Brother escrita por Anny Taisho


Capítulo 14
A familia Mustang




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Cap. 12 – A familia Mustang


Riza voltou somente algum tempo depois e com uma cara de poucos amigos que deixou os dois com um pouquinho de medo de levar um tiro.


- O que tem de tão interessante nessa paisagem?


- Não vejo nenhum de vocês.


- Ai! Essa doeu!


- Desculpa, a gente não queria te deixar tão brava, não é?


- É! Foi só uma brincadeirinha.


- Oh... Certo, mas eu não garanto a integridade física de vocês em caso de reincidência.


A loira colocou a palma de mão direita sobre a testa e fechou os olhos.


- O que foi, Riza?


- Enxaqueca.


- Você ainda tem isso, maninha?


- Não com freqüência, só quando fico nervosa.


- Que isso, Riz, foi só uma brincadeirinha...


- Não foi por causa de vocês. Eu estava no vagão restaurante e tinha umas pessoas que comentaram sobre Ishival...


- Vem cá.


Rick puxou a puxou pelo braço.


- Eu não tenho mais cinco anos, Rick!


- Mas ainda é minha irmãzinha!


O loiro colocou a loira em seu colo com a cabeça em seu ombro e as pernas esticadas.


- Dorme. Ainda temos duas horas de viagem.


- Ok.


Roy ficou observando a cena e sentiu um pouco de inveja de Rick, queria estar no lugar dele.


Ishival fora um inferno.


A pior guerra que aquele país já viu...


Se não fosse por Riza e Maes não tinha certeza de que teria superado.


-


-


Minutos antes do trem parar, Rick acordou a irmã que parecia bem melhor.


- Já? Nossa!


- Você apagou, está melhor?


- Sim, sem enxaqueca.


Ela tirou uma escova de cabelo da bolsa e um fashion óculos escuros.


- O que foi? Não estou a fim de aparecer com cara de quem está de ressaca.


- Vamos?


- Na verdade eu queria comer primeiro.


- Tem um restaurante muito charmoso aqui perto.


- Uma gracinha, nós três aparecermos carregando malas.


- O que tem? Não devemos nada para ninguém!


- Certo...


Caminharam pela cidadezinha que estava coberta de neve. De todos os lados haviam pessoas agasalhadas conversando, crianças brincando com a neve. Um ar de cidadezinha de interior, tão diferente do da cidade Central.


- Lembra Brokemontain City, né Riz?


- Com certeza.


- Que cidade é essa?


- Nosso avô tem uma casa lá, todas as férias ele tirava licença e levava a gente para lá.


- Bons tempos!


- É aqui!


O restaurante era um lugar bem rústico com cara de interior. Tinha uma varandinha onde ficavam algumas mesas que tinham vista para a praça de cidade.


- Eu adoro esse tipo de lugar...


- ROY!!


Uma voz aguda veio do outro lado da rua.


A dona era uma moça que devia ter um metro e setenta, loira platinada de olhos cor de mel. Os cabelos ostentavam um corte reto até o queixo e o rosto possuía traços finos.


Era muito bonita.


- Minha nossa! Quanto tempo, em?


O moreno não fazia a menor idéia de quem era a mulher.


- Não me fala que você se esqueceu de mim... Luciana, a gente estudou juntos!


- Luciana Martins?


- Isso!


Ela abraça Roy e lhe dá um beijo no rosto.


- O que faz por aqui?


- Vim passar o natal com meus pais, mas e você o que anda fazendo? Casou?


- Eu? Que isso, não tenho vocação para isso, pelo menos ainda não. Quem são seus amigos?


- Desculpe, esses são Ricardo e Riza Hawkeye, meus amigos.


- Prazer.


Ela estende a mão e os dois atendem o cumprimento.


- O prazer foi nosso.


- Com certeza.


Riza não havia gostado nem um pouco da mulher.


- Bem, não quero atrapalhar, aproveitem o café e Roy depois dá uma passadinha lá em casa ainda moro no mesmo lugar.


Ela lança um sorrisinho que quase mata Riza de raiva.


- “Um tipinho desse não ia fazer falta para a humanidade!”


- Riz...


- Hum?


- Vamos sentar...


- Ah ta!


Os três se sentam.


- Um café sem açúcar e vocês?


- Um café com creme... Riz?


- Um capuccino com doce de leite.


- Hai. Já trago os pedidos.


- Então, velha amiga?


Rick perguntou.


- É... Pode se dizer que sim. Estudamos juntos, fizemos crisma... Sabe como é.


Luciana havia acabado de entrar para a lista negra de Riza. Mais uma que dormiu com Roy e queria um segundo hound.


- Eu imagino. Velha amiga.


- Que não faria falta nenhuma para a humanidade.


Resmungou Riza.


- Disse alguma coisa Riza?


- Não, estava olhando a praça.


- Ah.


- Aqui está. Espero que gostem! Mais alguma coisa?


- Um pedaço de torta de morango e um de torta de kiwi, por favor.


- Certo.


- Você vai passar mal se ficar comendo só doces.


- Relaxa, depois eu como um pãozinho de arremate.


- Aff! Mas Roy, como anda Alice?


- Até hoje a Alice namora o mesmo cara, estão noivos, mas sem previsão de casamento.


- Ela dura na queda, e a Mabel não teve mais noticias daquele idiota?


- Que eu saiba não, mas não creio que ela iria querer papo com ele.


- É que da última vez que ela me escreveu há uns meses atrás comentou que o viu na cidade.


- Vocês se correspondem?


- Sim. Ficamos bem amigas.


- Que bom!


Ricardo já estava comendo.


- Gente, isso aqui está muito bom!


- Me dá um pedacinho...


Rick olhou meio torto para a irmã enquanto ela, com o garfo, pegava um pedacinho.


- Larga de ser mala! Eu só peguei um pedacinho!


- Minha comida!


Roy e Riza riram de Rick.


- Ele sempre foi assim?


- Ele seqüestrava a minha sobremesa quando éramos crianças!


- Você nunca comia, fazer esse ser comer era um custo!


- Que criança não tem dificuldade de comer?


- Eu! Nunca tive essa frescura!


- Você não serve de base!


-


-


Depois de mais um tempinho no restaurantezinho e mais alguns encontros com “amigas” de Roy, eles seguiram para a residência da família Mustang.


Ficava um pouco mais afastada da cidade, era cercada por um bosque que atualmente estava coberto de neve. A casa era imponente, grande, deveria ter uns dez quartos. Era estilo colonial do final do século passado.


- Bela casa. Você cresceu ai?


- Sim, meu pai comprou a casa logo após seu casamento. Eu minhas irmãs nascemos aqui.


- Nossa! Eu e a Riz nascemos na mesma casa, mas depois do incêndio nosso pai fechou a casa.


- Nossa! Eu não imagino minha infância em outro lugar...


- Deve ter sido um máximo crescer aqui, você tem mesmo cara de quem adorava subir em árvores.


- Eu deixava minha mãe louca. Mas e vocês?


- Fomos para a Central, a casa era enorme, mas nem de longe era tão boa quanto a casa do Leste.


- Eu não me lembro.


- Uma hora te levo lá, assim que a restauração da casa terminar.


- Eu quero ir também... Se não for incomodar.


- Que nada! Quanto mais gente melhor! Quero dar uma festa!


- Festa?


- Vai ficar pronta perto do meu aniversário.


- Jura? A mamãe ia gostar. Ela adorava festas, não é?


- Sim, muito. Direto ela organizava jantares, reuniões...


- E quem sabe até lá você já não achou um novo amor, Ricardo.


- Tomara. Não gosto da solidão.


- A solidão não é de todo ruim, ás vezes é bom estar sozinho.


- Você precisa de um analista, Riz!


Eles finalmente chegam a casa, o caminho da entrada da propriedade a casa era meio longo.


Roy toca a campainha e logo a porta é aberta.


Uma bela moça de cabelos negros em um corte channel, pele clara e profundos olhos azuis abre a porta. Era Alice, a irmã mais velha de Roy.


Não era muito mais alta que Riza, mas tinha alguns significativos centímetros a mais.


- Leroy!!


Ela abraça o irmão.


- Já estávamos pensando em ir a cidade ver se vocês tinham chegado!


Ela apertava muito forte Roy.


- A... Alice, vo... Você est...


- Oh! Desculpe! Riza!!!


Ela abraça a loirinha e lhe dá um beijo no rosto.


- Que saudades! Você nunca mais voltou e só manteve contato com a Mabel sua tratante!


- Desculpe... É que...


- Depois você inventa uma desculpa e me fala. Agora você deve ser o Ricardo?


- Sim, prazer! – ele estende a mão –


- Prazer. Alice Brandon Mustang. Entrem, está frio.


O pessoal entra e as malas são deixadas no hall, depois cuidariam delas.


- Gente! Olha quem chegou!!


- Meu filho!!


Uma senhora que deveria ter uns cinqüenta e poucos anos, mas aparentava ter bem menos foi abraçar Roy lhe beijando em todos os lugares que encontrava.


Ela tinha cabelos negros até os ombros, olhos azuis, era magra e ainda tinha contornos muito bonitos.


- Para com isso mãe! É constrangedor!


- Por quê? Uma mãe não pode mostrar toda sua afeição por seu filho desnaturado que passa séculos sem dar noticias?


- Não exagere!


- Você fala isso porque ainda não tem filhos! Como você está magrinho! E olha essa cor... Você anda comendo direito? E tomando sol regularmente?


- Mãe!!


- Certo, depois vemos isso! Vejo que conseguiu trazer a jovem Riza de novo! – ela caminha até Riza e a abraça – Como está bonita! Os anos só te fizeram, menina, mas uns quilinhos a mais não te fariam mal.


- Olá Katherine. Você também está muito bem.


- Não seja gentil. Os anos não são gentis depois que se passa dos quarenta!


- Por favor, você está ótima!


- Sei... E esse rapaz deve ser seu irmão, certo?


- Sim.


- Ricardo Fellipe Monteclaire Hawkeye, prazer, senhora Mustang.


- Nada de senhora, eu não pareço tão velha assim, não é?


- Oh, não! Jamais!


- Você é o único dos três que parece estar bem alimentado e corado!


- Eu faço o que posso! A sen... Você tem uma bela casa.


- Garanto que não chega perto das casas que sua família possui.


- Imagine, está tão bonita. A senhora tem um excelente gosto.


- Gostei desse menino!


- Pai.


Roy abraçou um homem muito parecido com Roy. Cabelos negros, um pouco mais comportados e com alguns fios brancos que lhe davam um ar austero, alto com olhos tão negros como os de Roy.


Era visível a semelhança dos dois.


- Pensei que tivesse se esquecido de nós.


- Eu ando ocupado.


- Não seja mentiroso, eu sei que quem trabalha é a jovem Elizabeth.


- Olá, Adam.


- Quanto tempo, menina. Não voltou mais... Não me diga que o Roy não te convidou?


- Hey! Eu convidei sim!


- Ele convidou, eu é que não quis incomodar.


- Você não incomoda. Seja bem vinda.


- Boa tarde, senhor.


- Boa tarde, Ricardo... Estou certo?


- Sim.


- Vocês são mesmo muito parecidos, até parecem gêmeos.


- Não, não, eu sou quatro anos mais velho.


- É mais velho que o Roy?


- Sim.


- Vamos sentar, eu vou trazer um chá!


- Onde está Mabel?


- Acho que dormindo, ela chegou na hora do almoço... Estava muito cansada.


- Ela trabalha, sabe Leroy!


- Vai plantar fava, Alice!


- Então Riza, o Roy continua uma mala sem alça que não faz o próprio serviço?


- Ele tem melhorado, logicamente que na base da “persuasão”!


- Que feio, irmãozinho!


- Ela exagera!


- Eu? Você chega atrasado, dorme no expediente, excede a hora do almoço e eu estou exagerando?


- Assim você queima meu filme!


- Os anos não te consertaram, Roy!


- Fazemos o que podemos pai!


- Imagino!


- Aqui está o chá e algumas bolachinhas!


A mulher põe uma bandeja sobre a mesa e entrega as xícaras cheias do liquido fumegante.


- Comam, o jantar ainda vai demorar um pouco.


- Não, fico só com o chá, mãe.


- Por isso está magrelo desse jeito! Mas e você, Riza?


- Só o chá.


- Até o final da semana eu conserto vocês! Olhem para o Ricardo, por que não são como ele?


- Muito bom, Katherine!


- Obrigada, pelo menos um para apreciar meu trabalho!


- Como se eu não comesse tudo o que você come, querida.


- Você? Por favor, Adam, quando está naquele escritório as coisas que levam apodrecem na sua mesa!


O homem puxa a esposa para o colo.


- Adam!


- RIIIZA!!!


Uma mulher de cabelos negros até a cintura, franja, pele clara, olhos azuis e um corpo escultural corre até loira. Vestia apenas um shortinho preto e uma camiseta mais larga, estava mesmo com cara de quem havia acabado de acordar.


- Mabel!!


- Quanto tempo amiga!! Você veio mesmo!!


- Fui meio que coagida.


- Pelo menos uma coisa de útil o Roy fez. – ela abraça o irmão – Tchuco, da maninha!!!


- Mabel...


- O que foi, Tchuco? – ela usava uma voz infantil – Você pode ser general, mas ainda é o meu Tchutchuquinho!!


Ela beija a bochecha do irmão e sai do colo dele.


- Eu não estou muito apresentável, mas olá... Ricardo. A Riz fala muito de você.


Ricardo estava meio hipnotizado pelos olhos azuis dela. Ela tinha um rosto tão lindo...


- Er... – ela dá uma risadinha – Legal...


- Oh... Desculpe. Prazer!


Mabel também tinha ficado impressionada pelo loiro. Os olhos vermelhos dele pareciam chamas ardentes.


- Bem, eu vou me tornar apresentável... Vamos comigo, garotas?


- Vamos, maninha!


As três vão para o segundo andar.


- Tchutchuquinho?


- Sem comentários.


Roy estava de cabeça baixa.


- Por que você não instala o Ricardo, em filho?


- Certo. Vamos Rick... No caminho eu te conto o que passei nas mãos daquela malucas.


Continua...


 


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Oie!!!
Mais um cap para vcws pessoas que eu amo!!!
Kiss e comentem para me fazer feliz!!!
Kisss