Perigos em Panem escrita por Fernanda


Capítulo 2
Capítulo 1




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Pov. Percy

 10 anos se passaram, muita coisa mudou.

 Meu nome é Percy Jackson e eu sou um semideus, filho do deus dos mares Posseidon. Quando eu descobri que era um semideus foi um choque para mim, mas quando percebi não me imaginava mais sem meus poderes e como um ser humano comum.

 Já tive várias missões para salvar o mundo, mas agora que me tornei um adulto e me casei, estou tentando parar de me ver em tantas situações de perigo, mas nem sempre é fácil.

 Era um dia de inverno e a neve enchia as ruas de Nova York, quando cheguei à casa de minha mãe para o tão esperado jantar de natal encontrei a casa cheia de gente. Todos os meus amigos estavam ali e até gente que eu não tinha ideia de quem era vieram me cumprimentar.

 Encontrei Annabeth e Grover que estavam conversando com Nico e Clarisse,  que parecia estar de mau humor por algum motivo.

 - Olá, demorou demais Percy, estou querendo falar com você a horas – disse ela, rabugenta.

 - Desculpe, mas eu estava no trabalho. O que você quer me falar?

 - Encontrei Rachel hoje à tarde, ela parecia preocupada com algo sobre o futuro.

  - E o que é?

  - Ela não quis me contar, disse que só contaria para você.

 Vi algo brilhar nos olhos de Annabeth, apesar de ela saber que eu a amo e que eu e Rachel não temos nada a ver, ela ainda sente muito ciúmes de nós, mas deixei passar, pois a cara que Clarisse estava fazendo deixava bem claro que o assunto era serio.

 Liguei para Rachel, mas ela não me atendeu, então o pressentimento de que alguma coisa muito ruim estava acontecendo me preencheu, mas ver todas aquelas pessoas tão tranquilas na minha casa conseguiu me acalmar um pouco.

  Era natal, então festejamos até tarde, mas o pressentimento que eu tinha só foi se intensificando com o tempo e eu não conseguia falar com Rachel por mais que eu tentasse.

 Quando todo mundo foi embora Annabeth me chamou e disse que estava com uma sensação de perigo, Nico, que ainda estava lá, disse a mesma coisa, tentei pela ultima vez ligar para Rachel, e, por milagre ela atendeu.

 - Oi Percy.

 - Rachel, o que aconteceu com você? Te liguei um monte de vezes, por que não me atendeu?

 - Desculpe, mas não sei o que aconteceu, o meu celular perdeu totalmente o sinal e algo estranho aconteceu, mas eu não consigo lembrar nada, nem do que eu queria te contar. Me desculpe Percy, tenho que ir.

 E assim, sem mais nem menos ela desligou o telefone na minha cara, nem me dando a chance de me despedir. E foi nesse momento que eu soube que tinha algo muito errado.

 No segundo seguinte Nico se materializou no meio da minha sala de estar – não importa quantos anos tenham se passado e quantas vezes ele faça isso eu ainda vou me surpreender toda a vez - seu rosto estava mais pálido que o normal e seu rosto preocupado.

 - Papai está morto – disse ele.

 Levei um choque momentâneo, Nico era filho do deus dos mortos, ele não poderia estar morto, não fazia nenhum sentido, olhei para o resto das pessoas que estavam na sala e, por incrível que pareça, todos tinham uma expressão igual a minha.

 Hades, morto, os deuses não podiam ser mortos, as coisas que conhecemos hoje em dia começariam a desaparecer e o mundo entraria em um tremendo caos, além do mais, quem conseguiria matar um deus?!

 - Como pode ser? – perguntou Annabeth.

 - Não sei, mas o mundo inferior está um caos, os deuses estão todos alvoroçados, entrando em pânico com a possibilidade de morrerem também.

 - Mas o que teria poder suficiente para matar o rei dos mortos? – perguntei.

 - Não sei, mas parece ser algo maior do que já encontramos até hoje.

 - E o que vai acontecer a partir de agora? – perguntou Grover, que até agora havia ficado calado e começado a comer o forro do meu sofá.

 - Não tenho ideia, mas acho que vou ter que voltar para o Mundo Inferior e ver com os esqueletos como vamos agir a partir de agora, Perséfone está arrasada e acho que vou tentar descobrir o que os deuses farão agora.

 As luzes piscaram e Nico sumiu, deixando eu, Annabeth e Grover com cara de bobos no meio da sala de estar da minha mãe.

 Nos despedimos de minha mãe e de Paul e fomos para a minha casa, já era tarde da noite quando chegamos, mas a minha casa estava toda iluminada e brilhava, como se milhões de raios estivessem estalando entre as paredes, e tive o pressentimento de que era isso mesmo que estava acontecendo.

 Entrei em casa e quase dei meia volta e sai correndo. A visão de todos os deuses do olimpo amontoados na minha sala de estar, com diversos raios de luz sendo lançados é tão aterrorizante que eu não consegui me mexer até que Annabeth me empurrou para frente e sussurrou no meu ouvido:

 - Vamos, eles não podem fazer nada, estão apavorados.

 Entrei e fui diretamente fazer uma reverencia aos pés de Zeus, e depois uma aos pés de meu pai. Annabeth fez o mesmo com a sua mãe. Depois que nos levantamos, Zeus se levantou e deu um passo a frente.

 - Vim aqui pedir ajuda – disse ele, muito sério – precisamos que você descubra o que matou Hades, e ajude-nos a acabar com essa ameaça, mas você não vai conseguir sozinho, e nem com os seus amigos mais próximos. Terá de achar as pessoas certas que podem lhe ajudar. Faça isso rápido, tudo começará a sumir logo, encontre sua amiga Rachel para ela lhe dizer a profecia.

 E foi isso, Zeus voltou para o sofá e meu pai apenas me olhou com os olhos brilhando e murmurou:

 - Boa sorte.

 E foi o fim, todos os deuses sumiram e eu fiquei ali, sem saber por onde começar e me sentindo um adolescente de novo.


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