Sangue inocente escrita por Mandi Winchester


Capítulo 23
Vingança (parte 1)


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
A que alegria de entra aqui e ver os reviews da fic inteira, até chorei de emoção *..*
Bom, primeiro lugar, quero agradecer a TODOS que acompanharam minha primeira Fic. Quando me lembro da primeira vez que postei aqui, do primeiro review, do primeiro leitor uma emoção enorme toma conta de mim. OBRIGADA!
Em segundo lugar, tenho duas noticias para vocês, a primeira é: Esse capitulo vai ter duas partes, pois ficou enooorme então resolvi dividi-lo. A segunda é que haverá uma SEGUNDA TEMPORADA!! *le grita pudim e da tiro de Colt pra cima*
Pois é... mas só terá a segunda temporada, se vocês quiserem que tenha então, E aí, vocês querem? Bom, tem tempo ainda pra decidir, vou esperar vocês lerem o último capitulo pra vocês me falaram se querem ok?
PRIMEIRA PARTE DO ÚLTIMO CAPITULO! Apreciem sem moderação ;)



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Cidade de Norton - Massachusetts


Era uma casa grande, escura e, se não fosse pelas criaturas que ali abitavam, seria abandonada.

Essa casa se encontrava numa rodovia secundária ha muito tempo, desativada. A casa tinha seus bons 3 andares, 15 quartos, 10 salas e 15 demônios nela abitando. Suas paredes estavam descascadas e pretas, devido ao fogo que ali houve a cerca de 5 anos atras e, ao ser apagado, levou consigo a família Colton, cuja filha mais nova tinha 6 meses de vida.

É aí que chegamos a pergunta: o pivô desse "incêndio" fatídico, foi o mesmo que destruiu os sonhos da família Campbell Winchester? Eu te digo que sim, ele foi o pivô. Porém, ao contrario de John Winchester, o Sr. Colton não foi atras de justiça, e não pense você que foi porque ele não queria, mas sim, porque ele foi dessa para uma melhor antes de chegar perto do pivô do incêndio, Azazel. É, nem todo caçador teve tanta sorte quanto o pai de nossos heróis.

Se não fosse pelos gritos desesperados de uma certa caçadora conhecida por nós, a casa estaria silenciosa.


Alexia, após ser raptada por "soldados" de Adfur, foi arrastada até essa enorme casa e trancada em um de seus 15 quartos.

Por ser noite, o quarto estava completamente escuro e assustador. Suas enormes janelas foram trancadas e tapadas por ferro para que nossa destemida caçadora, em busca de vingança, não escapasse. E Alexia tentou, ah como ela tentou, sair daquele quarto escuro, porém, sem sucesso. Suas forças já estavam esgotadas de tanto que batia no ferro de uma das janelas, e gritar foi sua última esperança.


– SOCORRO!! - gritava Alexia pela centésima vez - SEU DESGRAÇADO! ESPERE NÓS NOS CRUZARMOS. VOCÊ NUNCA SE ESQUECERÁ QUEM ARRANCOU SUA CABEÇA, INFELIZ! - continuava a caçadora extremamente nervosa.


Do lado de fora do quarto onde Alexia estava aos gritos, havia dois, dos 15 demônios, de guarda, só esperando uma ordem de seu chefe para tira-la de lá e leva-la até seu encontro.


O chefe dos 15 demônios estava comemorando a excelente execução de seu plano, que resultou na quantia certa de sangue de crianças e na captura da garota que tinha o sangue mais poderoso e inocente de todo mundo.


– HAHA - ria Adfur com um copo de vinho em uma das mãos - Nenhum outro demônio seria capaz de conseguir tamanha proeza. Daqui a poucas horas, o ritual será cumprido e eu serei recompensado. Finalmente recompensado por todos os anos que passei naquele inferno, somente recebendo oferendas miseráveis destes humanos incompetentes. - terminou tomando um gole da sua taça.


Adfur estava mesmo feliz e satisfeito consigo mesmo. Alias, ele, assim como todos os outros demônios, tinha um ego inatingível e não se cansava de explanar pra quem quisesse ouvir, que ele, e mais ninguém, era o melhor demônio existente em todo o universo.


– Senhor! - um de seus soldados entrou na sala em que Adfur comemorava, antecipadamente, sua vitória - Está na hora de começarmos o ritual.

– A sim... que ótima hora! Levem a sangue inocente para o quarto que foi preparado para esse momento inesquecível.

– Sim senhor. - disse o demônio antes de sair da sala.


O mesmo demônio, que antes estava na sala com Adfur, seguiu por toda a casa, desceu e subiu escadas, até chegar em um longo corredor onde, no final dele, havia dois de seus companheiros ao lado de uma porta comum. Podia se ouvir os gritos desesperados de Alexia por toda extensão do corredor.


– Adfur falou para leva-la ao lugar combinado. - disse o demônio para seus companheiros que logo abriram a porta do quarto.


Alexia estava encostada em uma das paredes, como se tivesse se protegendo de algo. A caçadora tinha borrado toda a maquiagem e suas roupas estavam sujas de terra devido a reação que teve quando os demônios foram rapta-la.


*Flashback ON*


O sol tinha acabado de nascer quando Alexia acordou envolvida em um lençol branco. Seus olhos custaram abrir e, ao serem abertos, um sorriso radiante brotou nos lábios da caçadora.

A imagem que lhe foi proporcionada foi como um sonho para ela: Dean estava dormindo ao seu lado e, assim como ela, envolvido no lençol da cintura para baixo, deixando seu peitoral e barriga á mostra.

A noite passada foi inesquecível e, com certeza, ficará marcada na memória, não só de Alexia, mas de Dean também, todos os toques, beijos e sensações que tiveram juntos os completaram.

Ao relembrar de tudo que passou e fez naquela cama com Dean, Alexia se sentiu um tanto quanto estranha pois, nunca iria imaginar que dormiria com um caçador, ainda mais com Dean Winchester, principalmente depois de como se conheceram.

A caçadora riu novamente, ao lembrar do soco que deu em Dean na noite em que se conheceram. Se ela voltasse no tempo e contasse para si própria que ficaria com ele, ela não iria acreditar.


Alexia depositou um beijo na bochecha de Dean, que ainda dormia profundamente, e se levantou indo para o banheiro.

A caçadora abriu o chuveiro ainda com seu sorriso, ela parecia uma boba com aquele sorriso espontâneo em seu rosto, e se colocou embaixo da água morna que caia e relaxava seus músculos.

Após o banho, Alexia se vestiu e, ao sair do banheiro, encontrou com Dean ainda dormindo.

A caçadora encostou no batente da porta e começou a reparar todo o corpo de Dean, para que nenhum pedacinho de seu corpo se esvaísse da sua péssima memória.

O modo em que Dean respirava, movendo devagarinho seus músculos do peito e da barriga fazendo com que o lençol o acompanhasse, e seu rosto sem aquelas marquinhas entre suas sobrancelhas quando está nervoso. Dean estava em perfeita seriedade, porém algo amedrontava a caçadora. Ela não sabia o que era, talvez um pressentimento de algo ruim, algo que apertava seu coração e amedrontava sua alma.


Alexia se encontrou no meio de seus pensamentos, se virou ficando de costas para o homem deitado na cama e foi em direção á escadaria da casa.

Enquanto descia as escadas, Alexia voltou a ter seu coração espremido e, por um momento, teve vontade de voltar para a cama e abraçar o homem deitado nela. Mas esse pensamento esvaiu-se ao ouvir um barulho na cozinha. "Finalmente!" Pensou Alexia ao pensar que era Bobby ou Sam e que os dois já teriam chegado. Antes fosse...


Ao atravessar a porta da cozinha, Alexia se deparou com algo totalmente estranho, até mesmo para ela.


– Constance?! - disse a caçadora surpresa

– Olá. - disse a "mulher" se virando de frente para Alexia - Cansou de se divertir com o caçador gostosão em minha cama?

– O que faz aqui?

– Oras... até onde eu sei... essa é minha casa.

– Isso não... isso não é verdade. Você não pode estar...

– Viva? - completou Constance - Qual é Alexia. Você já viu coisa mais estranha que isso.

– Posso até ter visto, mas isso aqui não é normal... Não pode ser... a não ser que... - a caçadora parou de falar e começou a raciocinar, até que chegou a uma conclusão - Você não é a Constance.

– Você demorou tudo isso pra perceber? Você é meio lerdinha... - provocou a demônio

– O que quer? - perguntou Alexia dando passos para trás, no intuito de chegar até as armas de Dean que estavam na mesa de centro na sala de estar.

– Bom, isso depende. - começou - Se eu ouvir a Constance aqui, eu iria te pegar e arrancar sua cabeça, isso depois de te torturar, assim como você fez com ela. Agora, - a demônio começou a se aproximar da caçadora - se eu der ouvido ao meu chefe, eu devo te pegar e te levar até o encontro dele.

– Eu não vou a lugar nenhum com você, vadia de olhos pretos.

– Uii... vadia... Você esta andando muito com o Dean, não acha? - provocou - Você pode não querer vir comigo mas... - um outro demônio apareceu atras de Alexia a pegando pelo braço e tapando sua boca - com meu amigo você vai.


Alexia se contorcia nos braços do demônio, cujo o possuído, era alto, musculoso, careca e tinha uma tatuagem enorme em um dos braços, assim, todo o contorcionismo da caçadora em tentativa de se soltar ou de, pelo menos, gritar o nome de Dean, foram em vão.


– Talvez se, ao envés de ficar se atracando com o caçador gostoso, vocês tivessem se protegido, isso não teria acontecido, coração. - disse a demônio pegando no queixo de Alexia com força - Vamos, temos que leva-la para Adfur antes do anoitecer. - dessa vez, a demônio falou com seu parceiro.


*Flashback OFF*


E foi assim que Alexia foi raptada, causando o desespero de Dean algumas horas depois.

A sujeira na roupa da caçadora, foi devido a uma tentativa de fuga que, como deu para perceber, não deu muito certo.

...


– Venha garota, esta na hora. - disse um dos demônios a pegando pelo braço com bastante força.


Alexia se debatia em todo o percurso até a sala principal da mansão abandonada no intuito, novamente, de se soltar.


A caçadora foi amarada em uma mesa feita de vidro com vários furinhos, certamente para que o sangue de Alexia passasse por eles e caísse numa enorme bacia em baixo da tal mesa. A boca da mesma foi tapada com uma fita para que ela parasse de gritar.

Depois de tudo pronto, finalmente Adfur apareceu.


– Eu normalmente deixaria para um de meus soldados fazer isso mas, eu resolvi que seria bem mais divertido colocar a mão na massa nesse momento. - disse Adfur ao atravessar a porta.


O demônio estava elegante como sempre, vestia um terno preto de grife, sapatos bem engraxados, cabelo penteado para trás e gravata vermelha. Adfur se posicionou ao lado da mesa de vidro, onde Alexia estava amarrada, e ao ver que ela estava amordaçada, reclamou:


– Ah, qual é... Quem tapou a boca dela? Assim não vou ter a melhor parte de tudo isso: os gritos de dor. - Adfur arrancou a fita que cobria a boca de Alexia a fazendo gritar de dor. - É disso que eu tô falando. - comentou ele rindo - Sabe pequena Alex... era para eu ter feito isso á muito tempo, mas com aquele incherido do Sr. Singer, não foi possível. - o demônio foi até uma pequena mesa de madeira no canto da sala e pegou uma faca de prata que estava nela - Alias... onde seu padrinho de caça esta no momento? - deu uma pausa rápida - Ah sim. Ele deve estar te procurando. - riu. - Perda de tempo.

– Se esperava tanto por esse momento, porque você não me mata logo? - perguntou Alexia nervosa

– Ora, e não ter a chance de conversar com uma pessoa tão especial como você? Na, na, não. Sabe aquela coisa que mãe fala? "Não se deve brincar com a comida"? - disse ele fazendo aspas com uma das mãos - Pois é... Eu não suporto. Afinal, que graça tem não poder se divertir, não é?

– Isso... brinca mesmo. Aproveita bastante, pois você não vai poder fazer isso quando eu te pegar e acabar com você, seu desgraçado!

– Ui, ui, ui. Você não desistiu disso ainda? - Adfur começou a passar a faca de prata no rosto de Alexia - Quatro anos se passaram e olha só você, amarradinha só esperando eu te cortar em minimos pedaços - agora ele estava descendo a faca até o decote da caçadora - É mesmo um desperdício ter que te matar... Dean, com certeza, se divertiu muito com você, mas se é assim que tem que ser...


Adfur fez o primeiro corte em Alexia, esse foi entre seus seios, e seu sangue começou a escorrer. Com a abertura que a faca fez na pele da caçadora, um pequeno relâmpago surgiu naquele lugar fazendo com que Alexia ficasse assustada, pois isso nunca tinha acontecido.


– AAAHH!! - gritou Alexia - SEU DESGRAÇADO! VOCÊ NÃO PERDE POR ESPERAR!

– HAHAHAHA! - Adfur riu alto - Acalme-se, querida, pois só esta começando. HAHAHA!...


*Alguns quilômetros dali*


Dean dirigia seu Impala 67 na estrada de Atleboro com muita velocidade, a paisagem já tinha mudado várias vezes desde que o motorista, o irmão e o velho caçador saíram da casa de Constance, mas nada de chegarem ao destino desejado.


– Aquela vadia enganou a gente! - disse Dean dando um tapa no volante.

– Calma, Dean! A gente nem chegou na divisa. - disse Sam no banco do passageiro.

– É mas pelo tempo e velocidade que estou dirigindo, eramos pra termos chegado faz tempo.


Dean estava impaciente e muito nervoso por não poder chegar mais rápido e acabar com a brincadeira de Adfur. Fazia tanto tempo que Alexia tinha sumido, e com a hora do ritual chegando, que Dean já contava com sua morte.


*Dean Winchester narrando*


Vamos, Baby, mais rápido!

Preciso chegar o mais rápido possível á bendita casa que a vadia da demônio falou que Adfur levou Alexia.

Alex... já faz tanto tempo que você se foi que temo pela sua morte. Você não pode morrer, você não pode me deixar! Só de pensar que talvez nunca mais eu a encontre, que nunca mas olhe para seus lindos olhos e toque seus lábios, me bate uma ventania de sentimentos diferentes, tristeza, solidão, raiva, ira...

Droga, porque isso tudo esta acontecendo? Por que isso tudo acontece comigo?

Primeiro a droga do Apocalipse, segundo o idiota do Zacarias correndo atras de mim para dizer a droga do "Sim", depois o Son of a Bitch de Adfur querendo acelerar as coisas e, pra fechar o pacote de azar, o infeliz ainda levou Alexia de mim. É pedir demais para uma coisa, só uma misera coisa, dar certo em minha vida? Já não basta eu ter ido para o inferno?


– Dean, pare o carro. - pediu Sam olhando para um lugar fixo fora do carro.

– Pra que? - perguntei

– Pare o carro! - fiz o que ele me pediu e estacionei o carro no acostamento da estrada - Olhe. - Sam continuou apontando para o mapa em sua mão - Essa estrada foi construída a pouco tempo, antes era usado uma outra rota. - concluiu Sam olhando para frente.

– E..? - ainda não tinha intendido onde Sammy queria chegar.

– E a casa que a demônio falou era abandonada certo? - assenti - Então, talvez essa casa esteja na outra rota, na antiga.

– Ótimo... Vamos ter que voltar.


Logo depois, o carro de Bobby parou atras do nosso e ele veio até nós.


– Eu não acredito em vocês, Alexia esta correndo perigo e vocês param para urinar? - disse Bobby encostado do lado da janela.

– Não é isso. Achamos que pegamos a rota errada. - respondi frustrado

– A maravilha... Vamos ter que voltar.

– Acho que não vai ser necessário. - disse Sam e eu e Bobby ficamos com "cara de tacho" esperando uma explicação - Bom... eu vi no mapa que a rota antiga fica do outro lado dessas arvores, e a demonio falou que a tal casa ficava logo na divisa. Vamos seguir em frente, mas pela outra rota, quem sabe a gente encontra.


Sammy poderia estar certo, era uma opção, mas a noite estava bastante escura e o lugar estava deserto, era perigoso demais para entrarmos numa floresta. Mas se era isso que tínhamos que fazer...


– Tudo bem... então vamos acelerar. - disse ligando o carro de novo.

– O Impala não vai passar entre essas arvores, Dean - comentou Bobby. - Vamos ter que ir a pé.

– Na, na, não! Não vou deixar a Baby aqui. - protestei.

...


*Narrativa em 3ª pessoa*


Lá estavam os caçadores seguindo mata a dentro a procura da velha estrada que, poderia, levar até a tal casa que a demônio falou.


– Não acredito que deixei meu carro lá. - resmungou Dean

– Foi necessário Dean, temos que encontrar a Alex - disse Sam

– Se aquele desgraçado a matou, e acabo com ele! - retrucou Dean

– Os tagarelas podem andar mais rápido? - gritou Bobby


A mata era escura por ser noite e por suas arvores altíssimas, só a lua e as lanternas dos caçadores iluminavam o lugar. Além da lanterna, os homens levavam armas de fogo, facas, sal, água benta, A faca e a Marreta ainda em um tom avermelhado pelo sangue de Constance.

Fazia um pouco mais de 30 minutos que Dean, Sam e Bobby andavam pela mata, até que, finalmente, encontraram a tal estrada.


– Ta explicado porque foi construída outra estrada - comentou Sam ao olhar uma baita cratera no asfalto, fazendo com que a estrada ficasse pela metade e sem nenhuma chance de passar de carro.

– Aquilo é luz elétrica? - perguntou Dean apontando um feche de luz entre a escuridão

– Chegamos! - disse Sam sorrindo, finalmente a esperança voltou a reinar no coração do caçador

– Ainda não... temos que passar por esse baita buraco - disse Bobby.

– Então vamos. - disse Dean olhando para baixo. O buraco devia ter uns três metros de profundidade - Quem ta afim de praticar um esporte em plena 11 horas da noite? - ironizou Dean.

...


– Qual é Bobby, vai desistir? - provocou Sam ao ver o velho tendo problemas para escalar o buraco

– Não é tão fácil como parece, Idjiot! - retrucou o velho

– Vamos Bobby, só falta... uns... 2 metros e meio - brincou Dean

– Pra vocês é fácil, com esses músculos de urso. Quero ver se fosse vocês com problema de hernia de disco. - resmungou Bobby fazendo Dean e Sam soltarem uma gargalhada - Vão ficar rindo ou vão arranjar um jeito de desatolar o velho?

...


Quanto mais os caçadores andavam em direção ao feche de luz, que Dean tivera apontado, mais o feche ia aumentando, até que uma enorme casa foi avistada.


– Agora nós chegamos - disse Bobby parando e apoiando as mãos nos joelhos, tentando voltar a respirar normalmente.

– Temos que ir rápido, faltam menos de 30 minutos para o ritual - disse Sam olhando o relógio.


*Do lado de dentro da casa*


– Hei acorda! - disse Adfur dando tapinhas na bochecha de Alexia - Se você desmaiar não vai ter graça.


Alexia tinha desmaiado logo depois de Adfur cortar um dos pulsos da garota e deixar sangrando. A caçadora já estava pálida de tanto sangue que perdera até então, seus olhos custam ficar abertos e sua boca já não estava tão rosada quanto de costume. O recipiente debaixo da mesa de vidro estava quase na metade, o que levava a crer, que Alexia tinha perdido sangue o suficiente para estar morta, porém, de uma maneira estranha e curiosa, ela só desmaiou.


– Seu desgraçado. - começou Alexia deixando sua fraqueza transparecer em sua voz - Você não perde por esperar. Vou arrancar seu coração do peito e dar pros cães comerem. - concluiu em meio a cuspes de sangue.

– Você não desiste de inventar receitas de como vai me matar né? Eu gosto de você, porque você não entrega os pontos de mão beijada. Mas a essa altura do campeonato, é você que esta perdendo, coração.


Um sorriso fraco brotou nos lábios da caçadora.


– Do que esta rindo?

– Dean Winchester atras de você, coração. - disse Alexia abrindo mais seu sorriso.


Dean tinha entrado na sala sem fazer barulho e, ao se posicionar atrás de Adfur, enfiou A faca pelas costas do demônio que deu um grito de dor e caiu no chão.


– Dean. - disse Alexia ainda fraca

– Shh shh. Não fala nada, esta tudo bem. Eu estou aqui.


Dean soltou Alexia da mesa de vidro e, com cuidado, a ajudou se sentar


– Cadê o Bobby? E o Sam?

– Eles estão bem, já já estarão aqui. - respondeu Dean - Alex... o que ele fez com você? - perguntou Dean olhando todos os cortes espalhados pelo corpo de da caçadora e a tocando seu rosto.

– Esse desgraçado pensou que era um açougueiro - disse ela fechando os olhos e se desmoronando sobre o corpo de Dean

– Alex, não faça isso. - disse Dean a levantando mas, ela estava desacordada - Alex acorda. Não me faça arrepender de não ter chegado antes. Alexia! Vamos abre os olhos - os olhos do caçador se encheram de lágrimas não tendo jeito algum de deixa-las caírem – Alex, vamos acorda. Acabou, Adfur esta morto, esta tudo bem agora.

– Dean... - uma voz fraca saiu da garganta de Alexia fazendo brotar um leve sorriso nos lábios do homem desesperado - estou muito fraca... não consigo ficar de olhos abertos. Acho que vou...

– Não! Não diga. Você não vai á lugar nenhum está me ouvindo? Nenhum. Você vai ficar comigo. - disse Dean ainda com lágrimas molhando seu rosto.

– Dean... - chamou Alexia com o rosto também molhado de suas lágrimas - Obrigada.

– Não faça isso! Não se despeça. - disse Dean secando as lágrimas de Alexia - Você vai ficar bem. Não desista.

– Não consigo... - Dean não deixou Alexia terminar sua frase, pois sabia que era uma despedida então, ele a beijou com ternura.


O beijo foi uma junção de sentimentos fortes. Tristeza, carinho e uma sensação de estarem completos, como duas metades em uma só. Dean intendeu que um beijo de despedida é muito melhor que um simples adeus porém, mais dolorido.

Os lábios colados de Alexia e Dean se separaram e ao abrir os olhos, a caçadora avistou algo surpreendedor e impossível.


– Dean!! - Alexia achou forças dentro de si ao ver Adfur se levantar a traz de Dean


O caçador se virou e deu de cara com o demônio, que a pouco estava estirado no chão, em pé com seu sangue sujando o paletó.


– Achou mesmo que essa faquinha ridícula iria me matar? É querer muito me insultar - disse Adfur com A faca numa das mãos.


O demônio foi para cima de Dean, que deu alguns socos antes de ser pego pela criatura sendo mobilizado, colocando A faca perto do pescoço do caçador.


– Quer saber? - começou Adfur - Eu não vou te matar... vou fazer pior.

...


– Hum... - gemeu Dean ao abrir os olhos - Desgraçado! - disse ao perceber que estava amarrado em uma cadeira e ver Alexia deitada, novamente, na mesa de vidro, mas dessa vez, sem se mexer.

– Pena que você demorou a acordar... - disse Adfur de costas para Dean e de frente para o corpo de Alexia - Perdeu toda a diversão.

– Que diversão?

– Oras... de ver sua namoradinha dar os últimos gritos de dor.

– O que? O QUE VOCÊ FEZ COM ELA SEU DESGRAÇADO?! - gritou Dean se contorcendo na cadeira tentando se soltar.

– Infelizmente, Alexia não aquentou para ver a minha vitória. Ela se foi antes de ver o ritual se cumprir.

SON OF A BITCH! - gritou Dean - Ela está morta? Espera eu sair daqui seu desgraçado, eu vou te pegar e te picar em pedacinhos!

– Assim como fiz com sua queridinha aqui? - perguntou Adfur debochando - Desculpe Dean, mais é necessário...


Adfur deu de costas para Dean novamente e foi em direção ao um armário. Ao abri-lo, tirou vários potinhos de vidro com sangue, e os colocou em uma mesinha perto do corpo de Alexia. Depois, se dirigiu a bacia em baixo da mesa de vidro contendo todo o sangue de Alexia. Abriu os potinhos e começou a despejar todo o sangue na bacia os misturando.


Potentia. Sanguinem. Innocens. Sacrificare. Join, oh sanguinem innocentem, inculpate Sague et efficiamini potens.


Enquanto dizia as palavras, Adfur ia despejando todo o sangue que contia nos frascos e, ao terminar, uma luz saiu de dentro dele.


– Isso! Venha e se apodere de mim... - disse Adfur rindo - O que? Não! - Adfur abriu os olhos e, ao ver um ser conhecido, estremeceu - O que faz aqui?

– Oras, achei que o poder viria para mim, irmão.

– Lúcifer - sussurrou Dean ao vê-lo entrando na sala.

– Por que daria á você? - perguntou Adfur - Eu bem que iria te dar, mas eu não achei justo, depois de tudo que passei e de tudo que fiz.

– Vai se rebelar agora, Adfur? - perguntou Lúcifer.

– Por que não? Aprendi isso com você.


Dean estava com os olhos arregalados ao ver os dois se confrontando. Adfur não iria mais dar o poder para Lúcifer e ficaria com ele todinho para si.

Os demônios começaram a se insultar, até que Lúcifer ficou calado de uma hora para outra e dirigiu seus olhos para cima, como se tivesse escutando algo vir.

Um zumbido foi começando baixo e logo foi aumentando o volume fazendo com que Dean quase ficasse surdo, os vidros que tinham nas janelas da sala explodiram e um clarão foi visto em toda a sala, e ao voltar ao normal, Lúcifer tinha desaparecido e Adfur estava encostado numa parede.


– RAAAAAM!!!! - Alexia abriu os olhos.

– O que... que porra é essa? - perguntou Adfur surpreso ao ver Alexia se pondo de pé sem nenhum corte em seu corpo e saudável novamente.

– Chegou sua hora, desgraçado! - disse a caçadora indo pra cima de Adfur


Alexia chegou perto do demônio e passou sua mão pelo seu peito, alcançando o coração da criatura. Um clarão avermelhado saiu do corpo de Adfur iluminando todo o comudo e, ao ter seu coração arranacado de seu corpo, o demonio caiu duro no chão.

Adfur estava morto. Finalmente Alexia teve sua vingança.


– O que foi aquilo? - perguntou Dean depois de um tempo já desamarrado.

– Não sei... eu só fiz.

– Pera aí, eu já ouvi isso... - disse Dean lembrando da anjo Anna - Você não é uma anjo não né?

– Não! - Alexia deu uma leve pausa - Quer dizer... Não sei.


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Notas finais do capítulo

"O que aconteceu com Alexia? Ela virou anjo? Bobby e Sam vão aparecer?
Não perca o próximo capitulo de SANGUE INOCENTE"
.
Segunda parte AMANHÃ!
HORA DO REVIEW!!! ;)



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