Amor, ou Popularidade? escrita por Sophiie


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

É só para vocês entenderem mais ou menos a vida de Britney Carry ;)
espero que gostem. E comentem, por favor !



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Hoje, primeiro de abril, por mais que você acredite ou não, eu fui castigada pela vigésima vez pelo meu pai.

Mesmo esse não sendo a pior coisa que eu fiz, eu sinto que vai ser o pior castigo da minha vida, talvez o começo de algo ruim acontecendo, quem sabe. Mas vamos pensar positivamente, certo? Todo acontecimento ruim, tem o seu lado bom, acho.

Segundo a minha professora de ioga, todos os pensamentos negativos influenciam nos acontecimentos, e o melhor a fazer é pensar positivamente, pois o mundo gira através do seu pensamento. Por isso vou tentar pelo lado positivo de ser castigada.. talvez ela me influencia em algo. Talvez.

Na opinião da minha mãe, só se pode constatar que olhando para o seu rosto de 40 anos, ela aparenta ter 35, por ela ser tão maluca quanto a minha professora de ioga, que pensa sobre essas babaquices do pensamento.

E nem tente contar alguns problemas á ela, pois o único que vai conseguir é que ela vai te trancar no seu quarto, e dizendo que problemas ela já tem o suficiente, o que eu acho impossível.

O meu pai,ao contrário da minha mãe, parece mais velho, por ele ser a pessoa que resolve os problemas de casa, já que a minha mãe logicamente não quer nem saber de outros problemas, e sim, somente aos que se referem a ela.

O resultado foi que as demais rugas vinham mais cedo e o meu pai tenha problemas de paciência, por ele mesmo não agüentar os problemas.

Meu irmão mais novo, Matheus, de nove anos, nem se fala. Acha que eu contaria algum problema meu a um pirralhozinho? Daqui a pouco o colégio todo já sabe do que aconteceu, e no final caem mais problemas em cima de mim. Vamos dizer que essa conclusão foi por experiência própria.

Natasha, ao auge dos seus 17 anos e 94 dias -já se pode perceber que ela é bem maluca pelo fato dela contar os dias da sua idade- quer sair de casa aos 18, e se mudar para o Canadá, o que ainda não contara aos nossos pais, e segundo ela, nem pretende contar, só no dia da viagem, é claro.

Já se pode perceber que a minha família não é aparentemente considerada uma família normal, constatando que tudo cai sobre mim, pois, se perceber, Natasha está nem ai para a vida, e só tem a cabeça para a viagem dela- e posso afirmar que pela última vez que eu apareci no quarto dela para contar alguma problema, ela tenha me jogado uma boneca de plástico no rosto- e o meu pai é do tipo revoltado; minha mãe acha que é solteira, pois apenas quer saber dos problemas dela; e o meu irmão ainda brinca de X-men com os amigos. Então o único jeito de resolver algum problema é escrever tudo em um diário. Nem me pergunte o porquê que eu não estou em uma terapeuta. A culpa é da minha mãe, que acha que não precisamos de terapeutas nas nossas vidas, que ela é muito mais fácil se pensarmos positivamente. Legal isso, não?

Para completar a minha vida maluca, eu ainda sou uma menina meio problemática que vive em um pesadelo repleto de castigos. Todos os tipos de castigos que imaginar, já me aconteceram. Cortar grama de casa de vizinho em sexta, sábado ou domingo de manhã, tarde ou noite eram os castigos mínimos que o meu pai já me dera. Já fiquei quase um ano sem ir para festa, meses sem computador, sem sair de casa, incluindo não poder ir ao shopping, e os trabalhos escolares em grupo eram apenas resolvidos ao lado dos meus pais.

Mas relaxe, não sou alcoólatra (não nas férias, pelo menos), nem me envolvo com drogas e ainda sou considerada uma virgem. Sou apenas uma menina chamada Britney Carry que está ao auge dos seus 16 anos, e está querendo curtir a sua vida do jeito mais certo que ela pensa, mais nunca tendo compatibilidade com os pensamentos dos pais, é claro.

Estudo no colégio St.Hills,que é um internato, que só autoriza pessoas cujos pais são reconhecidos pelo mundo, mais precisamente, não precisam ser ricos. Minha família por exemplo, não é rica, mas eu só estudo no St.Hills pelo fato de meu pai ter parentesco com Ronney Carry, cuja popularidade era pelo fato dele ter sido um dos diretores da mais famosa indústria de roupas de Calvin Klein.

Voltando ao assunto de St.Hills. Ela além de ser um colégio caro, para pessoas que não tem o nome reconhecido, ela é muito disputada por famílias. Os maiores acontecimentos que causam arrepios acontecem no nosso internato. Fofoca é a base de tudo. É claro que existem as pessoas tímidas e conservadas,que nunca quebram as regras, mas em 60% dos casos nós conseguimos reverter isso e deixar elas bem.. a nossa cara.Isso resultou que pelo menos 78% das meninas do nosso colégio fossem assim, mais ainda fazemos apostas de que conseguiríamos deixar as outras tímidas tão soltas quanto nós mesmas.

Era fácil influenciar elas, era só dar um empurrão, pois dentro de cada tímida, não dependendo do tamanho de timidez, havia um desejo de se tornar uma das populares, ser convidada para as festas, conversar com os jogadores gatos de basebol, handebol, tênis, basquete e é claro, os mais desejados jogadores de futebol normal e americano .

O empurrão não era algo revolucionário, para nós pelo menos. O básico é o estímulo, você tem que estimulá-las para que elas se tornem mais soltas. Tem que dar explicações o porquê ela pode se tornar popular. Claro que não fazíamos mais do que isso (mas sempre existe uma exceção), o resto deixamos para ela, que é a parte mais difícil que é se enturmar com os populares.

Claro que existiram casos que não deram certo, como a de Minny Glaud, que pensava que se tornaria mais popular pela sua aparência, encurtou então a sua saia, ficando a altura não permitida pelo colégio, parecendo então uma micro saia. O resultado vocês já sabem: detenção por três semanas.

Clair Notherting pensou que a sua popularidade surgiria se ela se tornasse namorada de algum jogador de futebol. Vamos dizer que ela era muito bonita, mais tinha um defeito: ela não sabia beijar, resultando que o seu beijo com Marc Lincous fosse o beijo falado da semana. O bom menino nem falou para o colégio inteiro sobre o beijo, mas percebemos que o beijo foi ruim quando ele começou a fugir dela após as aulas de treino. E no final, em um jogo de verdades, ele afirmou que o beijo foi horrível.

Betty Roul pensou que ela usando drogas, se enturmaria com nós, mas no final, ela não conseguiu se controlar e teve que ir para uma clínica para parar de se drogar, por ela não ter percebido que estava se viciando.

A que mais se deu bem foi a minha amiga, Jessica, que antes era uma aberração, daquelas que usam óculos horríveis e roupas da época da avó, mas agora ela é uma das mais poupulares do colégio, como eu.

Claro que eu só falei a parte boa do nosso colégio, mas o pior, são as regras, cuja rigorosidade é alta,como a de não poder usar saia curta, o horário de recolher é ás 22 horas (exceção de sábado), e várias outras. Porém, ainda tem as regras que foram implantadas por antigas líderes do nosso colégio, provavelmente no século 19, e ainda estão sendo usadas até hoje, e são chamadas de ‘os dez mandamentos da popularidade’


1. Uma Hills não pode encarar/brigar/chingar ou bater em uma popular.
2. Uma Hills não pode se jogar para um menino. Deixe que ele se jogue em você.
3. Uma Hills não pode usar saias longas, ou camisas folgadas. É feio.
4. Uma Hills que não bebe, não é uma Hills.
5. Uma Hills fofoca quanto quiser, sobre quem quiser, aonde quiser.
6. Uma Hills pode roubar o namorado da melhor amiga, com tanto que seja com classe.
7. Uma Hills bêbada pode chingar quem quiser
8. Uma Hills pode dormir com quantos quiser, sem ligar para o que os outros pensem
9. Uma Hills deve sempre estar na moda
10. Ser Hills é ser popular.

Toda garota sonha em ser uma Hills. Algumas conseguem, outras não. Até onde iria para se tornar A Hills?

 


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