Jovens Caçadores - O Ciclo (1) escrita por Duquesa da Noite


Capítulo 1
Capítulo 1




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Narração normal:

Já havia se passado alguns meses do inicio do ano letivo em um colégio no interior do Paraná quando apareceu uma novidade que todos os alunos, principalmente as meninas, não paravam de comentar. A entrada de uma nova aluna.

Ana mal tinha colocado seus pés na escola e todos já falavam sobre ela, especulando sobre sua vida, o porque de ter entrado naquele colégio em seu ultimo ano do colegial. Alguns falavam que ela tinha sido expulsa da antiga escola por suas notas serem muito abaixo da media, outros falavam que ela tinha se metido com a polícia, mas alguns diziam que ela tinha se metido com drogas.

Logo no primeiro dia provou que não havia sido expulsa da escola, principalmente por suas notas, era muito inteligente e nem tinha se metido com drogas, pois alguns alunos que usavam haviam lhe oferecido e ela recusou seriamente. E sobre estar fugindo da polícia foi negado após uma menina entrar na pagina da policia e ver que o nome dela não se contava lá.

Na hora do lanche ela se sentou em uma mesa vazia, tirou um livro da mochila e começou a lê-lo enquanto tomava um suco que não dava para se saber de que sabor era, a única coisa que se sabia que a cor era laranja. Depois de alguns minutos ela ouviu alguém pigarrear ao seu lado.

Ela tirou os olhos do livro e olhou para esse alguém que se encontrava ao seu lado. Era um menino moreno e alto com roupas bem discretas e na sua frente estava uma menina igualmente morena um pouco mais baixa, muito magra, com os cabelos lisos e dava para ver que era por química, com os olhos tão mal maquiados que parecia que ela estava indo para um concurso de maquiagem para palhaços. Ambos mediam a Ana de cima a baixo.

Ana era loira com o cabelo liso natural cortado em camadas, não era alta e muito menos tão magra como a menina, mas como não tinha o uniforme (verde limão com a blusa branca, que a menina morena havia o feito ficar um mini shorts e um top) estava de calça jeans skinny preta e uma blusa branca com uma caveira na frente.

A menina fez uma cara feia para Ana e logo em seguida olhou para a mesa e deu um suspiro revoltado.

–Bruno, fala para essa ai sair da minha mesa, ela esta deixando tudo contaminado!

O Bruno olhou para a Ana obedecendo às ordens da menina como se fosse um escravo que estava hipnotizado.

–Com licença, mas você esta sentada na mesa da Fernanda! Queira se levantar, por favor!

Ana deu um sorrisinho de descrença, fechou o livro e olhou para a cara da Fernanda e do Bruno.

–Por que eu faria isso? Me da um bom motivo!

Fernanda ficou desgostosa com o sarcasmo da menina nova, todos tinham medo dela, pois o pai dela era um dos mais rico do estado.

–Bruno, fala para ela sair agora e parar de me desafiar, faz isso AGORA!

Neste momento um menino se aproximou da mesa em questão que estava ocorrendo à briga. Ele era alto, com o estilo meio de roqueiro e os olhos verdes.

–Menina, você e nova e não sabe as regras, mas aqui funciona assim: você fica longe do caminho, da mesa e da vida da Fernanda se ela não gostar de você. Agora FORA!

–E você é o capacho dela? Tudo o que ela manda você faz?

Aquele outro menino se aproximou da Ana, pegou a mochila dela que estava no chão ao seu lado e falou apenas para ela.

–Vem comigo, é o seu primeiro dia e é melhor não arranjar encrenca, principalmente com essa ai. Ela não merece que você gaste seu tempo com essa idiotice dela. - Ele jogou a mochila da Ana em suas costas e fez ela segui-lo.

–Que isso Thiago, defendendo a garota nova?- Disse Fernanda com ironia.

Ele nem se virou para falar com ela.

– O que isso te importa Fernanda?

A menina fez cara feia e começou a gritar com o Bruno para passar álcool na mesa e comprar o lanche dela logo.

Eles se sentaram em uma mesa afastada da menina e seu capacho.

–Posso perguntar o porque de você ter...- Ana apontou para a mesa da menina idiota e do seu capacho que agora tinha outras garotas se aproximando da mesa, elas tinham as roupas iguais as da Fernanda- Interferido na briga?

Ele deu um sorriso de canto de boca.

–Só se você contar o porque da confusão la atrás.

Isso arrancou um sorriso da Ana.

–Isso é uma boa troca!- Ela sorriu de novo- Não gostei dela e não gosto de pessoas metidas... Sua vez.

Ele sorriu largamente.

–Você é nova aqui e não conhece e muito menos esta vacinada contra o veneno da Fernanda.

–Já tomei essa vacina há alguns anos...

Thiago não tinha devolvido a mochila ainda.

–De onde você veio?

Ela hesitou um pouco na resposta, mas havia algo nele que a fazia confiar naquele garoto estranho.

–De São Paulo.

– O que veio fazer aqui?

Ela deu uma risada.

–Você é um pouquinho curioso hein!

O sinal tocou.

–Um pouquinho... Você esta na minha sala não é?

Ela balançou a cabeça e eles foram para a sala juntos.

–Olha a sua mochila- Ele devolveu a ela- Acho melhor irmos rápido, o professor de matemática não aceita atrasos.

–Ele é muito chato?

– Na verdade ele era legal, seu comportamento mudou após a morte da sua mulher.

Eles entraram na sala e ele a fez sentar-se ao seu lado bem longe da Fernanda que mandava olhares maldosos regularmente como outras garotas que andavam com ela e algumas que não andavam que olhavam para a aluna nova e para o Thiago. Alguns minutos passaram até a aula começar, Ana sentiu uma coisa estranha como um calafrio e olhou para a porta.

Nela estava parada uma mulher, seu rosto branco como papel com olheiras gigantes, seus cabelos loiros escuros estavam presos em um coque alto e suas roupas eram sociais. Dava para ver que ela era bonita senão estivesse com uma cara de que não dormia havia dias.

Ana cutucou Thiago e apontou para a porta.

–Quem é aquela mulher?

Thiago olhou para a porta e ficou branco.

–Não pode ser...

Ana começou a se preocupar com ele.

–O que foi?

–Aquela é a mulher do professor.

Ana franziu a testa ainda com os olhos passando do rosto da mulher e o do Thiago que tinha ficado igualmente pálido.

–Mas a mulher do professor não morreu?

Ele apenas acenou com a cabeça positivamente e como se algo quisesse confirmar a mulher desapareceu no ar.

–O que...?

Ele pegou o celular em seu bolso.

–Minha irmã vem me buscar, acho que podemos resolver isso com a ajuda do amigo dela..., tenho quase certeza que é o nome dele é Diogo.

–Quero ajudar!

Ele a mediu e lhe lançou um olhar de descrença.

–Você não pode ajudar, vai acabar se machucando e não sabe nada sobre isso.

Ana olhou para ele erguendo as sobrancelhas.

–Eu sei mais do que você imagina e posso sim ajudar!

–Então esta bem... Mas como você vai ajudar?

Ela deu um sorriso mexendo na sua mochila. Ela tirou um livro de aparência velha e, não se sabe se foi intencionalmente, mas mostrou para ele tapando o nome do livro com a mão.

–Em que um livro vai ajudar?

Ela olhou para ele e balançou a cabeça negativamente desacreditada, passou a mão pelos capítulos rapidamente e parou em uma pagina com o titulo Espíritos: diferenças e como se livrar deles.

–Acho que os livros podem ajudar em muitas coisas.

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Nina era a irmã mais velha do Thiago, quatro anos de diferença, e ela chegou com o amigo dela que o Thiago estava falando o Diogo.

Thiago e Ana estavam esperando em um pracinha em frente à escola, eles estavam dividindo o fone de ouvido e escutando Green Day. Nina se aproximou e a primeira vista não gostou da Ana, mas não sabia o que aquela menina fazia ali.

–Oi maninho!- Ela cumprimentou o irmão olhando pra a Ana que estava lendo sobre espíritos para se adiantar na pesquisa- Quem é ela?

Thiago olhou para a Ana também.

–Essa é a Ana, uma menina nova da escola.

–E o que ela esta fazendo aqui?

Thiago respondeu timidamente.

– Ela sabe sobre o mundo sobrenatural e quer nos ajudar.

O olhar da Nina foi do Diogo para a Ana, seu amigo também era novo, mas sabia o que fazer, não estava ali de brincadeira como ela pensava que a Ana estava. Nina olhou para ela com superioridade.

–E você acha que isso é uma brincadeira? Você pode machucar feio seu rostinho.

Ana se levantou, odiava que falassem assim com ela, era do mesmo tamanho da Nina, então a olhou dentro dos olhos.

–Por um acaso eu se o que é perigoso e eu também sei me informar antes de dar a cara a tapa.

–E você acha que um livrinho qualquer vai nos ajudar? Já sei, quando estiverem apuros vai atacar ele na cara de quem esta caçando!

Ana se virou, pegou o livro e começou a ler em voz alta.

–”Alguns espíritos podem ter sofrido tanto em vida que após sua morte persegue seus violentadores atormentando-os até leva-los a loucura ou a morte”. - E continuou cada vez mais confiante- “Outros não têm ideia que morreu por isso começam seguir alguma pessoa que participou da sua vida, após algum tempo começam a se enraivecer por não serem vistos buscando uma vingança aparentemente não existente”. Acho que pesquisar pode ajudar um pouco.

Nina se surpreendeu coma pesquisa da novata, mas não quis dar o braço a torcer.

–E por um acaso fala como se matar?

Ana já tinha começado ficar irritada, então começou a guardar suas coisas rapidamente e ficou de frente para a Nina.

–Olha, me desculpa estar aqui, ok? Se eu estou te atrapalhando eu vou embora, já arranjei muita encrenca hoje e não quero arranjar mais!- Ela se virou para o Thiago- Adorei te conhecer e obrigada por hoje mais cedo... Tchau.

Ela se virou e começou a ir embora quando o Diogo se aproximou da Nina.

–Você não foi muito dura com a menina? Ela só queria nos ajudar.

Nina não ia aceitar que tinha errado com a menina.

–Ela não pode nos ajudar!

Thiago se levantou.

–Desculpa mana, mas eu acho que o Diogo esta certo, eu vamos atrás dela e ela vai ajudar a gente sim.

Ele foi atrás da Ana e o Diogo ficou conversando com a Nina.

–Vamos dar pelo menos uma chance para a menina, ela é bem inteligente e eu acho que vai poder nos ajudar.

–Quem sabe...

Eles não sabiam, mas isso ia mudar a vida deles...



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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que vai acontecer com eles? Este foi apenas o começo de tudo...



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