O Namorado Da Minha Amiga. escrita por vampcobain


Capítulo 15
Capítulo 15: Private Hell.


Notas iniciais do capítulo

Olha eu postando na madruga >.>
Esse capítulo é meio dramático, mas o momento pede XD.
Gaaaah obrigada pelos reviews tão perfeitos, e eu amei ver pessoas novas deixando reviews *sorriso bobão*.
E eu recebi uma nova recomendação IHFOIDJGOIJOGHDUFHDFJDIOJGIODFJIO.
Oyuky eu realmente me comovi com sua recomendação, saber que minha fic e meus personagens te comovem me fez ficar muito feliz, e eu quase chorei quando li a parte em que você diz que nunca devo desistir de escrever, pois á pouco tempo atrás eu tive um bloqueio e cheguei a duvidar que era capaz de escrever algo bom. então muito obrigada, sua recomendação foi muito motivadora ♥. E ahhhhh, juro que vou tentar inserir mais a Angel na fic, pois também gosto dela, e agora com essa coisa toda com a Ju ela é necessária como uma boa e leal amiga para a Alice ♥
Então esse capítulo é dedicado á Oyuky ♥.



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-Daniel é melhor você me deixar em paz. –Digo apertando o cabo da faca que estou segurando.

-Mas eu só quero conversar com minha priminha querida. –Daniel diz atrás de mim e consigo ouvir sua leve risada sarcástica.

-Ou você é muito louco ou muito burro de vir me encher o saco depois da ameaça de Sean...

-Seu irmão não é louco de me fazer mal agora que não tem prova nenhuma de que eu tenha feito algo contra você... Não até eu refazer, mas aí posso dizer que você concordou. –Ele solta minha cintura e me dá um leve puxão de cabelo.

-Mas eu sou louca de fazer algo. –Digo me virando rapidamente e encostando a faca na bermuda dele. –Um só movimento e eu juro que você não vai poder ferir mais ninguém com essa sua porcariazinha.

-Wow. Você não vai fazer isso, né? Pense nas consequências. –Daniel diz engolindo seco e erguendo os braços.

-Wow. Você acha mesmo que ligo né? Entenda uma coisa, não sou mais uma pirralhinha medrosa. –Ok meus braços estão tremendo um pouco e eu não faço ideia do que estou fazendo, mas momentos de desespero pedem atitudes desesperadas.

-Olha... Eu só tava brincando, ok? Não faz isso Alice. P-por favor.

Meu celular toca e meu primo aproveita minha distração para derrubar minha faca longe. Oh droga.

-E então... –Ele me empurra contra a mesa me olhando ameaçadoramente, meu celular continua a tocar em meu bolso. –Vamos ver se você não é mesmo uma pirralha medrosa.

Eu disse que não sou mais medrosa, e não sou mesmo. Daniel volta a puxar meu cabelo. dessa vez com força, mas ao invés de chorar ou reclamar eu dou risada.

-Você quer que eu finja que estou com medo para te fazer se sentir mais homem? –Interrogo sorrindo sarcasticamente.

-Ora sua maldita. –Ele solta meu cabelo e rasga minha camiseta. -Vou te fazer calar essa maldita boca. –

Ergo meu braço e enfio minhas unhas com todas as minhas forças em seu rosto, deslizando-as por sua bochecha e rasgando-a. Isso faz ele se afastar, esbarrando em alguém um pouco mais alto que ele e que acabou de chegar.

-Mas o que diabos tá acontecendo aqui? –Layne interroga me olhando enquanto Sean puxa meu primo e o arremessa no chão.

-Não é óbvio? Esse maldito tentou atacar minha irmã novamente. –Sean diz e então começa a chutar Daniel enquanto Layne se aproxima e tira sua blusa de frio, me cobrindo com ela.

Observo em silencio enquanto meu primo é golpeado por meu irmão. Layne obseva tudo em choque, mas eu acho a visão... Interessante. Se Sean não corresse o risco de ir para a cadeia... Não, não é certo pensar assim.

Dou um passo pra frente, para parar Sean, mas outras mãos o param. As de nosso pai.

-Sean o que você está fazendo com seu primo? –Minha mãe pergunta horrorizada enquanto minha tia se curva perante meu primo desesperada.  Que droga. Quando eles chegaram aqui? Aliás, o que Sean e Layne fazem aqui também?

-Você está louco? –Meu pai interroga, soltando meu irmão que agora está parado.

-Eu não estou louco, estou dando a ele o que ele merece.

-E porque raios seu primo mereceria algo assim? –Nosso pai interroga furioso.

-Você não acha que está na hora de eles saberem? –Sean interroga me olhando. Não, eu não acho, mas sei que meu irmão contará de qualquer forma. Ele está cansado de tudo que eles tem feito e dito, ele está cheio de tudo e precisa extravasar.

-Saberem o que? –Meu pai interroga olhando para nós dois. Minha mãe apenas me olha interrogativa, e minha tia ainda está curvada chorando por causa de meu primo. Exagero dela, ele ainda está respirando e nem parece tão mal assim...

-Esse maldito... Vocês não entendem. Ele... Vocês condenaram a Alice quando ela engravidou. A desprezaram e trataram-na como se fosse lixo. Você... Você, o próprio pai dela quis por minha irmã pra fora de casa, quis que ela abortasse e só se preocupou com o que os membros de sua igreja pensariam...

-Mas essa época já passou. A criança morreu e tudo foi esquecido.

-Esquecido o cacete. –Sean diz apontando o dedo indicador para nosso pai. Wow, ele tem coragem. –A gente sofreu, e muito. Vocês só cogitaram a possibilidade de minha irmã ser inocente, de ter sido violentada quando acharam que eu o havia feito. Eu! Eu que a amo mais que tudo nessa vida, e que nunca, jamais seria capaz de feri-la.

O que? Isso... Eu não fazia ideia disso. Agora entendo porque minha mãe perguntou se Sean havia me ferido. Minha cabeça dói e minhas pernas tremem. Layne me segura e isso me dá uma leve tranquilidade, mas mesmo assim... Como eles puderam pensar algo assim sobre Sean?

-Você queria que eu pensasse o que? –Meu pai grita furioso. –Você a defendeu com garras e dentes e se ofereceu para sustentar a ela e a bebê. Você insistiu que o aborto não era uma boa ideia.

-Porque eu a amo, e porque amava minha sobrinha mesmo antes dela nascer. Vocês diziam que gostavam da criança, mas nem ao menos a pegavam no colo. Vocês sabem que se tivessem segurado ela, por cinco minutos que seja provavelmente teriam notado os sintomas da doença, que nós por sermos inexperientes não pudemos notar. Mas vocês nem ao menos notavam que sua filha estava sofrendo, que ela havia sido gravemente ferida na alma, e pelo próprio primo.

Lágrimas começam a escorrer pelo rosto de Sean, e vejo que meu primo já está consciente e olhando para o lado de meu irmão e de meu pai assustado enquanto meu pai encara Sean com uma cara séria.

-Como assim “ferida pelo próprio primo”?

-O senhor quer que eu faça um desenho explicativo? –Sean interroga sarcástico e vejo meu pai erguendo o braço para estapea-lo.

-Não. –Entro na frente de Sean e levo o tapa em seu lugar. Meu rosto arde, muito. –Ele está falando a verdade. –Digo alisando meu rosto. Lembrete: Sean é maior e aguenta tapas melhor que eu, da próxima vez deixar ele levar o tapa. Ai. –Daniel se aproveitou de mim e Sean me defendeu. É isso.

-Filha o que você está...  Não pode ser verdade. –Minha mãe diz levando a mão á boca. Óbvio que eles não acreditaram.

-Daniel isso é verdade? –Minha tia interroga enquanto encara meu primo. Ela está tão assustadora que até eu to ficando com medo.

-Mãe eu... Ela me provocou. –Isso foi uma confissão do babaca?

- Daniel... Por Deus, Ela era uma criança!

Parece que meu pai finalmente se tocou que meu primo acabou de confessar seu crime. Ele o encara enojado e então ameaça partir para cima dele, mas Sean o segura.

-Tire ele daqui agora a não ser que queira ele morto. –Sean diz para minha tia e ela prontamente obedece, erguendo meu primo do chão com certa dificuldade.

-E-eu sinto muito querida. –Ela diz enquanto me encara chorando.

-Não deixe ele voltar aqui, ou ele pode não sair vivo. –Layne diz sério enquanto encara meu primo, que está meio tonto.  –Tem uma lista de pessoas querendo ele morto e eu estou nela.

Minha tia acena positivamente e sai andando meio cambaleante com meu primo.

-Tia. –Eu chamo e ela se vira. –A senhora ainda é bem vinda aqui.

Ela dá um sorriso triste e se retira. E o que sobra é uma bagunça e minha família completamente abalada. Meus pais parecem estar confusos, Sean está raivoso e Layne parece estar com tanta dor de cabeça quanto eu.

-Alice eu acho melhor deixar você se resolver com sua família. –Layne diz se aproximando e beijando minha testa. –Se precisar de mim, me ligue. E Sean a gente deixa aquele ensaio de última hora pra depois. Tenta ficar relaxado, ok? Não podemos caçar um novo baterista se o nosso tiver um treco. –Layne sorri e dá uns tapinhas no ombro de Sean, que sorri um pouco mais calmo.

-Até mais cara.

Layne então se despede de meus pais e sai. O silencio reina na cozinha por alguns minutos, ninguém se atreve a dizer nada, estamos todos muito ocupados pensando.

-E então. –Sean diz cruzando os braços. –Não vão pedir desculpas?

-Sean eu-

-Não para mim pai. –Sean caminha até onde estou e me abraça. –Alice está esperando.

Minha mãe que já estava chorando cai de joelhos e meu pai continua silencioso, com a cabeça abaixada.

-Deixa eu contar pra vocês como a encontrei apavorada, frágil, exposta e ferida no dia seguinte. Ou talvez sobre como foi mais difícil lidar com toda a fase da gravidez sem a ajuda e experiência dos pais... Ou talvez eu deva falar sobre como a morte da Rafa foi dolo-

-Chega Sean. Se você queria me fazer me sentir culpado, meus parabéns. –Meu pai diz sério. –Se vocês tivessem contado tudo seria diferente e-

-Não, vocês dariam um jeito de culpar a Alice. Provavelmente por ela não ser religiosa como vocês. Um castigo divino? Sim... Não finja que vocês entenderiam, pois eu sei que não.

-Meus filhos... Perdoem-me. –Minha mãe diz entre soluços e eu me jogo a seu lado e a abraço, logo Sean se junta a nós. Meu pai apenas suspira fundo e deixa a cozinha dizendo um “me desculpem” tão baixo que quase chega a ser inaudível. Eu não esperava mais que isso por parte dele.

As horas passaram e tudo se acalmou. Estou sentada em minha cama e Sean está sentado a meu lado, me abraçando e alisando meu cabelo.

-Você sabe que ele se arrependeu de tudo apesar de não demonstrar, né? –Sean diz depois de horas de silencio.

-Eu... Acho que sim. Eu honestamente quero esquecer tudo isso.

-Então vamos pensar em algo mais feliz. Agora você é agente de uma mega banda e vai ficar riiiiiica. –Sean diz fazendo pose. Não posso evitar o riso.

-Mega banda? Menos Sean, menos. E espero que vocês mantenham o juízo mesmo depois da fama. –Digo fingindo seriedade.

-Sim senhora mamãe. –Sean sorri e dá uns tapinhas em minha cabeça.

-Ei Sean... Me ajuda a planejar o aniversário do Layne?

-Aniversário?

-É, é daqui a alguns dias e eu quero fazer algo legal.

-Conte comigo tia.

-Para de me chamar desses jeitos esquisitos ô garoto.

O celular de Sean toca e ele o atende rindo.

-Alô?  -Ele fica em silencio ouvindo a pessoa do outro lado da linha e então sorri. –Deve estar desligado sim, Alice não está em um dia bom. Mas fico feliz com sua notícia. Quanto ao Layne, ele esteve aqui hoje mais cedo, mas já faz tempo que foi embora. –Ele fica em silencio por mais alguns segundos e então me dá um tapinha na cabeça. –O contrato rolou perfeitamente bem, graças a Alice.

-Quem é? –Interrogo baixinho e Sean me mostra o dedo indicador, pedindo um minuto de silencio.

-A gente se fala. E não se preocupe, pode ligar quando precisar. –Ele desliga e me olha meio sério. –Era a Julie. Ela recebeu alta e estava procurando Layne. Agora é uma boa hora para me contar o que tá rolando entre vocês três e o Mike, principalmente porque de acordo com o que ela disse no hospital, Julie não se lembra de nada de errado ter acontecido entre vocês.

Tradução do nome do capítulo:

Private Hell= Inferno particular.


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Notas finais do capítulo

Seaaaaan seu fofo, não chooooora *abraça Sean e leva um pedala da Glória* Eu só tava sendo legal ¬.¬.
Layne cuida de m... *Alice, Julie e Angel encarando Vampcobain com olhares assassinos*... Ok -.-"
Espero que o rosto do Daniel fique marcado pelas unhas da Alice pelo resto da vida MWAHAHA *a madrugada me deixa ainda mais doida, ignorem*.
E Julie recebeu alta e já sai procurando Layne e ainda disse que não lembra de nada de errado ter acontecido...Como assim Ju? Como assim?
Próximo capítulo sai no fim de semana gente
Sugestões, críticas, erros, pedradas ou ameaças de morte? XD