Leia as notas finais, é muito importante e não custa nada :)

Tessália’s P.O.V.

Minhas mãos tremiam muito, e eu provavelmente estava branca. Passei os olhos novamente pelo papel dourado, pra ter certeza absoluta que eu não estava ficando louca. E para o meu azar, estava ali, escrito com todas as letras: ‘Show Justin Johnson – Madison Square Garden, New York’.

– Tess? Hello! Ana, tá tudo bem? – perguntava Elle enquanto passava a mão em frente ao meu rosto, numa tentativa de chamar minha atenção.

– Ahn, oi? – perguntei atordoada.

– Tá tudo bem?

– Tá sim – disse e dei um sorriso falso, estendendo os ingressos para Elle – Vamos?

– Vamos sim, eu vou só buscar o carro, ok? Esperem aqui – disse Cory e foi em direção ao estacionamento.

– Ana, ele é um gato! – disse Elle assim que ele tomou uma distância segura de onde estávamos.

– Eu sei – disse e soltei uma risadinha.

– Ele não para de olhar pra você! – ela disse e me deu um empurrãozinho de lado – Se eu fosse você, não perderia a oportunidade.

– Nada a ver – disse e revirei os olhos.

– Ok, então! – ela disse – Olha, o carro chegou.

Pegamos nossas malas e fomos até o carro onde Cory estava. Ele desceu e nos ajudou a colocar as malas no bagageiro. Entrei no banco do passageiro e ele entrou atrás.

– É muito longe o hotel? – Elle perguntou.

– Não, na verdade, é bem próximo – Cory respondeu – Vocês vão fazer algo hoje?

– Bom, eu acho que não – disse e dei de ombros – Vamos só arrumar as coisas e descansar.

– Eu não sei você, mas eu vou sair – Elle disse – Quero aproveitar todos os dias de New York.

– Conheço uma ótima boate, se quiser eu posso te levar – Cory disse e deu de ombros.

– Ótimo! Vou anotar meu celular, então quando você estiver chegando me manda uma mensagem – ela disse e pegou um papel na bolsa, anotando o número.

Chegamos no hotel, agradecemos Cory e fomos fazer o check-in. Pegamos o cartão magnético que servia de chave para o quarto, e subimos para o 14° andar. Abrimos a porta do quarto 1403 e entramos. O quarto era bem grande, tinha uma cama de casal, um aquecedor, uma televisão e ao lado dela um frigobar. Ele era decorado com quadros, luminárias e cortinas.

– Uau! Aqui é realmente lindo! – Elle disse maravilhada.

– É sim! – concordei – Vou tomar um banho – disse e fui em direção à minha mala, pegando uma roupa e indo para o banheiro.

Tomei um banho relaxante e vesti a roupa, saindo do banheiro e deitando na cama.

– Vou tomar banho – Elle disse e eu apenas murmurei um ‘uhun’, logo sendo vencida pelo cansaço.

[...]

– Tessália! Tess, acorda, seu celular tá tocando! – fui acordada por Elle gritando e me entregando o celular.

– Alô? – disse com a voz ainda sonolenta.

– Minha filha! Você quer me matar de preocupação? Eu disse pra você me ligar quando chegasse, e eu fiquei esperando sua ligação! – disse minha mãe aflita do outro lado da linha.

– Desculpa mãe, mas é que eu cheguei, vim direto para o hotel, tomei um banho e dormi.

– Tudo bem – ela disse e suspirou – E aí, como é Nova Iorque?

– Bom, até onde eu vi, é linda! Tem muita gente aqui! – disse e ouvi uma risadinha da minha mãe.

– Minha filha, em todo canto tem muita gente, para uma pessoa que mora em uma cidade com 30.000 habitantes.

– É verdade – disse e dei uma risada fraca – Mãe, eu vou desligar ok? Beijo, te amo.

– Também te amo – ela disse e desligou.

– E aí? Vamos sair? – Elle perguntou revirando a mala, provavelmente procurando alguma roupa para vestir.

– Não sei. Que horas são? – perguntei e levantei da cama.

– Oito e meia – Elle disse e me mostrou um vestido azul – O que acha desse?

– Tá lindo – disse e dei de ombros – Acho que eu vou também, não vou ficar aqui no hotel sozinha – fui em direção à mala, revirando-a em busca de algo descente para ir à boate com Elle e Cory.

– Eu acho que essa roupa fica perfeita em você – ela disse e tirou da mala um vestido branco, tomara que caia que ia até a metade da minha coxa.

– E eu calço o quê? – disse procurando alguma sapatilha na mala – Que tal essa? – disse mostrando uma preta com alguns detalhes.

– Você vai para uma boate de sapatilha? Por favor, né Tess? – ela revirou os olhos e foi até sua mala.

– E você espera que eu vá com o quê?

– Com isso – ela disse e me mostrou um salto de cor coral.

– Uou, espera aí. Você realmente acha que eu consigo ficar em pé numa coisa desse tamanho?

– Tenta – Elle disse e me entregou o sapato.

Calcei o salto e fiquei em pé. Dei o primeiro passo e teria levado um tombo enorme se Elle não tivesse me segurado.

– Tudo bem – ela disse – Ajeita a coluna, fica reta. Relaxa e tenta de novo, devagar.

Respirei fundo e dei um passo, sem cair dessa vez. Dei outro, e quando vi, já havia andado bastante.

– Pronto, agora vai tomar banho que depois que eu fizer minha maquiagem eu faço a sua – Elle disse e me empurrou para o banheiro.

Tranquei a porta e tirei minha roupa. Prendi meu cabelo em um coque frouxo e liguei o registro, esperando a água esquentar. Entrei no box e fechei os olhos, sentindo a água quentinha entrar em contato com meu corpo. Peguei o sabonete de erva doce que estava na prateleira, e comecei a ensaboar meu corpo.

Finalizei o banho e me enrolei na toalha, saindo do banheiro. Fui até a mala, pegando uma lingerie, vestindo-a ainda te toalha. Olhei para o Elle e encontrei-a já maquiada.

– Tess, vem aqui que eu vou te maquiar – disse dando uma batidinha na cadeira, indicando para eu sentar.

– Ok, mas nada exagerado viu? – disse e Elle bufou, dizendo para eu relaxar.

Fechei os olhos e esperei Elle me transformar. Senti-a passar algo no meu rosto, espalhando por todo ele, depois ela passar um tipo de pó. Elle passou algo, que eu distingui sendo a sombra, sobre minhas pálpebras, em seguida passando blush nas minhas maçãs do rosto.

– Quase pronta – Elle disse – Abra os olhos.

Obedeci e logo ela passou o lápis de olho preto sobre minha linha d’água.

– Feche os olhos – fechei e senti-a passando máscara para cílios nos meus cílios – Pronto, vá terminar de se arrumar pra passar o batom depois.

– Ok – disse e vesti meu vestido, enquanto Elle fazia o mesmo, vestindo o dela. Calcei meu sapato coral, e vi que o de Elle era ainda maior que o meu.

– Nossa, como você consegue calçar isso? – perguntei.

– Anos de prática – ela respondeu e deu uma piscadinha.

Fui até o banheiro e escovei meus dentes, passei desodorante e meu perfume.

– Já tô pronta, cadê o batom? – perguntei para Elle.

– Aqui – ela me entregou um batom nude. Fui até o espelho e passei o batom, comprimindo os lábios para espalhar.

– Vamos? Cory já me mandou uma mensagem avisando que está aqui em baixo – perguntou.

– Vamos sim – disse pegando uma bolsinha colocando meu celular e alguns dólares.

Fechamos o quarto e descemos até o hall do hotel, onde Cory já nos esperava.

– Nossa, que garotas lindas – disse ele dando um beijo e um abraço em nós duas.

– São só seus olhos – Elle disse e eu revirei os olhos, rindo do comentário idiota dela.

– Vamos? – ele perguntou rindo um pouco, provavelmente por causa do comentário de Elle.

– Vamos sim – disse e saímos do hotel, indo para o carro de Cory.

O caminho até a boate não foi longo, e quando estávamos a um quarteirão de chegar, já podíamos ver uma grande aglomeração de pessoas – principalmente adolescentes – bebendo e se agarrando. Depois de algum tempo procurando uma vaga, Cory finalmente estacionou e pudemos entrar na boate.

Justin’s P.O.V.

– Justin? Posso entrar? – disse alguém do outro lado da porta.

– Quem é? – perguntei.

– Sou eu, Ryan Good.

– Entra – disse e vi a porta abrir, logo Ryan entrou.

– E aí man, tá fazendo o que?

– Tava só no twitter, por quê? – perguntei bloqueando o celular.

– Sei lá, quer sair? – perguntou sentando na cama.

– Pra onde?

– Eu conheço uma boate legal – ele disse e deu de ombros – Se quiser podemos ir lá.

– Tudo bem, vou me arrumar – disse e Ryan saiu do quarto.

Fui até a mala tirando de lá uma boxer preta, uma blusa branca em gola ‘V’, uma calça caída preta e um supra cinza. Fui até o banheiro e tomei um banho rápido e vesti a roupa que eu havia escolhido. Ajeitei meu cabelo, passei desodorante e perfume. Peguei meu celular, minha carteira, coloquei um cordão e saí do quarto, indo em direção ao quarto do Ryan, que é em frente ao meu.

– Ryan! – falei e dei duas batidinhas na porta.

– Hey dude! – ele disse saindo do quarto e fechando a porta – Vamos?

– Vamos sim! – disse e fizemos nosso toque – Vai avisar à Scooter?

– Não precisa – ele disse e eu dei de ombros, indo para o elevador.

Entramos no carro de Ryan e seguimos até a tal boate que ele disse. O trajeto durou uns 10 minutos, e quando chegamos, vi uma multidão de adolescentes na entrada. A boate era realmente grande e movimentada, na entrada havia raios de luzes neon, fumaça e gente, muita gente. Logo que adentramos, uma loira com um vestido vermelho puxou Ryan pra dançar, e ele, nada bobo, foi.

Dei de ombros e fui até o bar. Qual é, eu tenho dezessete anos, já sou maior de idade. Tudo bem que eu não posso beber ainda, mas só um copinho não faz mal a ninguém. Fui até o barman e pedi um copo de vodca. Ele me entregou e eu virei de uma vez a bebida, que desceu queimando na minha garganta. Dois copos não fazem mal não é? Pedi outro e dessa vez dei só um gole, indo para a pista de dança.

Havia muitas pessoas lá. Todas estavam dançando animadamente ao som de Hangover. Uma morena com um vestido azul curto e decotado se aproximou de mim e me puxou para dançar. Eu, como não sou idiota, fui. Dei mais um gole na bebida e continuei agarrado com a morena dançando.

De repende, eu vejo uma pessoa conhecida do outro lado da boate. Ela estava acompanhada de uma ruiva bonita e um cara com pinta de galã. Comprimi os olhos para ter certeza de que o que eu estava vendo não era alucinação. Qual é, eu havia bebido só um copo de vodca, eu não podia estar bêbado.