Meu mundo é você escrita por Karmen Bennett


Capítulo 28
Incontrolável


Notas iniciais do capítulo

Hei people, how are you? Primeiramente obrigada pelos reviews de vcs!! Então aqui vai mais um cap, aliás decididamente o antipenultimo que em meio ao grande cansaço que sentia ontem a noite, fiz com muita dedicação, espero que vcs gostem, eu particularmente gostei... Deem uma olhada e me digam o que acharam, ta?? Please...



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Freddie observava suas chances de fuga e de ataque, e certificava-se cada vez mais que teria mais êxito se opta-se pela segunda, uma vez que estar montado a cavalo he conferia certa vantagem para usar a espada, mas pra nada lhe servia se os rebeldes atacassem com espadas ou flechas.

Ele puxou a espada da bainha, e empunhou na direção dos homens que pareceram surpresos com a atitude, mas ainda assim avançaram, dispostos a levar aquilo até as últimas consequencias. Mas uma outra pessoa pulou de trás das árvores que margeavam a estrada e se colocou entreo principe e os rebeldes, de costas pra aquele e de frente pra esses.

–Deixem-no em paz. -Disse ela.

–Saia da frente, Sam. -Ordenou o mais velho. -As tropas do rei não tardaram a chegar, precisamos levá-lo ou seus pais morrerão antes do Sol nascer.

–Encontrarei outra forma de salvá-los. -Disse convicta. -Mas não tocarão nele.

–VocÊ não dá mais as ordens, Sam. -Continuou o tal Nicolau. -Não depois que foi capturada e... Mas por que infernos o protege, ele é seu inimigo também!

Houve um breve silêncio enquanto ela provavelmente pensava em uma resposta que não levantasse suspeitas sobre o seu romance com o inimigo.

–Ele me ajudou a fugir. -Mentiu. -Ele quer que o duque se case com sua irmão, não comigo. Mas o pai não lhe ouve.

Nicolau olhou desconfiado para Freddie que limitou-se a devolver-lhe o olhar com total frieza.

–E quem garante que ele não viria atrás de você para garantir que não causaria problemas, como de fato parece ter feito?

–Ele provavelmente vei me trazer noticias dos meus pais que resolveram ficar por acharem que o melhor pra mim é casar com o duque. -Respondeu virando-se pra Freddie. -Não foi?

–Sam, não temos tempo. -Disse o outro rapaz que acompanhava Nicolau. -Logo a guarda real chegará e seremos todos presos.

–Então vão! -Ela gritou. -Mas não vou deixar que façam mal a ele, terão que me matar primeiro!

Nicolau impacientava-se com aquele impasse, caminhou um pouco impaciente e por fim, apontou Sam para o outro rapaz que se dirigiu até ela destinado a segurá-la.

Freddie sabia que Sam poderia dar conta daquele rapaz magro, mesmo por que sendo amigos, ele provavelmente não iria machucá-la, mas ao ver o jovem puxar um punhal de dentro da calça, desceu do cavalo num ato impulsivo, e puxou a espada apontando-a para o jovem.

–Ora, mas o que temos aqui. -Havia surpresa no rosto de Nicolau. -Diga-me Sam, quando os guardas do rei chegar, a quem voltará o seu punhal?

–Se deixarem ele ir, podemos fugir e não haverá espadas ou punhal apontados para ninguém. -Respondeu. -Alteza, por favor volte a montar e saia daqui. Sei me cuidar sozinha.

Mal ela terminou de falar, e o som de cascos de pelos menos dez cavalos foi ouvido pelos quatro ali parados, e num momento de distração dos outros dois, Freddie entregou sua espada a Sam e a puxou pelo braço até o equino e a levantou pela cintura, fazendo-a montar. Percebendo que os outros dois se aproximavam armados, ele montou rapidamente, sentando-se a frente de Sam que segurou-se em Freddie com força e se deixou levar para onde quer que ele a estivesse levantado.

Mas o estranho foi que ele não tomou a direção em que os guardas se aproximavam, mas sim a contrária, afastando-se de todos, até adentrar na floresta por um estreito caminho, porém com espaço para cavalgar ainda que mais lentamente.

–Freddie, pra onde estamos indo? -Perguntou. -Não consigo ver nada.

–Se meu pai a ver agora, não haverá nada que eu possa fazer para detê-lo -Respondeu. -Você não se contentou em fugir, o humilhou na frente de toda a corte.

–E o que pretende fazer?

Sem responder, ele parou abruptamente e desceu do cavalo e pediu que ela fizesse o mesmo. Ele segurou as rédeas do cavalo e o fez se voltar na direção da estrada principal e então lhe deu um leve tapa fazendo-o voltar.

–Freddie o que está fazendo, como você vai voltar? -Perguntou desesperada.

–Segure a minha mão. -Disse ele. -Um pouco mais adiante há uma cabana de caça onde eu costumava vir com meu pai se conseguirmos encontrá-la, passaremos a noite lá. Do contrário, teremos que subir em alguma árvore até amanhecer.

–Não. -Disse convictamente. -Te agradeço pelo que fez, mas você deve voltar eu sei me cuidar sozinha.

Ele suspirou cansado e puxou pela mão se pondo a andar puxando-a. Sabia que se começasse a discutir ficariam ali a noite inteira, mas ela continuou tentando convencê-lo a ir pra casa mesmo enquanto caminhavam. Ele tentou explicar que aquela era a única forma de retardar qualquer atitude precipitada do rei, mas ela contra argumentava. Então ele parou e virou de frente pra ela, mesmo sem enxergá-la direito sem soltar-lhe a mão.

–Olha, eu tenho uma dívida com você. -Ele disse após se cansar da insistência dela. -Você me salvou quando eu éramos crianças e me ajudou ha pouco. Agora eu estou te ajudando então pode por favor me ajudar a achar o abrigo?

–Como encontraremos alguma coisa nessa escuridão? -Perguntou contrafeita.

–Meus olhos já estão se acostumando com a escuridão, imagino que ocorra o mesmo com os seus. -Disse. -Agora segure firme a minha mão e a espada e vamos andando.

Ela assentiu e os dois começaram a caminhar pela floresta. A principio tiveram que tatear para não se esbarrar nas árvores, mas logo começaram a visualizar os enormes troncos e galhos por todos os lados. Um pouco mais concentrada, Sam perguntou a ele o que ele lembrava da direção da cabana e tendo ele dito o pouco que se recordava, ela passou a se esforçar para encontrar a cabana. Não foi fácil, pouco se via e muito se ouvia, os sons dos animais, de corujas e do vento os assustava, mas ele seguiram atentos procurando o abrigo.

Os guardas chegaram a ver um cavalo se afastando pela estrada, mas Serafim, que os comandava, preferiu perseguir os rebeldes que tentaram sem sucesso escapar pela floresta. Gibby foi o primeiro a ser pego, depois Nicolau e Kevin. Apenas Lucas e Matt conseguiram escapar.

Eles foram levados ao palácio onde as chamas já haviam sido contidas, mas pior do que elas era a fúria do rei que nem sequer estava sentado no trono, andava de um lado por outro esperando o retorno do filho. No salão estava também o duque e mais alguns guardas, todos os convidados já haviam ido embora e o resto da família real repousava em seus quartos. Ou não.

–Onde está meu filho. -O rei perguntou ao ver Serafim entrar no salão.

–Majestade, um dos homens que o acompanhava foi atacado e ainda não acordou para falar o que sabe. -Explicou Serafim -Mas os rebeldes que capturamos afirmam coisas diferentes. Um disse que ela o capturou e os outros outro dizem que eles fugiram juntos.

–O que? -O duque levantou de onde estava aproximando-se. -Tragam esses homens até aqui, eles devem ser mortos! Todos eles!

–Não. -Interveio o rei asperamente. -Vamos esperar até amanha, não resolverei nada antes de achar o meu filho.

Insatisfeito, o duque se calou e voltou aguardar sentado o retorno de Freddie e talvez de Sam. Queria perguntar se ela realmente preferia fugir a se casar com um nobre e por que, sentia ódio de Freddie que a tinha por completo quando só lhe oferecia migalhas, enquanto ele era desprezado ao tentar lhe oferecer o matrimônio.

Após diversas tentativas frustradas de descansar, Charlote levantou, vestiu-se e saiu do quarto indo bater a porta de Carly. A menina abriu a porta em pouco tempo, revelando que também estava acordada e deixou a outra entrar.

–Também não consegue dormir? -Perguntou Carly.

–Como eu poderia, depois de tudo o que aconteceu?

Carly fechou a porta do quarto e as duas caminharam até a cama onde sentaram uma de frente para a outra.

–Quem é aquela jovem Carly?

–Não sei. -Respondeu. -Vincent me disse que a família dela trabalhava em suas terras e vendia as maçãs que eram cultivadas no condado, mas que não sabia da relação deles com os suíços.

–E que ela e o Freddie eram amigos, você sabia?

Carly suspirou se perguntando se contava ou não que desconfiava que aquela era a moça por quem Freddie quase a trocara. Por fim decidiu não falar nada.

–Os homens se sentem atraídos pelo perigo. -Disse Carly. -E ela não é feia, vai ver é só isso. Mas não passa disso, meu irmão gosta de você.

–Eu não sou louca, Carly. -Disse encarando o nada. -Vi como ele me tratou quando a fiz limpar meus sapatos, como se manteve inerte diante da atitude dela hoje.

–Charlote, pelo que mamãe me contou, ela exerce grande influencia sobre o povoado, ele só estava sendo cauteloso. Por que acha que o duque aceitou se casar com ela? Isso é política, vai ter que viver com isso se pretende ser uma rainha.

Após pensar um pouco, Charlote pareceu se dar por vencida e após conversar mais um pouco sobre os vestidos que as outras moças usaram aquela noite, ela voltou ao seu quarto onde finalmente conseguiu dormir. Mas ainda restavam muitas dúvidas em sua mente com as quais ela não sabia se poderia conviver pra sempre.

Após quase duas horas andando, em meio a brigas e conversas mais calmas, Freddie e Sam finalmente encontraram o pequeno casebre, completamente escuro e abandonado. Sam teve vontade de chorar tamanha era a sua emoção, sentia-se incapaz de passar a noite se equilibrando numa árvore para se proteger de animais selvagens por causa do cansaço. Por alguns segundos até esqueceu do que havia acontecido.

Ele foi o primeiro a entrar, a porta estava encostada, mas assim que se certificou de que não havia nada vivo ali, Freddie fez Sam entrar e a fechou a porta usando um enorme pedaço de pau que havia no chão para escorar.

–Eu sabia que você conseguiria achar, afinal não é a primeira vez que passa a noite na floresta...

Ela se sentiu um pouco desconcertada e sem dizer nada, olhou em volta tentando ver o que tinha ali, mas tudo o que viu foram caixotes e uma cama velha sobre a qual Freddie se deitava. Ela se encaminhou até ali e antes de deitar, retirou o pesado vestido, ficando apenas com a roupa de baixo que consistia numa espécie de vestido branco e comprido de algodão e uma calça do mesmo tecido por baixo. Ela deixou o vestido no chão, ao lado da cama e deitou começando a pensar em tudo o que havia acontecido. Era estranho estar ali ao lado de Freddie, que ele continuava a ajuda-la depois de tudo o que acontecera e que estar com ele fazia com que as coisas parecessem menos terríveis do que de fato eram.

Ela estava em meio a pensamentos confusos quando sentiu Freddie se movimentar sobre a cama retirando a roupa de cima, pra logo em seguida se deitar atrás dela passando os braços por sua cintura.

–Isso nos manterá aquecidos. -Explicou.

Ela não disse nada, ficou ali sentindo o calor dos braços dele e tentando inutilmente conter os pensamentos que lhe surgiam. Pensou em falar alguma coisa com ele, mas não conseguia pensar em nada. Embora ha pouco tempo atrás estivessem conversando bastante, havia um motivo, estavam empenhados em achar um abrigo, mas não encontrava nada que a impulsionasse a falar agora. Sabia por que ele estava fazendo aquilo e sentia-se culpada por tudo o que fizera, além de temer o destino dos pais.

–Eu te agradeço pelo que está fazendo, mas eu preferia que você tivesse me deixado sozinha. -Disse ela. -Seria melhor, e você sabe.

–Acho que não. -Respondeu apertando o abraço.

–Freddie...

Ele a girou pela cintura fazendo-a se voltar para ele e buscou o azul dos olhos dela em meio a escuridão. Mal conseguiu vislumbrar o contorno do rosto dela, mas sentiu que ela lhe devolvia o olhar.

–E se fugíssemos juntos?

Ela achou que houvesse entendido mal.

–Fugir? Como assim?

–Sei de um lugar onde podemos ir. -Continuou. -Só precisamos chegar no porto e embarcarmos pra América, seríamos felizes lá.

Ela sentiu um frio na barriga, um aumento do ritmo cardíaco e por algum momento considerou seriamente a ideia, mas por fim sorriu tristemente lembrando da situação em que se encontravam. Ele provavelmente só estava confuso e se deixava levar pelas lembranças da antiga amizade e do recente romance.

–Freddie -Disse sentando-se sobre a cama. -Eu sei que foram muitos acontecimentos numa única noite, mas você é o herdeiro de um trono, e eu sou sua inimiga. Lembre-se disso.

–Se fosse, teria me capturado, e você teve bons motivos pra isso. -Disse levantando. -Não vai ser fácil, mas... Eu quero.

–Só está tentando me manter viva, se levasse isso adiante se arrependeria muito. Não podemos ficar juntos...

–Sam, eu não sei quanto a você, mas não me sinto responsável pelo que está havendo aqui, quero viver minha própria vida!

–Você está certo, mas eu sou responsável por muitas coisas. Eu aceitei participar disso e preciso pagar por isso, entende? Não conseguiria simplesmente fugir, muito menos levando você pra ser infeliz, você não merece.

Ele pareceu se dar por vencido e voltou a se deitar em silêncio. Ela se inclinou sobre ele e passou a mão pelo rosto dele, mas ele a retirou bruscamente e virou-se pro outro lado destinado a dormir.

Sam se sentiu um pouco chateada com a atitude dele, afinal ela estava pensando no próprio bem dele e numa atitude agressiva, o socou no braço com força fazendo-o se erguer gritando de dor.

–Eu deveria tê-lo capturado, alteza agora não estaria tendo que suportar sua incompreensão!

–Não ouse me agredir novamente! -Ele disse segurando-lhe as mãos. -Ou eu...

–Ou você o que? -Perguntou. -Vai me matar? Está no seu direito, vá em frente!

Ele a encarava em meio aquele breu, sentindo a respiração dela em seu rosto e sentiu uma forte vontade de beijá-la, e percebendo que dificilmente conseguiria se conter a saltou, mas antes que pudesse se afastar, ela mesma o beijou nos lábios, agarrando-o pelos cabelos e foi subindo em cima dele. Freddie tentava juntar forçar para conter aquilo, mas só conseguia abraçá-la com força contra o próprio corpo correspondendo aquele beijo, aquele toque que ia da sua nuca ao seu tórax, provocando-lhe arrepios.

Ela se me movimentava em seu colo, no mesmo ritmo em que se beijavam, lentamente porém de forma intensa, e aquilo o deixava cada vez mais louco de desejo, e ela provavelmente sabia, mas no momento em que desgrudaram os lábios, ele a girou na cama ficando por cima e deixou o corpo afastado do dela.

–Sam, por favor pare, não podemos continuar.

–Você não quer? -Ela perguntou num tom inocente.

–Mais do que qualquer coisa, mas nós devemos dormir. Só isso.

sem responder nada, ela simplesmente o puxou pela blusa e o beijou abraçando-o. Naquele momento foi como se não houvesse nada além deles dois, eles se beijavam com desejo, abraçavam-se e passavam as mãos por todo corpo um do outro enquanto se despiam.

Não havia ninguém por perto para ouvir os sons que os dois produziram durante grande parte da noite, antes de adormecerem exaustos, abraçados sobre a velha cama da cabana de caça no meio da floresta.


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Notas finais do capítulo

Proonto taí o hot que eu prometi, em breve o desfecho dessa história. Gente, por favor, comentem no ultimo cap postado teve poucos cometários e bem espaçados pensei seriamente em excluir pq tenho muito pouco tempo, mas já decidi que não vou fazer isso pq os mais importantes são aqueles que comentam, ainda que poucos, né? Então isso vai de cada um... Mas se ninguém comentar, vou entender que ninguém está interessado e paro ainda que só falte um cap, afinal ninguém é obrigado a ler, comentar ou escrever e eu não tenho como saber se quem comentou a meses atrás ainda está lendo. Eu simplesmente odeio ter que deixar essas palavras duras, afinal é um site pra gente se divertir, mas eu precisava mesmo. Desculpem.
Espero do fundo do meu coração poder concluir mais uma fic, eu fico triste pelas fics seddies abandonadas, aquelas que a gente nunca vai saber o final... É como começar um livro e não terminar, por pior que ele seja kkkk eu pelo menos não consigo!
É isso gente, um abraço e até a próxima!!