Let Me Love You escrita por Caroles


Capítulo 8
Capítulo Sete: Chevalier, a bruxa


Notas iniciais do capítulo

Quanto tempo OMJ (oh my josh), yep minha querids , Ana aqui :D
ALELUIA/ . Bem, eu sei, eu sei, vocês devem estar chocadas, tipo. PUTA QUE PAYNE 4 MIL PALAVRAS?
Psé, psé u.u ; Afinal demoramos tanto para postar, que decidimos postar algo em grande, se é que vocês me intendem AUIHAIUHAIUA'
Boa leitura, minhas lindas :* , lembrando que este é o cap 07 , pois o prólogo não conta. No capítulo 09 falaremos mais sobre aquela ideia dos reviews , ok? Beijos, até as notas finais :D



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Carolina's POV.

— Carol, me escuta... — Ana sentou-se em minha frente. Levantou minha cabeça, fazendo-me olhar em seus olhos. — Você... Você não precisava ter me contado... E veja bem, não quero te ver sofrendo por nada nesse mundo, muito menos por um cretino que fez uma coisa dessas com você. Ele não te merece. Olha só, tu é a maior gostosa, pode pegar quem você quiser, até o Tom Cruise daria pra você, Tom Cruise, Carolina! Esse Liam aí nem sabe o que perdeu. Modelo francesa? Vai tomar no cú, Liam.

Soltei uma risada repentina ao escutar o "Vai tomar no cú, Liam". Ana tinha uma boca deveras suja, mas era engraçada. Ela repetiu a frase, talvez na tentativa de me fazer rir de novo, o que foi realizado com sucesso.

— Tu não tem jeito, hn? — perguntei com a voz rouca. Se continuasse assim iria ficar muda, chorar e beber não são os melhores tratamentos para cordas vocais. Ana deu de ombros, com um sorriso vitorioso. — Agora, me dê licença, que eu preciso tirar esse leite grudento do meu cabelo.

— Sério? Mas eu pensei que você gostava de leite... Que vaca estranha...

— E eu achei que galinha piasse... Mas pelo jeito, estou errada, né? — retruquei e nem pensei duas vezes antes de disparar correndo para o banheiro. Definitivamente, não queria morrer logo hoje.

Pude escutar alguns passos, no corredor, enquanto eu trancava a porta.

— Carolina... Só uma coisa... Eu realmente espero que você não demore mais do que quinze minutos nesse banheiro.

— Porquê? Você está planejando algo para me matar quando eu sair daqui, por acaso? Olha que eu saío pela janela minúscula desse banheiro, dou a volta no prédio e...

— Que plano o quê, Carol! Tenho coisa mais importante pra fazer... E além do mais, você se esqueceu de um pequeno detalhe — apoiei a cabeça sobre a porta, numa tentativa de escutar melhor o que ela dizia. — Nós moramos no quarto andar, querida. Do jeito que você é desastrada, assim que saísse pela janela, já se desequilibraria e estaria morta...

— Pfff... Espere só até eu terminar meu banho, Ana — disse, indo em direção ao box e ligando o chuveiro em uma temperatura morna.

— Não temos tempo, Carolina! Você não entendeu ainda? Temos TRINTA minutos pra estar no curso. Caso contrário, como você já deve conhecer a professora Chevalier, perderemos no mínimo, uns dois pontos da média pelo atraso.

— Tá, tá. Vou agilizar aqui. Agora deixa eu tomar meu banho em paz, enquanto penso numa tentativa de escapatória... Vai que qualquer dia desses, um psicopata invada nossa casa e eu tenha que me trancar no banheiro, e...

— Cala a boca, Carolina! — Ana gritou, do lado de fora.

~

— Anda looooooogo, Carol! Sua lerdeza já nos atrasou o suficiente! — Ana gritava, a alguns metros de distância. Pelas minhas contas, tínhamos dois minutos e poucos segundos para chegar na sala 39, a qual era a última do segundo andar.

— Não tá vendo que eu tô indo? A culpa não é minha se eu tô carregando uma mochila com uns 9 cadernos e um livro enorme. Esse livro deve ter o quê, 500 páginas feitas de metal?!

— Aff, Carolina... Dá pra ser mais exagerada, por favor? — Ana voltou para trás e pegou a mochila de minhas mãos. Cara, que alívio. Se eu pudesse, nunca carregaria essa mochila novamente. Pensando bem... Nunca gostei de carregar coisa alguma durante todo o fundamental... E olha que eram apenas cinco cadernos dentro da minha mochila... Pfff, de qualquer forma, os professores reclamavam das nossas posturas em classe, e diziam que em alguns anos nos tornaríamos vírgulas. Comentários irônicos a toda a hora, ignorando o fato de terem culpa de mais de metade do peso que carregávamos.

Ana me puxou, fazendo com que eu a seguisse. Subimos pela escadaria de pedra... Talvez 42 degraus? Não sei, mas certamente, era muita coisa para o pouco de tempo que ainda tinhamos.

— Vamos, Carol. Faltam vinte segundos pra tocar o sinal, dá pra ver a porta aberta daqui. Corre! — disse Ana, jogando a mochila dela, que por sinal estava bem mais leve do que a minha, em meus braços. Ela simplesmente saiu correndo como se estivesse sendo perseguida por um assassino. Ela gritava para que eu a seguisse, e não derrubasse nada da mochila...

— Calma, por favor... Calma! — qualquer palavra seria inútil, afinal, quando Ana tinha pressa, nunca dava atenção a ninguém.

— Porra Carolina, anda logo! — Ana disse, já entrando na classe.

Na mesma hora, fiz questão de apressar o passo, antes que a senhorita Chevalier tirasse dois pontos meus. E olha que a matéria dela já não era tão fácil assim...

— Cheg... — Paft! Só deu tempo de gritar de dor. Maldito cadarço de all star! Só pude escutar, além do eco de meu próprio grito, o som do sinal passando pelos meus ouvidos e a respiração aliviada de Ana. No fundo, a professora comentara "Como sempre, não, senhorita Stark?"

— Está tudo bem... Ela já está acostumada com essas quedas... Principalmente as que estão relacionadas com esse all star — Ana se aproximou de mim, ajudando-me a levantar — E não se esqueça, Carolina, cate todo o meu material que deixou cair. Caso contrário, nunca mais carrego essa sua mochila recheada de tijolos e ainda faço questão de te deixar sem comer por um mês — Ana sorriu sarcasticamente.

— Bem, de qualquer jeito, com ou sem quedas as duas chegaram atrasadas. Menos 2 pontos... — disse Sarah Chevalier, conhecida como a bruxa da faculdade. Mesmo quem nunca teve aula com ela, conhece sua “fama”. A professora Sarah era completamente o oposto de sua aparência, causando, na maioria das vezes, surpresa ás pessoas que não a conheciam. Cabelos ruivos e médios – pela altura do ombro –, olhos negros, leves sardas e maçãs do rosto rosadas. Um corpo esbelto, alta e magra mas não exageradamente. Como podia uma professora tão bonita ser simplesmente uma bruxa? Ninguém conseguia entender.

— Mas professora, elas não chegaram atrasadas... — um garoto manifestou-se do fundo da sala para nos defender. Thomas Liverpool, mais conhecido como Thommy. Ele era um garoto lindo, poderia ser considerado até como o garoto perfeito. Com dois grandes olhos azuis e uma boca carnuda, pele branca mas não totalmente pálida e cabelos em um tom castanho-mel. Um sorriso galanteador com uma voz sedutora e um sotaque perfeito, digno de várias garotas a seus pés. Thommy era um garoto e tanto, principalmente um amigo e tanto. Talvez a palavra "substituir" possa ser meio fútil, mas foi isso que aconteceu. Thomas “substituiu” o lugar que Louis e Harry haviam deixado, ele era meu melhor amigo.

— Não lhe dei permissão para falar, Liverpool — pausou ela. — Mas que seja, vamos começar a aula. Stark, Collins, já que as duas chegaram atrasadas sentem-se no fundo.

— Sim, professora — assentimos em conjunto e fomos nos sentar ao lado de Thommy. Infelizmente fomos separadas, Ana sentou-se a duas fileiras de distância.

— Tivemos sorte Carol, ela está de bom humor hoje — disse Ana, abrindo a mochila. — Obrigada Thommy.

— É, obrigada Thommy — agradeci e este retribuiu com um sorriso.

~

— Bem, e o tema do nosso próximo trabalho será esse.

— Então, moda medieval? — questionou Ana.

— Isso mesmo Collins — Sarah, digo, profª. Chevalier só nos chamava pelo sobrenome e exigia que fizéssemos o mesmo. — O trabalho valerá metade da nota desse... — de repente alguém estava batendo á porta, o que era muito raro no – quase – final da aula.

Chevalier não ficou nada feliz com a interrupção. Geralmente, quando os alunos interrompiam suas explicações durante a aula, ela tirava alguns pontos da média. Como sempre... Era incrível como essa mulher conseguia ser tão rígida. Toda a classe ficou em silêncio, esperando alguma atitude da professora.

— Er... Hum... Ninguém vai... — hesitei em continuar a falar, uma vez que todos os alunos voltaram seus olhos para mim. — Ninguém vai abrir a porta?

— Bem... Então porque a senhorita não vai abrir a porta, Stark? — Chevalier abriu o caminho entre as malas dos estudantes e parou ao lado de minha mesa. Ótimo, tudo o que eu menos queria era a atenção dessa bruxa. Olhei de relance para Ana, pedindo ajuda. Ela deu de ombros. — Estamos esperando... Vá.

Levantei-me da cadeira, atravessando o corredor com passos hesitantes. Os olhares dos alunos me seguiam durante o caminho. Passei pela lousa, que estava lotada com as instruções do trabalho para a próxima aula. Justo moda medieval... Porquê, Deus, porquê?

Assim que encostei a mão na maçaneta, pude ouvir um sussurro de Chevalier para um dos estudantes. "Me surpreenderia se ela conseguisse ser mais do lerda do que isso...". Um dia essa mulher vai ver o quão lerda vai ser minha mão na cara dela. Mas, isso é apenas um plano para um futuro distante...

Abri apenas uma fresta da porta, fazendo com que só eu conseguisse ver quem estava do lado de fora. Alguns dos alunos da primeira e segunda fila pediam para que eu saísse da frente, para que pudessem ver quem estava lá. Sem nem olhar quem era, virei-me para os "curiosos" e soltei um sonoro "não".

Voltei-me para a porta. Tudo o que eu consegui dizer foram uns palavrões seguidos de uma expressão de surpresa. Nem pensei duas vezes antes de fechar a porta na cara deles. Tudo o que eu queria era me enfiar num buraco e nunca mais sair de lá.

— Stark... — eu já estava na metade do caminho de volta para minha mesa, quando ela me chamou. Não dei ouvidos e continuei a andar. Eu não queria ter que ver a cara deles novamente. Eu sabia que Chevalier não iria perdoar e que, com certeza, descontaria uns bons décimos de comportamento.

— Ana... — já sentada, tentei chamá-la sem que a professora percebe-se. Mas, mesmo pensando que ela não havia me escutado, Ana virou-se para mim com uma expressão semelhante.

— São...? — indagou ela, que no fundo já sabia a resposta.

— Sim, são eles — confirmei abanando a cabeça.

— Stark... Stark... Você não tem jeito mesmo... — a professora estava abrindo a porta. E então, deu de cara com Louis, Harry, Liam, Zayn e Niall. Ela permitiu passagem, desde que eles dessem um autógrafo para a sobrinha dela.

Os meninos estavam, com certeza, nos procurando. Eles passavam seus olhos por toda a classe. Dei graças a Deus por ter chegado "atrasada" e ter sido obrigada a sentar praticamente na última fila. E, dei graças a Deus também, pela maioria das meninas na nossa classe serem directioners. Estava uma multidão só. Elas só não atacaram os meninos porque Chevalier proibira qualquer coisa que pudesse machucar os futuros maridos da sobrinha dela.

— Então... — Harry pigarreou e eu voltei toda a minha atenção a ele, assim como o resto da turma. — Tem uma menina...

— E ela é dessa sala... — completou Niall.

— Essa menina, que é bem bonita por sinal, ficou com o meu casaco... — pronto. A bomba foi lançada. Harry, querido, porque você não consegue calar a boca?!

— Mas... Somos as mais bonitas da sala. E nenhuma de nós está com seu casaco... — a líder do grupo de patys, que é uma puta por sinal, disse. — Então, creio que você está errado, Harry...

Agora uma multidão maior cercava os meninos, nos tornando, felizmente, invisíveis. Quem seria a garota “bem bonita por sinal?”, mal podiam imaginar que Harry falava de Ana. Enfiei minha mão dentro do bolso da frente de minha mochila. Eu precisava de um lápis, caneta, qualquer coisa... Quanto mais eu procurava, mais certeza eu tinha de que não havia porra nenhuma dentro daquela mochila. Ótimo. Virei pra trás, encarando Thommy.

— Thomas... Thommy... — sorri, sem graça.

— O que tu quer, Carol? — ele riu e eu revirei os olhos.

— Pfff. É tão óbvio assim? — ele assentiu — Não importa... Me empresta um lápis, por favor, por favorzinho? — fiz olhos de cachorrinho.

Ele estendeu a mão, que segurava um lápis grafite mal apontado. Hesitou em me dar, olhando-me desconfiado.

— Vamos, Thomas! É pra hoje, sabia?! — arranquei o lápis de suas mãos e o joguei do outro lado da sala, aos pés de Ana.

— Carolina... Carol... O que você tá fazen... — não dei tempo sequer a Thommy de terminar sua frase, eu já estava engatinhando por entre os pés dos alunos, pedindo licença. Eu me desculpava com eles, já que estava ocupando metade do espaço debaixo da mesa deles, onde deveriam colocar os pés.

— Que porra é essa, Carol?! — Dean, uns dos caras que eu sempre vejo com Thomas, deu um pulo, fazendo o maior estrondo, chamando a atenção de todos. Ótimo, obrigada, Dean.

— Dean, está tudo bem por aí? — srta. Chevalier perguntou, enquanto eu me encolhi ao máximo em baixo da mesa dele. Implorei para que ele não falasse nada.

— Está tudo ótimo... Obrigado pela preocupação, professora — felizmente ele era um bom entendedor. Agradeci, enquanto todos voltavam a atenção para as celebridades ali presentes, os meninos.

Continuei engatinhando, e parei ao lado de Ana.

— Ana do céu, pelo amor de Deus — cutuquei-a. — O que nós vamos fazer? E se eles nos exporem pra esse bando de fãs malucas? Vão arruinar o resto do nosso ano... E sabe o que mais? Adivinha quem são as pessoas que serão rotuladas como putas pessoais da banda One Direction?! Adivinha!

Ana concordou. Estaríamos ferradas se eles dissessem nossos nomes em voz alta.

— O que eles querem, Ana? Porque eles estão aqui? Não me lembro dessa faculdade promover concursos com pessoas... Hã... Famosas.

— Eu... Eu não sei. Talvez... — Ana pensava, enquanto eu pegava o lápis de Thommy. Acho que se eu não devolvesse essa maldito lápis, ele iria simplesmente arrancar minha cabeça e esfregá-la no asfalto…

— STARK! Mas que diabos você está fazendo ajoelhada do outro lado da sala? — Chevalier interrompeu os meninos que tentavam acalmar umas garotas que estavam prestes a ter um ataque cardíaco.

— Eu... Eu... — suspirei — Só vim pegar um lápis que coincidentemente caiu ao lado da Ana — forcei um sorriso.

— E você já achou esse lápis? — ela perguntou, com as mãos na cintura.

— S-sim... Na verdade, acabei de achar...

— Então, volte para seu lugar, antes que eu pense em tirar uns bons pontos de sua nota... Mais do que eu já tirei por hoje — grunhiu.

— Nossa, nem vou ficar surpresa se eu ficar de recuperação na sua matéria, no final do ano... — disse, num tom baixo, já me preparando para engatinhar novamente.

— O que você disse, senhorita Stark? — estava prestes a inventar uma desculpa qualquer, quando ela me interrompeu. — Não importa... Seja decente, pelo menos uma vez na vida. Levante e dê a volta até o seu devido lugar.

— Le-levantar? — estremeci. Não queria passar ao lado dos meninos, que me encaravam perplexos.

— Algum problema, senhorita Stark? Quer que eu mesma te ajude a levantar?

— Não precisa, bruxa... Não precisa — diminui o tom de voz, para que só os alunos em minha volta escutassem. Ana soltou uma boa gargalhada e ajudou-me a levantar.

Passei entre o estreito corredor no meio das duas fileiras que estavam me cercando, tomando cuidado para não tropeçar numa das inúmeras mochilas e malas que ocupavam seu espaço. Não queria ter que cair pela segunda vez num só dia... Passei na frente dos garotos, com a cabeça baixa. Todos me encaravam, quando senti um puxão no braço. Louis... Sempre Louis...

— Carolina?! — ele sorriu, enquanto eu procurava Ana, entre os milhares e milhares rostos surpresos.

— L-Louis?! — foi tudo o que eu consegui dizer.

— Vocês se conhecem? — uma das das garotas da primeira fila perguntou.

— Não... Quer dizer... — falei, confusa. Tinha que tomar cuidado com as palavras, antes que chovesse Hater pra cima de mim, e, consequentemente de Ana.

— Sim... Um pouco... — Ana gritou, levantando-se de sua cadeira.

— Como vocês se conheceram? Vocês são namorados secretos? Meu Deus! — a menina deveria claramente gostar do Louis. Ela estava prestes a chorar, quando eu tentei acalmá-la, dizendo que apenas conheci-o num Meet e Greet da banda. Tive que inventar qualquer coisa, eu não era boa para agir sob pressão.

— Mas... Mas, milhares de fãs vão ao Meet e Greet... Por que ele guardou justo o teu nome?! — perguntou ela dentre soluços. Droga!

— Meu Deus do céu... — eu estava completamente desesperada, todos olhavam intrigados, esperando uma resposta. Era mais do que claro que eu estava fudida.

— Eu e Carolina... Nós... Hum... — Ana parou ao meu lado. Sucessivamente Harry disse seu nome, fazendo a todos se questionarem, “essa a garota bem bonita por sinal?”.

— Nós meio q-que... — falei gaguejando, tornando aquela história toda ainda menos convincente.

— Gostamos de One Direction, certo Carol? — assenti com a cabeça — E fizemos algo muito especial no Meet e Greet para sermos lembradas...

— Como assim?! — Thomas gritou, lá do fundo. Porra, Thomas! Não era pra dar corda... Que tipo de melhor amigo você é?

— Nós... Nós pedimos eles em casamento, com alianças falsas e... — disse a primeira coisa que veio á minha cabeça, já que Ana, tal como eu, não tinha quaisquer ideias do que dizer.

— Espera! Vocês conhecem o One Direction?! Meu Deus, como eu nunca soube disso? Por quê vocês duas não sentam com a gente hoje no almoço? Hein?! — disse Tiffanny, a líder das patys . A tipíca vilã dos filmes de colégio, tão idêntica e tão maléfica que custaria acreditar se vadias assim realmente existem em escolas e faculdades comuns, mas existem. Um rosto bonito, cabelos lisos e loiros, olhos castanhos, uma pele perfeita, severamente bem cuidada, e adepta número um de cor-de-rosa. Magra, de peitos siliconados, sem bunda e de nariz empinado. De longe, ela poderia até parecer uma boa pessoa... Mas só quem convive cinco dias por semana com esse demônio sabe o quão monstruosa ela consegue ser. Tiffanny trata as amiguinhas dela como escravas.

— Pois é né querida, mas conhecer o One Direction não significa almoçar com gente tipo você… Sabe? Tipo puta. Sério, desculpa. Mas, mesmo assim, obrigada pelo convite... — sorri da maneira mais falsa que eu conhecia. Enquanto Tiffanny descontava sua fúria de humilhação nas pobres “amigas” pude escutar alguns risinhos da classe. Até a Chevalier tentou disfarçar uma risada.

— Enfim... Eles são nossos maridos, e como boas esposas, precisamos falar em particular com eles... Né, Carol?! — Ana completou.

— Isso... Exatamente! Com licença, senhorita Chevalier... É muito importante. Vamos, maridos, amores da minha vida! — forcei um sorriso, concedendo passagem para cada um deles saírem pela porta já aberta por Ana.

~

— Vocês tem problema, por acaso?! O que deu em vocês?! Hein?! — apoiei-me na parede, esperando uma BOA resposta.

— Cara, vocês tem noção do que fizeram?! Essas meninas aí dentro são obcecadas por vocês. Imagina se elas descobrem que fui eu mesma que ficou com o casaco de Harry Styles?! — Ana praticamente berrou.

— No mínimo iriam jogar uma bomba no nosso apartamento! — Harry tentou protestar, mas eu o cortei. — E nem vem falar que eu estou exagerando, vocês mesmo viram com os próprios olhos o quase-ataque-cardíaco delas… Espera... Como assim, casaco?

— É, Ana ficou com meu casaco ontem à noite… Meu casaco predileto, eu só quis vir pegar novamente. Era o único jeito já que vocês não nos deixariam ir ao vosso apartamento de maneira alguma — disse Styles, meio sem jeito tentando se justificar.

— Isso não é motivo Harry! Ao contrário de vocês, nós dependemos dessa faculdade pra ter um futuro... Sem falar que aquela menina da fila da frente quase teve um infarte por achar que a Carolina namorava o Louis. Imaginem só o que cada uma delas pode fazer se descobrirem que ela namorou você, Liam... — Ana apontou para ele. Este, abaixou a cabeça, em forma de arrependimento.

— A sorte é que... Que... Hum... Vocês não eram TÃO famosos assim, enquanto nós tínhamos um relacionamento... — murmurei de cabeça baixa.

O sinal tocou. Não demoraria muito para que uma multidão invadisse o corredor e nos atropelasse.

A primeira sala do corredor que abriu a porta foi a nossa. Chevalier encarou nós sete por um instante e liberou os alunos. Formou-se então, uma fila de pessoas saindo apressadas. A fila do refeitório estaria um caos, segundas-feiras são sempre os dias mais disputados…

Um dos últimos a sair foi Dean, seguido de Thommy. Ambos seguravam nossas mochilas.

— Nossa, Carolina... O que tu guarda nessa mochila, tijolo? — Thommy riu, sarcasticamente.

Revirei os olhos, enquanto Ana agradecia a gentileza de Dean, os dois trocavam olhares, hum. Os meninos, principalmente Harry ficaram visivelmente sem graça.

— De qualquer forma, Thommy... Muito obrigada... Mas cá entre nós... Eu ficaria agradecida se tu devolvesse minha mochila agora, em vez de ficar segurando-a... — soltei uma leve risada, Thomas não conseguiria imaginar a situação em que eu me encontrava.

— Carol... — Louis me chamou. Só deu tempo de ver todo o meu material espalhado pelo chão dos corredores. Thomas não se dera nem ao trabalho de fechar a mochila... E, graças a Louis, que havia me distraído, não peguei a mochila quando Thomas a jogou subitamente em meus braços e saiu apressado para a enorme fila do refeitório.

Tudo o que eu pude ouvir foi um "Te encontro por aí, pra gente almoçar..." e a voz dele desapareceu, se misturando com a da multidão.

— Pra mim já deu... — esbravejei, enquanto pegava todos os cadernos e papéis espalhados pelo chão. Papéis do ano passado! Estaria aí um dos motivos para minha mala pesar chumbo… Está na hora de uma boa limpeza... Qualquer dia desses em que os garotos não venham me importunar.

Assim que guardei tudo de volta na mochila, com ajuda de Ana, puxei-a para o pátio, onde ficava o refeitório. Gritei um "Só não chamem atenção por trinta minutos, nós vamos dar um jeito..." e fui a procura de Thommy. Não seria muito fácil, com tantas garotas e 5 garotos bonitos e famosos. Talvez 10 minutos sem chamar atenção já fosse uma conquista.

~

— Nossa... Olha só quem dá as caras, depois de uma longa conversa com os tais "maridos"... — Sim, Tiffanny, a patricinha líder das demais me parou no meio da caminhada pelo pátio. Eu, Ana, Thommy, Dean e o resto dos amigos deles estávamos juntos, procurando uma mesa... Sem comida. A fila estava grande demais, todos nós havíamos perdido a fé assim que pisamos no refeitório.

— Pfff... — bufei — O que tu quer?

— Você acha que pode simplesmente me humilhar na frente da classe inteira?! — ela gritou. Barraqueira, sim ou claro?

— Desculpa por falar a verdade na frente da classe inteira... — disse com um sorriso muito, mas muito falso.

— Tá desculpada, querida... Mas... — ela sorriu vingativamente. — Eu ainda quero te mostrar quem é puta...

Não consegui fazer nada, quando dei por mim vi minha camiseta branca manchada com inúmeros pedaços de carne com molho. Que ótimo, nunca mais essa camiseta seria a mesma... Nem que fizessem mágica. Tifanny simplesmente jogou a bandeja com seu almoço que estava segurando, em cima de mim. Ótimo... Eu tenho que aprender a ficar quieta... Mesmo que minha opinião seja a mais pura verdade do universo.

Passei correndo por entre os corredores, reparando em todos os olhares curiosos que me seguiram. Fui seguida por Ana, que deixou Thomas e o resto dos meninos para trás.

— Carol... Pra onde tu vai?! — gritou ela.

— Eu... Eu tenho roupa no armário, Ana! Não lembra daquela vez que você insistiu em deixar um conjunto para casos de emergência, já que eu sou, tecnicamente, só um pouco desastrada?

— Mas... Os meninos vão te ver assim... Desse jeito. Precisaremos passar por eles para ir até teu armário.

— Foda-se, já me viram muito pior... Se for considerar tudo o que eu já passei com eles, eu provavelmente estou parecendo uma celebridade digna de um tapete vermelho.

Passei pelos meninos, que instantaneamente me pararam. Estavam completamente confusos.

— O que aconteceu, Carol?! — Niall falou. — Essa carne pelo menos é boa?

— Não sei, Niall... Não sei. Não tive tempo sequer de almoçar hoje, já que vocês me enrolaram inteira aqui e o refeitório ficou com uma fila do tamanho do rio Tâmisa!

— Sinto... Digo, sentimos muito... — Liam pigarreou.

— Esse é o menor de meus problemas, Liam. Eu já estou cheia dessa escola por hoje. O que mais poderia dar errado?!

— Nem fala isso, Carol. Vai que alguma realmente dá errado agora... Enfim... O que aconteceu?! — Zayn tornou à pergunta de Niall.

— Foi aquela menina em que eu dei um fora... A patricinha loira-falsa... A que eu chamei de puta... Entenderam né?!

— Uhum... Mas o que tu vai fazer? Vai pra próxima aula assim?! — indagou Louis, preocupado.

— Não terá próxima aula pra mim... Vou trocar essa roupa encardida e nós vamos para minha casa.

— Nós?! Tipo, eu, você, a Ana, o Liam, o Harry, o Zayn e o Niall?! — Louis comemorou.

— É, nós tipo... Todos nós...

— PERA, TU NÃO VAI PRA SEGUNDA AULA DA CHEVALIER?! MEU DEUS DO CÉU, EU NÃO VOU PRA SEGUNDA AULA DA CHEVALIER?!

— Se tu quiser ficar, pode ficar, Ana... Eu já devo estar de recuperação na matéria dela pelos próximos três anos, de tanto ponto que eu devo ter perdido hoje — eu disse e Ana soltou uma risada.

—Tu acha mesmo que eu vou ficar na aula sem você? As pessoas vão me matar! “Afinal é você a garota bem bonita por sinal?”, imagina só. — disse Ana olhando para Harry, este estava corado.

— Tá! Vamos ao meu armário, preciso pegar o conjunto de emergência, vocês ficam lá vigiando, enquanto Ana me ajuda a trocar de roupa.

~

Fomos até meu armário, que era um tanto quanto longe, o armário número 863, ficava no canto da escola, mais precisamente de lado de um dos poucos banheiros decentes que aquela faculdade possuía.

— Esperem 15 minutos, é rápido, já-já eu volto. — falei pegando as roupas do armário.

— Vamos, antes que dê o sinal e a Chevalier se dê conta que não vamos na aula dela! — disse Ana já me puxando a caminho do banheiro. Não sei se deixei o armário aberto… Deixei?


Liam’s POV

Carol e Ana já haviam sumido de nosso alcance, foi quando reparei no armário aberto.

— Elas vão demorar muito? Preciso ir no banheiro! — disse Niall.

— Nós também! —comentou o resto dos garotos, juntamente comigo.

— Mas temos que vigiar o armário da Carol — Zayn tinha razão, esse maldito detalhe não nos deixaria ir ao banheiro.

— Huh… Vão no banheiro, eu fico aqui. Se der tempo, quando vocês voltarem eu vou — de certa forma eu queria ficar ali, mexer nas coisas de Carol. Por mais errado que fosse. Ir ao banheiro não era tão importante assim… Acho.

Os garotos então, foram em direção ao banheiro, fazendo uma pequena corrido de quem chegaria primeiro… Depois Harry reclama que quer alguém maduro, eu o compreendo.

Comecei a mexer no armário de Carolina. Um armário decorado e bem arrumado, trabalhado em tons de vermelho. Alguns materiais de reserva, uns livros, umas fotos… Umas fotos!

Fiquei boquiaberto, sem reação ao ver aquele pequeno monte de fotos na parede do armário. Carolina guardava nossas fotos, todas elas. As de praia, de shows, em casa, nas ruas de Londres… A última foto fora a que mais mexeu comigo, a foto do aeroporto de Londres, quando eu estava a caminho da Turnê nos EUA e na… Na Austrália.

Uma culpa repentina tomou posse de mim, minhas pernas ficaram bambas ao me lembrar de tudo aquilo, e, ao ver que Carol guardava aquelas lembranças…

Quando de repente os garotos se aproximaram dentre algumas gargalhadas, e do outro lado pude ver Carolina e Ana vindo em minha direção. Sem antes pensar duas vezes joguei o monte de fotos de minha mão dentro do armário e fui para o meio dos rapazes.


Carolina's POV

Liam e o resto dos garotos estavam nos esperando perto da saída da escola. A grande, e única vantagem de meu armário era ficar perto da saída.

— Carol, fecha seu armário logo! — gritou Ana, já perto dos garotos. Droga, eu esqueci de fechar meu armário! Não gosto que meu armário fique aberto, ainda mais perto dos garotos.

Cheguei perto do meu armário para o fechar quando de repente vi minhas fotos jogadas no “chão” do mesmo. Que estranho, eu podia jurar que elas estavam na parede… Enfim.

Fechei o armário de uma vez, antes que Ana e os garotos me matassem por tanta demora.




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Notas finais do capítulo

Voltei U_U , bem... LIAM SEU PUTO INTROMETIDO Ò.Ó, quando a Carol souber que tu invadiu o armário dela, meu filho, ela vai te matar!
Obrigada por esperarem tanto, minhas queridas ♥
Deixem seus reviews, comentários etc. PQ ESTAMOS COM UMA MEGA PROMOÇÃO, GANHE A BUNDA DO LOUIS SÓ PRA VOCÊ! FÁCIL, DEIXE UM REVIEW LIAMDO *-*
PS: Deixem no vosso review a resposta á seguinte pergunta:
Querem que eu poste o capítulo oito ainda hoje? Ou terça,quarta,quinta ?
Malikisses ♥ , e sigam-me no twitter =D : https://twitter.com/iluvLarryStylin
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PFVRRRRRRRRRRRR CAROLINA AQUI PFVRRRRRRRRRR COM MTS 'Rs' MESMO?:
NASS NA BOA EU QUERIA SER VCS, JA PENSOU SE EU GANHO A BUNDA DO LOUIS SÓ PRA MIM, NASS NASS U-U QND A ANA ME MOSTROU ESSA PROMOÇÃO IMPERDIVEL, MEUS OVARIOS FICARAM TIPO BUUUUUUUUUUM PARTY HAAARD ALL DAY ALL NIGHT DAAI EU PARI UNICORNIOS AWN AWN AWN AWN
E SIM, EU SÓ VIM FALAR AQUI NO FINAL PQ, PQ... PQ EU QUIS TÁ PFVR GENTE U-U QUE PERSEGUIÇÃO. ~ O dia que alguém me perseguir é pq eu vou ser uma f4m0s4 v1d4 l0k4 MENTIRA ~
Promoção do dia feat outra promoção do dia:::::::::
Quem seguir o twitter da Ana ganha a bunda do Louis e um kevin de pelúcia direto da nossa mais nova parceria, a fábria carrots & cia. Malikisses leitoras do coração e dos rins (L)



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