Harry caminhava impaciente do lado de fora da Ala Hospitalar junto com Harper, Hermione, Gina e Rony. Os Russo, estavam dentro da enfermaria ao redor da cama de Alex, que ainda não acordara.

“Eu estou perdendo o controle. Umbridge sabe disso. Com certeza ela sabe. Harry ela sabe sobre a profecia. Ela sabe que você é o escolhido. Mandou Kevin e Giuliana me alertarem, para fazer com que eu vá para o lado delas. Tome...cuidado.”

Essas tinham sido as últimas palavras de Alex a Harry antes de ela desmaiar. Dumbledore tinha aparecido com Mc.Gonagall e Snape no segundo dia do silêncio de Alex. Nenhum dos três disse algo conclusivo a Harry. Snape, necessariamente não disse nada e Mc.Gonagal apenas aconselhou Harry a treinar para o jogo de quadribol no sábado. E Dumbledore, não pareceu se importar com a falta de informação de Harry, mas aparentemente, teve assuntos sérios a tratar com o sr.Russo, pois minutos depois dele ter ido visitar a garota na ala hospitalar na companhia dos professores de Hogwarts, Jerry saiu apressado deixando Alex na companhia de Max e Justin, embora a garota mal soubesse disso por conta de seu.

Aquele era o quarto dia que Alex estava em sono profundo. Harry não conseguia fazer mais nada. Estudar se tornara uma tarefa impossível e os treinos de quadribol faziam com que o garoto, se lembrasse de sua amada. O relógio fazia seu trabalho e as horas estavam passando rapidamente.

-Será que ela vai ficar bem? – perguntou Harry inseguro enquanto caminhava de um lado para o outro no corredor.

-Harry, Madame Pomprey consegue curar qualquer pessoa. Alex apenas desmaiou e... – dizia Hermione mas Harry logo a cortou, arrependido de ter pronunciado as palavras.

-Você sabe que não é isso, Hermione. Você sabe que é por conta do que Alex está sofrendo. – disse Harry rispidamente se sentando.

Gina estava consolando Harper que mantinha o rosto enterrado entre as mãos, fazia horas. Aquilo tudo era péssimo.

A sensação de perda, que não ocorrera, mas parecia perto de acontecer. A tristeza que emanava do corredor.

Harry estava se lembrando do dia em que tinha conhecido Alex, Max, Justin e Harper. De alguma forma, lembranças pareciam mais agradáveis do que o presente.

*Flashback On*

–Tem certeza que nosso nome está nessa lista Justin?-perguntou a garota loira com mechas pretas e olhos castanhos.

O garoto que recebera o nome de Justin,foi até a porta e olhou a lista.

–Sim.Nosso nome está aqui.-respondeu Justin voltando.

–Então povo?Sou Alexandra Russo estes são Maximiliano Russo e Justin Russo.Está é Happer Stone.-apresentou a garota morena.

–Sou Hermione Granger.Estes são Ronald Weasley,Ginevra Weasley e este é Harry Potter.-disse Hermione.

Happer soltou uma exclamação mas foi cutucada por Alex.

–Nossa!Não sabia que tinhamos um quarto tão maneiro.-disse Max analisando tudo.

–É.Temos até ármarios.-disse Justin.

–Droga.Erraram meu nome.É Alex e não Alek.-disse Alex estalando os dedos para a porta do seu ármario e a letra K foi substituida pela letra X.

–Como fez isso?-perguntou Gina.

–Isso o que?-perguntou Alex.

–Isso.Estalar os dedos e fazer magia sem varinha.-explicou Gina.

–Ah...é que meu pai tinha me ensinado a fazer isso então,peguei o costume.-respondeu Alex.

*Flashback Off*

Alex sabia coisas fantásticas. Coisas que Harry nem sonhava aprender um dia. Aquilo o impressionava. O modo como ela lidava com a vida. O modo como ela sabia ser feliz. O modo como ela sabia viver.

Harry sabia que ela pensava ser fraca. O garoto sabia, que Alex sempre se considerava a garota mais fraca de todo o colégio. Harry gostaria de poder dizer um dia a ela, que para ele, Alex era a garota mais forte do mundo. A garota mais impressionante que ele conhecera. A garota com a qual se preocupava e admirava desde o dia em que a conheceu. A garota meio rebelde e ao mesmo tempo, centrada e responsável. A garota que jogava quadribol na posição de apanhadora como nenhuma outra garota de sua escola.

Então, Justin e Max saíram da enfermaria e a porta bateu as costas deles.

-O que houve? – perguntou Harper a Justin.

-Ela...Alex está morrendo. – disse Justin aparentemente não conseguindo acreditar no que falava. Harper o abraçou e lágrimas brotaram dos olhos da garota.

Gina correu até Max que parecia incapaz de dizer qualquer coisa. Estava pior que o irmão. Gina abraçou o garoto e transmitiu palavras consoladoras a ele que concordava com um aceno de cabeça.

Harry bateu na porta da ala hospitalar, querendo entrar mas Madame Pomprey o ignorava.

-Preciso falar com você, Harry. – disse uma voz conhecida e pouco esperada.

Dumbledore seguiu ao lado de Harry até a outra extremidade do corredor.

-Sei que é difícil para você, Harry. Como foi com a morte de Sirius, sei que é difícil. – disse o diretor.

-O senhor poderia tê-la salvado. – disse Harry cerrando os punhos para reprimir sua raiva.

Dumbledore suspirou.

-É. Eu poderia. Como também poderia ter salvado Sirius naquele dia? – perguntou o diretor e Harry não respondeu. Não precisava de resposta. – Escute Harry, pode parecer inacreditável mas Alex não está morrendo.

Harry encarou Dumbledore procurando qualquer sinal de mentira no olhar do diretor mas não havia nada que comprovasse o pensamento do garoto.

-Justin disse que ela está morrendo...

-Metade dela está. A maior parte está viva. Uma parte dela está morrendo, a qual, tem a parte excessiva de poder. É a parte, que tem a bomba relógio.

-Como assim, professor? – perguntou Harry confuso.

-Harry, no segundo dia em que Alex estava em sono profundo, conversei com o sr.Russo após ter mandado uma carta para a sra.Russo explicando os meus planos. Dolores, estava tentando fazer com que eu não conseguisse efetuar o procedimento.

* Flashback On *

-Não Dumbledore. Você pode fazer isso com seus alunos mas a Russo é minha aluna, não sua. – disse Dolores Umbridge.

-Mas, de acordo com a lei, que existe aqui na França também, quando duas das maiores escolas de magia estão em um evento esportivo, a responsabilidade dos diretores, é cuidar de todos os alunos, sem especificação de responsável pela escola ou não. E, eu sou diretor de Hogwarts e assim espero que a senhora tenha entendido muito bem, Alex está com uma grave doença e assim, eu posso cuidar dela da melhor forma. – disse Dumbledore calmamente.

-Eu estudei a lei também, Dumbledore, e creio que, como diretora da Academia de Beauxbatons, tenho o direito de aceitar o seu pedido. Mas, tenho consciência de que, como atual diretora e o caso é de emergência e a srta.Russo é minha aluna, creio que tenho que fazer um pedido também. É uma troca Dumbledore e isso está esclarecido nas leis do Ministério da Magia da França.

-Certamente. – concordou Dumbledore com um aceno de cabeça.

-Então, Dumbledore, meu pedido para que Alex seja tratada, curada e tudo o mais, é que na Competição dos Feiticeiros da Família Russo, eu organize juntamente com Milenne Morgana, a ministra da magia daqui.

Dumbledore esperou. Estava pensando qual seria a melhor forma para contornar a situação mas não havia uma forma que não pudesse levantar suspeitas.

-Tudo bem então. – concordou Dumbledore.

-Ah, Dumbledore. – disse Umbridge antes de sair da sala do diretor de Hogwarts. – Terei que mudar muitas coisas na competição.

Mas não se preocupe, será justa ao máximo e você poderá assistir de camarote.

* Flashback Off *

-O senhor não poderia ter contornado isso? Alex vai correr perigo e Justin e Max também. – disse Harry meio desesperado. – Umbridge e Morgana querem a magia da família Russo, para Voldemort. Foi por isso que seqüestraram Alex.

-Uma coisa de cada vez, Harry. Uma coisa de cada vez. Primeiramente, você quer ter Alex viva, não é?
Harry concordou e Dumbledore prosseguiu.

-Bem, eu tenho que lhe explicar algumas coisas antes de você contar aos seus amigos as boas novas. Alex sofreu um procedimento bastante delicado. As células que residem em seu corpo, se tornaram totalmente mágicas, o que é anormal para uma mestiça. Descobri que essa era a causa para seus poderes que poderiam afetar todo o planeta. Unidas, as células podem fazer com que sua magia bruxa, se torne dez vezes mais forte, o que é ruim e péssimo para uma garota de apenas 16 anos. Assim, estudei mais sobre o caso de Alex e descobri mais uma coisa; Alex ainda tinha uma célula que não era mágica. Se está célula se tornasse mágica, a explosão aconteceria.

Portanto, com a ajuda do professor Snape e do velho Slughorn que reside em Hogwarts tomando conta da escola, mas pôde fornecer alguns ingredientes raros, criei uma poção. Um mistura da do Morto Vivo com alguns ingredientes. O objetivo, era fazer com que Alex tomasse a poção para que a célula não mágica, se unisse as outras e fizesse uma espécie de lavagem interior se assim podemos dizer.

Uma parte de Alex morreu, o que significa que as células bruxas em excesso, se tornaram não mágicas. E as células bruxas permaneceram lá, intactas.

-Então, Alex está bem agora? Está normal? Quero dizer, é uma bruxa normal? – perguntou Harry sorrindo pela primeira vez em dias.

-Sim, Harry. Portanto se preocupe com a final da Copa Mundial de Quadribol. – disse o diretor.

-Mas...- começou Harry querendo dizer ao diretor os riscos de Umbridge e Morgana controlarem a competição da família Russo e sobre a Magia da Família Russo.

-Harry, Harry. A pressa é inimiga da perfeição. A paciência é a melhor amiga do bruxo. Pense nisso. Não se preocupe com a Magia da Família Russo. Ela está bem guardada. E não se preocupe com a competição. Se eu fosse você, conversaria com Alex em uma hora dessas. – disse Dumbledore e saiu deixando Harry no corredor em meio aos amigos desolados.

Resolveu se reunir a eles e contar o que Dumbledore tinha dito. Todos estavam perplexos.

-Então...ela está viva? – perguntou Harper sorrindo como os outros.

-Está. – respondeu Harry e nessa hora, Madame Pomprey abriu a porta da enfermaria com um grande sorriso no rosto.

-O diretor deve ter explicado algo a vocês então. Poupou meu tempo. Bem, entrem. Ela está acordada. – disse a enfermeira.

Eles entraram e Harry viu que Alex estava deitada na cama da ala hospitalar, sorrindo para eles. Estava pálida mas parecia bem para uma pessoa que quase morrera. Harry agradeceu mentalmente a Merlim e a Deus por Alex estar viva. Ele não conseguiria viver sem ela. Alex estava sã e salva.