Depois das apresentações, a reunião começou. Todos ficaram automaticamente sérios. Nick Fury começou a andar de um lado para o outro com os braços para trás.

- O motivo da reunião é que o país precisa da ajuda de vocês novamente. - ele disse. - Dois meses atrás uma série de sequestros e assassinatos começaram. Na primeira semana, 15 pessoas estavam desaparecidas. Na semana seguinte, seus corpos estavam espalhados pela cidade, cada um do lado oposto de onde morava. O criminoso matou homens, mulheres e crianças. Aqueles que sabem, estão com medo, não saem de casa. São poucas as pessoas que sabem, pois proibimos a imprensa de divulgar os crimes. Caso isso fosse feito, as pessoas ficaram assustadas e criaria uma confusão. Por todo esse tempo, procuramos pelo criminoso, mas não obtivemos sucesso. A única alternativa que nos resta são Os Vingadores. Portanto, essa é a deixa para vocês. Stark e Banner, vocês vãos rastrear as vítimas recentemente sequestradas de todos os jeitos possíveis.

- Então agora estamos lidando com um serial killer. Antes lutávamos contra um deus alienígena que queria dominar o mundo.

- Tony disse, sorrindo sarcasticamente. - É para isso que servimos? Completar o trabalho que a S.H.I.E.L.D não consegue fazer?

- O trabalho de vocês, Sr. Stark, é garantir a segurança da humanidade. E, com toda a certeza, esse criminoso está ameaçando a paz desse país. - Fury respondeu com a voz levemente mais alta. - Essa... Pessoa não é qualquer uma. É talentosa. Não é qualquer um que consegue confundir policiais, o exército e, até mesmo, a SHIELD. Como os ataques de seres de outros planetas estão atualmente frequentes, cogitamos a possibilidade de ser um alienígena como Loki. Então, Thor cuida dessa parte, da melhor maneira que conseguir. Rogers, agente Romanoff e agente Barton vão liderar equipes de busca com os nossos melhores agentes. Stark e Banner, vocês rastrearão as vítimas e as informações que conseguirem, passe para Rogers, Natasha e Clint. Reunião encerrada. Comecem agora o trabalho.

Nick acabou de falar e se retirou da sala. Todos permaneceram quietos, encarando a porta por onde ele saiu. Rose estava quieta, olhando suas mãos em seu colo, não queria se intrometer nos assuntos de trabalho de seu pai. Depois de um tempo, todos se levantaram, chamando a atenção da menina. Tony caminhou até ela.

- Desculpe-me por isso, Rose. Se quiser posso pedir para Happy te lavar para casa. Parece que terei que passar mais um tempo aqui.

- Na verdade, se você não se importar, gostaria de ficar por aqui. Se não for te atrapalhar, claro. Queria conhecer mais um pouco daqui. - ela respondeu olhando tímida para os seus pés. Isso fez Tony sorrir, ela era adorável.

- Fique a vontade. Mas, caso queira ir embora, me avise que mandou Happy te levar apara casa. - ele respondeu. - Vamos, venha comigo e Banner até o laboratório.

- Bom, creio que devemos nos despedir, Rose. Temos que trabalhar. Mas foi um prazer te conhecer. - Steve disse.

- O prazer foi todo meu, Steve. Tenha um bom trabalho, Capitão. - Rose respondeu sorrindo. Rogers piscou para ela e saiu da sala.

-Venha, Rose. Acompanhe-nos até o laboratório. Tenho certeza que irá gostar. - Tony chamou Rose, já andando em direção á porta. A menina seguiu Tony, tendo Bruce andando atrás de si. Ela se despediu dos outros apenas com um aceno. Durante o caminho até o laboratório, Bruce e Tony conversavam sobre qual equipamento seria o melhor para usarem no rastreamento do criminoso e Rose andava devagar, querendo conhecer tudo ao seu redor. O que mais viu foram portas. Centenas de portas em um único corredor. Para que tantas portas?

Quando chegaram ao laboratório, os dois gênios foram para um lado do cômodo e começaram a mexer em aparelhos e computadores. Rose sentou-se em uma cadeira giratória de frente para eles. Como a menina era muito observadora, seus olhos passavam por todo o lugar e não perdiam nenhum detalhe. Depois de visto todos os tipos de "brinquedos", a menina passou a prestar atenção nos cientistas. Curiosa como só ela, aproximou-se dos dois, esticando o pescoço para ver melhor o que eles faziam. Aparentemente eles estavam com problemas. O aparelho parecia não funcionar direito. Ambos mexiam freneticamente nos computadores, e Rose passou a observar o aparelho em sua frente. Talvez alguma peça estivesse fora do lugar.

Depois de olhar cada canto do objeto, ela pareceu achar uma falha. Um parafuso na lateral estava solto. Ela não achava que isso fosse um problema, mas também saia que aquilo estava errado. Procurou ao seu redor algo que pudesse ser útil e achou uma chave de fenda. Pegou-a e começou a rosquear o parafuso no lugar. Quando completamente apertado, um som preencheu o lugar. Fui rápido, mas chamou a atenção de Tony e Bruce. Eles olharam diretamente para Rose, com os olhos arregalados.

-Ops! - ela disse. Largando a chave de fenda em cima da bancada rapidamente.

-Rose, o que você fez? - Tony perguntou, ainda com a expressão surpresa.

-Ai meu Deus! Eu fiz algo errado, não é? Sinto muito, eu só vi o parafuso solto e decidi apertá-lo, porque achei que ele devia estar apertado. Mas não achei que isso fosse prejudicar vocês! Eu realmente sinto muito, não devia...

- Você consertou. - Bruce disse surpreso, olhando na tela do computador. - Você achou o defeito. Realmente, Tony, ela é sua filha.

-É, sempre soube. - ele disse encarando Rose sorridente. - Então, o problema era apenas um parafuso? Por que não pensamos nisso antes?

-Acho que pensamos que o problema era de maior complexidade. Mas, às vezes, pequenas e insignificantes coisas são as chaves para a resolução de um problema. - Bruce explicou.

Tony e Bruce voltaram ao trabalho, agora mais fácil com o equipamento arrumado. Rose resolveu deixá-los sozinhos e foi conhecer o resto daquela base. Ela andou por vários corredores distraidamente, às vezes parava para assistir os treinos de alguns agentes. Uma vez estava tão distraída que acabou trombando com um agente. O homem era alto, tinha cabelos e olhos escuros uma expressão facial severa.

-Desculpe-me, senhor. Estava distraída. - Rose disse olhando para seus pés.

-Está tudo bem. A senhorita tem autorização para estar aqui? - ele disse sério.

-É um prazer conhecê-lo, agente Carter. - ela sorriu. - Na verdade, estou apenas conhecendo o lugar, sabe? Andando sem rumo.

-Certo. Vou deixá-la continuar o passeio. Tenho que trabalhar agora. Qualquer coisa é só chamar.

- Acredito que sim, senhor. Meu nome é Rose e sou... Hm... Filha de Tony Stark.

-Oh! É filha do Sr. Stark? Perdoe-me, Srta. Stark. Sou o agente Carter. Há algo em que posso ajudá-la?

- É um prazer conhecê-lo, agente Carter. - ela sorriu para ele. - Na verdade, estou apenas andando sem rumo. Apenas conhecendo melhor o lugar.

- Entendo. Bom, agora devo ir trabalhar. Se precisar de algo, pode contar comigo.

-Obrigada, agente. Tenha um bom trabalho.

-Obrigada, Srta. Stark. E tenha um ótimo passeio. - ele disse sorrindo e virou as costas para Rose. A menina sorriu para si mesma e voltou a andar pela base. Algum tempo depois, enquanto passava por outro corredor, avistou o agente Barton dentro de uma sala, praticando arco e flecha. Rose admirava esse "esporte", sempre quis aprender a acertar alvos com flechas. Achava maravilhoso.

Continuou olhando para Barton até que ele se virou em direção à janela e viu a menina. Ela ficou nervosa, achando que não devia estar ali. Porém, Clint sorriu para ela e fez um sinal com a mão para que ela entrasse. Rose abriu a porta e foi até o agente, que tirava suas flechas usadas do alvo.

-O que está fazendo aqui, Srta. Stark? - ele perguntou sorrindo de lado - Achei que você fosse ficar com seu pai no laboratório. Ouvi dizer que é muito inteligente também.

-Bom, resolvi conhecer o lugar. Não queria ficar lá e atrapalhar o trabalho de Tony e Bruce. E, por favor, me chame de Rose. - ela respondeu tímida.

-Certo, Rose. Eu faria o mesmo se fosse você. Um lugar flutuante e enorme, não aguentaria de curiosidade para saber o que tem aqui dentro. - ele sorriu para ela, que desviou seu olhar para o arco dele. Ele certamente percebeu isso. - Gosta de arco e flecha?

-Sim, sempre quis aprender, mas nunca tive a oportunidade.

- Se quiser posso te ensinar algum dia. - ele disse e depois franziu a testa. Parecendo escutar algo. - Só um momento, por favor. - ele colocou a mão na orelha e, só então, Rose percebeu que ele usava um comunicador. Ele disse algo, que Rose resolveu mão prestar atenção, já que estava ocupada olhando ao redor da sala, e se virou para ela. - Parece que seu pai está te procurando. Teremos que deixar sua aula para outro dia, tudo bem?

-Claro, sem problemas.

-Então vamos, vou te levar de volta ao laboratório. Se for sozinha corre o risco de se perder.

Eles saíram da sala e, em todo o caminho para o laboratório, eles conversaram animadamente sobre arcos e flechas. Clint aproveitou para já dar algumas dicas para ela. Ele, de certo modo, estava feliz em saber que tinha alguém tão jovem que gostava das mesmas coisas que ele. Além disso, em sua opinião, aquela menina era extraordinária. Não era como as outras, chatas e insuportáveis que ele havia conhecido. Alguns minutos depois, ambos entravam no laboratório.

-Então aí está você, Rose. O Legolas te sequestrou? - Tony disse sarcástico, enquanto mexia em uma tela digital em sua frente. A menina riu.

-Não, fui quem encontrou com ele enquanto andava por aí. - ela respondeu.

-Hm... Certo. - disse Tony desconfiado. - Bom, já que está aqui, podemos ir embora? Bruce ficará aqui hoje e amanhã eu volto. Pepper me ligou e disse que precisamos ir para casa, então...

-Claro, vamos. - ela disse e Tony concordou com a cabeça. Enquanto ele pegava suas coisas e dava ordens a Bruce, Rose se virou para Clint para se despedir. - Bom, até outro dia, agente Barton.

-Até outro dia, Rose. E da próxima vez que vier, prometo ensiná-la como atirar uma flecha. - ele sorriu. Rose se despediu de Bruce e acompanhou Tony até o lado de fora. Encontraram Happy e foram para casa. Esses dias estavam sendo perfeitos para Rose. Conhecer a base da SHIELD foi maravilhoso, ela pode conhecer o dia-a-dia dos agentes especiais e conhecer um laboratório com as últimas invenções tecnológicas. Ela não podia estar mais feliz.