Alice’s POV

Acordo e noto que passei a noite com a cabeça apoiada no peito de Layne. Minha cabeça dói pra caramba e meu corpo está mole. Olá ressaca querida...

Observo o loiro que continua a dormir. Ele fica tão lindo dormindo, parece um bebe daqueles bem fofinhos de comercial de fraldas...

Fico observando-o por alguns segundos e então ouço umas batidinhas leves na porta, Layne abre seus olhos e nossos olhares se encontram. Como é possível alguém acordar tão lindo assim?

–Layne querido, imagino que já tenha acordado. –Diz uma voz feminina vinda do outro lado da porta.

–Oi mãe. –Layne diz sem levantar e então me faz um cafuné, mas de um jeito bem delicado, como se eu fosse a coisa mais frágil do mundo.

–Querido o café está na mesa, talvez você e Alice queiram toma-lo agora? Se não quiserem coloco tudo em um cantinho coberto e depois é só esquentar.

–Daqui a meia hora descemos.

–Oh certo. Então como ainda vou estar aqui em casa eu mesma esquento.

–Sabe que te amo, né dona Nancy?- Layne interroga e pelo sorriso em seu rosto posso ver que ele realmente a ama muito.

–Isso é só porque te mimei. –Ela ri. –Ah, querido, Sean ligou e eu disse a ele que estava tudo bem com a pequena, ele disse que vem busca-la assim que conseguir ficar em pé. E... Ah, Julie esteve aqui.

–J-Julie? Minha namorada?

–Sim tem outra? Bem, ela insistiu em falar com você, mas eu disse que você não estava muito bem e ela desistiu. Mas perguntou se eu sabia sobre o paradeiro de Alice...

Layne se levanta da cama e abre a porta.

–E o que a senhora disse?

–Que você havia mencionado Mike e talvez ela estivesse lá.

–Sério, eu te amo. –Layne a abraça bem aperta e a Dona Nancy sorri enquanto acena para mim.

–Bom dia querida, como se sente? –Ela me interroga sorridente.

–B-bem, me desculpe por ontem.

–Oh querida, imagine. Acontece. Aqui Layne, dê esse remédio para ela, imagino que esteja com dor de cabeça. Agora se me derem licença tenho que me arrumar pra trabalhar.

–Cara... Sua mãe é o máximo.

–Não é? –Layne interroga me entregando um copo com água e um comprimido.

–Obrigada.

–Alice, sobre ontem...

–Não vai me dizer que paguei algum mico.

–O que? Não, quero dizer sim, mas-

–É que não me lembro de quase nada. –Digo coçando a cabeça. Claro que lembro. Eu me lembro do selinho que dei no Lay, lembro que disse que o amava e ele meio que disse o mesmo. Lembro até do momento em que passei mal no banheiro dele e... Isso não vem ao caso, o que importa é que Julie é minha amiga e não posso e nem vou decepciona-la ficando com seu namorado.

–Oh certo. Sei... -Vejo a decepção estampada na cara de Lay. –Bem, não, pelo menos não um mico gigantesco.

–Certo... Será que posso tomar um banho?

–Ah sim, claro. E tem uma escova de dente sobrando, pode usa-la, minha mãe sempre compra umas quinhentas mesmo. E já que sua roupa tá suja você fica com essa camiseta que tá usando e... Bem, como você tem um corpão talvez minhas calças não te sirvam, mas-

–Você que é magrelo.

–Sou nada,

–Sério, ainda te amarro em uma cadeira.

–Esse seu fetiche é meio estranho...

–É pra te fazer comer comida. Cala a boca vai. Ou melhor, continua o que você tava dizendo.

–Talvez uma das minhas bermudas te sirva, vou ver se acho alguma enquanto você toma banho.

Escovo meus dentes e tomo um banho, quando saio do Box me encaro no espelho. Wow, pense em alguém com uma cara de ressaca...

–Acho que essa bermuda vai... – Layne que entrou no banheiro com tudo me encara e então me olha de cima á baixo. Ops. Ainda bem que estou de toalha e... Ele tinha mesmo que estar sem camisa? E francamente, essa carinha meio de safado que ele tá... FOCO!

–Layne, você ia dizer algo?

–Ah sim. Aqui, acho que essa bermuda vai servir. –Ele diz me entregando uma bermuda jeans. –Agora eu vou... Hã, sabe... Tomar um banho. Acho que o tempo tá ótimo para um banho gelado.

Mas do que ele tá falando sobre o tempo estar bom pra banho gelado? Tá é meio frio, isso sim. Me troco rapidamente no quarto de Layne, não quero que ele me veja sem roupa. Logo o próprio Layne sai do banheiro só de toalha. Ok, quero agradecer á todas as divindades existentes por essa bela visão, mas poxa vida, isso é maldade.

–Desculpe, esqueci minhas roupas. –Layne diz meio sem jeito. –Essa roupa ficou bem melhor em você do que fica em mim. –Ele diz com um sorriso malicioso enquanto se aproxima até estar perigosamente perto de mim.

–O-obrigada. Devo dizer que também aprovo seu figurino. –Ok alguém me mata, por favor, não acredito que eu disse mesmo isso.

–Alice... –Layne toca meu rosto delicadamente e me olha com aqueles malditos olhos de cachorrinho que caiu da mudança em dia de chuva. –Eu poderia terminar com a Julie. –Ele me dá um selinho e então começa a distribuir beijos em meu pescoço. Porque logo o pescoço? Uma de suas mãos desliza até minha cintura, me puxando ainda mais para perto dele.

–Layne eu... –Hmm ok, não consigo dizer nada, muito pelo contrário, deixo escapar um gemido.

–Tudo o que você precisa fazer é dizer que me quer. Um simples “sim” já me é suficiente. –Ele sussurra e dá uma mordidinha de leve em meu queixo e então me beija. E o pior é que termino correspondendo o bendito beijo enquanto coloco meus braços envolta de seu pescoço. Layne até pode ser magro, mas ele tem um corpo que pelo amor de... FOCO!

–Não. –Digo finalmente cortando o beijo e empurrando-o de leve. –Eu não posso.

–Não? –Layne interroga com um olhar que mistura tristeza e confusão. –Porque não?

–Você é namorado da minha amiga.

–Eu já disse que terminaria com ela.

–Sim, mas ela ficaria arrasada, nos odiaria e então rolaria uma discórdia, nossos amigos ficariam indecisos sobre qual lado escolher e inevitavelmente nosso grupo estaria acabado. Isso sem falar que nossa amizade poderia se acabar caso as coisas não rolassem bem entre a gente.

–Alice você inventa mil motivos pra gente não ficar. Me diga... –Layne olha bem nos meus olhos. –Existe algum motivo pelo qual valeria a pena ficar comigo?

–Bem... Hã sim, tem alguns, mas mesmo assim não posso.

–Diga quais. –Ele sussurra em meu ouvido. Socorro. –O que eu tenho de bom?

–V-você é gentil, atencioso, divertido, altruísta. –Ele respira perto do meu ouvido. O filho da pu... De uma boa mãe ainda quer que eu me concentre para pensar em algo? Sério mesmo? –Você é carinhoso, beija bem, tem o sorriso mais lindo do mundo, é lindo e gostoso e... Layne sai de perto do meu ouvido.

–E eu te amo.

–Não, não ama.

–Amo sim e você não manda em meus sentimentos. Que droga Alice.

Layne volta a me beijar e termino caindo na cama, com ele por cima de mim. Lembrando que ele tá só de toalha... Isso é tortura psicológica...