*Sam Winchester narrando*

–Que tal nós subimos o patamar alcoólico? - disse ela toda espontânea.

Eu realmente adorava esse jeito sedutor e divertido que Alexia tinha.

–Patamar alcoólico? Existe essa palavra? - disse brincalhão.

Depois de tantas cervejas, eu estava mais solto, fazia piadas e ria de tudo que acontecia.

A companhia de Alex me fazia bem, muito bem. Eu não me lembrava dos meus problemas como, o Apocalipse, Lúcifer correndo atras de mim, Zacarias pressionando o Dean pra dizer sim ao Miguel... Nada disso passava pela minha cabeça. Alex me fazia bem, mas eu só a via como uma amiga. Ela era muito bonita, isso eu não podia negar, mas ela não mexia muito comigo como mulher. Eu já tive fantasias com ela, sou homem, é normal, mas não passara disso. Mas agora, olhando pra ela e com as varias doses de cerveja, eu estava atraído por ela. O modo com que ela ria, falava e até mesmo levava o copo a boca era tão sexy e gracioso.

–Não sei, o inteligente aqui é você. E se não existia, agora existe. - começou ela. E nos rimos de novo. - E ae? Vamos?

–Claro! É so pedir. - Eu estava topando tudo. Eu estava disposto a me divertir como me divertia em Stenford.

Alexia chamou a garçonete, que não sei o por que, não para de olhar para mim. Isso me deixa desajeitado, não sou o Dean que é só a garçonete gostosa do bar dar bola pra ele que ele se engraça pra ela.

Alex pediu um tal de Godfhater. Nunca ouvi falar desse troço. Estou acostumado e velha e boa cerveja. Isso eu puxei ao meu irmão e ao meu pai. A garçonete colovou um copo na minha frante e outro na frente de Alex e despejou vários tipos de Whisky e Tequila. Nossa, isso vai me deixar mais bebado do que já estou.

– Nossa. Você pegou pesado. - disse olhando para o copo.

– Vai amarelar Sammy? - Alexia disse me olhando como se aquilo fosse um desafio. Se eu ganhar, vou querer algo em troca.

– Não mesmo. - e logo virei o copo sem nem pensar duas vezes. - Agora eu te desafio. - falei colocando o copo em cima do balcão.

Alexia começou a tomar o drinque, mas não consegui terminar. Não pude me controlar, e ri ao ver a careta que ela fez.

– Ok! Perdi essa. - disse ela se dando por vencida.

Essa era a minha deixa. Já não tava muito são naquele momento, então deixei o tesão pela Alexia falar primeiro.

– Agora eu quero o meu premio. - disse me aproximando dela de vagar.

– Que premio? A gente não apostou nada. - me provocou.

– Ah. Eu venço o desafio e não ganho nada em troca?

Eu não estava mais mandando em meus movimentos, não que eu não queria. Eu simplesmente queria experimentar o gosto dos lábios de Alexia, e com a dose horrenda que tomei de Tequila, foi mais fácil me soltar e partir pro ataque.

Sem pensar duas vezes, toquei sua cintura com uma das minhas mãos, e com a outra coloquei uma mexa do cabelo dela para trás de sua orelha, repousando minha mão em sua nuca e a trazendo pra mim.

Assim que beijei sua bochecha, senti Alexia se arrepiar. Eu estava gostando de saber que seu corpo havia correspondido ao toque dos meus lábios em sua pele macia e cheirosa. Fiz uma trilha de beijos em sua bochecha, queixo e terminando com um selinho demorado. Seus lábios eram macios, ótimos para um beijo gostoso. E logo fui querendo mais, pedi passagem com minha língua pra aprofundar nosso beijo, e ela cedeu. Minha mão, que antes estava em sua cintura, agora estava a envolvendo mais ainda a trazendo ainda mais para perto. Até que me faltou ar e retomei um pouco a consciência e nos separei.

– Desculpe, foi mais forte do que eu. - disse nos separando.

– Tudo bem. Eu... também quis.

– Mas nós somos amigos... - disse a olhando nos olhos um pouco desajeitado.

– E daí? A tequila não sabe disso.– ela se aproximou de mim.

– E se no final acontecer mais do que só beijos? - eu realmente tinha perguntado isso? Que droga Sam. A tequila esta fazendo efeito.

– A gente põe a culpa na tequila. - disse ela fazendo um sorriso malicioso aparecer em seus lábios, que por um acaso, parecia que me chamavam para outro beijo.

É bom saber que ela também esta afim. Mas acho que ela também se balança um pouco com o Dean, por isso não o trouce.

Ela se aproximou mais e tocou no meu braço que estava em cima do balcão. Droga, seu toque me acendia totalmente. Pois é, dizem que a tequila é afrodisíaca. Eu gostei dessa parte. O toque de suas pequenas e delicadas mãos tocaram meu abdômen e seu rosto foi se aproximando do meu.

"Assim eu não vou aquentar" pensei comigo.

Nossas bocas se tocaram de novo. Nossa, como era bom o seu gosto. Passei meus braços pela sua cintura e nosso beijo ficou mais calmo e sedutor. Sim, seu beijo me acendeu. E creio que ela se acendeu também.

(...)

Já era quase 2h da manhã e o bar já estava mais vazio, então, nos finalmente conseguimos nos sentar em uma mesa no canto do bar. Com isso, nossas investidas em caricias foram aumentando. Ela conseguiu me exitar com seus beijos e mãos sobre meus braços e ombros. Não estava aquentando me controlar mais. Eu estava ereto. Droga. Acho que ela descobriu isso.

– Sam. - disse ela sedutoramente em meu ouvido. - Você esta exitado?

Nesse momento fiquei sem reação. Não sabia o que falar. Falava que sim e dava uma de tarado, ou falava que não, e dava um de "homem frigido".

– Por que eu estou totalmente enlouquecida. - continuou ela com o mesmo tom sedutor em meu ouvido.

A única reação que tive foi balançar a cabeça fazendo sinal de positivo.

Sua boca tocou meu lóbulo o mordendo depois.

– Quer sair daqui? - sugeri.

– Quero! - disse ela sobre minha pela do pescoço.

Logo depois de sua resposta, me levantei, a peguei pela mão e a levei para fora daquele bar. Fomos em direção ao carro dela em meio a beijos e risos. Sim, apreciamos dois adolescentes tendo sua primeira vez, mas e daí? Eu estava bêbado mesmo.

Eu sentei no banco do passageiro e Alex sentou no do motorista e deu a partida. Enquanto uma das mãos de Alex estavam no volante, a outra estava em minha nuca fazendo um carinho gostoso em meus cabelos. Nossa, estava difícil resistir a tantas caricias, ela sabia como me acender somente com toques.

Passaram-se uns tres quarteirões e Alex entrou com o carro em um beco escuro e estacionou.

– Não posso mais dirigir. - disse ela enrolando a língua de tão bêbada que estava.

– Também acho.

Alexia soutou o cinto e se aproximou de mim, fazendo carinho em meus cabelos.

– E agora? - perguntou ela com uma voz sedutora.

Não pensei duas vezes e a beijei. Um beijo ardente, urgente e cheio de segundas intenções. Ainda bem que estava escuro e deserto.

Peguei na cintura de Alex e a puxei para meu colo a deixando de frente para mim com minha cintura no meio de suas pernas. Suas mãos massaram pelo meus ombros tirando minha jaqueta e deixando meus braços a mostra, e foi até a barra da minha camiseta tentando tira-la. Logo não aquentei e tirei sua blusa a deixando de sutiã e jeans. Desci minha boca até se pescoço e pude ouvir um leve gemido saindo de seus lábios.

– Sammy. - disse ela sem folego. Não deu muita bola e continuei beijando seu pescoço. - Sammy! - continuou ela.

– Que foi? - disse roçando meus lábios em sua pele

– Vamos pro banco de trás? É mais confortável.

Não disse nada e nós nos manobramos para o banco de trás. Eu estava realmente exitado, também pudera, uma uma mulher linda, sedutora dando em cima de você, duvido que você iria resistir. Mas ela estava bêbada, e eu também, será mesmo que o que estávamos fazendo era o certo? Qual é Sam, ela é mais jovem que você, e ainda esta bebada. Acho melhor parar por aqui, antes que,,, Nossa. Não. Ui..

– Alex..... - gemi baixinho assim q ela levou as mãos para o cós da minha calça e passou seu dedo em cima de meu membro. - Alex!

Estava complicado parar. Estava tão bom. Meu Deus, como aquilo estava bom. Mas eu não posso dar continuidade á isso. Tenho que parar antes que não dê mais jeito e nos arrependamos depois.

– Alex - falei pegando em seus cabelos.

Ela dava beijos e mordidinhas um pouco abaixo do meu umbigo. Droga. Tenho que parar agora antes que...

– Alex, olha pra mim. - disse com uma voz rouca.

– Que foi Sammy? - disse ela olhando pra mim sem intender do por que da interrupção.

– Você tem certeza, que... que nós transarmos é uma boa ideia? - disse a colocando em meu colo de frente pra mim.

– Por que? Você não quer?

Droga. Já vi que vou magoa-la. Mas é melhor, antes que nos arrependamos e nossa amizade acabe.

– Não é isso. É que, bom - coragem Sam - nós estamos bêbados, muito bêbados por sinal. Se é pra acontecer alguma coisa entre a gente, eu prefiro que não estejamos cheirando a tequila.

Se olhos estavam tristes. Eu podia ver um ar de desapontamento. Droga, eu a queria muito, muito mesmo, mas não assim, em um banco de trás de um carro, um beco escuro, bêbados e mais de 2h da madrugada. Sim, ainda sou romântico.

– Você intende? Você é uma mulher muito bonita, legal, esperta, não merece uma transa casual em um carro ás 2h da madrugada.

– Intendi. Ta me dando um fora falando que eu mereço coisa melhor. - disse ela saindo do meu colo.

– Alex, não é um fora, é que...

– Você não quer transar com uma garota bêbada, no banco de trás de um carro. - disse ela colocando a blusa.

Droga. Eu a magoei.

– Alex, eu só...

– Tudo bem Sam. - começou ela - Seria mesmo estranho você transar com uma garota bêbada e uns cinco anos mais jovem que você.

– Oque? - era só o que me faltava - Você esta pensando que eu não quero transar com você por que você é mais jovem que eu?

– Na boa Sam, acho melhor a gente voltar pro Hotel e fingir que nada disso aconteceu.

– Alex não. - a peguei pelo braço - Vamos terminar de conversar. Não quero que termine assim. Essa noite foi incrível, foi mesmo muito boa, mas é que...

– Sam, para! - disse ela se exaltando e me interrompendo. - Chega desse negócio de que "foi bom mas só quero sua amizade". Eu já intendi. Vamos embora agora?

– Ta, tudo bem. Mas essa conversa não acabou.

Ela se soltou e foi para o banco da frente, ligou o carro e deu partida nos tirando daquele lugar escuro e deserto.

O caminho até o Hotel foi totalmente silencioso. Nenhum de nós teve coragem para falar ou fazer algo. Acho que o que eu temia aconteceu. Amizade colorida? Não. Acho que nem amizade temos mais.

Chegamos no hotel e Alex estacionou o carro na vaga em frente ao seu quarto e ao lado do Impala. Desligou tudo, tirou o cinto e saiu. Sem dizer nada.

Sai logo depois e ela foi se dirigindo ao seu quarto. A noite não podia terminar assim, então fui atras dela.

– Alex, me escuta. - disse chegando perto dela, que já estava perto da porta.

– O que Sam? Você já disse o que queria, você não quer transar bêbado. Tudo bem. - disse ela em tom de sarcasmo.

– Alex, eu também disse que se fosse para nós transarmos, não queria que fosse no banco de tras de um carro e os dois cheirando a tequila.

– Sammy, é melhor você ir pro seu quarto. Dean deve estar preocupado com você. Vou tomar banho e depois a gente conversa.

Ela se virou e abriu a porta e entrou, fechando a porta na minha cara, me deixando ali, sozinho, sem ter reações nenhuma. Eu estava muito bêbado, mas acho que o que fiz foi o melhor a ser feito. Não poderia transar com minha amiga, sendo que eu e ela estávamos bêbado. DROGA! QUE MERDA QUE EU FIZ!

Fui para meu quarto cambaleando, acompanhado de meus pensamentos. Abri a porta e lá estava Dean, dormindo de brusso, como sempre faz, nem tirou a roupa. Ótimo, não iria ter um interrogatório. "Onde você estava? Você ta bêbado? Transou com a Alexia? O que? Você deu um fora numa mulher que estava louca pra de dar amor e ainda por cima bêbada?"

Não sou um idiota, só queria que não fosse daquele jeito.

Fui direto pra minha cama, não aquentava mais de tanto sono. Vou dormir, amanhã eu falo com a Alex e nós nos entendemos... assim espero.