma pequena discussão. – Ela me interrompeu.

–Carlisle eu quero saber o motivo pelo qual mudou pra melhor e não...-Interrompi.

–Posso continuar ou você vai me interromper de novo.

–Tudo bem, desculpa. –Ela falou e eu continuei.

–Depois de ver ela eu não consegui tirar aquele rosto da minha mente, eu estava fascinado e encantado por aquela mulher. Depois de algum tempo estalado na cidade eu fui em algumas festas importantes eu a vi novamente com o mesmo homem. Eles pareciam uma casal feliz na frente de todos, mas depois fui tendo minhas suspeitas e depois totalmente a resposta, e vi que não era o que eu imaginava. –Eu cerrei os punhos só de lembrar. – Algumas semanas depois ela veio aqui e eu finalmente soube o seu nome e vi de mais perto seus sorrisos lindos. Ela sentia dores nas pernas e queria algo que melhorasse. –Ela me olhava com curiosidade, totalmente diferente do jeito furioso que estava.

–E como foi? –Ela perguntou curiosa.

–Foi quando eu realmente percebi que estava apaixonado por ela. Eu fui examina-la, pedi para que ela retirasse a calça para que eu pudesse ver aonde ela sentia dores e ela tirou. Confesso que, bem... Eu me apaixonei pelas pernas dela e percebi que ela se arrepiava com o meu toque.

–Carlisle, seu safado...

–Rosalie eu sou viúvo mais não estou morto. –Falei rindo e ela gargalhou. –Bom...continuando, eu vi o que tinha nas suas pernas, que eram apenas roxões e lhe receitei uma pomada. Eu fiquei intrigado por aquelas manchas na perna dela mais guardei pra mim. Umas duas semanas depois eu estava de plantão e a vi com o braço enrolado numa toalha ensanguentada. Logo a trouxe pra cá e fui atendê-la. Eu perguntei mais ela deu uma desculpa esfarrapada assim como sempre dava, mas quando toquei o nome do marido dela ela ficou nervosa, eu falei que ia ligar pra ele vim busca-la pôs ela não podia ir pra casa sozinha. Ela ficou mais nervosa e falava para que eu não chamasse o marido. Depois que dei todos os pontos no braço dela eu perguntei se podia fazer uma pergunta indiscreta e ela concordou, perguntei pra ela se o marido dela a agredia e ela começou a chorar, confirmando o que eu suspeitava. Eu não aguentei vê-la chorando daquele jeito e a abracei, ela ficou chorando por um tempo e logo depois me pediu para que eu não contasse a ninguém. Eu concordei com muito contra gosto. –Ela me olhava horrorizada. –Perguntei o porque ela ainda continuava com ele e ela disse que era por medo. Ele batia, abusava dela e ainda a traia com outras mulheres. Depois de consolar ela nós olhamos por um tempo e depois...nós beijamos. –Eu falei o final baixo o suficiente para ela não ouvir.

–Você...?-Ela incentivou.

–Ah Rose. – Eu falei um pouco envergonhado.

–Fala Carlisle, eu sempre te falo tudo...sempre falei, fala pra mim oque aconteceu depois. –Ela me pressionou rindo e eu ri.

–Okay, a gente se beijou. – Falei rápido.

–Se beijou? Mais foi um selinho?

–Não Rosalie, foi um beijo. Beijo beijo. – Ela começou a rir.

–Você consolou a pobre moça e depois beijou ela. Parece que você se aproveitou da fragilidade da moça. –Ela brincou.

–Rosalie isso é sério, e não... eu não me aproveitei dela.Tudo bem que eu também pensei isso depois que ela fugiu daqui. –Ela gargalhou.

–Coitada dela, ela deve ter passado por bons bocados e é claro que ela ia ficar assustada depois desse beijo.

–Enfim... depois de uma semana ou mais ela voltou aqui e já foi totalmente diferente do que eu imaginava. Primeiro que eu pensei que ela nunca fosse voltar, segundo ela estava diferente, não sei explicar e terceiro que eu fui pedir desculpa e ela me beijou.

–Nossa! Que história Carl. –Ela falou rindo. –E como vocês viraram amantes?

–Então, nesse dia ela veio aqui e me beijou assim, do nada. Eu pedi desculpas e falei que havia agido errado, mas ela disse que eu tinha feito uma ótima coisa e me beijou.Eu resisti um pouco mais depois acabei me entregando ao meu desejo e ai rolou. –Falei. –Agora você consegue entender o quanto ela é importante pra mim e o por que deu ser amante dela?

–Vocês? ... Meu Deus! – Ela falou de boca aberta.

–Ela foi a primeira mulher pela qual eu tive alguma coisa e tenho, a única mulher que conseguiu me fazer esquecer um pouco do passado e seguir em frente. –Ela me olhou sorrindo.

–Eu estou com peso na consciência, estou me sentindo culpada. Eu falei um monte de coisas pra ela, principalmente que ela estava fazendo você e o marido de idiota, se é que pode chamar um homem que faz isso com a própria mulher de marido, e nem sabia nada da vida dela. A chamei de interesseira e tudo mais... Coitada.

–Verdade, ela não merecia ter ouvido tudo aquilo. –Eu falei triste. – Eu ate tentei ir atrás dela, mais ela já tinha ido embora.

–Carlisle, você sabe quem é o marido dela?

–Claro que sim. Ele é um dos engenheiros dos engenheiros mais conhecidos do país. –Ela ficou de boca aberta. – Ele é o famoso Charles Everson.

–Esme é a senhora Everson? Não acredito!

–Acredite, ela é. –Falei entre os dentes. –Infelizmente.

–Nossa! É porque ela não se separa dele....

–Porque ela tem medo que ele faça algo contra a família dela e contra mim.

–Mais se ela se separasse você casaria? Tipo... logo depois.

–Sim...Eu acho. –Falei incerto.

–Como assim você acha? Ela ia se separar pra ficar com você, e você não tem certeza se casaria!

–É lógico que eu casaria, mas minha experiência de casado não foi muito boa.

–Foi uma fatalidade, uma fatalidade.

–Okay, mais isso não importa agora... O que importa e falar com Esme. Ela saiu daqui muito triste e chateada.

–Eu preciso pedir desculpas a ela. –Rosalie falou arrependida. –Eu a julguei mal, muito mal e pelo que você me falou ela deve estar super mal. Me desculpa Carl, me desculpa. –Ela me abraçou.

–Eu te desculpo Rose, mas agora já aconteceu... Você deveria ter deixado eu explicar antes, agora o estrago já esta feito. –Falei. –E não é a mim que deve pedir desculpas.

–Eu sei Carl, eu vou me desculpar. –Ela falou arrependida.

–Tudo bem, eu vou ligar pra ela e você pede desculpas. – Peguei o celular e liguei pra Esme.



Versão Esme.

Ao sair da sala de Carlisle, entrei no carro chorando e dirigia ate em casa. Ao chegar, me sentei no sofá ainda chorando e fiquei pensando nas palavras de Rosalie.

Realmente era verdade, eu fazia os dois de idiota, brincava com Carlisle e Charles. Eu amava o Carlisle e não me separava de Charles ficando assim com os dois. Rosalie tinha razão, Carlisle merecia coisa melhor. Merecia ficar com uma mulher que pudesse ser sua e de mais ninguém, que não precisasse viver as escondidas por causa do marido dela.

Eu definitivamente não era a mulher certa para Carlisle.

Eu estava me sentindo horrível por fazer isso com ele. Estava me sentindo horrível por ter ele como amante e ter que ficar me escondendo e inventando desculpas toda vez que eu vou vê-lo. Me sentia horrível por trair o Charles, mesmo que ele não mereça a minha consideração, mas querendo ou não ele era meu marido perante a lei e a igreja.

Fui pro meu quarto, peguei uma roupa, me troquei, fui para o banheiro, limpei a maquiagem borrada pelas minhas lagrimas e me deitei na cama. Fiquei no quarto apenas com o silencio que me rodeava. As lágrimas ainda desciam pelo meu rosto me recordando de todos os momentos com ele e das palavras de Rosalie essa tarde.

Meu celular tocou e eu não me dei o trabalho de levantar para atender. Ele continuou tocando e tocando, e finalmente eu me levantei para atende-lo.

–Alô. –Falei sem olhar o visor.

–Oi meu bem, como está? – Era Charles.

–Bem e você? Como foi de viagem? –Perguntei.

–Bem, e já estou com saudades de você.

–É... você volta quando?

–Daqui a duas semanas eu acho, ou talvez mais.

–Tudo bem. –Limpei minhas lágrimas.

–Aconteceu alguma coisa Esme? Esta tudo bem?

–Sim, esta.

–Você me parece triste. Se você quiser eu volto amanhã mesmo pra casa. –Ele falou preocupado.

–Não precisa Charles, não precisa. Eu estou bem, apenas com uma dor de cabeça.

–Tudo bem, se cuida meu amor. Eu te amo. Tenho que desligar, ate mais.

–Tudo bem, ate mais. –Falei e desligamos.

Voltei pra cama e botei o celular no criado mudo. Ele vibrou e eu vi que era uma mensagem da operadora avisando que Carlisle havia ligado, bloquei o telefone novamente e fechei os olhos.

Adormeci, depois de tanto chorar eu acabei dormindo tomada pelo cansaço que as lágrimas me deixaram. Acordei e já estava escuro, me levantei e fui comer alguma coisa. Fui na cozinha, fiz um sanduiche, peguei um copo de suco e subi. Assim que cheguei no quarto vi meu celular tocar. Peguei e atendi.

–Alô. –Falei com uma voz um pouco rouca.

–Esme, aonde você estava? Porque não atendeu o telefone quando te liguei? Porque não retornou? Eu fiquei preocupado. –Carlisle falou assim que eu atendi.

–Hum?

–Eu estou te ligando desde que você saiu daqui e nada de você atender ou retornar, eu estava preocupado.

–Não se preocupe, eu estou bem. –Falei.

–Você saiu tão triste daqui hoje e eu queria lhe pedir desculpas por hoje... –Eu interrompi.

–A única coisa que eu tenho pra falar sobre hoje é que sua irmã está certa, você merece coisa melhor. Merece uma pessoa que não precisa ficar fugindo do marido pra te ver, que te ver quando dá e não pode retribuir totalmente o seu amor. – Eu falei triste.

Por mais que me machucasse falar aquilo pra ele, não deixava de ser uma verdade. Eu nunca iria poder retribuir totalmente o amor dele e ser somente dele.

–Esme isso não é verdade, Rosalie não está certa e nunca esteve, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida desde que fiquei viúvo. Eu amo você e sei que você me ama. Você consegue retribuir ou ate mais o meu amor por você Esme... Eu aceitei ficar com você nessas condições porque amo você, porque quero um dia poder ter uma família com você. – Ele falou e eu lágrima desceu dos meus olhos.

–Você sabe, sabe que isso não é verdade. Sabe que isso pode não acontecer.

–Esme, me ouve... Rosalie está arrependida de tudo que falou pra você , você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida. Tudo que lhe falo é verdade, eu não mentiria pra você meu amor...

–Carlisle eu estou com muita dor de cabeça é melhor conversarmos sobre isso amanhã.

–Esme não foge do assunto.

–É melhor, ate amanhã.- Falei.

–Não desliga, por favor... se você desligar eu vou atrás de você, não adianta... Vou insistir ate você me ouvir e ver que eu estou falando a verdade.

–Por favor, amanhã...Eu te amo.

–Esme não... –Eu desliguei o telefone. Joguei o celular na cama e me sentei para comer o meu lanche, mais nada descia. Havia um nó na minha garganta impedindo de que qualquer coisa passasse. Deixei o lanche de lado e me deitei.

Fiquei deitada na cama no quarto um pouco iluminado pela Lua que brilhava no céu. Meu celular tocava freneticamente e eu o desliguei. Fiquei umas 2 horas deitada na cama e depois desisti de ficar daquela maneira, me repudiando de tudo. Levantei e fui pra sala. Liguei o som e peguei um copo de whisky para beber. Coisa que eu fazia raramente e quando precisava relaxar. Começou a tocar uma das minhas músicas preferidas, “Ainda bem” da Marisa monte. A música me lembrava de muito o Carlisle, e ela se encaixava perfeitamente na minha vida.

Continuei ouvindo a musica ate que a campainha tocou. Me levantei sem vontade alguma e fui atender a porta.

–Quem será uma hora dessas! – Reclamei e abri a porta com má vontade.

– O que você esta fazendo aqui? – Perguntei surpresa ao vê-lo em minha porta.

Ainda bem
Que agora encontrei você
Eu realmente não sei
O que eu fiz pra merecer
Você

Porque ninguém
Dava nada por mim
Quem dava, eu não tava a fim
Até desacreditei
De mim

–Eu falei que vinha, eu não vou desistir assim tão fácil. –Ele falou se encostando na lateral da porta.

–Carlisle eu tenho vizinhos, é melhor você ir! – Ele balançou a cabeça negando.

–Não vou, passo a noite na sua porta se quiser, ate você me ouvir. –Ele falou.

–Carlisle, por favor ... Amanhã. Eu estou com dor de cabeça e acabei de tomar remédio. –Falei e ele continuava irredutível.

–Esme você não sabe mentir, não bebendo whisky. – Ele falou sorrindo. – Sei que isso foi á duas horas atrás ou ate mais e você esta falando isso só para eu ir embora, mais saiba que eu não vou.

–Ah. –Olhei para o copo na minha mão. – Eu só quero ficar um pouco sozinha, pensar um pouco.

–Não vou deixar, ate não conseguir tirar essas besteiras que Rosalie colocou na sua cabeça. –Ele falou sorrindo e eu já estava ficando nervosa, alguém podia ver ele na minha porta e falar para o Charles. A cidade é pequena, as coisas se espalham rápido.

–Você é muito chato! Custa esperar ate amanhã e conversamos.

–Custa. –Ele falou irredutível.

–Carlisle alguém pode ver você aqui, amanhã conversamos. –Falei agoniada.

–Eu não vou embora. Deixe- me entrar Esme, por favor... vamos conversar. –Ele pediu todo dengoso e eu não conseguia recusar por dois motivos, ele já estava a algum tempo parado na minha porta e ele pedindo assim, mesmo que eu quisesse não deixa-lo entrar eu não conseguia.

–Entra... – Falei suspirando e dei espaço para ele entrar. Ele entrou, fechei a porta e seguimos pra sala.

–Bonita casa Esme, você tem bom gosto. –Ele falou e eu sorri um pouco.

–Obrigada. – Fui me servir mais de Whisky.

–Você não acha que pra quem tomou remédio, beber não é uma boa coisa?-Ele me abraçou por trás e segurou a minha mão que estava na garrafa.

–Não.- Falei.

–Mas eu acho. –Ele tirou minha mão da garrafa e andou comigo pra tras.

–O que quer falar? – Me afastei e me sentei no sofá.

–Que Rosalie está muito errada sobre tudo que falou pra você e que conversamos depois e ela esta arrependida pelas besteiras que lhe falou. –Ele me olhou e eu não aguentei encara-lo e desviei o olhar.

–Arrependida de falar a verdade?! Porque tudo que ela falou faz sentido e não deixa de ser uma verdade. – Falei e ele se ajoelhou na minha frente segurando as minhas mãos.

–Não é... Nada daquilo é verdade.

–Claro que é! Eu fico com os dois, praticamente faço os dois de idiotas, não tenho como retribuir totalmente o meu amor por você, ate por que eu sou casada. Você merece coisas melhor... Merece alguém que te mereça de verdade e de valor ao amor que você tem. – Ele segurou o meu rosto.

–Você não faz ninguém de idiota. Você retribui todo meu amor ou ate mais do que eu sinto por você. Eu mereço coisa melhor sim... –Ele falou e eu abaixei a cabeça. – O meu melhor é você, eu mereço você! Eu amo você, apenas você, e isso não vai mudar nunca! – Ele contornou os meus lábios com a ponta do indicador.

O meu coração
Já estava acostumado
Com a solidão

Quem diria que a meu lado
Você iria ficar
Você veio pra ficar
Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim

–Eu não quero te machucar Carlisle, nunca quis. Eu te amo o suficiente para machucar a mim mesmo do que a você...

–Shiiiiu. –Ele passou seus dedos no meio dos meus lábios. – Eu sei que não quer me machucar. Eu só vou me machucar se estiver longe de você.... só vou me machucar se você se afastar de mim, eu amo você e sei que você me ama o suficiente para retribuir o meu amor. – Ele falou e me beijou. – Eu amo você. – Ele falou com sua testa encostada na minha.

“ O meu coração
Já estava aposentado
Sem nenhuma ilusão

Tinha sido maltratado
Tudo se transformou
Agora você chegou

Você que me faz feliz
Você que me faz cantar
Assim ”

–Eu te amo, eu te amo muito. –Acariciei seu rosto e depois minha mão foi para sua nuca.

–Rosalie deve te ligar amanhã para pedir desculpas, mais se não quiser atender e não quiser falar com ela, não precisa ela vai entender. –Ele falou

–Não Carlisle, eu quero falar com ela sim ... Eu quero lhe pedir desculpas por ... –Ele me interrompeu.

–Você não tem que se desculpar, quem agiu mal foi ela. – Ele falou.

–Carl, coitada dela... Você brigou com ela?

–É logico que briguei. Ela foi insensível e muito grossa com você hoje.

–Carlisle, ela não sabia de nada e nem como nós conhecemos, ela não tem culpa.

–Por isso mesmo, ela deveria ter nos deixado explicar antes de falar um monte de besteiras, então ela tem que pedir desculpas sim. – Ele falou e eu sorri.

–Você é incrível sabia?! –Ele sorriu.

–Você é a mulher que eu amo. –Ele falou sorrindo.

–Você é o homem que eu amo, que eu amo muito. – Eu o beijei. Ele colocou a mão na minha cintura e eu abri um pouco a perna o deixando entre elas. Ele apoiou uma mão na minha perna e foi subindo pela lateral do meu corpo. Coloquei meus braços nos seus ombros e minhas mãos tentavam entrar em sua camisa. Ele riu entre meus lábios e nós separou.

–Estou de gravata, não é tão fácil assim.- Eu ri.

–Hm.... não á nada que me impeça de tirar. –Falei afrouxando a sua gravada o fazendo rir.

–Não á mesmo. – Ele beijou minhas mãos.

–Quer comer alguma coisa?-Perguntei e ele negou com a cabeça. –Quer algo para beber?

–Não obrigado. –Eu ri.

–O que quer então? –Perguntei.

–Você. –Ele sussurrou no meu ouvido.

–Serve com uma dose de Whisky?

–Serve. –Ele falou sorrindo.

–E com duas?

–Também. – Ele se sentou do meu lado.

–Com três?

–Também, pode ser com quantas você quiser. –Eu sorri.

–Vou tomar mais uma então. – Ele riu.

–Tudo bem. –Me levantei, peguei mais uma dose de Whisky e voltei a me sentar, dessa vez no seu colo.

–Quer?-Bebi um pouco e lhe ofereci.

–Quero. – Ele puxou o meu rosto e me beijou. Coloquei o copo na mesa de centro com um pouco de dificuldade e depois me rendi totalmente ao beijo.Sua língua invadindo a minha boca tirando cada vez mais o gosto da bebida e saboreando do gosto. Segurei sua nuca o encostando mais no sofá sem deixar de beija-lo. Suas mãos passeavam nas minhas costas e as minhas foram para os botões da sua camisa abrindo-os rapidamente. Ele segurou as minhas mãos as levando para suas costas e começou a beijar meu pescoço.

–Você sempre me prende. –Ele riu.

–Verdade, sempre. –Ele mordiscou o meu pescoço.

–Porque tamanha tortura...! – Falei e ele gargalhou.

–Eu não sei, eu gosto de fazer isso com você.- Ele falou sorrindo e me fazendo rir.

–Oh amor, eu já só tão torturada por te ver de jaleco sempre e você faz isso comigo. –Ele riu.

–Tudo bem, não vou te torturar assim, apesar deu gostar muito. –Eu gargalhei e ele me soltou.

–Posso terminar o que comecei?-Perguntei colocando meus dedos no botão da sua camisa.

–Se quiser. – Eu sorri.

–Claro que quero. – Abri os dois primeiros botões da sua camisa e comecei a beijar seu peitoral.

–Vai dar o troco em mim?

–Não amor, é apenas carinho. –Eu falei inocente e voltei a beijar seu pescoço.

–Eu amo o seu carinho. –Eu sorri.

–Eu amo você, o seu carinho, o seu amor, a sua boca, os seus olhos , o seu sorriso, o seu corpo, eu amo você por inteiro. –Ele sorriu e afagou meus cabelos. – Eu quero você. – Sussurrei ao pé do seu ouvido e ele deu um sorriso.

–Você pedindo assim não tem como negar, na verdade nunca nego. –Eu ri. –E nunca quero negar.

–Vamos continuar aqui ou ir para um lugar mais confortável? –Perguntei rindo.

–A escolha é sua. –Sorri.

–Venha. –Me levantei e fui andando.

–Não vai me esperar? –Ele se levantou e veio atrás de mim.

–Claro que vou. – Me virei e capturei seus lábios. Fui nos guiando ate o quarto sem deixar de beija-lo. Subimos e ele me encostou na parede me beijando. Ri entre seus lábios e tirei sua camisa ali no corredor mesmo a jogando no chão. Suas mãos passeavam pela lateral do meu corpo apertando um pouco. Mordi seu lábio inferior e fui descendo mordidas pelo seu pescoço o enlouquecendo. Ele levantou um pouco a minha perna, segurando firme na minha coxa e voltando a beijar meus lábios. Prendi minhas pernas em sua cintura e ele colocou suas mãos pro dentro da minha blusa segurando minha cintura.

–Pra esquerda. –Falei e fomos nos beijando para o quarto de hospedes. -Você não vai se arrepender de ter vindo. –Me soltei e o empurrei na cama.

–Está parecendo que não vou mesmo. –Ele falou sorrindo e eu me deitei sobre ele o beijando.

–Eu amo você, meu médico. – Ele sorriu enquanto eu beijava seu pescoço.

–E eu te amo mais minha pequena. –Eu ri e o beijei. Ele entrelaçou suas mãos em meus cabelos aprofundando o beijo o tornando mais avassalador. Minhas mãos estavam na sua calça e eu fui desabotoando ela, ele sorriu e mordiscou o meu lábio inferior, puxando minha cabeça um pouco pra trás lhe dando espaço. Ele mordeu o meu queixo e depois foi descendo seus beijos pelo meu pescoço ate o meu colo me deixando louca.

–Carl.... –Gemi.

–Minha Esm... – Ele deu chupões no meu colo e nos meus seios. Seu membro inchado roçava minha perna me deixando louca. Logo tirei sua calça e apertei suas coxas.

–Esme. –Ele parou de dar chupões em mim e arfou. Fui subindo minhas mãos aranhando suas coxas ate chegar próximo ao seu membro. Carlisle já estava louco de desejo e já gemia no meu ouvido. Eu estava começando a me divertir com a situação de ver ele sendo tentado e não fazer nada.

–O que foi amor? –Perguntei inocente.

–Você está me tentando, me levanto a loucura. –Sua voz saiu falhada.

–Sério amor? –Eu apertei minhas unhas levemente na sua coxa provocando mais.

–Ahh...siim. –Ele falou através de um gemido. Me sentei em cima dele e ele se sentou na cama.

–Não foi minha intensão meu lindo. –Sussurrei no seu ouvido e mordi o seu pescoço.

–E qual era sua intensão?-Ele pergunto e eu ri.

–É te dar muito amor e carinho. –O deitei novamente e fui descendo meus beijos pelo seu corpo. Coloquei minha mão sobre seu membro enrijecido e apertei um pouco.

–Esme... eu não aguento mais, eu preciso de você.- Ele falou gemendo e eu o olhei.

–Eu também preciso de você. –Mal terminei de falar e o seu corpo já estava sobre o meu. Ele me beijava com urgência, sua língua invadiu a minha boca explorando cada milímetro dela e duelando com a minha num beijo urgente. Logo nos livramos do pouco de roupa que nos restava e já estávamos nos amando. Carlisle entrou em mim lentamente me fazendo gemer em seu ouvido palavras desconexas e o seu nome.

–Carlisle...-Eu gemi e ele foi entrando em mim mais rápido. O beijei com urgência tentando conter vários gemidos de prazer. Nos amamos por horas ate que chegamos ao ápice do prazer juntos e nossos corpos relaxaram cansados e saciados na cama.

Relaxei o meu corpo sobre o seu e coloquei minha cabeça em seu peito, ele me abraçou e nos cobriu. Ele acariciava meus cabelos e eu dedilhava em seu peitoral. Depois de um tempo dormimos abraçados e aproveitando o carinho um do outro.

Na manha seguinte eu acordei com o sol batendo no meu rosto. Esfreguei um pouco os olhos e olhei para Carlisle ao meu lado. Ele ainda estava ali. Sorri.

Me virei para o seu lado e acariciei o seus cabelos sedosos e loiros. Ele se mexeu um pouco e eu sorri mais. Peguei o celular e olhei a hora, eram seis horas da manhã.

Eu não sabia que horas Carlisle pegava no hospital então com muito dó eu teria que acorda-lo.

–Amor?- Sussurrei no seu ouvido e ele se mexeu um pouco.

–Hm... – Beijei seu rosto.

–Que horas você vai para o hospital? –Perguntei e beijei seu pescoço.

–Hm... não sei, eu não vou. –Ele falou sonolento.

–Amor você tem certeza disso?

–Uhuum. – Ele me abraçou.

–Acorda meu lindo... –Falei beijando seu rosto e mexendo no seu cabelo.

–Eu posso dormir mais? A minha senhora permite isso? Diz que sim... – Ele falou dengoso me fazendo rir.

–Sua senhora permite, mas ela queria que você levantasse logo e passasse o dia com ela.- Ele sorriu ainda de olhos fechados.

–Tudo bem... –Ele foi abrindo os olhos de vagar.

–Carl eu estou brincando amor, pode dormir mais se quiser. Eu sei que você está cansado por causa do hospital e precisa dormir. –Falei e ele fechou os olhos novamente sorrindo.

–E a minha senhora acabou comigo, usou e abusou de mim por muito tempo me deixando sem energia alguma. – Eu corei e ele gargalhou se virando para o outro.

–Carlisle, para de falar isso. – Eu reclamei o virando pelos ombros.

–Desculpa meu amor, não achei que você fosse ficar assim... tão...tão...hot. –Ele falou rindo.

–Para! Carlisle Cullen, você para. – Ele sorriu.

–Tudo bem, eu paro. Mas antes...um beijo. – Ele me roubou um beijo e eu ri.

–Ei!- Fiz cara de brava e ele riu.

–Roubei, é meu! – Ele fechou os olhos.

–Você é tão bobo... E tão lindo! – Dei um selinho nele.

–Eu sei. – Ele falou de olhos fechados.

–Vou tomar um banho, durma mais... Se você conseguir.

–Posso ir com você?-Ele fez cara de cachorro sem dono.

–Não...durma mais, você não estava sem energias? Então... durma. – Me levantei enrolada nos lenços.

–Já acordei, não estou com sono mais. – Ele se sentou na cama e eu ri.

–Eu vou tomar banho, você pode ir também ... Já trago toalhas pra você.

–Eu vou tomar banho sozinho?-Ele fez cara de cachorro sem dono.

–Sim. –Falei rindo e sai do quarto.

–Você é tão má! Usa e abusa e depois me joga fora. –Ouvi ele falar e eu ri.

–Deixa de ser manhoso. –Fui pro quarto. Entrei e logo ao entrar senti o cheiro do perfume que Charles usava, isso não foi nada bom. Fui pro banheiro logo, tomei um banho rápido, me vesti e fui levar a toalha para Carlisle no outro quarto.

Quando entrei lá eu não acreditei no que estava vendo. Carlisle havia dormido de novo. Eu achei que ele não fosse consegui dormir depois de conversarmos, mas ele conseguiu. Ele estava dormindo de bruso lindamente. Ele estava de cueca box preta, que só dava pra ver a berrada que não havia sido coberta pelo lençol.

Ele parecia um anjo, ele era o meu anjo...

Coloquei a toalha no banheiro e me deitei ao seu lado na cama novamente. Só de estar ali com ele já me trazia uma sensação tão boa, eu era mais feliz. Ao lado dele eu me sentia uma mulher de verdade, eu era eu mesma... sem tirar, nem pôr.

Ele me tratava tão bem, era tão carinhoso comigo, tão gentil, romântico, fofo, atencioso e muitas outras coisas. Ele sim era o homem que eu queria pra minha vida, ele sim era o marido que eu desejei ter um dia. Ele sim era um homem de verdade.

Eu não conseguia vê-lo sem toca-lo, era mais forte do que eu. Acariciei suas costas e depois fiquei fazendo cafuné nele.

–Eu te amo. –Ele sussurrou e deitou sua cabeça em meu colo, me abraçando.

–Eu também te amo.- Passei minhas unhas levemente pelo seu rosto e depois na sua nuca.

Só pelo fato de estarmos ali juntos já mudava tudo na minha vida. Eu já tinha um momento feliz, já tinha algo para me lembrar durante os dias em que eu estava com Charles e ele era grosso comigo, quando ele falava coisas estúpidas e ainda tentava me agarrar. Eu tinha um motivo pra viver, e este motivo estava aqui comigo,dormindo sobre meu corpo. Meu motivo era Carlisle.

Depois de alguns minutos assim, eu acabei adormecendo novamente. Acordei com o meu celular tocando. Abri os olhos devagar e vi Carlisle se mexendo. O afastei devagar e me estiquei para pegar o celular no criado mudo. Não olhei o visor e atendi direto.

–Bom dia Esme!

–Charles. –Falei e Carlisle me olhou.

–Sim, quem mais seria? Não reconhece mais a voz do seu marido?

–Oh...Desculpe. – Falei e me levantei.

–Eu acordei você?

–Não...

–Você esta bem querida?Você me parece nervosa. –Ele falou, e sim... eu estava nervosa.

–Não...eu só... eu só estou um pouco cansada. – Menti.

–Dormiu bem?

–Não muito, dormi pouco essa noite. –Carlisle me olhou sorrindo e me puxou para cama novamente.

–Sua dor de cabeça melhorou?

–Hm...ehr... – Carlisle beijava minha nuca me impedindo de pensar.

–Esme?

–Ah...estou aqui. Melhorou um pouco,mas... –Fui interrompida pelas mãos de Carlisle passeando nas minhas coxas. –Hm... –Um gemido escapou da minha boca ,Carlisle riu e apertou a minha coxa.

–Esme oque você está fazendo? – Ele indagou alterando um pouco o tom de voz.

–Charles eu estou em casa, sozinha como sempre e estou com dor de cabeça. –Falei tentando demostrar um pouco de irritação. Carlisle riu com a situação.

–Porque você sempre esta irritada? Porque sempre me trata mal... Eu só estou ligando para saber como você esta e não para brigarmos, mas parece que você gosta. – Ele falou irritado. – Eu sinto muito em te deixar sozinha, se eu pudesse nem teria viajado mas não posso fazer nada para mudar isso e quando estou em casa você nem liga, então não faz diferença....

–Não estou irritada e muito menos te tratando mal, apenas estou respondendo a sua pergunta. Não pedi pra você passar mais tempo em casa, não estou reclamando que você esta me deixando sozinha em casa apenas estou falando que não tem ninguém aqui e que você não precisa ficar todo desconfiado porque eu sei que está, se eu quisesse te trair eu já tinha traído. – Carlisle me abraçou por trás.

–Calma,amor. –Carlisle sussurrou no meu ouvido me acalmando.

–Esme! –Ele gritou.

–Não grita que eu não sou surta. Era isso que você queria ouvir? Você sempre desconfia de mim e eu nunca digo nada, sempre tento não dizer isso pra você, mas eu cansei. Não aguento mais tanta desconfiança!

–Eu me preocupo, apenas isso! Mais você sempre esta ocupada o suficiente para não reparar .

–Então quer dizer que a culpa é minha? Tudo bem... se você acha isso. Por mim... – Falei indiferente.

–Ta vendo, você é totalmente indiferente a tudo que se relaciona a mim, tudo que se relaciona a nós.

–Charles eu tenho mais o que fazer do que ficar discutindo com você por telefone. Você já falou tudo que tem pra falar? Eu já posso desligar?

–Já, já falei tudo...

–Melhor assim, porque uma boa parte do que eu tinha pra falar eu já falei.

–Quando eu voltar à gente conversa. – “Espero que demore bastante.” Comentei mentalmente.

–Tá. Tchau. –Desliguei.

–Amor...calma. –Carlisle acariciou os meus braços. – O que aquele idiota falou pra você?

–Falou que eu o trato mal e sempre estou irritada. Falou que eu gosto de brigar e que se pudesse estaria comigo mais não pode. E quando ele esta em casa eu não ligo e não fazia diferença ele estar ou não.

–Ele é um babaca. –Ele beijou o meu rosto.

–Uma parte da culpa é sua. – Falei e ele riu.

–Minha?

–É... Você ficou tirando minha concentração e me fez gemer. Cachorro! – Xinguei e ele riu.

–Tudo bem, eu tenho minha parcela de culpa nisso...indiretamente mais tenho.- Eu ri.

–Indiretamente nada. –Ele gargalhou.

–O meu amor por você é tão grande que essas coisas acontecem involuntariamente. – Eu ri.

–Sei... – Falei rindo.

–Isso foi pela maldade que fez comigo hoje. – Eu ri e me virei para olha-lo.

–Você dormiu mesmo. –Falei rindo. – E dormiu bastante.

–Eu não tive escolhas. – Eu ri.

–Bobo. –Falei sorrindo. – Eu trouxe toalhas pra você caso queira tomar um banho agora.

–Tudo bem, eu vou agora. – Ele se levantou.

–Você fica muito gostoso só de cueca. – Falei e ele me olhou com o olho arregalado. – Que foi? Não posso comentar não?

–A Esme! Você nunca falou isso pra mim. –Ele falou e eu ri.

–Nunca comentei porque nunca tive ocasião. – Ele riu ironicamente.

–Claro que teve, varias vezes.

–Ah Carlisle, mais hoje deu vontade de comentar, não posso?

–Claro que pode. – Ele falou e eu ri.

–Então não sei o porque do espanto. – Eu falei rindo.

–Você hoje esta com uma língua. – Eu ri.

–Vai tomar banho logo que eu vou fazer o nosso almoço.

–Parece que eu sou o seu marido de verdade. – Ele falou do banheiro e eu me levantei.

–Isso é verdade, parece mesmo. –Falei da porta.

–Um dia eu serei. – Ele falou sorrindo.- Quando você quiser eu vou ser.

–É o que eu mais quero!

–Então faça por merecer, pense em você pelo menos uma vez na vida. –Ele falou ligando o chuveiro.

–Vou deixar você tomar banho. – Desconversei e sai do banheiro.

Eu realmente estava começando a pensar em mim e deixar o medo de lado. Eu realmente não aguento mais ficar com Charles, eu não amo ele e nunca amei. E quando ele esta longe eu consigo pensar mais em mim e no que eu quero pra minha vida, que é não estar mais perto dele. Eu preciso tomar coragem e pedir a separação logo, por que continuar assim não dá mais, cada dia ele está mais desconfiado e eu perdidamente apaixonada pelo Carlisle.

Eu preciso resolver isso logo, preciso de um rumo pra minha vida... e quando ele voltar eu pretendo resolver isso da melhor maneira. Charles parece estar mudando e esta se mostrando um homem melhor e acho que ele vai entender a minha decisão.

Sai do quarto e desci para fazer nosso almoço. Fui para cozinha e pensei em alguma coisa para eu fazer pra nós. Não sabia o que fazer nem o que Carlisle iria querer comer.

Me apoiei na pia e fiquei olhando pro nada um bom tempo pensando no que eu iria fazer para comermos. Resolvi fazer macarrão. Coloquei o macarrão no fogo e fui fazer o molho. Começei a cortar os tomates para fazer o molho e acabei cortando meu dedo.

–Ai! Que droga. – Coloquei o dedo na boca contendo o pouco de sangue que saia do pequeno corte.

–Es. – Carlisle falou atrás de mim e eu me virei. –Nossa, você não precisa ficar com esse dedo na boca pra me seduzir não tá?! – Ele falou rindo.

–Palhaço. – Falei. – Eu me cortei. –Tirei o dedo da boca.

– Está sangrando? – Ele perguntou vindo pra perto de mim.

–Não não... isso que tá saindo do meu dedo é mostarda.– Ele gargalhou.

–Ai amor, desculpa se minha pergunta foi muito idiota. – Ele falou sorrindo e pegou minha mão. –Ainda doi?

–Um pouco. Foi apenas um cortezinho. – Falei.

–Espero que melhore logo. – Ele beijou o meu dedo. Eu sorri.

–Depois desse beijo eu tenho certeza que vai. – Ele me olhou sorrindo.

–Oque a senhorita estava aprontando para se cortar?- Ele me abraçou.

–Estava fazendo nosso almoço.

–Hm... não precisava se incomodar.

–Não é incomodo nenhum, inclusive tenho que terminar de fazer. – Me virei.

–Precisa de ajuda? – Ele perguntou.

–Não. – Falei.

–E oque eu vou fazer enquanto isso?-Me virei para olha-lo e ri.

–Não sei... Você pode ver Tv, pode mexer no computador, ler um livro...Sei lá. –Voltei a fazer o molho para o macarrão.

–Posso ficar aqui olhando pra você? – Ele perguntou sorrindo e eu ri.

–Porque ?

–Porque eu gosto de olhar pra você. – Ele respondeu sorrindo. – Bom.. já que eu não tenho nada pra fazer eu vou ficar olhando você fazer. – Ele se sentou na cadeira e ficou me olhando.

Continuei a fazer nosso almoço e as vezes olhava pra ele, que sempre estava me olhando sorrindo. Terminei de fazer e coloquei o macarrão numa travessa e coloquei o molho. Carlisle me ajudou a por a mesa e depois fomos almoçar.

–Já pode casar dona Esme, está muito bom. – Ele falou sorrindo.

–Muito obrigada Dr.Cullen, mas sou muito nova para casar. – Ele gargalhou.

–Eu não acho. – Ele falou e comeu mais um pouco.

–Carlisle você esta em chamando de velha?-Perguntei brava.

–De modo algum meu amor. – Ele falou rindo.

–Melhor assim, porque você não é mais novo que eu. – Falei rindo e comi um pouco do meu macarrão.

–Você esta me chamando de velho? – Eu gargalhei.

–De modo algum meu amor. – Rimos.

Terminamos de almoçar, lavei os pratos com a ajuda dele e ficamos vendo Tv, juntos. Estava um dia frio e chuvoso em Forks, o que não era uma novidade. Começei a sentir frio e fui ate o quarto pegar um cobertor, vi o meu celular vibrar em cima da mesa de cabeceira e olhei, havia varias chamadas perdidas, todas de Charles. Desliguei o celular sem ao menos retornar nenhuma. Meu dia estava sendo muito bom para ele estragar tudo. Peguei um cobertor e voltei pra sala. Carlisle estava sentado no sofá vendo um filme qualquer na tv, sentei no seu colo e estiquei minhas pernas no sofá e nos cobri, terminando assim um dia feliz ao lado do meu amor.


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Notas finais do capítulo

Então pessoas... Gostaram? Comentem por favor, os leitores fantasminhas tambem :D Beijoss.
Musica : http://www.youtube.com/watch?v=t7M89YJAPhM



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