Logo, logo já eram 18:30 e ouvi a campainha.

- Quem é você? - Minha mãe perguntou e ouvimos. Descemos desesperadamente.

Quando cheguei lá vi o Harry na porta.

- Mãe! Calma, ele... ele... é nosso amigo.

- Ahh, vocês nunca falaram dele.

- N-nunca tivemos n-nada de interessante pra falar dele. - Quando Carol disse isso ele abaixou a cabeça.

- Entre garoto. - Ela disse mostrando o caminho com o braço. - Qual é o nome dele? - Ela sussurrou no meu ouvido enquanto fechava a porta.

- Harry. - Disse no mesmo tom.

- É um nome de príncipe. - Ela disse e eu corei.

- Mãe! Eu não gosto dele, a Carol sim. - E essa estava falando com ele sentados no sofá.

- Ahh, tudo bem então. Vou pedir uma pizza para vocês, pode ser?

- Claro.  - Sentei do lado da Carol

- Vamos pro quintal? Seu pai pode aparecer... - Carol começou.

- Vamos! - Falei e nos dirigimos para lá.

Sentamos na mesinha do fundo do quintal.

- Então... Achei que ia ter uma festa, não só nos três.

- Vai ter uma festa. - Disse Carol.

- Vai?! - Perguntei surpresa.

- Sim, sua mãe queria fazer uma festa surpresa.

- Mas... Quem vocês convidaram?

- Não sei, sua mãe que organizou tudo, ela convidou as pessoas, eu só ajudei em deixar tudo em segredo.

- Hmm.

Passou uns minutos e as pessoas começaram a chegar, chegou muita gente! Eu devo ter ouvido uns 100 000 parabéns aquela noite – que exagerada eu hein, haha – Estava tudo perfeito, tirando o fato de eu ter trombado com umas pessoas totalmente ridículas...

Eu tinha ido pegar um pouco de Coca-cola pra mim quando vem uma guria e derruba o copo em mim (¬¬).

- Ei! Toma cuidado! – Gritei.

- Ai desculpa! – Para tudo!  conhecia aquela voz! Virei para ver quem era...

- Raquel?!

- Oi! – Aquela guria era insuportável, uma patricinha metida que se acha a gostosona do pedaço, ninguém merece aquilo, por que minha mãe tinha convidado ela?! – Meus parabéns! Quanto tempo!

- Obrigada. – Disse seca.

- Giovanna! Parabéns! – Ai meu deus! Mais?! Essas são Thays e Érica, amigas da patricinha.

- Obrigada.

- Então... Quanto tempo hein! – Não acredito, elas estavam querendo puxa assunto?   não falo com elas há anos, desde quando eu deixei de ser amiga delas por que ficaram metidas. (Sim, eu era amiga delas, me arrependo infinitamente por isso...).

- Pois é.

- Ei, quem é aquele gatinho que está falando com a Carol? – Raquel perguntou.

- Ninguém que esteja interessado em você. – Disse.

- Continua educada né Gyh? – Thays disse sarcástica.

- Mas eles estão namorando? – Érica perguntou. Eu quis dar um soco na cara dela quando ela falou isso, os dois pareciam gostar um do outro, mas não eram namorados, eu devia mentir dizendo “sim”, ou dizer a verdade?

- Ainda não, mas vai acontecer. – É obvio que eles iam namorar, ta estampado na testa dos dois.

- Então eles não são, dá pra mim me divertir um pouco com o lindinho. – Não acredito que Raquel disse isso!

- O que?!

- Isso mesmo fofinha, vou lá falar com ele, até depois. – Ela disse e saiu rebolando.

- Thays, vamos pegar um pedaço de pizza? – Érica perguntou já puxando-a pelo braço.

- Aii! Calma Érica! Meu braço! – Aff, essa frescura me enoja.

Eu nem fiquei preocupada com eles na verdade, a Carol é boa de discussão, eu sei disso por que... ah dexe, não vamos tocar no assunto.

POV: Carol.

Estava conversando com o Harry no quintal, quando aparece Raquel.

- Carol! Quanto tempo! – Quanta falsidade.

- Oi Raquel.

- Então você ainda é amiga da Gyh? – Isso é brincadeira né?

- Sim.

- Que legal! Acho muito bonita a amizade de vocês! – Já posso dar um soco nela?

- Obrigada.

- Ai desculpa, nem te vi ai, meu nome é Raquel. – Ela disse olhando para o Harry.

- Oi. Meu nome é Harry. – Eles se cumprimentaram com um beijo na bochecha.

- Prazer. Então... Vocês estão namorando? – Sabia! Ela queria dar em cima dele!

- Ahn... Não. – Ele disse olhando para mim.

 - Ahh, que pena. Mas então Harry... – Ela sentou em uma cadeira ao lado dele. – Gosta de alguma menina? – Ela colocou a mão em cima da dele que estava em cima da mesa.

- Não sei, talvez... – Ele disse, o que ele queria dizer com aquilo?

POV: Harry.

Raquel era muito metida, ela tava dando em cima de mim na frente da Carol (¬¬), quando ela perguntou se eu estava gostando de alguém queria ter falado que eu gosto da Carol, mas não sei se ela sente a mesma coisa por mim, então achei melhor deixar quieto.

- Talvez? Quem é a sortuda? - Ela disse e começou a arrumar a gola da minha camisa.

- Quem você pensa que é hein?! – A Carol estava totalmente vermelha de raiva.

- Eu penso que sou melhor que você, e que tenho mais chance com ele. – Ela disse se levantando como se tivesse chamando Carol para brigar.

- Melhor que eu? – Ela disse levantando também. – A única coisa que você faz melhor que eu , e faz muito bem, é ser uma patricinha ridícula! - Carol falou isso e começou a implicar com ela. – Aii!! Ta ventando demais, isso vai estragar meu cabelo de palha!! – Ela falou com voz aguda e balançando o cabelo. Isso me fez rir e Raquel se ofendeu.

- Meu cabelo não parece palha!

- Ah é, desculpa! Parece arame farpado, errei. –  Eu dei uma gargalhada e Raquel olhou feio pra Carol.

- E o seu então que parece... um...

- Um o que?

- Meu cabelo é mais bonito que o seu e pronto! – Ela disse e sentou no meu colo. – Não é Harry? – Ela começou a mexer nos meus cachos. Carol ficou furiosa.

- Sai de cima dele sua jibóia! – Ela gritou e Raquel olhou maliciosamente para mim.

- Ta bom. – Ela disse, me puxou para que eu ficasse de pé e me deu um selinho. QUE NOJO! ELA BEIJA MAL PRA CARAMBA!

Eu tratei de me separar dela rapidamente, que nojo aquilo! Como ela pôde ter feito aquilo na frente da Carol?! Depois que eu me separei da Raquel, Carol voou em cima dela, ela deu um tapa estralado na cara dela, aqueles que ficam marcados por um longo tempo! Ri demais, Raquel ficou toda fresca.

- Aii! Isso doeu! – Ela disse com a mão no rosto.

- Que bom! Era pra ter deixado roxo! Pra ver se você aprende a ficar longe das pessoas que eu gosto!

Depois disso duas garotas apareceram, devem ser amigas da sucuri.

- Raquel? O que aconteceu? Seu rosto ta vermelho! – Uma delas falou.

- A Carol me bateu, Érica!

- E ta doendo? – A outra perguntou, nossa que tonta.

- Não, não! É claro que ta sua idiota! – Raquel tinha ficado muito brava por que todo mundo da festa tinha visto que Carol havia dado um tapa nela.

Todos que estavam vendo a cena estavam prendendo o riso.

- Isso não acabou. - ela falou apontando pra Carol - E você ainda vai ser meu, gatinho. - ela disse passando a mão no meu cabelo.

- EU NÃO VOU SER SEU, SUA COBRA! - eu gritei, dando um tapa na mão dela.

- Acredite... Você, querendo ou não você vai.

- Vai colocar veneno em outro lugar, você não está no ninho certo no momento. - Carol falando, testando a paciência das três. - E suas cobras de estimação podem ir para outro lugar, que a população agradece.

- Cobras de estimação? Então venha conosco!

Olhei para Carol, parecia que ela queria mandar as três para um hospital.

- Cobra? Eu?! Hahaha. Eu não sou como vocês! Não vivo de aparência! Não vivo fazendo as pessoas se renderem aos meus pedidos. Outra coisa, não namoro qualquer um. Só o que me faz diferente, que me ama por eu ser aquilo que sou!

- Então você nunca vai namorar. Ninguém gosta de você, você não sabe como conquistar corações! E seu primeiro namoro, pode acreditar, vai ser quando você estiver com vinte e oito anos, se você continuar assim. Se duvidar, nunca. Rapazes não se apaixonam, ou amam, garotas quietas não, não se iluda se você pensa assim. Eles gostam de garotas como nós! Que somos lindas e maravilhosas.

- E se escondem por baixo de um monte de maquiagem. - Carol resmungou alto o suficiente para Rachel ouvir.

- O que você disse? - ela perguntou, tentando fazer a Carol repetir.

- Que vocês se escondem por baixo de um monte de maquiagem, e são falsas. - ela falou alto e claro. todos seguraram a risada.

Rachel se aproximou, com raiva.

- Você repetiria? Eu não ouvi. - mais falsa, impossível.

- Ihh... Tá eu repito. Você é falsa, se esconde por baixo de um monte de maquiagem e está ficando surda.

Nessa hora todos riram. Mas pararam quando ouviram um estalo alto. Arregalei os olhos e vi a Carol colocando a mão no rosto, que estava extremamente vermelho. Fiquei preocupado.

- O QUE VOCÊ FEZ!? - Carol gritou com os olhos brilhando de fúria.

- Ela fez isso por ter nos xingado! - a Érica falou.

- Foi? Achei que ela tinha ficado irritada... - falou a outra, boba.

Rachel assumiu uma pose superior.

- Isso foi por ter me xingado. O por ter me batido não vai ser nem perto desse.

- Vai ser mais fraco? - Carol disse. - Porque mais forte você não consegue. Até me impressionei com esse.

Rachel também estava furiosa, e Carol estava se divertindo com isso.

- Quer fazer mais algum comentário sua boba?

- Com prazer, primeiro, se eu sou boba, nem sei o que você é de tão boba. Segundo, a falsidade as pessoas a falência. Terceiro, você é muito chata. Quarto, você é muito fresca, nem um bebê é fresco assim!

Rachel se aproximou, quase bufando de raiva, ela levantou a mão e deu um tapa na Carol no mesmo lugar que antes.

- Isso foi por ter me insultado em publico, agora esse... - ela levantou a mão novamente para bater nela, mas eu me aproximei e segurei a mão dela.

- Você não vai fazer isso. - levantei minha mão e dei um tapa na cara dela.

Foi no mesmo lugar em que a Carol deu, só que foi mais forte. Ela abriu a boca ultrajada.

- Vamos embora agora! Érica, Thays, venham.

E ela deu as costas e sai com suas 'cobras de estimação' atrás dela. Me virei e todos os que estavam assistindo já tinham se dispersado. A Carol estava com a mão na boca, quando ela tirou olhou e fez uma cara surpresa. Ela deu as costas e saiu correndo.