VENENOSA escrita por D S MIRANDA


Capítulo 33
Passado x Presente


Notas iniciais do capítulo

Olá amores... ai vai mais um capitulo, espero que gostem...
Boa leitura ... :3



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Edward

Ao ver Valerie ali na minha frente, o meu mundo literalmente se desmanchou diante dos meus olhos, não era possível o destino ser tão sádico a ponto de fazer eu me apaixonar por Valerie e por Bella na mesma intensidade, era eu algo que ia além da minha compreensão mesmo muito apaixonado por Bella, ver Valerie ali ao alcance da minha mão e não poder tocá-la era uma espécie de tortura, eu estava ficando louco, eu queria tomar Valerie em meus braços e fugir para o mais longe possível e tê-la de todas as maneiras possíveis, mas Bella era a corrente que me mantinha preso a sanidade, então eu decidi sair de lá o quanto antes para me manter fiel ao meu compromisso com Bella, mas assim que a ideia me passou pela cabeça a voz de Valerie se fez ouvir:

–Ora, ora se não é Edward Cullen, que está com uma nova vítima. - falou Valerie com uma dose extra de veneno na voz, ninguém sabe o quanto ouvir todo aquele sarcasmo na voz dela me doeu, aquilo era mil vezes pior que quando meu pai destruiu a chance de ter um futuro ao seu lado, meu coração batia descompassado dentro do peito, mas o pior não eram as palavras, o pior era ver o ódio estampado naqueles olhos que um dia brilhavam de amor por mim, mas que agora ardiam com esse sentimento tão sujo. - responde garoto, fala alguma coisa se é que você é homem pra isso. fala para a Isabella do seu plano macabro, fala quantos vídeos íntimos de vocês dois deve estar guardado no seu e-mail, ou salvo em DVD- falou partindo pra cima de mim, me dando socos no peito. - FALA! FALA CULLEN FALA SEU IDIOTA, MOSTRA PRA ISABELLA A SUA VERDADEIRA CARA, MOSTRA PRA ELA QUE VOCÊ QUER APENAS A USAR E DEPOIS QUE JÁ TIVER SE DIVERTIDO O BASTANTE VAI JOGÁ-LA FORA COMO JÁ FEZ DIVERSAS VEZES. FAAAAALA!- berrava Valerie como uma desvairada, enquanto me esmurrava.

Aquelas palavras de puro escárnio ativaram a parte mais vil de mim, a parte que eu usava para iludir garotas inocentes, a parte fria, a parte que eu herdei do meu pai, a parte que não se comove com as lágrimas, ou os gritos de agonia a parte Cullen do meu ser.

–CALA A BOCA GAROTA! -berrei em plenos pulmões enquanto a segurava pelos pulsos – se você foi minha “vitima” como você insiste em falar é porque você se acha de mais, e o seu ego não te deixou ver que eu nunca ia me interessar por uma garota tão fútil, tão baixa, tão... Medíocre quanto você, então, por favor, me deixa em paz, você foi só um passa tempo e que pena pra você acabou... Então segue a sua vida e me deixa em paz tá bom Snow. - falar aquelas palavras tinha-me doido tanto, mas tanto que parecia querer rasgar e revelar tudo o que passava dentro do meu peito -tchau Bella- falei dando-lhe um beijo- tchau pessoal… ah adeus Snow- falei com um sorriso sínico e falso no rosto.

–Tchau Edward. - falou Bella em meia voz, seu olhar transmitia medo pela minha cena de descontrole.

–O que será que essa volta de Valerie ia causar no meu relacionamento com Bella?- Pensei alto enquanto chegava ao estacionamento.

[…]

Ao sair do prédio, eu comecei a andar sem rumo, o céu parecia combinar com o meu interior, nublado e tempestuoso... Agora além de tudo o que eu já tinha passado, agora eu estava dividido entre as duas mulheres que eu mais amei na minha vida.

O que fazer?

Valerie

Edward ia ser uma peça mais que importante na minha vingança contra o meu pai Isabella além do mais eu ainda ia me vingar do Cullen, pois pelo que eu vi em seus olhos, ele ainda sente algo por mim, e o pior ele ama Bella, então o jeito vai ser seduzir o meu cunhado/ex - carrasco e deixar ela nos ver agarrados.

–Valerie?- falou o ex - nerd me tirando dos meus devaneios

–oi?- falei me virando pra ele. - já com um sorriso montado no rosto

– é que o seu táxi já esta te esperando e já tá ficando tarde. - ele falou daquele jeito protetor e realmente eu não tinha o menor saco para isso.

– obrigado Jazz! Então boa noite gente – falei arrastando a minha mala.

[…]

Ao sair daquele apartamento, eu me senti muito leve, eu não precisava mais usar essa mascara de coitadinha, de vitima que aguenta tudo calada, e isso realmente me matava aos poucos, e eu que não sou masoquista, não ia aguentar aquilo tudo calada, desci do táxi, deixei as minhas malas na portaria do meu apart-hotel decidi andar um pouco para espairecer, então milhares de ideias, uma mais perversa que a outra minava minha mente e meu coração com ódio, rancor, e todos os sentimentos mais baixos que uma pessoa pode ter.

O ar já começava a me faltar, então percebi que eu estava correndo, e o pior, eu não sabia mais como chegar até a minha casa, comecei a rir irônica desse meu azar, então para melhorar, o céu deixou cair uma tempestade torrencial sobre a cidade, o vento açoitava meu cabelo molhado contra o meu rosto, enquanto trovões cada vez mais violentos rasgavam o céu.

–Bella? - falou um garoto moreno e de olhos azuis me pegando pela cintura e me pondo embaixo do seu guarda chuva.

– não, eu não sou a Isabella, eu sou Valerie Snow Swan. - falei meio que lhe dando uma patada. - irmã dela.

–por que a Bella não me disse que ela tinha uma irmã?- falou como se isso fosse algo realmente muito... Importante para ele.- ainda mais uma garota tão bonita quanto você - falou me deixando ruborizada.

–por que nem ela sabia- falei abrindo um sorriso vergonhoso- eu sou a irmã bastarda dela- falei olhando para baixo enquanto tirava o esmalte das unhas, não sei o que aquele garoto tinha que me fazia sentir como uma colegial, meu corpo ardia de desejo toda vez que seus olhos encontravam com o meu, automaticamente minha face ardia de vergonha.

– o que importa é que o céu esta caindo em pedaços sobre a cidade e bem... Não vai ter como você ir para casa então você vai ter que dormir aqui comigo. - falou com um brilho travesso nos olhos e uma nota de malicia na voz enquanto entravamos no saguão de um hotel.

– não adianta insistir que eu não vou dormir na casa de um estranho, nem a pau.- falei me desvencilhando de seu abraço.

–Prazer sou Harry Müller - falou apertando minha mão - agora não somos mais estranhos concorda Valerie Swan?

–concordo- falei não conseguindo aguentar mais um riso contido, esse garoto tinha algo de especial e eu me encantava cada minuto mais. - mas mesmo assim não vou dormir com você. - falei e consegui arrancar uma gargalhada dele.

–puta merda viu? Você é mesmo irmã daquela cabeça dura, mas é claro que eu não vou deixar você sair nessa senhora chuva, então... - ele começou a vasculhar todos os lados da rua enquanto mordia o lábio. - então a gente vai para aquela lanchonete do outro lado da rua e esperar a chuva parar, ai se você sentir sono, ou sentir confiança em mim antes de ela acabar, pode dormir na minha casa. Certo?

– você não vai desistir vai? -falei rezando por um “não”

– que tipo de louco eu seria se desistisse de uma garota tão... Especial... Única... Doce... Encantadora e... Que fica vermelha quando é elogiada? É claro que eu não vou te deixar sair nessa chuva... Agora vamos. - falou me puxando para o meio da chuva enquanto ele abria o guarda-chuva, senti suas mãos enlaçarem a minha cintura, e me pressionando um pouco contra o seu corpo, ele andava com passos decididos, e nem mesmo o céu caindo sobre nossas cabeças fazia com que seu sorriso travesso se desfizesse.

[…]

Passar a noite naquela lanchonete tinha sido uma das melhores coisas que eu tinha feito na vida, a companhia de Harry tinha sido como balsamo para as minhas feridas, com ele eu não me lembrava do ódio que eu nutria por meu pai, por Isabella, por Edward, tudo o que havia na minha mente era como ele podia ser tão doce... Encantador... E mesmo assim másculo, ele era uma pessoa com a qual você poderia conversar por horas e nunca se cansar, mesmo eu vendo em seus olhos a clara intenção de que ele estava louco para me levar para a cama, eu sabia que ele não estava sendo gentil por esse simples fato, ele se parecia muito com o Cullen, mas nele havia um quê de bondade que faltava ao Cullen, e era essa característica que tanto me encantava.


Jasper

O final de semana tinha sido excelente, eu tinha curtido muito o tempo com os meus irmãos e amigos, pena que eu não podia ficar muito tempo longe das minhas responsabilidades, por mais estressantes que elas fossem mais cedo ou mais tarde eu ia ter que por a minha mascara de Alec, mesmo com muita vontade de me enfiar na cama com Alice, eu decidi que tinha que voltar para casa dos Volturi e fazer o que tinha que ser feito, peguei meu carro e segui pelas ruas sinuosas de Nova York ate chegar ao condomínio de luxo onde eu morava, chegando a casa percebi que ela estava morbidamente quieta, então o medo me invadiu, fiquei com medo de Carmen ter morrido e eu nem estar perto para me despedir, então mais por instinto do que por qualquer coisa, eu entrei em casa subindo de três em três os degraus da varanda, quando eu pus os pés dentro de casa Jane estava descendo os degraus da sala, ela me olhava com um olhar de superioridade, que estava me dando nos nervos.

–Jane? Cadê a mamãe? - falei quase pondo as entranhas para fora de tanto cansaço

– A minha mãe está no quarto dela, não que isso seja da sua conta Swan, ela não precisa de você para viver... Então se sinta a vontade para ir embora. - isso realmente tinha me pego desprevenido.

Como ela tinha descoberto?

o que ela faria com aquela informação?

O que Aro faria comigo e com Bella caso descobrisse que o seu plano estava indo por água abaixo?

Se bem que não importa como ela descobriu , o que importa, é como eu vou usar isso ao meu favor.

Pus a mascara de usurpador e em sinal de deboche me sentei na poltrona mais próxima a mim e falei com um escárnio que não era meu.

–Jane... Jane... Jane, eu sei e você sabe que eu não sou o seu irmão, mas a pessoa que me contratou quer que eu seja então... Não vai ter como eu sair daqui dessa casa, a menos é claro que seu papai me demita desse cargo, o que eu não vou achar nada ruim vou te confessar, mas é claro que eu não sou um funcionário voluntário, seu querido papai me obrigou usando um truque muito, muito sujo mesmo viu? Quer saber que truque foi esse?- falei com um deboche na voz que nem mesmo eu sabia ter.

– eu não quero nem saber do motivo que te trouxeram aqui... Eu só quero saber onde está o meu irmão. - ela falou com um desespero genuíno na voz- Fala Swan onde esta o meu irmão?

Aquela pergunta realmente me pegou desprevenido, mas o que eu posso fazer?

Não podia esclarecer tudo nessa vida, essa era uma informação muito desastrosa e eu havia prometido guardar esse segredo até o ultimo segundo da minha vida.

–fala Swan. Fala o que você fez para que Alec desaparecesse assim? Fala! Que merda!

–realmente eu não posso, eu prometi ao seu pai que nunca iria contar isso pra ninguém - falei me pondo no seu lugar, mas acima de tudo eu tinha que proteger Bella das consequências dessa historia então eu ia ter que levar esse segredo para o tumulo se fosse o caso!

– Não me importa se você prometeu para o papa, o que eu quero é saber onde esta o meu irmão- ela berrou me socando o peito- fala Swan... Fala, mas que merda, fala de uma vez. Que merda, fala logo.

Aquela encenação estava me tirando do serio, então minha parte perversa e quase maligna fez a boca ser mais rápida que minha cabeça ou o meu coração.

– ele está MORTO, M-O-R-T-O, entendeu? Ele morreu, ele está mortinho da silva – eu soltei aquelas palavras com uma perversidade que não era minha, o pior foi que eu senti alegria em jogar aquela dura verdade na cara de Jane, era como se eu tivesse um lado sádico que de tão reprimido acabou se rebelando contra mim e me dominado, mesmo que por tão pouco tempo.

O rosto de Jane se desfigurou numa face de pura dor e angustia, seus olhos marejaram, ela cerrou os punhos a ponto de os nós de seus dedos ficarem brancos... Parecia que lutava contra algum sentimento, que insistia em corroê-la por dentro, então ela desabou de joelhos no chão, enquanto as lagrimas caiam sem limite por sua face, eu podia ver que ela soluçava enquanto tentava matar a dor que dilacerava de dentro pra fora.

Assim que eu a vi ali chorando baixinho enquanto sussurrava o nome de Alec como numa suplica para que tudo o que eu lhe disse não passasse de uma mentira, o meu peito se apertou, a parte fria derreteu e o verdadeiro Jasper tomou seu lugar de direito.

–Jane desculpa... Por favor, eu não queria falar isso, não desse jeito pelo menos - falei enquanto a abraçava de um jeito meio torto enquanto apoiava meu queixo no topo da sua cabeça. - desculpa mesmo... Eu... não queria te contar desse jeito, não sei o que me deu... Eu...

–cala boca Swan- falou se aninhando no meu peito, de um jeito tão fraternal, como se ela realmente precisasse desse apoio.

Um silêncio acolhedor se instalou naquele momento, eu podia sentir o cheiro de menininha que Jane exalava, mesmo embaixo de toda aquela armadura de garota forte, Jane era só mais uma menininha indefesa que precisava de apoio, apoio esse que eu estava pra lá de disposto a lhe dar.

–Jasper... Eu só te perdôo se você me ajudar a descobrir onde Alec está enterrado, e o motivo da sua morte... Ah e, por favor, mantenha essa mentira por mais um tempo- falou se levantando e se livrando calmamente do meu abraço- mamãe vai precisar de você nos próximos meses. - ela ergueu sua armadura novamente, nem mesmo seus olhos azuis deixavam escapar uma lasca de sentimento que fosse ela era a velha e dura Jane de sempre.

–então temos um trato?- falei esticando a mão enquanto permanecia sentado no chão.

–temos- falou pegando a minha mão e me ajudando a me levantar, enquanto com a outra mão limpava as lagrimas que insistiam em cair.

CONTINUA...


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Notas finais do capítulo

Amores deixem seus comentários para eu saber se eu estou agradando, ou se é preciso mudar algo...
espero loucamente...
bjos e até mais



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