Rose vestiu roupas simples, mas que a deixavam muito bonita. Ela deu uma última olhada no espelho, conferindo se tinha feito tudo. Depois de confirmado, saiu so seu quarto em direção às escadas. No andar de baixo, encontrou Bruce, já pronto, esperando os outros. Ele vestia uma calça jeans e uma camisa branca, que ficavam muito bem nele. Rose se aproximou sorrindo.

-Tony ainda não desceu? – ela perguntou e sentou-se no sofá. Bruce riu.

-Não, ainda não. Acho que você deve saber que quando Tony diz 10 minutos para alguém, ele quer dizer 30 minutos para ele e 10 minutos para os outros. – ele disse e sentou-se ao lado da menina, que o acompanhou na risada.

-Eu ouvi isso. – Tony disse descendo as escadas. – E é uma mentira porque eu estou aqui. Eu disse 10 minutos. Me arrumei em 10 minutos. Sou pontual, sempre fui.

-Você sempre foi pontual hoje, é o que você quer dizer certo?

-Não vou discutir com você. Vamos logo antes que Fury ligue aqui e comece a me irritar. – Stark virou as costas em direção ao elevador e Rose e Bruce se olharam cúmplices e riram baixo, logo depois seguindo Tony.

Na garagem, Happy os esperava em frente ao carro. Tony foi na frente com o motorista e Bruce e Rose nos bancos de trás. Stark ligou o som e ACDC começou a tocar em volume alto. Dr. Banner se encolheu e jogou a cabeça para trás. Já Rose não se incomodou, enquanto olhava ela janela, murmurava a letra da música. Tony percebeu e ficou contente, sua filha tinha um ótimo gosto musical, mais um ponto para ela.

Depois de 20 minutos, eles chegaram em um heliporto, onde um helicóptero preto os esperava. Os olhos da pequena Rose brilharam, mais um sonho estava se realizando: ela iria andar de helicóptero. A menina não podia conter sua alegria, finalmente tudo estava dando certo na sua vida.

A visão de cima era perfeita, Rose conseguia ver Nova York inteira. Era um paraíso. Estava tão distraída que não percebia que estava sendo observada. Tony e Bruce a olhavam com sorrisos em seus rostos. Tony pensava que essa menina havia chegado em sua vida para mudá-la e fazê-la melhor. Bruce pensava que Tony era um homem de sorte por ter ganhado uma filha tão especial como aquela. Além disso, o cientista pensava que um laço de carinho muito forte estava começando a se fazer entre ele e a garota.

Algum tempo depois, Rose percebeu que o helicóptero estava pousando em um tipo de base. Eles desceram do helicóptero e foram recebidos por um senhor alto, com roupas negras e um tapa-olho. Rose sentiu um pouco de medo ao olhar para aquele homem.

-Estão atrasados. – o homem disse apenas isso.

-Ora, Fury, não reclame. Estamos aqui, não é mesmo? – Tony disse virando os olhos. Então aquele era o Fury, Rose pensou, o “líder” d’Os Vingadores. Nick Fury olhou rapidamente para a menina, virou as costas e seguiu sem dizer nada. Tony olhou para sua filha e piscou, depois seguiu Fury, deixando Bruce e Rose mais para trás.

Com passos lentos, Rose observava tudo ao seu redor. Homens e mulheres com uniformes pretos com a sigla da S.H.I.E.L.D. corriam de um lado para o outro, alguns até com armas nas mãos. Quando entrou definitivamente dentro da base flutuante da S.H.I.E.L.D., ela passou por vários corredores com diferentes tipos de salas. As mais comuns eram as de treinamento corpo-a-corpo, onde os agentes lutavam uns com os outros, e as de treinamento de tiros. Ela achava tudo maravilhoso, não se assustava com os barulhos de tiro, era uma menina forte e tranquila.

Os quatro andaram mais um pouco e entraram em uma sala que Rose chamou de “sala de comando”. Ela era dividida em dois andares. No de baixo de onde estavam vários agentes mexiam em vários computadores, sendo comandados por outra agente. No andar de cima, onde eles estavam, havia uma mesa oval com várias cadeiras em volta. Tendo algumas delas ocupadas. Do lada direito, havia um homem sentado todo espalhado na cadeira, com os pés em cima da mesa e os braços cruzados ates da cabeça. Na sua frente, uma mulher ruiva com uma cara angelical, Natasha, estava sentada com suas pernas cruzadas. Ao lado da mulher havia um outro homem. Ele era alto, com cabelos loiros e olhos incrivelmente azuis. Ele era assustadoramente belo, seus olhos eram hipnotizantes e sua postura era digna de um militar: coluna reta e expressão facial séria.

Rose parou na porta quando olhou aquele homem. Definitivamente, ele era hipnotizante. Para sua felicidade, ninguém reparou na sua imobilidade, dando-lhe tempo de voltar a si e continuar seguindo seu pai. Tony se sentou na ponta da mesa, como sempre queria ser o “líder” da reunião. Bruce se sentou ao lado do homem folgado e Fury ficou de pé na ponta contrária de Tony. O único lugar que sobrou foi ao lado do homem alto hipnotizador, obrigando Rose a se sentar ali.

-Thor ainda não chegou? – Fury perguntou com a voz grossa.

-Não senhor, ainda não. – Natasha disse e se virou para Rose, sorrindo. – é bom te ver de novo Rose.

-Digo o mesmo, Natasha. – Rose respondeu simpática, mas ao mesmo tempo tímida.

-Bom, acho que devo fazer as apresentações. – Tony disse com a cabeça apoiada nas mãos. – Picolé, Legolas e Fury, essa é Rose, minha filha. Rose, esse é o Picolé, Legolas e Fury.

-Eu já disse para parar de me chamar assim, Stark! – disse o cara folgado, que logo depois que Tony os apresentou, desceu as pernas e se sentou de uma maneira mais educada. Ele olhou para Rose, sorrindo. – Não ligue para o seu pai, eu sou o Agente Barton. Mas pode me chamar de Clint. É um prazer finalmente conhecê-la!

-O prazer é todo meu, Clint. – disse Rose sorrindo – Bom, acho que você deve ser o Gavião Arqueiro, estou certa?

-Certíssima! – Clint respondeu sorrindo, era impossível não se encantar com Rose.

-Bom, eu sou Steve Rogers. – disse o cara hipnotizador, com um sorriso contido de lado. – Prazer, Srta. Stark.

-Igualmente, Sr. Rogers. – Rose sorriu tímida – Você é o Capitão América, certo?

-Exatamente, Srta. Stark. E por favor, me chame de Steve. – ele disse sorrindo mais largamente.

-Certo, Steve. E você pode me chamar de Rose. – os dois continuaram sorrindo um para o outro até que Tony os interrompeu com um pigarro.

-Sou Nick Fury, Srta. Stark. É um prazer. – Fury disse sério para a garota. – Boa sorte para lidar com seu pai.

-HEY! – disse Tony.

-É um prazer conhecê-lo também, Sr. Fury. – Rose disse rindo. – E bom, obrigada, mas até agora, está sendo bem tranquilo conviver com Tony.

-Viu? Otário! – Tony deu o seu costumeiro sorriso irônico, fazendo Fury revirar os olhos. – Ok, as apresentações acabaram e agora eu quero saber o que estou fazendo aqui em plena segunda-feira, enquanto podia estar me deliciando com a comida que a Rose fez. – isso serviu apenas para deixar Rose com a cara mais vermelha ainda, com todos olhando curiosos para ela.

-Bom, Stark, não foi eu exatamente que convocou essa reunião. Thor me pediu para chamar todos Os Vingadores, pois ele traz novidades de Asgard. Porém, até agora ele...

-Estou aqui, Fury. – uma voz de trovão veio da porta, fazendo Rose tremer. Ela se virou em direção a porta e viu uma homem alto, muito musculoso, com cabelos loiros até o ombro, olhos tempestuosamente azuis, vestindo roupas estranhas e segurando um martelo em sua mão direita. Aquele era Thor, o deus do trovão. Um arrepio passou pelo corpo de Rose. Aquele homem era, de certo modo, assustador.