O Outro Lado escrita por Gabriela


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, eu fiz o prólogo como um futuro capítulo, mas quando eu for postar ele de novo, eu avisto e tals.
O prólogo, é só uma prévia do que vai acontecer, mas a partir do capítulo 1, vai ter toda a história de como o Trevor chega no Acampamento e tals.
Bom, bem-vindos, espero que gostem. ^-^



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Prólogo

Fecho a porta do chalé atrás de mim. Escutei piadinhas dos meus irmãos sobre eu ser louco, ou conquistador ou os dois.  Respiro fundo, o ar está com cheiro de morango, o dia está lindo no Acampamento, o céu não tem uma nuvem se quer, o Sol brilha sem dó, mais um dia praticamente normal. Mas, hoje há algo de especial, vou fazer piquenique com a minha Alex. Hm, minha? Nossa, eu pensei isso? Hm, com a Alex, isso sim.

- Resolveu me convidar para um piquenique surpresa? – Ouço a voz de Drew atrás de mim, essa garota me persegue desde o meu primeiro dia nesse Acampamento.  Suspiro.

-Você sabe que não, Drew.- Digo tentando ser paciente. – Eu tenho namorada, eu vou fazer piquenique com a Alex. – Ela caminha em minha direção.

-Com aquela filha escrota de Ares? Por favor, você merece coisa melhor. – Diz Drew agitando o cabelo.  É claro que Drew é linda, muito linda mesmo. Mas é vazia, só tem beleza exterior, e eu sinceramente estou cansado de garotas assim. Abro a boca para responder quando ouço:

-Quem é a filha escrota de Ares? – Pergunta Alex. Sorrio. Drew fica branca.

-Ahn, n-ninguém. – Drew gagueja.

- Francamente Drew, Afrodite deve ter vergonha de ter uma filha assim. Que nojo. -  Diz Alex olhando enojada para Drew.

-Olha aqui sua... – Começa Drew mais Alex puxa sua lança e começa a rodopiar ela, eu sorrio, essa é minha garota.

-Sim...?- Diz Alex virando a cabeça de lado.

-Aff ,isso não vai ficar assim.- Diz Drew e sai pisando fundo, eu rio.

-Venha, vamos. – Digo eu e passo o braço pela cintura de Alex.

-Você sabe que eu deveria acabar com essa garota... – Começa ela.

-Eu sei, mas hoje não. – Digo e beijo sua testa. – Vamos logo, antes que os lanches esfriem.

Ele semicerra seus olhos escuros, todos os seus irmãos tem olhos que lembram os olhos de porco, ou de um javali, mas os de Alex não, só escuros da mesma forma, e as vezes você vê um brilho assassino neles, parecem sempre estar analisando a melhor forma de te matar. Por fim, ela sorri. O sorriso mais lindo de todos, o sorriso que me faz acordar todas as manhãs. O sorriso que ela só da pra mim.  Ela segura minha mão e me puxa para frente.

-Está bem, vamos. Meu filho de Apolo. – Diz ela, e minhas bochechas doem pelo meu sorriso gigante. 

-Seu? – Pergunto.

-Sim, meu, só meu. E ai de quem negar isso. Vai ter me enfrentar. – Ela sorri e coloca a mão em sua lança, de brincadeira.

-Hmm, quem sou eu pra negar, hein? – Pergunto.

-Aprendeu rápido, Solzinho. – Diz ela.

- Tive que aprender, né Esquentadinha? – Digo eu. A um mês atrás eu acharia esses apelidos ridículos, eu sempre achei apelidos amorosos ridículos. Mas, pois é, eu mudei.

Descemos a colina em direção aos campos de morango. Alex mora aqui desde dos 9 anos, ela conhece muito bem  o Acampamento, por isso, certo dia quando era pequena, achou uma pequena campina, ali mesmo, nos campos de morango. Estamos indo pra lá.

Quando chegamos, eu estendo a toalha e Alex distribuí os alimentos sobre ela.  Quando terminamos, nos sentamos.

-Finalmente. Podemos comer em paz, sem oferenda para os deuses. Estou cansada de jogar metade do meu prato no fogo. – Diz Alex. Olho nervosos para o céu.

-Aham. – Digo não querendo arrumar briga.

Por fim, nos fartamos, como ate não aguentar mais nada, Alex pelo visto também. Alex puxa a cesta de piquenique e deita sua cabeça em cima dela.

-Vem aqui, - ela sorri. – Deita aqui comigo.

-Onde? – Pergunto igual a um idiota. Ela dá um tapinha em sua barriga. Coro. Que droga. Nunca fui tímido nem nada, mas Alex faz eu me sentir assim, tímido, sensível e idiota. Deito em sua barriga com o maior cuidado.

-Não estou te machucando? – Pergunto preocupado.  Ela ri.

-Trev, por favor, e já levei uma facada na barriga, o peso da sua cabeça não é nada. – Diz ela. Sorrio.

-Espera. – Levanto de repente , alarmado. – Você levou uma facada? Onde? Quando? – Começo a passar a mão em sua barriga procurando sangue, ou qualquer coisa que indique uma facada. Ela ri, ri muito. Fico vermelho, me sinto um idiota, claro, porque eu sou um idiota.

-Calma. – Diz ela quando finalmente consegue parar de rir, mas ainda assim segura um sorriso.

-Humpf. – Digo e deito de volta. – Você quase me mato de susto! – Exclamo. Isso faz com que ela volte a rir.

-Meu amor, - diz ela calmamente. – Eu sou uma filha de Ares, eu já me meti em inúmeras brigas, e é claro, já me machuquei muito. Então, você não tem que ter um mini infarto toda vez que eu me machucar. – Ela ri.

Ficamos em silêncio. Penso em toda a minha vida, eu finalmente poso ser feliz, aqui, com a Alex. Eu finalmente encontrei a felicidade. Sorrio. Eu poderia passar horas ali, deitado na barriga de Alex, sentido sua contínua respiração.

Por fim, Alex faz algo estranho, se senta e eu sou obrigado a me mexer.

-O que foi, amor? – Pergunto. De repente ela parece tensa. Olha para os lados como se estivesse verificando se não tem ninguém aqui além de nós. –Alex? – Pergunto.

-Eu preciso falar com você. Sério. Olha, eu...Eu sei que você vai achar uma ideia absurda, mas... Mas, por favor, me ouça antes de tudo. E-eu simplesmente não vou suportar fazer isso sem você. Você precisa vir comigo, por favor. – De repente seus olhos estão tristes, culpados.

-Hm, Alex, meu amor, eu prometo, eu... Eu juro, eu vou com você aonde você tenha que ir, o que você tiver que fazer, eu juro que te apoio. Pode falar, nada vai ser absurdo demais.

-Tá bom. – Diz ela um pouco mais calma, mas mesmo assim ainda não olha nos meus olhos. –  Trev, você nunca sentiu raiva dos deuses? Nunca se sentiu abandonado por eles? Nunca os achou fúteis? Egoístas? Ambiciosos? Nunca sentiu que poderia fazer melhor que eles fazem? Nunca se sentiu esquecido? Tradado como um erro?- Pergunta Alexandra descrevendo exatamente tudo o que eu sinto, tudo o que eu senti desde o primeiro dia que entrei nesse Acampamento. – Trevor... Você entende?

-Alexandra... – começo e ela se encolhe. – Você... Você acabou de descrever tudo o que sinto, tudo o que senti desde a primeira vez que entrei nesse Acampamento.

-Então Trevor. Você só veio parar aqui com 16 anos, era para estar aqui desde o 13. Você... – Ela morde os lábios. – Nunca se sentiu esquecido?

-Sim Alexandra, é tudo o que sinto. – Digo.

-Você... Não gostaria de se vingar? Não gostaria de ver o senhor todo poderoso Zeus picado em milhões de pedacinhos? Você sabe, ele que proibiu nossos pais de nos verem. Ele fez os deuses nos tratarem como erros, Trevor. Não sente ódio dele? – Pergunta Alex.

-É óbvio que sinto, Alex. Quem não sente? Quem nunca sonhou com a queda do Olimpo? – Pergunto e ela sorri.

-Quer dizer que você se juntaria a mim, à Gaia para acabar com o Olimpo? – Seu entusiasmo cresce.

-Sem pensar duas vezes. – Respondo e ela pula em meu colo e me beija.

-Imagine, nós dois, juntos. – Ela olha para o céu. – Para destruir o todo poderoso senhor Zeus. – Ela começa a gritar. – Já imaginou Zeus? Você, picadinho? Queimando no fundo do Tártaro? – Ela ri imprudente.    

-Alex, pega leve. – Digo um pouco preocupado.

-Qual é amorzinho, vai pegar no meu pé agora? – Diz ela como a velha filha de Ares que eu conheci a algum tempo.

-Qual é? Vai dar uma de Clarisse La Rue agora? Me polpe. – Digo irritado.

-Não fale mal de Clarisse. Respeite-a, ela é minha irmã.

-E você ainda tem orgulho isso? Humpf. – Digo enojado.

-Quer saber? Eu vou embora. Tenho que avisar os outros semideuses mesmo que você se juntou a nós. – Ela diz, mas posso vez a irritação em seus olhos. E se levanta. Seguro seu pulso.

- Você tem certeza? – Digo entredentes. Ela me olha com ódio e da um safanão no meu braço para se soltar.

-Muita certeza. – Diz ela e saí pisando fundo.

Não sou atrás dela. Sou orgulhoso demais para isso. Eu não sou do tipo que corre atrás de garotas, por mais que eu ame Alexandra. Não vou atrás dela. Ela xinga o senhor dos céus, com o risco de morrer, e ainda fica brava quando me preocupo com ela. Garota estúpida.

Estou remoendo meu ódio quando sinto os cabelos de minha nuca e os pelos de meu braço se arrepiando. Viro-me a tempo de ler Alexandra no começo das plantações de morango, ela olha diretamente para mim, seus lábios estão formando o meu nome quando um raio a atinge, e ela caí.    


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Notas finais do capítulo

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