Let Me Love You escrita por Caroles


Capítulo 13
Capítulo Doze: Causando no Parque


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOI GNT DEMOROU MAIS CHEGOU, APRECIEM AS 4000 PALAVRAS, PODEM RECLAMAR PDEM FAZER TD EU AMO VCS SEUS LINDOS BJAO AE BOA LEITURA ~carol
DSNSDDCNSIDMIEDEKIN NEM ACREDITO Q CHEGOU, GNT NA BOA POSTAR ESSAS 4000 PALAVRAS FOI IDEIA DA -IDIOTA- CAROL ENTÃO RECLAMEM COM ELA, BJA1 BOA LEITURA E LEIAM LÁ EM BAIXO MT IMPORTANTE
L E I A M L A E M B A I X O!!!!!!!!!!!!! -ana



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Ana's POV


                Carolina entrou como se fosse um furacão. Largou as compras na pequena mesa de centro, jogou um moletom vermelho, de origem desconhecida, sobre a poltrona e passou reto por mim, subindo as escadas já descalça. Porra, só faltava tirar o resto da roupa antes mesmo de chegar no quarto. Desliguei a televisão e gritei, "Oi, para você também!", mas de nada adiantou. Escutei a porta ranger, o que indicava que Carol havia se isolado no quarto. Levantei-me do sofá, peguei as compras e me dirigi à cozinha. "Hum..." murmurei, concluindo que talvez Carol precisasse de um tempo, estaria provavelmente frustrada por não conseguir comprar os bombons. Pão e presunto... A garota só havia comprado pão e presunto! E olha que ela demorou mais de uma hora pra isso!

                Retirei o pão e o presunto do saco de papel. A padaria que frequentávamos nos dias de frio, Saint Baky, era extremamente tradicional em alguns pontos. Tudo lá dentro tinha um cheiro caseiro, por mais moderna que a padaria estivesse se tornando, continuava a ser um tanto acolhedora e tradicional. Abri a geladeira com um pé e peguei a manteiga, era muito mais fácil abrir a geladeira com o pé do que com uma das mãos, oras.

                — Vou fazer sanduíches! — cantarolei em um tom alto o suficiente para que a "isolada" escutasse. - Hum... Ela nem se deu ao trabalho de comprar os bombons... — murmurei.

                Pousei a faca, já suja de manteiga, sobre a bancada e me apoiei em uma das pernas. Algo não cheirava bem, e não, esse cheiro não vinha da janela. Ela não disse nada quando chegou, nem mesmo reclamou pela falta dos doces ou por uma possível fila demorada... Definitivamente tinha alguma coisa muito errada nessa história. Voltei a embrulhar o presunto e guardei-o na geladeira. Iria tirar essa história a limpo e algo me dizia que não seria tão rápido.

                Corri até as escadas. Deixei meu par de crocs do lado das mesmas, queria subir para checar Carol, mas sem fazer barulho. Felizmente, minha especialidade era ser silênciosa, sério! Poderia até pensar na possibilidade de me tornar agente secreta. Imaginem só, "Meu nome é Collins, Ana Collins, agente 007."

                Encostei a orelha na porta do quarto de Carolina, esperando ouvir alguma espécie de lamentação pelos bombons não encontrados ou até mesmo um choro qualquer... Mas, nada. Pela fresta da porta pude ver que a luz estava desligada. Adentrei o quarto e me sentei ao lado dela, no canto da cama.

                — Hm... Quer me contar sobre o que aconteceu na padaria? — perguntei, num tom de dúvida.

                — Não — Carol foi curta e grossa.

                — Por que? — me levantei e comecei a pegar as roupas que ela havia usado na padaria, do chão.

                — Só estou cansada... — grunhiu ela, puxando o lençol e cobrindo-se por inteira.

                — Tudo bem... — falei, ainda desconfiada. — Carol... Er... Hum...

                — Que é, Ana?

                — Bom... Cadê seu casaco?

                — Argh... Eu... — ela parecia pensar — Tá com o Liam...

                — QUÊ?! Carolina! Levanta dessa cama agora porque, querendo ou não, você vai me contar.

~

                — E foi isso... — concluiu ela, ainda num tom de dúvida, a história sem final feliz.

                — Mas você nem pensou em aceitar o pedido de perdão dele?

                — Ué... Não foi você quem disse que eu não tinha prazo de validade?

                — É, mas... — pensei em protestar mas acabei me dando por vencida. — Tá certo, tá certo...

                — Pra falar a verdade... Acho que eu ainda não estou preparada. Foi muita informação de uma vez, certo? — suspirou ela, enquanto eu a ajudava a levantar da cama.

                — Vai tomar um outro banho, Carol. Você sabe, banho ajuda a pensar — disse, enquanto a guiava para o banheiro.

                — Calma, não precisa me empurrar! Quanta pressa... Parece até que está esperando alguém... — resmungou ela, entrando no banheiro.

                — Sim, estou esperando o teu cérebro chegar, tu tá mais lerda que tudo — retruquei.

                — Tchau — disse ela antes de trancar a porta do banheiro.


Carolina's POV


                Liguei o chuveiro de imediato. Ana tinha razão, eu precisava de um bom banho. Água morna... Banheiras são as melhores coisas inventadas no mundo inteiro, não há lugar para pensar melhor. Deitei na banheira e mergulhei o máximo que pude, queria me afogar.

                "Eu ainda te amava Carol..."

                Por que eu fui impertinente? Os bombons nem são tão deliciosos assim, para pagar o preço que eu paguei. Droga. Eu devia ter permanecido em casa por mais alguns dias... Ou meses, talvez. A quem eu queria enganar? Eu ainda amava Liam, eu sempre amei. O que eu mais queria era poder jogar-me em seus braços, selar meus lábios com os seus e viver tudo de novo, os bons momentos... Os melhores momentos. E por quê eu não podia fazer isso? Medo. Medo de terminar essa história com o coração em pedaços minúsculos, olhos inchados, voz rouca, auto-estima zerada. Medo de passar por tudo de novo.

                Três meses pensando no dia que ele bateria à porta pedindo desculpas, dizendo que ainda me amava, que estaria arrependido, um beijo... Um abraço. Esse dia nunca chegou. Não da maneira que eu havia imaginado, digo, acabamos por destruir um pobre mercado. Eu recusei seu casaco, enchi a cara, não sai de casa por três dias, extorqui nossa comida e tudo isso para evitar que a história se repetisse. Engraçado, não adiantou de nada, hn? Dei de cara com o Liam em uma padaria comum, uma das milhares em Londres.

                Queria tanto poder perdoá-lo, dizer que ainda o amo, ter um beijo... Mas, minhas feridas não permitem isso, meu orgulho também não.

                "Carolina, idiota, esquece, segue em frente, não quebre a cara de novo!"

                Por outro lado, quem me garante que Liam não me magooará de novo? E se ele roubar meu coração, e deixá-lo todo fudido nos "Achados e Perdidos"? Não quero sofrer de novo, e ficar mais meio ano escondida da sociedade. Ser humilhada e tratada como uma pequena boneca de plástico...

                "Talvez ele ainda te ame, se não, qual seria o porquê de toda essa perseguição?"

                Todo o mundo erra... Ele está tentando se redimir, e eu deveria perdoá-lo, queria tanto reviver todos nossos bons momentos, talvez se eu...

                "Toc, toc."

                — Carolina?! Carolina! Você está bem? Carol, você já está aí faz mais de uma hora e meia... Carol!

                — Hã... J-já estou indo... — falei, um pouco mais baixo do que eu esperava. Tudo o que eu mais queria, no momento, era que Ana tivesse me ouvido.

                — Graças a Deus, você está bem! — consegui escutar o suspiro de Ana do lado de fora.

                Olhei em torno do banheiro, havia vapor por todo o lado, abri a peguena janela para ventilar o ar abafado. Molhei minha nuca, na tentativa de me refrescar. Sério, aquele banheiro estava parecendo uma sauna. Levantei-me da banheira e peguei minha toalha. Passei a mão no espelho, tentando ver meu reflexo. Minhas bochechas estavam vermelhas, liguei a torneira e molhei meu rosto, que estava começando a arder. Acho que fiquei desidratada. 

                Abri a porta já embrulhada na toalha, fui direto para meu quarto, ignorando os comentários de Ana. Sequei meus cabelos com a toalha, já úmida, e fui colocando meu pijama.

                — Quando eu disse que era para você tomar um banho e pensar melhor, não me referi a dormir na banheira — resmungou Ana, pegando a toalha que eu havia jogado sobre a cama. Sinceramente, não me imagino sem ela por perto, minha casa seria uma pocilga. Não sei como me virei esse tempo todo em que ela esteve na Índia.

                — Preciso de água, estou com sede — disse, ignorando seu comentário e fui em direção ao banheiro, para escovar meus dentes.

                — Você está desidratada. Vai beber água, vou arrumando sua cama.

                Minhas bochechas estavam de fato vermelhas, acho que a água estava mais quente do que deveria. Hum... Acho que está na hora de comprar mais pasta de dentes.

                — Carol! — gritou Ana, me assustando — Vem cá!

                — Estou indo! — sai correndo do banheiro.

                Pensei que Ana estivesse no meu quarto, mas, acabei me enganando. Ela estava no corredor. Assim que sai do banheiro, na velocidade da luz, acabamos trombando uma com a outra. Droga.

                — Presta atenção! Onde está a tua cabeça? Na Lua? — grunhiu ela, se levantando.

                — Na verdade... — suspirei de cabeça baixa.

                — Liam...  — concluiu ela, me ajudando a levantar.

                — Vou na cozinha, beber água — murmurei com voz falha, acho que vou chorar.

~

                Quando entrei em meu quarto me deparei com Ana sentada em minha cama, olhando para o relógio em cima de minha cômoda.

                — Pensei que você já estivesse dormindo — disse, sentando do lado dela.

                — E eu pensei que você tivesse morrido naquela cozinha. Bebeu o quê, 2 litros? — perguntou ela, irônicamente, se espreguiçando.

                — Engraçadinha — forcei uma risada.

                — Não precisa fingir que não estava chorando... — murmurou ela, em um tom quase inaudível, fingi não escutar.

                — Já passa da meia-noite? Bem, vou dormir até tarde amanhã — sorri.

                — Nada disso — como assim?

                — O quê? Por quê "nada disso"? — questionei, elevando uma das sombrancelhas.

                — Vamos acordar cedo, vamos andar de skate com os rapazes.

                — Rapazes? Eles seriam...

                — Os que andam de skate conosco. Thommy, Dean, Josh, Lucas, Jake...

                — Ah tá — suspirei aliviada, eu havia pensado em outros cinco rapazes — Perai, você disse acordar cedo?

                — Exatamente! — disse ela, pulando da cama. — Amanhã é sábado, o skate é cedo, dia de semana que é de tarde, burrinha.

                — Faz mais de uma semana que não andamos de skate, acho que não sei como se fica em pé em cima de um skate "anymore".

                - Sabe sim, portanto queridinha, vamos dormir. Amanhã vou te acordar, nem que tenha que pular em cima de você!

                - Ok, ok... - bocejei - Boa noite.

                - Boa noite para você também - respondeu ela, desligando a luz e fechando a porta do meu quarto. Obrigada Ana.

~

                — Anda logo, Carolina! Tá dormindo ou tá morrendo? — gralhou Ana, me chacoalhando.

                — Humpft... Você sabe que eu preferia estar morrendo do que acordar a essa hora da madrugada — falei, esfregando minhas mãos em meus olhos, numa tentativa - completamente falha, por sinal - de "tirar" o sono que de momento me consumia.

                — Ai, Carolina! Para de drama e vê se levanta logo dessa cama! — Ana puxou o lençol que me cobria e imediatamente caí no chão. Ia começar a reclamar, porém, ela me interrompeu. — E nem pense em me xingar, eu só quero o seu bem.

                — "Eu só quero o seu bem" — repeti, imitando a voz dela. — Que eu saiba, se você quer o bem de alguma pessoa, a primeira coisa que você faz é tentar NÃO machucá-la e PRINCIPALMENTE retirá-la de seu sono.

                — Cala boca, Carol — disse, enquanto saia do quarto. — Ah, e você tem quinze minutos pra se arrumar.

                Tive vontade de me arrastar igual um zumbi até o banheiro. Felizmente meu orgulho falou mais alto e eu me recompus, me levantando e caminhando lentamente.

                Fiz minha higiene pessoal, escolhi uma roupa básica e logo desci as escadas, apressada. Ana me esperava no final das mesmas, segurando um copo de leite quente e os nossos skates. Bebi de uma vez só e limpei o "bigode branco" que ficara no meu rosto. Peguei o skate da mão dela e me dirigi a porta.

                — Bom... Veja o lado bom, pelo menos não teremos que fazer esforços e poderemos ir de elevador, certo? — sorri, enquanto Ana chamava o elevador.

                — Erm... Não... Acho que teremos que ir pelas escadas...

                — Como assim? Como assim, cara? — perguntei, ainda descrente.

                — Bom, se não acredita em mim, tente você mesma apertar o botão — Ana abriu o caminho, concedendo minha passagem. Apertei o botão umas quinhentas vezes. Se ele não estava quebrado antes, tenho certeza de que agora estava.

                — Olha que ótimo, o elevador não funciona. E eu me recuso a ir de escadas. Acho que podemos voltar e dormir. Aposto que você já deve estar com saudades daquele teu tigre e... — falei, voltando pra dentro do apartamento.

                — Dormir o caramba, Carolina! — Ana me puxou de volta e me empurrou até a enorme porta da escadaria. — São só quatro lances. Vai logo.

                Suspirei, me dando por vencida e deixei que Ana me levasse.

~

                — Quer saber? A única vantagem disso tudo é que o parque é na frente do nosso prédio... — falei, tentando procurar Thommy e os outros.

                — Você é uma preguiçosa mesmo... — Ana riu e me puxou. Parece que ela achou Josh.

                — Meninas! Cara, vocês estavam sumidas... — falou Josh.

                — Apenas não diga o óbvio, Josh — disse, enquanto o abraçava.

                — Parece que alguém não acordou de bom humor hoje... — consegui escutar Lucas.

                — Nem me fale, foi um cristo pra tirar essa daí da cama... — gralhou Ana.

                — Se faz tanta questão assim, poderia ter me deixado em casa, não acha? TODOS estaríamos mais felizes e... — parei de falar assim que percebi que ele não estava lá.

                — Carol? O gato comeu tua língua por acaso? — Ana me chacoalou. Eu estava perdida em meus pensamentos.

                — Cadê o Thomas? — foi a única coisa que eu consegui dizer.

                — ... — Josh fez uma cara de confuso. — Ué, ele não contou pra vocês?

                — Não contou o quê?! — Ana falou, procurando uma reação apropriada.

                — O pai dele... — Josh olhou em meus olhos. Eu sabia que o que viria agora seria diretamente pra mim, uma vez que eu era a melhor amiga dele. — O pai dele se tranferiu. Você sempre soube que o trabalho dele não era estável... Você sempre soube que eles poderiam mudar a qualquer momento e...

                — COMO ASSIM ELE SE MUDOU? COMO ASSIM ELE NÃO ME CONTOU? — é. Eu ia chorar. Eu queria mais do que tudo voltar para aquele apartamento, cavar um buraco no edredom de minha cama e me enfiar lá, sem prazo pra sair.

                — Escuta Carol... Quando eu perguntei pra ele se já havia se despedido de vocês, ele disse que sim... — Josh mexia no celular, procurando por algo... Ou devo dizer, "alguém"?

                — Eu... Eu quero ir pra casa — falei, tentando digerir o fato de que meu melhor amigo tinha acabado de me deixar, pra sempre. Sabendo que teria uma chance mínima de ele voltar. Sabendo que foi tudo em vão. Sabendo que eu saí de casa e me machuquei. De novo.

                — Não. Eu te trouxe aqui justamente pra isso, Carol! Pra te tirar de casa... Você precisa... — parei de prestar atenção das palavras de Ana, quando ouvi a voz de Thomas no telefone. Não pensei duas vezes em pegá-lo da mão de Josh e falar tudo o que eu queria botar pra fora.

                — Thomas... — falei, com a voz meio falha.

                — C-Carol? — ele pareceu surpreso ao ouvir minha voz. — Escuta, eu...

                — Não, Thomas. Escuta você. Você quem deve escutar.

                — Ei, calma... Você tá chorando? Eu...

                — Ah, imagina. Não tô chorando, Thomas! Acabei de descobrir que você me deixou aqui, sozinha, nem ao menos teve o trabalho de se despedir de mim, de me avisar ou de pelo menos me ligar quando chegasse no seu novo "lar" e nem uma lágrima sequer caiu! Vem cá, que tipo de melhor amigo tu acha que você é? TIPO FILHA DA PUTA, NÉ? Nossa, Thomas... Eu... Eu só não esperava isso de você...

                — Carol... Pelo amor de Deus, abaixa a voz. As pessoas estão olhando... — Ana me cutucou, enquanto olhava para uma multidão de pessoas reunida na frente de um carro. Simplesmente a ignorei, afinal, meu papo era com o Thomas e não com ela, certo?

                — Não vou abaixar meu tom de voz! Além do mais, eu já acabei com o Thomas aqui — entreguei o celular para Josh, enxugando as lágrimas que pareciam queimar minhas bochechas enquanto escorriam. Não pensei duas vezes em andar um pouco pra frente, numa distância suficiente para que não ouvisse a voz de Thommy conversando o que quer que seja com Josh.

                Meu plano era simples e prático. Eu andaria pra frente, ainda com as mãos sobre os olhos, numa tentativa um tanto quanto idiota de disfarçar meu choro e pararia ao lado de Ana, que depois de tudo isso, com certeza, deixaria com que eu voltasse pra casa e cavasse meu tão esperado buraco no edredom. Fácil, certo? Pois é. Não foi bem isso que aconteceu.

                Infelizmente, enquanto esfregava minhas mãos em meus olhos e andava, não percebi que Ana tinha deixado meu skate maldito ali, na minha frente. E foi isso, eu acabei pisando nele, caindo e dando de cara com o chão.

                — Puta que pariu, Carolina! Eu... Eu te ligo depois, Thomas — pude ouvir Josh falando ao telefone e vindo em minha direção.

                — Carol... — Ana ajoelhou-se ao meu lado e pousou a mão sobre minhas costas.

                — Quer saber? Depois de hoje, eu juro que NUNCA mais vou escutar você e sair de casa. Nunca mais.


Niall's POV.


                — Cara, como nós vamos ir pro ensaio com essa multidão bloqueando o caminho? — perguntei, enquanto encarava uma menina que estava quase a ponto de desmaiar ali na frente.

                — Bom, se quer saber minha humilde opinião, nós podemos ficar aqui dentro, no carro, e dormir um pouco, até que as fãs se acalmarem e irem embora... — Zayn bocejou e pousou a cabeça no colo de Liam e os pés no meu.

                — Zayn! — todos, menos Zayn, obviamente, gritamos, enquanto eu tirava os pés dele de cima de mim.

                — Qual é, cara? Você tem uma ideia melhor por acaso?

                — Bom... O prédio da Carol e da Ana é logo ali atrás e quem sabe nós não passamos lá e... — Louis e suas ideias idiotas...

                — Não, Louis! Se nós passarmos lá, as duas vão ter um surto pior do que o dessas fãs aqui — falou Harry, dando tapinhas na coxa de Louis.

                — Se não querem minha ajuda, era só dizer — falou Louis, fazendo com que Harry parasse com os tapas.

                — Bom, se nós sairmos pelo lado da rua, que não tem nenhuma fã louca tentando ser atropelada pelos carros, e darmos um tempo no parque, elas podem desistir... Certo? — perguntou Liam. A primeira coisa que ele tinha dito na manhã toda.

                — Eu ainda voto por dormir... Mas, se não tenho escolha, acho que pode dar certo — dei um tapa em Zayn.

                — Tá, não custa tentar. Mas saibam que a minha ideia era a melhor de todas... — Louis sorriu e foi a vez de Harry dar um  outro tapa nele.

~

                — Vai logo, Harold! — disse Liam, empurrando Harry pra fora do carro.

                — Se você quer saber, Liam, eu iria mais rápido se você não tivesse colocado a mão na minha bunda — Harry falou, enquanto fechava a o zíper de seu moletom cinza.

                — Liam! Como ousa? — perguntei, com indignação em alta.

                — Exatamente, como ousa Liam? — foi a vez de Louis empurrar Liam para fora. — E que isso sirva de lição, nunca mais toque no que não é seu.

                — Vocês são uns idiotas, brigam até por causa do Harry, mesmo sabendo que ele é meu — falou Zayn, ainda no fundo, sentado.

                — Awn, isso foi lindo, Za... — Harry foi interrompido por um olhar mortal de Louis. — Deixa pra lá...

                — Zayn sai logo desse carro... — Louis falou.

                — Ué, as damas primeiro — Zayn sorriu, ironicamente.

                — Sua educação me comove — ironizou Louis —  Agora faz o favor de tirar sua lerdeza de dentro desse carro — e assim, Zayn foi empurrado porta a fora.

                Eu e Louis descemos, e nós todos nos separamos, nos dispersando por entre a rebelião de fãs histéricas.

~

                — Acho que nunca fui tão pisado assim em toda a minha vida! — disse Louis, limpando-se.

                — Imagina se nossas fãs soubessem que estavam pisando em nós — ri.

                —  Acho que nunca mais lavariam os pés — disse Harry surgindo de trás de uma árvore.

                — Onde você estava? — perguntou Louis.

                — Uma fã me reconheceu, tive que correr para longe... Felizmente, consegui despistá-la — bufou Harry, tirando seu moletom.

                — Chegamos! — exclamaram Liam e Zayn, ofegantes.

                — Suponho que também tenham sido reconhecidos? — questionei.

                — Na verdade, fomos perseguidos por uns cachorros — respondeu Liam, fitando Zayn.

                — Eu parei em uma barraca de HotDogs, os cães vieram atrás de nós.

                — Por quê você não deu o HotDog para eles? — riu Louis, sentando na grama.

                — Você está louco?! Que absurdo! Desperdiçar comida — grunhi, cruzando os braços.

                — Na verdade... Eu deixei o HotDog cair no chão e...

                — Não conclua essa frase Zayn, muito dolorosa — protestei, interrompendo Zayn.

                — Hey, que multidão é aquela, perto da fonte? — perguntou Harry, apontando para a esquerda.

                — Devem ser fãs, vamos dar o fora daqui — propôs Zayn, colocando seu gorro.

                — Não, não são fãs. Vamos ver! —  exclamou Liam, andando apressadamente até lá.

                — Espera Liam! — gritamos em conjunto. Não adiantou nada.


Carolina's POV


                Eu estava deitada no chão do jeito que havia caído. Eu só conseguia ver as cabeças de Ana, Josh e o resto dos meninos me encarando.

                — Bom, eu acho que você vai ficar bem, Carol... Você já tá acostumada com tudo isso, certo? E ainda digo mais... — Ana foi interrompida por uma voz um tanto quanto familiar.

                — C-Carol? — virei-me para ver quem era.

                — Ótimo, meu dia fica cada vez melhor — suspirei assim que percebi que Harry, Louis, Niall e Zayn vinham atrás de Liam, que já estava agachado ao meu lado.

                — Você vai querer ajuda pra levantar? — perguntou Zayn, tentando recuperar o fôlego.

                — Bom, se eu conseguisse levantar, eu já estaria a quilômetros daqui, em casa, na cama, dormindo bem quieta — ironizei, já irritada com a quantidade de pessoas que me encaravam.

                — Vai, a gente te ajuda a levantar... — Louis chegou mais perto de mim.

                — Não toca em mim Louis... Não... — não pude nem protestar e já estava urrando de dor, uma vez que Louis me puxara pelo meu braço.

                — Coloca ela no chão... — ordenou Ana. Obrigada, vou me lembrar disso na hora de fazer meu testamento  —Pois é, Carol... Acho que você caiu em cima do seu braço. No mínimo vai ter que ir pro hospital... — ela disse, se direcionando diretamente pra mim.

                — Bom... — Liam encarou a multidão de pessoas decepcionadas que se desfazia aos poucos. — Nosso carro está logo ali, nós podemos passar no hospital, já que é caminho pro nosso ensaio.

                — Não! Eu quero ir pra casa! — protestei, relutante. Eu queria poder me trancar no meu quarto pelo resto da minha vida. Queria poder chorar por Thomas e pelo meu braço machucado em paz. Queria poder me lamentar por tudo isso que estava acontecendo comigo nesses últimos dias, sem que alguém ficasse me encarando ou perguntando se estava tudo bem. Sem ser forçada a sair de casa.

                — Carol... Do jeito que teu braço tá, você não vai conseguir nem abrir a porta de casa — Ana falou.

                — Não me importa, eu só quero ir pra casa. Não se esqueça que se você não tivesse me tirado de lá, eu estaria bem. Todos nós estaríamos. Não ia nem passar na minha cabeça que Thomas me deixou e... — senti as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, de novo — E... — minha voz já estava falha, não queria pensar em mais nada, então desisti de tentar completar minha fala. Seria inútil.

                — Certo... — falou Josh, me pegando com cuidado pela cintura e me apoiando nos braços dele. Viu, cuidado, Louis, cuidado. E carinho. Seria tão difícil ter isso? Pfff. — Então, para onde vamos?

                — Pra casa! — gritei.

                — Pro hospital! — todos gritaram, inclusive Ana. Ela sabia que ia me pagar por isso.

                Josh me levou até o carro dos meninos e me colocou sentada ao lado de Ana. Ele se despediu de mim e disse que qualquer coisa era só ligar. É, essa frase típica de quando você tá mal e alguém quer te deixar um pouco mais feliz. Dei de ombros e falei pra ele deixar meu skate e o de Ana com o porteiro do nosso prédio.

                Assim que a porta do carro se fechou, me apoiei no ombro de Ana. Eu sabia. Eu sabia que eu não ia conseguir impedir que minhas lágrimas escorressem. Então, tentei esconder, inutilmente, me apoiando nela.

                — Então... — percebi que a voz de Harry estava um tanto quanto falha. Ele hesitava se continuaria a frase ou não. — Ela... Ela tá bem?

                — Harry! Pra que essa pergunta? Caralho, velho — Ana gralhou.

                — Não... ele tem razão. Ele foi a única pessoa que me perguntou se eu estava bem com tudo isso. E agora vai ouvir a resposta — falei. — Quer saber, Harry? Eu não tô bem, cara. Não tô. Simples assim. Vocês sempre me abandonam e depois voltam falando pra mim não sofrer e não sei mais o que... Mas, velho, puta que pariu. Como vocês esperam que eu não sofra, sendo abandonada?

                E assim, todos ficaram em silêncio. Pude perceber que Liam não deixou de me encarar nem um minuto sequer, ótimo. Estava eu lá, que nem uma bruxa, com o rosto inchado de tanto chorar e no mínimo uns dois ou três arranhões nas pernas e ele escolheu justo hoje pra me olhar. Legal, cara. Muito legal. A respiração de todos estava mais pesada que o normal, e Ana não deixou de passar a mão sobre meus braços, numa tentativa de me acalmar, já que até ela ficou surpresa com meu comentário.

                E foi exatamente nesse clima péssimo que chegamos ao hospital.



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Notas finais do capítulo

Gente, se vocês pelo menos se deram ao trabalho de ler lá no nosso humilde perfil todo negritado e mal feito, puderam ver que nós criamos um site pra fic e um tumblr, porque ela vai continuar lá. É ESSA PORRA TEM CONTINUAÇÃO MSM E VC VAI LER FLW obg ♥33333. Whatever, obrigações passadas, vou deixar aqui:
Tumblr: http://fanficletmeloveyou.tumblr.com/
Site: http://obscurapaixao.wix.com/letmeloveyoufic
E eu vou falar mt sério. NOS QUEREMOS ASKS, NOS QUEREMOS SEGUIDORES, NOS QUEREMOS GENTE DIVA E SIM VC É DIVO E NOS QUEREMOS 1 POUCO DE PEGAÇÃO. E pelas minhas contas a pegação vai rolar daqui 2 caps VAMOS CELEBRAR, MAO PRA CIMA, BRAÇO P CIMA PÉ P CIMA E PERNA P CIMA, UHUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUU!!!!!!!
Agr a promoção do dia.
DEIXE UM REVIEW AMADO E SEU PREFERIDO TE LEVARA NUMA LIMURARRI (LIMOSINE+FERRARI P QUEM N SABE, MINHA MAS RECENTE CRIAÇÃO BJAO TODOS VOU FICAR R1C4SS4) DA TUA COR PREFERIDA, PRA CELEBRAÇÃO DA CONTINUAÇÃO DESSA FIC MARAVILHOSA Q COM CERTEZA VC AMA DE PAIXAO. vc ama de paixao sim, shiu ae ou n faço mais promoção. MENTIRA FAÇO SIM, SAIBA Q EU AMO VCSSSSSSSSSS bjsmil gnt espero q tenham gostado e q estejam acompanhando, caso contrario vou afogar minhas lágrimas no meu travesseiro ;-; enfim bjbjbj ~carol
Issae, td q ela falou bjao todos. SIGAM A PORRA DO TUMBLR PLMDDS, MANDEM ASKS DIZENDO Q VCS ESTAO VIVOS e n nos abandone q nem o idiota do josh fez com a carol!!!!!!! uhu party hard no estudio dos mino de limurrari mais tarde, todos convidadossss ~Ana



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