Rua 35 escrita por Keroro


Capítulo 25
Operação


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo, yey! É pra glorificar de pé q -okno
Eu quero agradecer aos meus divos Gui e Michelangelo por betarem esse capitulo. (o único capitulo betado da minha fic q) E também pelos puchões de orelha pela demora q
Agora, leiam, leiam leiam c:



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Já fazia quase quatro horas desde que a operação “transformar James em gay” – nome dado pela Annabell – tinha começado.

– James, pela decima vez. Você tem que andar assim – Disse Annabell, fazendo outra demonstração.

James fez outra tentativa, só que mais uma vez ele acabou falhando.

– Cara, qual é o seu problema? Isso não é tão difícil. - falou Sam, andando do jeito que Anna havia ensinado.

– Viu? O Sam consegue! – disse Annabell, toda orgulhosa.

– Claro que ele consegue, existe um gay dentro desse ser oxigenado. – falei, e James começou a rir.

– Giu, se você não vai ajudar então não atrapalhe. Okay? - falou Anna. “Meu Odin, o que fizeram com a minha criança?”

– Isso é o que você ganha por se meter na vida alheia. – disse Damon, sentando-se ao meu lado.

– Você quer ganhar uma coisa também? Do tipo, uma bala no meio do crânio? – ele fez que não com a cabeça – Ótimo!

– Sabe, quando eu te conheci achei que você fosse uma garota mais sensível, normal.

– Sensível? Normal? A Giuliana? Pelo visto você não viu o que ela estava vestindo. – falou Sam.

– Annabell! O que você falou sobre não atrapalhar? Tire o seu namorado daqui antes que eu o mate!

– Beleza, não está mais aqui quem falou. – disse Sam e saiu.

– Okay, se você tivesse que pensar que alguém ali era normal e sensível essa seria a Anna.

– Eu não estou falando sobre roupas. – disse Damon, rindo – Estou me referindo ao jeito que você falava e se comportava.

– Ah! É sobre isso então? Por favor, eu continuo falando e agindo do mesmo jeito.

– Só que não.

– O que você quer dizer? – perguntei.

– Você mudou depois da Rebelião. Começou a me tratar mal, ficou mais violenta.

– Ah, você queria que eu continuasse agindo do mesmo jeito depois do que eu descobri? Por favor, pelo visto você não está aqui há muito tempo, não é? Nem sabe das historias.

– Eu estou aqui há seis meses, e eu não acredito nas historias que são espalhadas por ai. – disse Damon.

– Ah não? Vai me dizer então que você não acreditou nas historia de “Giuliana, o demônio” ou “a vadia de cabelo roxo” ou então a melhor de todas “a vadia incendiaria que matou os próprios pais e colocou a culpa nos irmãos”. – falei - Pelo amor de Deus, Damon! Você diz que não acreditava em nada do que eles diziam, mas eu vi o jeito que você me olhou quando me viu pela primeira vez.

Quando eu percebi já estava gritando com o ruivo a minha frente. Olhei ao redor e vi que Anna, Sam, James, Micki e Alexcia estavam me olhando assustados. Eu nunca tinha me estressado tano por uma coisa tão sem importância.

– Giu, calma. Eu não disse nada disso, você está tirando toda a conclusão sozinha. Está entendendo tudo errado! – disse Damon. – Tudo o que eu sabia sobre você foi o que a Clove me contou.

– Ótimo! A psicopata louca do álcool? Tudo o que você sabia sobre mim antes foi tudo ela que te contou? Não podia ser melhor! – falei, me virando e olhando para Micki. Ela sibilou algo como “se controle”, já que ela era a única ali que sabia que eu andava com uma arma dentro da bolsa.

Logico que ela não se importava se eu mataria Damon ou não. Ela só não queria que eu sujasse seu sofá com sangue.

– O que ela te contou? – Perguntei, me virando e voltando a ficar de frente para Damon.

– Nada demais, só o que todo mundo já sabia sobre você. – Respondeu Damon.

– O que todo mundo acha que sabe sobre mim, você quer dizer. – rebati – Damon, você não sabe como é ser acusada de matar os próprios pais.

– Na verdade, eu sei sim. Você não sabe o porquê eu estou aqui, não é? – Perguntou, mas apenas continuou sem esperar pela minha resposta – Eu fui acusado de empurrar a minha mãe do 20º do prédio onde nós morávamos.

Ela morreu, é claro. Quem sobreviveria a uma queda dessa altura? Graças a isso a acusação foi bem pior. Mas é claro que eu não a empurrei, eu não tinha motivos para fazer isso. Eu amava a minha mãe e ela era a única família que eu tinha. – falou, olhando para baixo – Eu estava dormindo e acordei com o barulho da janela do meu quarto sendo aberta. Quando olhei lá estava ela, pronta para pular. Ela nem olhou para mim, apenas se jogou. Eu não tive nem tempo de gritar, ou de implorar para que ela não fizesse aquilo.

Ela não deixou nada. Nem um bilhete explicando o motivo de ter feito aquilo.

Quando eles chegaram apenas me levaram para ser julgado, como você eu não tivesse chance de defesa. Ninguém acreditou que ela tinha se jogado sozinha, então eu vim parar aqui. Você tinha me perguntado o porquê de eu ter medo de altura, então, agora você tem a sua resposta. – Disse Damon, se levantando e saindo da casa de Micki.

Eu não sabia o que dizer, então apenas observei enquanto ele abria a porta e saia.

– Porra, nem eu sabia dessa. – disse Sam.

– Como assim você não sabia? Você é o melhor amigo dele! – falou Annabell.

– Eu sei, eu sei. Só que ele nunca tinha me contado que tinha sido acusado de matar a mãe.

– Pelo visto vocês dois estão no mesmo barco, Giu. – disse James.

– Ah, cala a boca! – Falei, me jogando no sofá.

– A conversa está muito interessante, mas, James tem que continuar treinando porque desse jeito que ele está não vai convencer ninguém. – disse Micki.

Eles passaram o resto da tarde treinando. James já estava bem melhor com sua interpretação.

Um tempo depois Lanna chegou, e vinha acompanhada.

Como num passe de magica eu vi uma luz se acender na cabeça de Annabell e ela imediatamente empurrou James na direção de Apolo.

– Isso vai ser interessante. – Sussurrou Alexcia, soltando um risinho baixo.

– Então, você é o nosso novo vizinho, não é? Eu não tive tempo de me apresentar adequadamente no nosso ultimo encontro. Eu me chamo James. – Falou, estendendo a mão como uma mulher. E eu rapidamente entendi, ele queria que Apolo beijasse sua mão.

Eu desviei o olhar na tentativa de conter o riso, e vi que Micki fazia a mesma coisa. Annabell estava respirando totalmente descontrolada e Sam tinha acabado de cuspir toda a bebida que tinha colocado na boca.

– Mas o que. – disse Alexcia, olhando para James e Apolo.

“Não acredito que estou vendo isso!”

Apolo - como um bom cavalheiro - tinha beijado a mão de James, que por sinal estava com os olhos arregalados.

Mas nada se comparava a cara de Lanna.

A mulher olhava para os dois de boca aberta, tentando entender o que estava acontecendo. - Era de se entender o susto que ela tinha tomado, já que há alguns dias atrás ela tinha pegado James e Micki em uma situação um tanto, constrangedora. – Então era de se esperar que ela estivesse tentando entender o que James estava querendo agindo e falando daquela maneira. “Acho que nos esquecemos de contar a ela sobre isso.”

– Eu me chamo Apolo. – O homem respondeu

– Oh, que nome bonito. – disse – Então, Apolo, você não quer me levar para dar uma volta mais tarde? – Perguntou James, passando o dedo indicador pelo peitoral de Apolo.

E foi nessa hora que eu escutei a gargalhada histérica de Sam. Ele liberou praticamente o gás do coringa no local e todos começamos a rir, menos Lanna e Apolo que não estavam entendendo absolutamente nada do que tinha acontecido.

– James, ficou melhor do que eu esperava! – disse Annabell, limpado algumas lagrimas.

Sam e Micki ainda estavam rindo, então eu tive que explicar toda a situação para Lanna e Apolo, já que pelo olhar da ruiva se ela não soubesse logo o que estava acontecendo iria matar todos lá dentro.

Quando eu contei toda a situação Lanna também começou a rir, o único que não achou muita graça foi Apolo, já que ele tinha sido usado para o teste.

– Mas então, Apolo. Você acha que o James consegue convencer como gay? – Perguntou Annabell.

– Pelo menos a mim ele convenceu.

– Ótimo, porque não temos mais tempo. Temos que te preparar, mocinha. – disse Micki, rindo e puxando James escada acima para que ele se arrumasse.

~

– Ai amiga! Você está um luxo! – disse Sam, quando viu a roupa que James estava usando.

– Vocês não tinham uma roupa pior não? - perguntou James.

– Colega, sua roupa está divina! Você vai arrasar! – Continuou Sam. “Ele vai acabar apanhando.”

– Porra! Mandem o Sam no meu lugar!

– Não, eles escolheram você, não o Sam. Então você vai sem reclamar. – falou Micki, puxando James para fora da casa.

Sam correu até a porta, gritando:

– Boa sorte, amiga! – depois mandou um beijo, fechando a porta e começando a rir em seguida.

– Sam – chamou Annabell.

– Sim, baby.

– Que frescura é essa? – Perguntou ela.

~

– James, você sabe tudo que tem que fazer, não sabe? - perguntei.

– Acho que sim.

– Como assim você “acha”? Você não tem que achar, se você fizer algo errado pode ferrar com nos dois.

– Eu sei! Eu já entendi, não vai dar nada errado.

É claro que aquele plano tinha tudo para dar errado. Primeiro porque eu não estou acostumada a ficar defendendo ninguém durante a luta, e James não sabe se defender muito bem. E, além disso, ele estava desarmado para não acabar levantando suspeitas no Kai.

Então, se ele for atacado toda a parte da defesa vai depender de mim e da minha katana.

O Sr. Roderick nós levou de carro até a Rua 30, que era onde Kai estaria. Descemo-nos e Sr. Roderick nós disse onde estaria com o carro a nossa espera. Deu-nos as ultimas instruções do que teríamos que fazer caso algo desse errado e depois partiu.

Fomos andando até perto da rua onde sabíamos que Kai estaria naquele horário. Eu não fazia a mínima ideia do porque Kai sempre estava neste local todo dia no mesmo horário, mas também não fazia questão de saber. Cada um com seus respectivos problemas e assim vivemos todos felizes do nosso jeito.

Quando chegamos ao inicio da rua avistamos Kai praticamente na metade do caminho. Era um homem um pouco diferente do que eu imaginei. Mas eu não contava com o seu porte físico.

O homem era uma muralha humana. Okay, nem tanto. Mas ele era maior que James, o que já era uma desvantagem.

– É aquele cara ali? - Perguntou James, eu apenas balancei a cabeça, assentindo. – Então, vamos nessa.

– James, você sabe que nada pode dar errado. Se você fizer algo demais ele pode te levar a nocaute com um único soco, então, faça com que tudo de certo e ele não desconfie de nada.

– Okay.

– Eu vou me esconder o mais próximo que eu conseguir, qualquer coisa você gritar e eu irei correndo até lá. – falei, entregando uma garrafa de vodka nas mãos de James e empurrando ele na direção de Kai.

~

James tomou um gole da liquido da garrafa e andou o mais rápido que conseguiu atrás de Kai, tentando não levantar nenhuma suspeita. Quando ele estava próximo começou a gritar.

– Oi, gracinha. Você está acompanhado? – perguntou.

Kai se virou, olhando para o homem que o tinha chamado. Ele viu que ele segurava uma garrafa, e parecia estar embriagado.

– É comigo? – perguntou.

– Claro que sim querido. Você vê mais alguém aqui?

– O que você quer? – perguntou Kai, se aproximando do homem.

– Hum... Eu acho que você sabe bem o que eu quero. – disse James, passando os braços ao redor do pescoço de Kai.

O cheiro de vodka invadiu os pulmões de Kai, o cheiro o incomodava. O homem não gostava daquele tipo de bebida e não entendia o motivo de certas pessoas acharem aquilo ótimo.

– Porque não vamos para outro lugar? – Perguntou James.

– Okay então. – falou Kai, pegando James pelo braço e o levando até um motel próximo.

Micki ia seguindo os dois homens usando os telhados, já que seria notada se usasse o chão. Ela viu quando eles entraram em um motel e amaldiçoou internamente. Como descobriria em qual quarto eles estavam? Teria que dar um jeito, ou então a “inocência” do seu querido James iria por água abaixo.

Kai falou com o atendente, que já o conhecia. O atendente entregou uma chave ao homem, que agradeceu com um aceno de cabeça e continuou puxando James para que ele subisse logo as escadas. James fazia uma prese interna, pedindo para quem quer que fosse para que Micki descobrisse onde eles estavam e não deixasse que nada lhe acontecesse.

Kai abriu a porta do quarto e deu passagem para que James entrasse. Quando ele o fez trancou a porta, e se virou para olhar para o outro homem, logo empurrando ele para cima da cama. Com esse movimento James acabou soltando a garrafa de vodka, que caiu no chão, quebrando e derramando toda a bebida que ainda havia lá dentro.

Kai subiu por cima do mais novo, colocando uma perna de cada lado do corpo de James, e depois segurou as mãos do mesmo acima de sua cabeça.

A única coisa que James conseguia pensar era que estava literalmente fodido.


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Notas finais do capítulo

HIASDSADADHSAKDSA IARARIRIARIARIAIRIA
~corre pra não apanhar~



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