Reinos Do Coração - A Primeira Jornada escrita por NaluFigueira


Capítulo 3
3 - País das Maravilhas (Wonderland)


Notas iniciais do capítulo

OI,OI,OI
Nesse cap, nosso primeiro mundo da disney - estou indo na ordem do original KH pelo nivel de dificuldade de batalha (pra quem ainda se lembra)
APESAR de eu odiar wonderland nesse KH eu vou colocar =)



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Hikari tinha ficado desacordada por boas horas depois que bateu a cabeça durante a última luta. Depois da apresentação de Cid ela só se lembrava de dar o último golpe no heartless gigantesco e de ver o grande coração que o monstro havia coletado voando e desaparecendo no céu infinito da Cidade da Travessia.

Aerith tinha enrolado uma fita avermelha sobre a cicatriz na cabeça de Hikari, o que combinava perfeitamente com suas novas roupas - uma jaqueta bege, uma blusa regata preta, uma saia acima dos joelhos listrada de preto e dourado e uma bota preta de plataforma - invocou sua keyblade para limpá-la.

Logo que saiu da casa do 3º Distrito, pôs os olhos num duelo de Yuffie contra Leon, o homem com a gunblade vencia facilmente da grande ninja. O que não surpreendeu muito a mestre da keyblade. Leon podia não ser tão efetivo contra os heartless, mas contra humanos...

Cid abriu as portas atrás dos dois e interrompeu a luta, Yuffie gritou alguma coisa para ele em outra língua, Cid coçou a cabeça e pediu para ela traduzir, Yuffie gritou ainda mais alto a tradução: "Seu velho idiota! Estamos ocupados!". Ambos começaram a discutir enquanto Leon os acompanhava de longe. Ficara em silêncio até avistar Hikari assitindo tudo no topo da rampa em direção ao centro.

-Cid estará pronto para partir daqui a alguns minutos - ele avisou enquanto vinha até ela - e você? Como está a cabeça?

-Não foi nada de grave - ela coçou os cabelos negros - só estava precisando de descanso.

-E a keyblade?

Hikari invocou novamente Wave of the sea como resposta. Ela reluzia prateado e tinha um chaveiro de uma estrela do mar pendurado no coração onde a dona segurava para atacar. Era um coração roxo. o cabo era prata, e a ponta da lâmina lembrava uma coroa. Ainda sim, uma chave gigante.

-Me pergunto se outros guias tem uma keyblade também - revelou ela enquanto guardava a arma.

-Eu não sei se eles têm uma keyblade, mas devem ser fortes para serem escolhidos dessa forma - Leon respondeu pensativo. Ele olhava para as estrelas, com seus olhos castanhos escuros, de uma forma triste.

-Vocês também perderam seus mundos? - Hikari perguntou olhando para o céu do mesmo modo.

-Sim. Há muito tempo atrás, graças a Cid, fomos os primeiros a chegar na Cidade da Travessia - ele voltou os olhos para a ninja e o velho abaixo deles - Yuffie, Aerith, Cid, Merlin... somos todos do mesmo mundo.

-Não sobrou mais ninguém?

-Dois conhecidos nossos, quem costumávamos brincar quando éramos crianças, também desapareceram. Eles eram grandes amigos nossos - Leon parecia triste falando de seu passado.

-Eu vou encontrá-los! - ela prometeu determinada.

-O quê?

-Eu quero ajudar a todos! Eu sou a única que posso, não sou? - ela se virou com um olhar decidido no rosto - Como são seus amigos?

Leon ficou parado em choque por alguns minutos depois sorriu de leve e contou a ela.

Cid e Hikari iriam embarcar para a missão. Aerith e Yuffie demoraram para se despedir, Merlin desejou boa sorte junto com os moogles que perambulavam pela cidade; Huey, Louie e Dewey enxeram Hikari de acessórios com habilidades especiais.

-Cid, cuide dela - Leon pediu.

-Claro que sim, rapaz, mas acho que a garota não precisa tanto de proteção - Cid piscou e Hikari colocou o cinto.

-Até mais, Leon, pessoal! - Hikari acenou e a porta do gummi ship se fechou e foi lançado aos céus.

Passou-se uma hora quando algo no painel de direção apitou. Hikari inclinou-se para frente para tentar entender o que havia de errado.

-São heartless - informou Cid, puxando uma alavanca amarelada.

-Eles atacam no espaço?! - ela disse em voz de escanário.

-Não se preocupe, essa belezinha está pronta pra esse tipo de coisa - ele deu uma palmadinha no painel orgulhoso - está vendo aquele ponto brilhante no horizonte? - Hikari fez que sim - É um novo mundo! É melhor se preparar, porque está repleto de trevas e vamos pousar lá em meia hora.

-Sim, sim, capitão!

Dito e feito. Hikari estava em seu novo mundo. Cid ficaria na nave caso precisassem de uma saída de emergência. A partir daquele momento ela estava novamente sozinha. Caminhou um pouco e caiu num buraco negro.

E caiu.

Caiu.

Caiu.

Por que diabos não parava de cair?

Enquanto caia no buraco sem fim, havia coisas sem sentido que caiam com ela: um relógio de ponteiro que giravam no sentido contrário, uma cadeira de uma perna só, uma mesa com xícaras de chá - mas o bule não conseguia servir as xícaras por causa de todo o movimento no ar - um bolo de aniversário grudado no prato...

Quando Hikari esqueceu de que estava "caindo", acabou por parar de cara no chão. Sua testa ficara com outro hematoma e ela gemeu de dor. Estava debruçada numa sala circular, onde havia um longo corredor, com um coelho de terno e um relógio de bolso sendo segurado por sua minúscula pata.

...Um coelho?

-Estou atrasado! Muito atrasado! Já é tarde! Muito tarde! - gritava o coelho branco.

...Um coelho que fala?

O animal correu velozmente e desapareceu depois de abrir e fechar uma porta. Hikari se levantou e olhou em volta.

-Onde eu vim parar agora?

Só lhe restava seguir aquele coelho branco. E o fez, entrou na sala seguinte. Era uma sala com uma mesinha azul no centro, com dois frascos sobre ela: um laranja e outro azul. Havia também uma cama no canto e uma lareira no lado direito. Hikari procurou um possível caminho onde o coelho possa ter passado e só encontrou uma mini-porta com uma fechadura dourada.

-Tão pequeno... Impossível passar por aqui! - ela cutucou a portinha.

-Não sou pequeno, você é que é grande demais - a fechadura se remexeu mostrando seus grandes olhos sobre a maçaneta.

Hikari deu um berro de susto e acertou a mesa atrás dela, fazendo com que os dois frascos caíssem.

-Parece que todo mundo pode falar nesse lugar - observou ela pegando um dos frascos - ei, fechadura! Maçaneta! Seja o que você for... Para onde foi aquele coelho?

-Para o castelo da Rainha, oras - a fechadura bocejou - agora deixe-me voltar a dormir.

-Espera! Onde fica esse castelo? - ela pressionou a maçaneta (que devia ser o nariz daquele rosto) para que o ser ficasse acordado.

-Empurre a cama e tome o líquido do frasco laranja - ele disse e adormeceu e dessa vez nada o iria acordar.

Hikari foi até a cama e sentiu-se uma louca por empurrá-la contra a parede, mas funcionou a cama explodiu e uma pintura aparceu na parede em que estava encostada, um buraco pequeno, pequeno suficiente para um rato passar, estava ali. A maçaneta disse algo sobre um frasco laranja, Hikari pegou-o do chão e engoliu o que havia dentro - tinha gosto de suco de maçã - e de repente sentiu o corpo formigar e puf! Ficou pequena como um polegar!

-...Certo, então! - ela revirou os olhos.

Teve de lutar contra alguns heartless para chegar até o caminho para o castelo. Era um campo florido de rosas vermelhas - rosas que tinham cheiro de tinta fresca - e grandes arbustos em forma de coração. Havia uma grande comoção no meio. Cartas dos naipes paus, espadas e ouros tinham cabeças humanas e braços que seguravam lanças com pontas em forma dos símbolos de suas famílias. O cenário que Hikari se encontrava era um tribunal, onde o coelho estava segurando um papel ao lado de uma mulher gordinha, num vestido vermelho e preto extravagante, o cabelo negro preso num alto coque na cabeça, segurava uma vara na ponta um coração. Seria aquela a rainha de copas?

 -Que tragam a ré! - pediu a rainha, os soldados em formas de cartas trouxeram uma garota loira de vestido azul, com um avental branco, meia-calça branca e sapatilhas pretas.

-Alice será julgada pela Rainha de Copas! - dizia o coelho.

-Não é justo! - disse a garota, pela voz fina, devia ser bem mais nova que Hikari - Eu não fiz nada de errado!

-Calada! - berrou a rainha - É você que está roubando os corações de meus soldados e de meus súditos! E para mim, isso merece uma condenação de morte! CORTEM-LHE A CABEÇA!

-Oh não! - implorou a menina - Por favor! Eu juro que não tenho nada a ver com isso!

-Ela está certa! - Hikari correu até o meio do tribunal - Quem fez isso foram os heartless! Eles estão por toda a parte!

-Quem é você e como ousa interromper?! - perguntou a rainha furiosa.

-Eu sou Hikari e eu não posso permitir que condenem uma inocente! - ela não queria confusão então evitou invocar a keyblade.

-Se sabe tanto das coisas, então prove! - Hikari não teve tempo de responder - Você tem uma hora para trazer as provas, Alice ficará retida aqui enquanto isso!

Os soldado levaram Alice para uma gaiola ao lado da cadeira da rainha. Hikari foi até ela. A garota loira se apresentou primeiramente e agradeceu a ajuda da mestre da keyblade.

-Não deve me agradecer ainda, sua vida está em perigo e eu não faço idéia de como provar que os heartless são os culpados - Hikari contou com a cabeça queimando de tanto pensar.

-Eu também não sei como, mas acho que sei de alguém que pode ajudar - Alice disse forçando um sorriso esperançoso.

-Quem?

-Um gato que eu conheci, ele aparece do nada em todo tipo de lugar nesse mundo esquisito. Mas o lugar mais frequente é a floresta, ou seria o jardim? - ela parou para pensar - De qualquer forma, é bem ali! - ela apontou a entrada ao lado esquerdo.

Um dos soldados apontou a lança para Hikari.

-Hora de visita está acabada - ele ameaçou.

Hikari se afastou e foi procurar o gato que Alice mencionara.

A floresta era enorme - devido ao seu tamanho tudo era enorme - havia flores maiores do que ela e obviamente elas falavam também, e ainda eram irritantes, pois pediam os intens que Hikari carregava na mochila. Uma onda de heartless apareceu e ela os derrotou facilmente. Alguém aplaudiu e o som ecoou nas copas das árvores.

Um gato sorridente apareceu sobre uma pedra, seu pelo era listrado de roxo e rosa, ele não tirava os grandes olhos da mestre da keyblade.

-Você é de que Alice está falando? - perguntou ela, já esperando que ele também pudesse falar.

-Posso ser, como não ser - ele desapareceu e reapareceu em cima de uma rosa.

-Como posso provar a rainha que Alice é inocente?

-Ora, com provas concretas, sua tolinha.

-E onde estão essas provas? - ela começou a ficar irritada com o tom calmo do gato - A vida dela corre perigo.

-Podem estar ali, como podem estar aqui. Podem estar lá como podem estar cá - ele abriu mais o sorriso - podem estar espalhadas por toda parte, ou podem estar juntinhas por um canto.

-Isso não ajuda em nada! - ela bateu o pé.

O gato riu e desapareceu pouco a pouco deixando seu sorriso por último.

Não poderia contar com aquele louco. Todo mundo ali era louco. E ela também ficaria louca se ficasse ali por muito tempo. Tempo! Já se passara quinze minutos! Teria de achar pelo menos três boas provas para livrar Alice, depois poderia encontrar calmamente a tal fechadura para trancar aquele mundo.

Revirou tudo de cabeça para baixo - na verdade, a cada lugar que ia, encontrava uma sala virada de cabeça pra baixo com os móveis intactos no lugar - até ficou zonza de tanto andar e lutar, aquele mundo estava infestado de heartless. Achou uma caixinha rosa na floresta e outras quatro semelhantes em outras regiões. Faltava quinze minutos para o limite que lhe tinha sido imposto. Não teria mais tempo.

-Desculpe Alice, esse é o máximo que posso fazer - coçou os olhos de cansaço e voltou para o tribunal.

-Separe suas provas uma das outras no chão - ordenou a rainha, Alice ainda estava presa na gaiola - agora escolha uma que você acha que garanta a incocência de Alice.

Nenhuma delas serviria, mas não havia nada a fazer.

Ao escolher, um heartless saiu da caixa - aquele semelhante a um soldado - e assustou a todos. A rainha aponto a vara de coração furiosa para Hikari e disse que a mestre era a culpada e que Alice era sua cúmplice. A gaiola que prendia a garota loira foi coberta por um pano vermelho e foi levada para o alto, a estrutura do tribunal desapareceu e uma torre com três manivelas em suas paredes emergiu da grama no centro do jardim, era a torre que controlava a gaiola de Alice, se quebrasse as manivelas...

-CORTEM-LHE A CABEÇA! - esberreou a rainha, os soldados vieram como loucos para cima de Hikari apontando as lanças para seu pescoço.

Ela não ligou para eles, o importante era Alice, deu um golpe fraco na rainha, o que a fez tombar da cadeira e cair de pernas pro ar, os soldados ficaram distraídos com a velha que se esqueceram da mestre. Nesse momento, Hikari aproveitou para desfirir golpes nas manivelas e a gaiola de Alice voltou ao chão. A rainha ainda estava sendo acudida, quando Hikari arrancou o pano vermelho e encontrou...

Uma garota ruiva de olhos azuis, com uma gargantilha preta no pescoço junto a um colar com uma pedra cinza, pulseira amarelas e azuis nos braços e pulsos, um cinto azul prendendo uma saia roxa e curta que mostrava seus shorts mais claros, nos pés sapatos brancos com estampa roxa. Provavelmente um ano mais nova que Hikari.

Era ela! Uma dos seus três guias!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha descrito tudo de forma que vocês entendam, se quiserem, procurem no KH Wiki para saberem por onde Hikari passou!
YUP! Kairi é a primeira guia!
Ainda vou corrigir esse cap. desculpe pelos erros!



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