Suddenly escrita por Lara


Capítulo 10
10. Promessa


Notas iniciais do capítulo

OLÁAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA LOBINHAS GATONAS E LINDAS DO MEU CORAÇÃO ♥

^eu e minha mania de começar assim!

HMMMMM PRIMEIRO.

MASOQ, MASOQ, MASOQ FORAM ESSES REVIEWS? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

Foram todos do tipo "morri rindo, foi muito engraçado" e essas coisas. Pergunto pra vocês: VOCÊS BEBERAM? SEI LÁ, SÓ UM POUQUINHO? BATERAM A CABEÇA? COMO ACHAR O CAPÍTULO TÃO ENGRAÇADO ASSIM? O.O FIQUEI ATÉ COM MEDO, REALLY. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK MUCHO STRANGER

TIPO, MORRI DE AMOR POR TODOS OS REVIEWS, VDD. MORRI MESMO, PIREI COM CADA UM!

OBRIGADA MESMO, DE TODO O CORAÇÃO, ME FIZERAM EXTREMAMENTE FELIZ. E ULTRAPASSAMOS OS 100 REVIEWS! DÁ PRA ACREDITAR? NEM MINHA PESSOA LERDA ACREDITOU U.U

THANK YOU!

NÃO SEI DIREITO SE VÃO GOSTAR DESSE CAP., MAS AÍ ESTÁ!



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– Fala aí povo! - exclamei, abrindo a porta e deixando uma ventania para trás. Estamos em plena Miami, com esse tempo. Sou mais azarada que o Osama Bin Laden.

– Fala aí Pamellona! - disse Chaz, com a boca cheia de comida e sorrindo. O Osama Bin Laden é ainda mais sortudo que eu, ele não tem que aguentar essas criaturas com quem convivo.

– Olhem o que estava pregado em uma parede da pousada - desenrolei o folheto da minha mão e estendi para que eles vissem.

– Um luau? - perguntou Justin confuso.

– É, hoje a noite na praia, e nós vamos! - afirmei.

– UHUL - Emma saltou da cadeira - êêêê macarena! - ela gritou e começou a dançar macarena no meio da sala. Osama, me leva.

– O que aconteceu com ela, posso saber? - perguntei desconfiada. Ela ainda ria e dançava macarena.

Os dois me olharam com cara de inocentes.

– Contem tudo! - falei com uma cara tão ameaçadora que eles se assustaram. Daqui a pouco viro o Rocky... Como é mesmo o nome daquele boxeador do filme? Balboa, Rocky Balboa. - Agora!

– É QUE EU ESTAVA FAZENDO SANDUÍCHES, AÍ O ESTÚPIDO DO JUSTIN CHEGOU NA COZINHA, E QUIS ROUBAR MEUS PRECIOSOS SANDUÍCHES, MAS AÍ EU PENSEI, "NINGUÉM ROUBA OS MEUS SANDUÍCHES, CERTO?" AÍ NÓS COMEÇAMOS A DISCUTIR E ELE PASSOU MARGARINA EM MIM, AÍ EU DISSE QUE IRIA COZINHÁ-LO NO MICROONDAS, E ACHO QUE ELE FICOU COM MEDINHO, PORQUE AÍ, NÓS COMEÇAMOS A TER NOSSA PRIMEIRA CONVERSA NACIONAL, NÃO, RACIONAL, NA VIDA. TIPO AQUELAS CONVERSAS DE EINSTEIN E PITÁGORAS, DAQUELE TEOREMA QUE EU NÃO SEI O NOME. NA VERDADE, É TEOREMA DE PITÁGORAS MESMO, NÉ? LEGAL. ENFIM, PRA ACABAR COM NOSSA BRIGA RACIONAL, NÓS RESOLVEMOS APOSTAR SE COLOCAR UM POUCO DE VODKA NO SUCO DE LARANJA, NÃO, ERA TANGERINA, DA EMMA, SE ELA FICARIA BÊBADA OU NÃO. AÍ AGORA ELA ESTÁ AÍ, COMO VOCÊ TÁ VENDO, DANÇANDO MACARENA. ESTILO SHAKIRA. TODA SERELEPE. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO!

O Chaz falou isso tão rápido, e tão apressadamente, que até me assustei. Ele estava até sem folêgo.

– EU NÃO ACREDITO QUE VOCÊS EMBEBEDARAM A EMMA, TIPO, ÁS 10 HORAS DA MANHÃ! - gritei.

– HAHAHAHAHAHAHA PAMY! EU NUNCA TINHA NOTADO - Emma interrompeu minha crise, fazendo nós olharamos assustados para ela - O SEU CABELO É ESTRANHO! LEMBRA QUANDO ELE TAVA BLACK POWER? HAHAHAHAHAHAHA PARECE AQUELES PEIXES QUE SÃO MAGRINHOS... E DE REPENTE... PUF! ELES INCHAM! HAHAHAHAHAHAHA - ela fez um barulho de "plop" com boca, mostrando o peixe inflando. Sério, o que eu fiz pra aguentar isso? Não fui nenhuma Nazaré e joguei alguém da escada.

Justin e Chaz caíram nas gargalhadas. Soltei um grande e lento suspiro. 1, 2, 3,... começei a contar para me acalmar.

– CHAZ! - Emma arregalou os olhos, como se tivesse recém percebido que ele estava ali - A GENTE É NAMORADO NÉ? MEU DEUS, MEU NAMORADO É UM TESÃO - ela disse e gargalhou.

Dessa vez, eu e Justin que quase morremos de rir.

– Ah Pamy! Aposto que você acha o Jus... - começou a dizer Emma sem pensar. Quando ela estiver com bom senso, vou cortar a cabeça dela. Não deixei ela terminar e a arrastei para o quarto, enquanto ela ria.

Os retardados riam lá da sala.

– Certo, senhora bêbada, nós vamos tomar um bom banho gelado. - eu disse e fechei a porta. Levei ela para o banheiro, e abri o chuveiro.

– Nós? A gente vai tomar banho juntas? Só pra avisar que não gosto do seu tipo, tá peixa. - ela disse gargalhando e tirando as roupas.

Coloquei a mão na testa. Quero minha Emma calma de volta.

– Não, é só você mesmo, vai! - eu disse impaciente e a empurrei para o chuveiro. Ela tomou banho fingindo estar em uma enchente, mas pelo menos tomou. Depois de se vestir, fiz com que ela se deitasse para dormir. Não iria aguentar uma bebum me chamando de peixa a tarde inteira.

Definitivamente o Osama Bin Laden é mais sortudo que eu.

***

Estávamos eu, Justin e Chaz, sentados no sofá, quando Emma finalmente acordou e saiu do quarto. - Ai Deus. Quem foi que me atropelou? - disse ela rouca e com a mão na cabeça. Pelo menos está normal.

– O Chaz e o Justin te embebedaram - eu disse direta.

– Pamy!!! - eles me olharam com reprovação.

Dei de ombros. Emma lançou um terrível olhar para os dois, mas não parecia em condições de fazer tomar alguma atitude. Ela veio cambaleante e sentou no colo de Chaz.

– Só para lembrar, nós vamos no luau que vai ter hoje na praia. - eu disse pulando do sofá e fazendo uma dançinha esquisita.

– Vai dançar macarena que nem a Emma? - perguntou Justin rindo.

– Eu dançei macarena?! - perguntou ela surpresa, fazendo um "o" perfeito com a boca.

– Sim, e duvidou da minha orientação sexual - eu disse rindo.

– Seus retardados! Quando eu estiver em condições, vocês vão ver. - ela falou baixinho com a mão na cabeça. Ressaca agindo.

– Então, a gente vai se arrumar logo pra ir no luau? - perguntei insistindo.

– Vamos - disse Justin com cara de entediado.

– Quem quer levar mangueirada na cara de novo? - eu ameaçei.Todos levantaram com caras assustadas e foram se arrumar. Não é que virei mesmo o Rocky Balboa?

Fui comer alguma coisa, porque minha barriga nunca está satisfeita, e então aí sim, resolvi tomar banho para me arrumar. Escolhi minha roupa e me dirigi ao banheiro. Quando virei a maçaneta, ela estava trancada. Franzi a testa e grudei meu ouvido na porta.

– Oh lava lava lava lava lava lava uma orelha uma orelha, outra orelha outra orelha, lava lava lava lava... - cantava Chaz. MEU DEUS, COMO ESSA CRIATURA SURGIU DAS PROFUNDEZAS NO MEU BANHEIRO?

– CHAZ! O que você tá fazendo no meu banheiro?! - gritei.

– Tomando banho oras! É assim: primeiro a gente pega o sabonete e... - ele falava, a voz abafada pelo barulho do chuveiro.

– NÃO! Eu quero tomar banho! Vai usar o teu. - eu o interrompi brava.

– O cinderelo tá lá.

– Quem?!

– O Justin!

– Quem te deu permissão de tomar banho nesse banheiro? - gritei.

– Sua querida amiga e minha namorada pós-bêbada Emma!

O amor é cego, surdo e agora limpo?

– Saaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai - eu começei a bater na porta.

– Relaxa na bolacha Pamellona, eu já tô saindo. - ele disse e começou a cantar de novo - Lava lava lava lava lava lava lava...

Cada maluco que eu tenho que aguentar.

Joguei minhas roupas na cama e fui para a sala.

Quando cheguei lá na sala, Justin estava com uma cara super estranha, e disse:

– Você latiu? - que tipo de pergunta é essa? Ligando pro hospício em 3, 2...

– Hã? - perguntei confusa.

– Escuta. - ele disse e fechou os olhos se concentrando. Um tempo depois, ouvi um latido. HÃ?! OMG fui contagiada por essas pessoas doidas. Será que é tipo mordida de zumbi? Porque aí eu poderia...

– Olha, de novo! - disse Justin estupefato depois de um novo latido.

– Parece estar vindo do quarto de vocês. - falei e entramos no quarto.

Começamos a procurar a origem do barulho. Me agachei para procurar embaixo de uma cama, e algo começou a morder o meu cabelo. Me virei e vi um cachorro. Me levantei e começei a procurar mais. ESPERA. UM CACHORRO?! Virei e sim, ele estava ali.

– Justin! - chamei perplexa.

– Que? Ah, de quem é esse cachorro? - ele disse confuso.

Ficamos um tempo olhando o cachorro, que arfava e pulava entusiasmado.

– Quem que tá latindo? - perguntou Emma entrando no quarto, mas parou subitamente ao ver o cachorro. - AAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, QUE FOFURA! VEM VEM VEM - ela deu a louca, como se estivesse morrendo de fofura e começou a quase matar o cachorro de carinho.

– Mas o que esse cachorro fêmea faz aqui? - perguntou Justin.

– Seu burro! Não é cachorro fêmea, é cadela, ou uma cachorrinha, né Emminha? - disse Emma fazendo carinho nela.

– Emminha? - eu perguntei rindo.

– Claro, ela é top como eu. - disse ela jogando os cabelos.

Depois de um tempo, resolvemos entregar ele para a agência, porque se alguém o perdeu, procuraria com eles. Depois de uma crise de Emma tentando impedir que ele fosse, conseguimos nos livrar dele.

Quando voltamos, Chaz estava saindo do meu quarto, todo molhado, com uma toalha enrolada na cintura.

– Credo Chaz, vá vestir alguma coisa. - disse Justin com cara de nojo.

– Onde que vocês tavam? - disse Chaz sem se importar.

– Ah, amor, nós achamos uma cadelinha perdida aqui, ela era muito fofinha, mas os cruelos malévolos levaram ela pra agência. - disse Emma mostrando a língua para nós.

Chaz enrijeceu. Seus olhos se arregalaram.

– U-uma cadelinha? Como ela era? - ele disse meio gaguejando.

– Branquinha, pequeninha, porque? - perguntei arqueando a sombrancelha.

– VOCÊS ENTREGARAM A LUMA PARA A AGÊNCIA? SEUS IDIOTAS! - gritou desesperado e saiu correndo porta a fora, só com a toalha enrolada na cintura.

– Luma?! - perguntamos.

Corremos atrás dele.

Chaz ofegava e tinha uma cara horrível, só de toalha, sentado em um banco no restaurante da pousada. É claro que atraímos vários olhares.

– Chaz, conta isso direito agora! - ordenei.

– Vocês sabem que era proibido trazer animais de estimação na viagem né? - perguntou ele ainda ofegante.

Balançamos a cabeça em concordância.

– Eu... Achei a Luma quando estava chegando no aeroporto. Não queria abandonar ela tipo o "esqueceram de mim 1, 2, 3, 4, 5" seja lá quantos filmes tem desse negócio. Então, coloquei ela dentro da minha mala.

Nós o olhávamos incrédulos.

– E ela tem vivido no quarto 5 desde que nós chegamos? - perguntei perplexa.

– Sim... eu deixo ela no meu quarto sempre. Ela não costuma latir, mas acho que hoje foi a exceção. - disse revirando os olhos.

– E como eu nunca percebi? Eu divido o quarto com você! - disse Justin.

– Você é lerdo demais até pra perceber uma cereja num bolo branco Justin - ele disse rindo.

– Mas e agora?

– Eles estão com ela! - Chaz falou.- E eles não podem saber que é minha, porque é proibído. Quero minha Luma! - disse com uma cara de dar pena.

– Certo. Só há uma coisa a se fazer. - disse Justin solenemente.

***

NÃO. NÃO ACREDITO QUE ESTOU SENDO OBRIGADA A FAZER ISSO. ESSAS CENAS QUE PRECISAM SER GRAVADAS, SABE, PRA VOCÊ RIR DE VOCÊ MESMA COM SEUS FILHOS.

Olho para Emma, Justin e Chaz, todos de roupas pretas, iguais as que eu usava. Chaz com uma expressão destemida no rosto. Emma se olhando e se perguntando mentalmente "sério que eu tenho que usar isso?" E Justin olhando vagamente para uma mosca, viajando como sempre.

– Sério, sério que você vai fazer a gente passar por isso Chaz? - perguntei.

– É a Luma! Temos que fazer! - disse engrossando a voz e saindo do quarto. Encarnou no 007 agora. Credo, eu virando Rocky Balboa, Chaz o 007, só falta a Emma virar punk e o Justin parar de ser lerdo.

Nos dirigimos até o quarto da tia que eu odeio, a tia encalhada como eu a chamo. Eu já disse que odeio ela? Só umas trilhões de vezes né... Nós tínhamos dado Luma á ela.

– Ai meu Deus. Imagina se ela assou a Luma no forno. Ou se ela tirou todo o pelo dela pra fazer uma casaco de pele que nem a Cruella De Vil. Imagina se ela afogou ela no leite. Imagina se ela á matou com um sonífero enquanto ela dormia. Imagina se...

– CALA A BOCA CHAZ! - eu gritei. - A Luma tá bem ok? Melhor que você, provavelmente.

– Luma da minha vida... - ele começou a cantar olhando para as estrelas.

Revirei os olhos. É hoje que não vamos nesse luau...

Chegamos na frente do quarto da tia e para nossa alegria, a janela estava aberta. Pulamos a janela desastradamente, entrando no quarto escuro.

– Ok, cada um procuro em um canto. - eu disse baixinho.

– Entendido. Câmbio. - disse Chaz no mesmo tem de voz. Ele e Justin começaram a andar agachados e rolaram trocando de lado.

– O que vocês estão fazendo? - perguntou Emma incrédula.

– Entrando no clima de "missão impossível" - disse Justin como se isso fosse totalmente normal e rotineiro.

– Vamos logo seus idiotas. - falei dando um tapa no braço do Justin que disse um "ai" baixinho. - Vem. - eu o puxei pelo braço quando vi que a lesma não ia sair do lugar.

Fomos silenciosamente, olhando por todo o lugar. Eu e Justin entramos no lugar que parecia ser o quarto da mulher. Dentro do mesmo, tinha uma porta, luz saindo de dentro dela, e o barulho do chuveiro. Coloquei um dedo na frente da boca, fazendo um "shiiiu" para Justin.

Ele concordou.

Olhamos por tudo, embaixo da cama, atrás das cortinas, mas era difícil enxergar por causa da escuridão. Quando fui me virar para sair do quarto, tropeçei com tudo em um sapato jogado ali, mas Justin bem a tempo me segurou.

Ele me olhou e fez uma pergunta muda de "está bem?", eu apenas concordei com a cabeça. Estando ali, nos braços dele, fez meu estômago revirar. Eu queria me dar um tapa por acontecer isso, mas eu não consigo controlar. A verdade é que eu não queria sair dali de jeito nenhum.

Ele me fitou e eu não consegui desviar o olhar. Porque eu tenho que me sentir assim? Eu estava á um tempo tentando negar, mas acho que quando a gente começa a sentir essas coisas, não tem mais jeito. Mesmo negando, eu já sabia. Estou gostando mesmo do Justin. De que adianta negar agora? Não importa quando eu o conheci, a quanto tempo, nem nada. O importante é que eu gosto dele, não muda isso. Você está bem ferrada Pamy, eu disse para mim mesma.

Ele acariciou a minha bochecha, e foi traçando suavemente seu dedo por todo o meu rosto. Fez o contorno da boca, e apertou levemente meu lábio interior. Por um instinto involuntário, passei a língua pelos lábios. Dez pontos para Pamy! Eu realmente quero me dar um tapa.

– AU AU! - um latido interrompeu nosso pequeno momento.

Nós rapidamente saímos de perto um do outro, e nos viramos, Luma estava correndo em círculos na cama da tia. Que tal fazer umas necessidades agora Luma? Seria de bom grado...

– Vem Luma - eu disse baixinho, pegando a cadelinha.

Chaz e Emma vieram correndo depois do latido.

– Luma! - disse Chaz aliviado. Sinto que mais um pouquinho e ele estaria chorando. Mas o emocionado reencontro de Chaz e sua Luma foram adiados. Na mesma hora, a tia encalhada abriu a porta do banheiro. Isso não foi o pior de tudo. Ela estava... eca... só com a toalha amarrada na cintura, nua da cintura para cima. Preciso retirar isso da minha mente. NÃO LEMBRA PAMY, NÃO LEMBRA! ECA!

– AAAAAAAAAAAAAH! - a velha encalhada gritou.

Saímos correndo com a cadela e pulamos a janela, sem olhar uma vez para trás, chegando ofegantes no quarto 5.

– Acha que ela viu que era nós? - perguntou Emma com medo.

– Acho que não, estava muito escuro. - disse Justin tranquilo.

– O IMPORTANTE É QUE, LUMA ESTÁ DE VOLTA! - gritou Chaz absurdamente feliz e quase esmagando a cadelinha.

– Tudo certo, Emma já desembebedou, cadelinha do Chaz tá de volta, AGORA VAMOS PRO LUAU! - falei pulando e correndo para o quarto.

– Depois nós somos os doidos! - disse Justin lá da sala.

Ei! Só eu posso chamar as pessoas de doidas ok? E é o que são mesmo! Um bando de doidos, idiotas, retardados, ... AI MEU DEUS LEMBREI DA IMAGEM DA TIA ENCALHADA! VOU CORTAR OS OLHOS FORA.

Não dá pra aguentar isso mesmo.

****

– Estamos prontinhas! - disse Emma, do meu lado. Nem demoramos tanto para se arrumar

– Então vamos logo. - disse Justin impaciente.

– Adeus Luma! Cuide-se! Não caia na conversa de cachorrinhos safados! O que eles querem mesmo é...

– VAMOS CHAZ! - gritei o interrompendo.

Justin começou a puxar Chaz e finalmente saímos. Chegamos á praia, que estava completamente linda. Tinha um pequeno palco, com uma banda meio hippie tocando. Tudo era iluminado por gigantes archotes de fogo, e havia muitas pessoas dançando.

– UHUL! - gritei, e entrei na multidão.

– Tem certeza que não colocou nada no suco da Pamy? - perguntou Chaz.

Começamos a dançar. Chaz brincava com Emma e ás vezes eles começavam a se pegar, arracando um "eca" de mim e de Justin. Eu e Justin estávamos dançando normalmente. Ele segurou minha mão, e me fez girar no mesmo lugar, me fazendo rir. Dei um beijo em sua bochecha, o fazendo ficar surpreso. Mas logo depois, ele deu um sorriso de tirar o meu folêgo.

– Sabe Pamy, ás vezes acho que você está louquinha para me beijar - ele disse com cara de safado.

– É? E porque você acha isso? - perguntei rindo enquanto dançava.

– Porque você fica nervosa quando está perto de mim - ele afirmou.

– Fico nada - eu falei. Droga, minha voz saiu falhando, denunciando toda mentira que eu tinha dito.

Ele arqueou a sombrancelha, sugerindo que eu estava mentindo.

– Aé? E se eu fizer isso você não fica nervosa? - perguntou ele.

– Isso o quê? - perguntei.

Ele se aproximou e beijou lentamente o meu pescoço por vários segundos. Claro que eu queria ofegar, suspirar, mas não podia deixá-lo vencer. Afinal, era um jogo para dois jogarem, certo?

– Hm. Sabe, eu aposto que você que está louquinho para me beijar. Porque se eu fizer isso - me aproximei dele, beijei o canto de sua boca, acariciando a sua nuca, e me aproximei de seu ouvido, falando bem baixinho - você fica nervosinho.

Ele deu uma risada trêmula, e dessa vez ele se aproximou do meu ouvido e susurrou:

– A diferença Pamy, é que eu admito que estou louco pra te beijar.

Na mesma hora em que mil correntes elétricas passearam pelo meu corpo, uma voz extremamente fina disse:

– Oi, eu sou a Melissa e essa é Carmen.

Me separei de Justin e olhei em direção da voz. Eram duas garotas. Não, garotas não, vadias mesmo. Usavam vestidos curtos que davam pra ver até a alma. Quem sabe elas não tingiram a toalha da tia encalhada para usar?

– Posso ajudar? - perguntei hesitante.

– A gente queria saber se podíamos ficar aqui com vocês, a gente não conhece muita gente... - disse a loira oxigenada, que devia ser a Melissa, olhando cheia de segundas intenções para o Justin.

– Acho que nosso grupinho já está muito cheio - falou Emma sorrindo cinicamente, fuzilando Carmen, que não tirava os olhos de Chaz.

As duas olharam ofendidas para Emma, e saíram rapidamente dali. Desde quando vaca se ofende?

– Isso tudo é ciúme amor? - perguntou Chaz rindo, para Emma.

– Jura que eu ia deixar aquela vadia perto de você. - falou Emma e lhe deu um selinho que durou um longo tempo.

– Você também ficou com ciúme Pamy? - perguntou Justin baixinho, sorrindo espertamente para mim.

– Não. Nem teria como - falei como se não me importasse. Ele gargalhou.

– Sabia que a sua voz afina quando você mente? - ele perguntou. Vou bater nesse garoto, sério.

– Cala a boca - eu disse simplesmente.

Continuamos dançando por um longo tempo, até que eu já estava morrendo de calor.

– Vou ali pegar um refrigerante e já volto - eu disse para o Justin que assentiu.

Fui até a bancada com as bebidas e pedi um refrigerante. Enquanto esperava, analisei a festa. Estava mais para festa do que luau. As pessoas pareciam tão felizes, tão diferente de onde eu moro. Vi de longe Nick dançando com os amigos. Eu não tinha nada contra ele, ele era sempre tão simpático comigo.

– Aqui está - disse o atendente me alcançando o refrigerante.

– Obrigada - falei simpática.

Voltei bebericando o copo, mas parei subitamente com a cena repugnante que vi á minha frente. Justin e a loira oxigenada Melissa estavam se beijando, na verdade, praticamente se engolindo. Meu corpo inteiro se gelou e meu estômago embrulhou. Minha garganta secou, e eu fiquei sem fala. Quando eles terminaram de se engolir, Justin finalmente me viu. Seus olhos se arregalaram e sua expressão se tornou desolada.

Ele fez menção de vir até mim, mas eu finalmente consegui me mexer, então me virei e saí andando rápido para fora daquela multidão. Devo ter largado meu corpo de refrigerante e molhado alguém, mas nada disso estava importando.

Quando finalmente me vi livre do tumulto, começei a correr de volta ao meu quarto. Mas Justin me seguiu e conseguiu me fazer parar.

– Me solta! - eu disse.

– Não, Pamy! Espera! Olha, eu posso explicar... - ele começou a dizer, mas eu não o deixei continuar.

– Não Justin, sério, não tem o que explicar. Nós não somos nada, só amigos... Você não fez nada de mais. - meus olhos arderam quando falei isso, mas eu não chorei.

– Mas, eu...

– Não, sério, não tenho nada a ver com quem você fica, nem nada... - eu dizia engasgada.

– Mas então porque você está assim? - perguntou ele.

– Eu... não... - simplesmente não quis responder aquilo. Não tinha mais forças para mentir. Dei-lhe um fraco sorriso, que deve ter parecido mais uma cara sofrida e fiz menção de sair dali. Ele me olhava com uma expressão triste no rosto, quando o deixei para trás.

Grande ironia não? No mesmo dia em que admiti para mim que gostava dele, ele fica aos beijos com outra. Acho que isso é para mim aprender mesmo, a não ter mais esperança nisso. Já cansei disso. Só isso, estou cansada.

Caminhando pela úmida grama, com as mãos cerradas e os olhos marejados, prometi á mim mesma que não ia mais sentir nada por ele. Eu ia me obrigar a não me importar. Seríamos só amigos como antes. Não vou mais sentir. Nunca mais, nunca. Mas se meu pensamento era tão certo, porque meu coração dizia o contrário?


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Notas finais do capítulo

E ENTÃO?! O QUE ACHARAM?

CONTEM-ME

BEIJOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOS ;* ATÉ MAIS