A Casa Imoral escrita por Ao Kiri Day
_Eu não acredito que você possa ser aquele menino… -Rin segurando o gatinho preto nos braços.
O mesmo só miava como um deboche e Rin cada vez mais não entendia como algo assim podia acontecer.
_Falando com o Mini Kuro…? –Lilly.
_Mini Kuro… -Rin desacreditada.
_Olha, Rin, o meu irmão vai gostar de te conhecer. Sem querer te jogar pra cima dele, mas ele é muito lindo sabe? –Llly dando uma cotovelada na garota.
O gato arrepiou os pêlos e arreganhou os dentes para Lilly que se assustou e afastou de Rin instantâneamente.
_K-KURO! –Rin repreendendo-o
_Myahh... –Kuro.
_Não. Fica quietinho. –Rin.
O gato se aquietou e fechou os olhos. A casa de Lilly praticamente era um palácio, grande e lustroso. Logo de cara havia um jardim enorme com várias roseiras, um pomar ao fundo.
_YA! Amanhã eu vou colher laranjas! –Rin.
_Legal. Agora vamos logo. –Lilly puxando Rin.
Já eram horas passadas das cinco e as duas assistiriam filmes, esperariam Lillyo chegar do colégio e aí Lilly ia pôr em prática seu plano de aproximar os dois loiros.
_Konichiwa, nee-chan… -Lillyo adentrando a cozinha.
_NII-SAN! –Lilly pulando no pescoço do maior.
_L-Lilly, solta… -Lillyo.
_Nii-san, a Rin veio passar a noite! –Lilly.
_S-Sério? A Rin que você tanto fala? –Lillyo.
_Clarrooo… -Rin adentrando a cozinha e abraçando Lillyo.
_Prazer. –Lillyo sorrindo sem-jeito pra menor.
Pequena observação: Lillyo é um ano mais velho que elas, mas estuda em um colégio masculino (não é interno obviamente).
_Bem, a gente vai assistir os filmes ou não? –Lilly.
_Filmes? –Lillyo.
_É, e você vai vir também? –Rin sorrindo.
Nisso Kuro apareceu nos pés da Rin e se arrepiou para o rapaz loiro de olhos azuis, este deu um pulo de susto e amparou o peito com a mão.
_Esse gato veio daonde? –Lillyo.
_É meu gato, trouxe como companhia, e desculpe, ele fez isso com a Lilly também. –Rin corando.
_Sem problemas…ele só deve estar com ciúme da dona. –Lillyo balançando as mãos.
O gato pulou no colo de Rin e fez o mesmo que antes, em seguida se acomodando nos braços de Rin.
_Feio! –Rin dando um tapa na cabeça do gato e deixando-o no chão.
_Ah, ele só tá com ciúme…e eu tenho que fazer umas coisas para amanhã…colégio integral. –Lillyo dando de ombros.
_Que pena, nii-san. Vamos Rin! –Lilly.
Lillyo ficou frente a frente com o gato, que o observava estranhamente.
_Não é ciúmes demais pra um gatinho? Eu não vou roubar ninguém, não. –Lillyo falando em tom baixo mais pra ele.
_Humano idiota… -Lillyo que estava de costas se virou de volta para Kuro, mas ele tinha sumido.
_Ok…isso foi muito assustador. E eu não imaginei nada… -Lillyo balançando a cabeça e subiu para o quarto.
Rin e Lilly abraçaram seus travesseiros e ficaram vendo Ouran High School Host Club, comendo doces e bebendo refrigerantes.
_Ei, Rin…já são dez horas…vamos dormir? –Lilly.
_Posso te pedir uma coisa, Lilly? –Rin.
_Fala aí. –Lilly já esfregando os olhos.
_Posso dormir aqui? –Rin.
_Bem…tem certeza? –Lilly.
Rin apenas assentiu. Então Rin subiu ao quarto azul da amiga e pegou suas coisas, arrumando-se para dormir no sofá da sala.
_Estranho. Porque quer dormir aqui, Rin? –Lilly.
_Nada, eu tenho dormido no sofá de casa ultimamente (o que não é verdade).
_Sei, boa noite amiga. –Lilly.
As luzes foram apagadas e Rin ficou quieta com uma luz fraca de seu celular acesa. Ela esperou um pouco, sonolenta, e viu Kuro se postar sentado em sua frente, no chão da sala carpeteada.
_Kuro, se você for mesmo aquele menino, porque não se mostra pra mim? Agora… -Rin meio com medo do olhar perfurante.
_Myah. –Kuro se levantando e pulando atrás do sofá.
Rin fechou os olhos. Sabia, era mentira mesmo…era uma brincadeira do Mikuo ou do Len. Foi quando sentiu dois braços envolvendo seu pescoço por trás e um corpo masculino se encostar completamente ao seu.
_Bem…estou aqui, ama. –uma voz sensual.
_K-Kuro?! É você? –Rin.
_Quem mais? –Kuro soltando-a e andando até a frente, ficando bem à vista.
_É você mesmo? Certo, eu não tô louca? –Rin.
_Nyah, claro que não. Mas eu sou louco por você. –Kuro mostrando os olhos vermelhos.
_Por mim? Afinal, quem é você? –Rin.
_Hm? –Kuro fazendo cara de desentendido e sorrindo para Rin. – Eu me chamo Kuro Neko, sou seu gatinho preto, parceiro da vida inteira.
_Não é isso. Como consegue ser humano? –Rin completamente assustada.
_Fácil, eu sou um gato preto encantado. Eu posso ser furry se quiser… -Kuro soltando um charme.
_F-Furry? Que kawaii! –Rin.
_Não está com sono? –Kuro se sentando mais perto de Rin.
_N-Não agora… -Rin se afastando do calor.
A loira tinha a camisola curta e transparente, sua cabeça cheia de dúvidas sobre o rapaz. Ele morava na sua casa, ela conversou inúmeras vezes sobre coisas íntimas e sempre com o gatinho…mas agora ele era um rapaz loiro de olhos vermelhos, um corpo de deus, um sorriso envolvente e sexy, acima de tudo sexy e gato. Não é a toa.
O rapaz encostou sua mão em cima da coxa descoberta de Rin, a fazendo praticamente dar um grito, mas ele tampou a boca dela e a fez deitar-se no sofá.
Olhando-se nos olhos, ela muito assustada e sentindo um medo, ou outra coisa que não conseguia identificar, ele tirou a mão calmamente deixando seu dedo indicador.
_Shii…não queremos acordar ninguém. Um dia, Rin…ou melhor, a partir de agora, vou te fazer entender que eu sou seu companheiro, eu nunca te abandonei e nunca vou fazer isso. –falou o rapaz com o dedo brincando nos lábios úmidos da loira.
Ter o corpo bem embaixo e tão próximo do seu era algo inexplicável, algo que correspondia à Rin também, ela que nunca teve um corpo além do de Len assim tão íntimo.
_Eu vou tentar entender…mas pare então de ficar implicando com todos que falam comigo.
O rapaz deu um sorriso sarcástico e depois sorriu ternamente para Rin, buscando algum sentido nos olhos azuis brilhantes e infantis.
_Olhe, Rin…eu quero que faça algo por mim. –Kuro se aproximando e deitando-se em Rin.
Seu rosto se encontrava bem próximo ao de Rin, totalmente corada.
_Deixe o Len resolver a vida dele por ele mesmo…ele confia em mim, nós podemos sair pelo mundo, viajar…comer tapioca. –Kuro com a boca salivando.
_Tapioca? –Rin.
_E-Er..quer dizer, eu tô com um pouco de fome. Você esqueceu de me tratar hoje, sabe? –Kuro.
_Waa! É mesmo! –Rin corando ao máximo.
A menina foi impedida de se levantar, Kuro continuou sobre ela,mas dessa vez selou suas bocas.
Alguns segundos, Kuro chupou o lábio da menina e abraçou-a com força, instigando-a a abrir a boca e soltar-se pra ele. Uma das mãos dela paravam na camisa do rapaz, puxando-a um pouco, uma regata simples preta.
Eles se soltaram ouvindo um barulho nas escadas, e Kuro deu um último beijo em Rin, pulando atrás do sofá novamente.
_Rin? –Lillyo ligando a luz.
_Ah, oi Lillyo. –Rin meio nervosa.
_Ouvi um barulho estranho e…ahhh!!! Sai pra lá, Kuro! –Lillyo voltando correndo após o gato mostrar as garras para o loiro.
_Kuro! –Rin se levantando às pressas e segurando o gatinho no colo.
Ela teve certeza de ver o rapaz nas escadas corar, e ela sabia que era por causa da camisolinha linda que ela vestia. Já Lillyo teve certeza de ver o gato mostrar a língua pra ele, depois se encolher no peito da garota.
_ “Ora, seu…” –Rin percebendo a intenção do gatinho.
_Bem, eu já tava indo dormir. Boa noite, Rin, desculpa o incoveniente.
_ “Devia se desculpar pra mim também, safado!” –Kuro nos pensamentos.
Rin sorriu sem-graça e acenou, voltando ao seu arranjo pra dormir. Se sentou no sofá, acariciando os pêlos do gatinho preto e se lembrou que ele estava com fome.
_Eu já volto. –Rin.
Ela foi até a cozinha e pegou um pouco de leite e um petisco de lula. Sentou-se e deu pra ele, que comeu de pedaço em pedaço na mão dela.
_Você adora ganhar comidinha na boca, né, safado? –Rin com olhos estreitos.
_Nyuh, nyuh! –Kuro coçando a orelha com a patinha traseira.
Rin sorriu, e quando o gatinho terminou de beber o leite, ela o abraçou e deu um selinho na boquinha do gatinho, que deu um pequeno miado.
_Boa noite, Kuro. –Rin apagando as luzes e deitando-se com o gatinho nos braços.
_ “Boa noite, Rin-sama…” –Kuro em seus pensamentos.
Continua
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