Tudo ficou mergulhado na escuridão e o silêncio somente a luz da lua iluminava um pouco pelas janelas não deixando totalmente escuro. Só dava para ouvir os corações batendo forte de todos os Karas em seus esconderijos, inclusive o de Dani, que pela primeira vez sentiu um pouco de medo, mas não fraquejou.

De repente ouviu-se um ruído, e uma sombra fantasmagórica apareceu. Estava vestida de negro, como a noite com a cara tampada e uma fita vermelha em volta da cabeça. A figura era muito rápida, tinha uma habilidade incrível e fazia muitas piruetas no ar e no chão.

Aproveitando a pouca luminosidade, todos os Karas e Dani saíram de seus esconderijos. Magri era a que estava mais próxima do que se poderia chamar de homem, e começou a segui-lo cautelosamente. O homem misterioso estava se dirigindo as relíquias de Rá.

“Não posso o deixar chegar até as peças” pensava a garota.

Magri correu até as peças, mas o homem foi mais rápido, e as tomou-as e coloco-as dentro de um saco que carregava amarrado às costas.

Miguel, Dani e Calu fecharam o caminho do homem, mas num salto daqueles de ganhar medalha de ouro nas Olimpíadas, em atletismo, a figura pulou por cima das cabeças dos três jovens, dando uma cambalhota no ar e desaparecendo.

Os Karas e Dani foram para a ala de entrada do museu, aonde o homem havia desaparecido.

- Nossa, ele sumiu como fumaça! – comentou Calu.

- Procurem qualquer coisa que nos ajude a encontrá-lo – ordenou Miguel.

Todos eles tiraram de seus bolsos algumas lanternas e começaram a andar pela ala. Dani achou a fita vermelha que o homem usava.

- Mas o que é isso? – perguntou Magri.

- Não tenho certeza, mas eu acho...

Dani levou um susto e se esqueceu o que ia dizer, Magri havia gritado.

- Magri??!! – gritou Miguel.